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RISCOS OCUPACIONAIS: UM ESTUDO DE CASO NO RESTAURANTE DE UM RESORT EM ANGRA DOS REIS, RIO DE JANEIRO

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Abstract

O trabalho avaliou os riscos ocupacionais (RO) presentes em um restaurante de um resort do município de Angra dos Reis, no estado do Rio de Janeiro e propôs a elaboração de um Plano de Ação (PA) 5W1H para a minimização desses riscos. Foi elaborado um questionário para entrevista com os colaboradores que abordava perguntas sobre os riscos ergonômicos, de acidentes, químicos, físicos e biológicos, aos quais poderiam estar expostos em seu local de trabalho. Foi possível observar a ocorrência de RO principalmente dos tipos ergonômico e de acidentes no meio de hospedagem estudado. Após a análise dos riscos ocupacionais detectados através das percepções dos colaboradores, foi possível elaborar um Plano de Ação 5W1H. Esse PA propôs estratégias para minimizar os efeitos nocivos dos riscos ocupacionais observados no Departamento de Alimentos e Bebidas do resort estudado. Palavras-chave: Alimentos e bebidas, riscos ocupacionais Abstract The study evaluated the occupational hazards (OH) present in a restaurant in a resort in Angra dos Reis, state of Rio de Janeiro, and proposed the elaboration of a 5W1H Action Plan (AP) to minimize these risks. A questionnaire was developed for interviewing employees who asked questions about the ergonomic, accident, chemical, physical and biological hazards to which they could be exposed at their workplace. It was possible to observe the occurrence of RO mainly of the ergonomic and accident types in the lodging environment studied. After analyzing the occupational risks detected through the employees' perceptions, it was possible to prepare a 5W1H Action Plan. This AP proposed strategies to minimize the harmful effects of occupational hazards observed at the Food and Beverage Department of the resort under study.
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12, 13 e 14 de Junho de 2019
Foz do Iguaçu Paraná - Brasil
RISCOS OCUPACIONAIS: UM ESTUDO DE CASO NO RESTAURANTE DE
UM RESORT EM ANGRA DOS REIS, RIO DE JANEIRO
1Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Resumo
O trabalho avaliou os riscos ocupacionais (RO) presentes em um restaurante de um resort do
município de Angra dos Reis, no estado do Rio de Janeiro e propôs a elaboração de um Plano de
Ação (PA) 5W1H para a minimização desses riscos. Foi elaborado um questionário para entrevista
com os colaboradores que abordava perguntas sobre os riscos ergonômicos, de acidentes,
químicos, físicos e biológicos, aos quais poderiam estar expostos em seu local de trabalho. Foi
possível observar a ocorrência de RO principalmente dos tipos ergonômico e de acidentes no meio
de hospedagem estudado. Após a análise dos riscos ocupacionais detectados através das
percepções dos colaboradores, foi possível elaborar um Plano de Ação 5W1H. Esse PA propôs
estratégias para minimizar os efeitos nocivos dos riscos ocupacionais observados no
Departamento de Alimentos e Bebidas do resort estudado.
Palavras-chave: Alimentos e bebidas, riscos ocupacionais
Abstract
The study evaluated the occupational hazards (OH) present in a restaurant in a resort in Angra dos
Reis, state of Rio de Janeiro, and proposed the elaboration of a 5W1H Action Plan (AP) to minimize
these risks. A questionnaire was developed for interviewing employees who asked questions about
the ergonomic, accident, chemical, physical and biological hazards to which they could be exposed
at their workplace. It was possible to observe the occurrence of RO mainly of the ergonomic and
accident types in the lodging environment studied. After analyzing the occupational risks detected
through the employees' perceptions, it was possible to prepare a 5W1H Action Plan. This AP
proposed strategies to minimize the harmful effects of occupational hazards observed at the Food
and Beverage Department of the resort under study.
Keywords: Food and Beverage, occupational risks
Introdução
O município de Angra dos Reis está localizado na região da Costa Verde
no estado do Rio de Janeiro. Com uma população de 169.511 habitantes e a uma
distância de 155 km da capital, o município é conhecido nacional e
internacionalmente por suas praias e ilhas paradisíacas. Essa cidade possui um
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total de 365 ilhas, mais de 2000 praias e 8 baías (VISIT BRASIL, 2018), sendo um
polo turístico bastante procurado no verão (EMBRATUR, 2016). Segundo a
EMBRATUR (Instituto Brasileiro de Turismo), a revista Sirius, uma conceituada
publicação no ramo da aviação, considerou Angra dos Reis como o melhor destino
para se descansar no período de férias dos europeus. Além de suas belas praias,
o acervo cultural presente na cidade permite que o visitante vivencie o período
colonial em seu centro histórico (EMBRATUR, 2016).
Segundo a revista RDC Férias, pode-se dividir o destino em cinco
principais regiões, que são: Ponta Lesta, Centro, Estrada do Contorno, Ponta Sul
e Ilha Grande (RDC FÉRIAS, 2018). O município, por sua beleza natural, incita
aos viajantes um contato direto com a natureza, e, assim sendo, os resorts são
uma boa, isso varia opção para quem quer viver uma imersão nesse universo.
Nesse contexto, o município dispõe de três resorts (PREFEITURA MUNICIPAL
DE ANGRA DOS REIS, 2019). Chamamos de resorts os hotéis com infraestrutura
de lazer e entretenimento que disponha de serviços de estética, atividades físicas,
recreação e convívio com a natureza no próprio empreendimento (MTUR, 2010),
por isso esse meio de hospedagem é o ideal para que os hóspedes desfrutem de
forma integral e convivam harmoniosamente com o ambiente a que estão
inseridos. Por conta desse cenário, torna-se interessante estudar esse
estabelecimento do ponto de vista científico, com vistas a caracterizá-los e
conhecer suas rotinas e dinâmicas.
Dentre os vários Departamentos que compõem um meio de hospedagem,
será destacado, na presente pesquisa, o departamento de Alimentos e Bebidas
(A&B). A realização de pesquisas envolvendo esse departamento é uma iniciativa
relevante, visto que esse setor representa uma parte significativa nos lucros desse
tipo de estabelecimento, pois pode ser responsável por cerca de 20-40% da renda
de um hotel (MÉLEGA e PAULO, 2013).
Nesse contexto, realizando um levantamento bibliográfico acerca das
pesquisas realizadas na área de turismo, hospitalidade e meios de hospedagem,
percebe-se que muitos trabalhos científicos focam o bem-estar dos clientes.
Entretanto, poucas pesquisas abordam os aspectos relacionados aos
colaboradores de setor de atividades, inclusive no que tange aos riscos
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ocupacionais (RO). Entende-se por riscos ocupacionais "...a existência de
probabilidade de um trabalhador sofrer algum dano resultante de suas atividades
profissionais...". Os RO podem ser de natureza física, ergonômica, de acidentes,
química e biológica (BRASIL, 1978).
Sabe-se que o ambiente de trabalho é um fator de grande importância para
a saúde ocupacional, pois colaboradores motivados se tornam parte integrante da
empresa e não meros coadjuvantes que apenas transitam dentro da mesma. Por
disso, destaca-se, a importância em se atentar para a qualidade de vida no
ambiente de trabalho, visto que a rotatividade e o absenteísmo acabam sendo as
maiores queixas dos estabelecimentos de produção de refeições, como os
departamentos de Alimentos e Bebidas, e são apresentadas pelos pesquisadores
como uma questão gerencial importante a ser observada e estudada (AGUIAR,
VALENTE e FONSECA, 2010). Entende-se por qualidade de vida no trabalho
(QVT) “...como um conceito amplo, cujo objetivo é encontrar o ponto de equilíbrio
entre o bem-estar do trabalhador e a eficácia da empresa. A qualidade de vida no
trabalho é um dos indicadores da saúde organizacional (DIAS, 2019),
Adicionalmente, ainda segundo o autor supracitado, o bem-estar do
trabalhador reflete em sua produtividade. Sabendo que o colaborador passa a
maior parte do seu dia no ambiente de trabalho, o gestor deve levar em
consideração o impacto que essas horas exercem não apenas na saúde física,
mas também na saúde mental do trabalhador. Esse impacto tem relação direta
com os resultados da organização. Ou seja, o conceito de qualidade de vida é um
instrumento que tem por objetivo propiciar uma maior humanização do trabalho, o
aumento do bem-estar dos trabalhadores e uma maior participação destes nas
decisões e problemas do trabalho (SANT’ANNA e MORAES, 2011). Considerando
a importância da manutenção de condições adequadas de trabalho para a
produtividade e o bem-estar do trabalhador, esse trabalho analisou os riscos
ocupacionais percebidos por colaboradores do Departamento do A&B de um
resort em Angra dos Reis, e propor um Plano de Ação para sugerir melhorias nas
rotinas desses colaboradores no que tange à saúde ocupacional.
Metodologia
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Caracterização da pesquisa
Inicialmente, foi realizado um contato com a gestora do Departamento de
A&B para explicar o objetivo e a metodologia da presente pesquisa, sendo essa
fase autorizada pela gestora do departamento, através de um termo de
consentimento livre e esclarecido. Esta pesquisa é classificada como um estudo
de caso quali-quantitativo, e foi iniciada através de um estudo de caso sobre a
importância de se preocupar com a saúde do trabalhador. Estudo de caso é um
método qualitativo que consiste, geralmente, em uma forma de aprofundar uma
unidade individual. Ele serve para responder questionamentos que o pesquisador
não tem muito controle sobre o fenômeno estudado. “O estudo de caso é
caracterizado pelo estudo profundo de um ou de poucos objetos, de maneira a
permitir o seu conhecimento amplo e detalhado...” (GIL, 2008).
Elaboração do roteiro de entrevista aplicado aos colaboradores
Para nortear a entrevista com os colaboradores, etapa na qual foi realizada
a coleta de dados, foi elaborado um roteiro de entrevista (figura 1), no qual foram
abordados os riscos de acidentes, ergonômicos, físicos e químicos. Para tanto,
foram utilizados os artigos de Aguiar, Valente, Fonseca (2010) e Horie (2010), que
abordaram diferentes tipos de riscos ocupacionais, como norteadores para a
elaboração do mesmo. Para a realização dessa fase da pesquisa, foram
consideradas as possíveis ocorrências de riscos ocupacionais das seguintes
naturezas: de acidentes, ergonômicos, físicos e químicos. Não foram levantados
quaisquer dados referentes aos riscos comportamentais (assédio moral ou
sexual).
Figura 1. Roteiro de entrevista sobre riscos ocupacionais utilizado para coleta de
dados junto aos colaboradores do Departamento de Alimentos e Bebidas (A&B).
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Para realizar a pesquisa de campo, foram entrevistados nove
colaboradores, sendo cinco homens (um cozinheiro, um copeiro e três
atendentes), com faixa etária entre 18 a 40 anos, e quatro mulheres (uma
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nutricionista, uma ajudante de cozinha, uma atendente e uma hostess), com faixa
etária compreendida entre 18 a 60 anos.
Elaboração do Plano de Ação (PA) 5W1H
Uma vez observados os principais riscos ocupacionais que acometiam os
trabalhadores, foi criado um Plano de Ação (PA) 5W1H para propor melhorias
para esses problemas, segundo metodologia adaptada de Lisbôa e Godoy (2012).
Esse plano consiste em pautar uma construção de soluções baseadas em 6
perguntas relevantes ao estudo: O que? (Who?), Onde? (Where?), Quando?
(When?), Porque? (Why?), Quem? (Who?) e Como? (How?),
Resultados e discussão
Aspectos gerais sobre o meio de hospedagem estudado
A área física do Departamento de Alimentos e Bebidas do resort conta com as
divisões de seu complexo cozinha muito bem distribuídas em termos de planta
baixa. Apesar dessa vantagem relacionada ao layout, o sistema de ventilação e
exaustão desse setor não funciona com sua máxima capacidade de eficácia,
sendo assim, nos dias mais quentes, a temperatura no local fica extremamente
alta, pois o ar quente puxado da parte exterior impossibilita o resfriamento da parte
interior da cozinha.
Sendo o prédio uma construção antiga, as reformas realizadas no mesmo
tiveram como foco o embelezamento do mesmo, porém os locais escondidos aos
hóspedes, ou seja, a parte restrita ao operacional, não foi planejada de forma
adequada e, por conta disso, problemas como uma infiltração estão presentes por
toda a extensão dos setores inferiores da unidade. Outro ponto negativo da
estrutura física observado foi um certo desnível do piso, o que permitia o acúmulo
de água em alguns setores.
Percepções e ocorrência riscos ocupacionais entre colaboradores do
Departamento de A&B
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Além dos problemas relacionados à estrutura física do complexo cozinha,
o barulho do exaustor foi alvo de críticas por uma das colaboradoras, que acredita
que sua audição anda um pouco falha pelo contato constante com exaustores da
rede durante sua jornada de trabalho.
Um dos aspectos avaliados na presente pesquisa foi o tempo de serviço
dos trabalhadores entrevistados em atividades pertinentes à área de alimentação,
ou seja, em estabelecimentos de food service (figura 1)
Figura 1. Tempo de serviço (anos) dos trabalhadores do resort entrevistados em
atividades pertinentes à área de alimentação (estabelecimentos de food service).
Com relação ao horário de almoço, verificou-se que 22% dos colaboradores
mencionou que não usufruem de seu horário de almoço com regularidade. É
relevante destacar a importância desse momento, não apenas para o descanso
do funcionário, mas também para a socialização deste com seus colegas de
trabalho.
Sobre a questão relativa ao funcionário já ter sentido dores antes de
trabalhar em Departamentos de A&B, percebeu-se que, dentre os colaboradores
entrevistados, 33% não sentiam dores antes de atuarem nesse setor de
atividades, mas com o esforço contínuo e operações repetitivas inerentes à rotina
da produção de refeições, desenvolveram algumas dores, situação que envolve o
risco ocupacional de natureza ergonômica. Pesquisa de Lima et al. (2017)
apontou que 33% dos trabalhadores de um restaurante paulista mencionaram
40%
0
20% 25%20% 25%20%
50%
Masculino Feminino
Tempo de serviço no departamento de A&B (em anos)
até 1 ano 1 ano < x ≤ 5 anos 5 anos < x ≤ 10 anos > 10 anos
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sentir dores nas pernas; além disso, 30% e 23% desses indivíduos queixaram-se
de dores nos ombros e nos tornozelos, respectivamente.
Uma outra questão estudada na presente pesquisa foi a prevalência de
acidentes entre os colaboradores do resort, conforme apresentado na tabela 1.
Tabela 1. Prevalência de acidentes de trabalho segundo colaboradores do
Departamento de A&B de um resort, segundo os gêneros.
Prevalência de acidentes por gênero
Masculino
Feminino
75%
60%
20%
25%
20%
50%
20%
50%
20%
50%
40%
50%
-
50%
-
25%
-
25%
-
25%
-
50%
Pesquisa de Jeong (2015), apontou que as operações de preparo, com
destaque àquelas que envolvem tratamento térmico, foram as mais relacionadas
à ocorrência de acidentes em cozinhas profissionais: 86,7% de acidentes variados
com equipamentos e utensílios, seguidas de acidentes com objetos cortantes, que
acometeram 43,9% dos funcionários entrevistados.
Sobre a questão de sentir desconforto na utilização de equipamentos e
utensílios, 77,8% dos colaboradores entrevistados afirmaram que não sentem
desconforto ao utilizar os equipamentos e utensílios usados na rotina de trabalho.
Entretanto, porém vale ressaltar que 22,2% desses indivíduos reclamaram de
dores ao carregar bandejas e do incômodo que alguns itens dos EPIs causavam.
Pesquisa de Strasburg e Schneider (2015), realizada com funcionários de dois
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restaurantes de Porto Alegre/RS, evidenciou que nenhum dos colaboradores
entrevistados usava EPI como protetor auricular e botas nas rotinas de trabalho.
Com base na discrepância entre os dois resultados mencionados no
parágrafo anterior, foi possível perceber que há uma confusão por parte dos
colaboradores sobre a diferença entre utensílio e equipamento, tornando-se
necessária, durante a realização das entrevistas, uma breve explicação sobre
esses itens por parte da entrevistadora. Assim, notou-se a necessidade de um
maior esclarecimento sobre esse tipo de informações para esses colaboradores.
Acerca do transporte de cargas durante a rotina de trabalho, verificou-se
que 88,9% dos colaboradores afirmaram que costumam carregar objetos pesados
durante o período de trabalho, como panelas, bandejas e caixas com insumos
diversos. Neste caso, o importante a se observar é que, apesar de um grande
percentual de colabores que carregam cargas, apenas o estoquista tem o EPI
necessário para ações com essa necessidade. Manusear cargas pesadas, podem
trazer sérios riscos à saúde, pois pode acarretar problemas como hemorragias
cerebrais em pessoas com desordens nas artérias, hérnia abdominal ou outros
problemas em órgãos abdominais (MERINO, 1996).
Quando perguntados sobre se sentirem sobrecarregados com as atividades
desempenhadas no departamento, 44,4% dos colaboradores mencionaram que
já se sentiram sobrecarregados em algum momento de sua rotina de trabalho.
Sobre a presença de ruídos incômodos no local de trabalho, 33,3% dos
colaboradores afirmaram que ficam incomodados com o ruído desse espaço, e
desses, todos os entrevistados reclamaram especificamente do barulho contínuo
do exaustor. “...a Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR), acomete muitos
trabalhadores nos diferentes ramos de atividade... Assim, é importante o
desenvolvimento de programas que motivem e incentivem a utilização de
protetores auriculares...” (GONÇALVES et al, 2015).
Em relação a temperatura do ambiente de trabalho, 44,4% dos colabores
se sentem desconfortáveis com a temperatura do local de trabalho. Todos os que
se queixaram sobre calor trabalham, no maior período de tempo ou integralmente,
dentro do complexo cozinha. Esse tipo de queixa é inerente ao tipo de atividade
exercida, considerando que equipamentos como fogões, fornos e chapas são
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fontes de calor. Pesquisa de Lima et al. (2017) apontou que 50% dos
colaboradores de restaurantes entrevistados em uma pesquisa classificaram o
item “conforto térmico” como “ruim” em seu local de trabalho.
Sobre a necessidade de se curvar para executar alguma atividade 88,9%
dos colaboradores se curvam constantemente para executar algum tipo de
trabalho. Dentre eles, foram mencionadas as atividades de se levantar caixas do
chão, retirar o lixo, guardar utensílios, limpar locais, verificar a validade dos
insumos e limpar mesas. Falhas na manutenção da postura do funcionário são
preocupantes, pois podem ocasionar problemas ergonômicos.
Em relação à incidência de algum tipo de alergia, 11% dos colaboradores
disseram que apresentaram algum tipo de problema desse tipo na pele e/ou
respiratória por contato com produtos químicos usados na rotina de trabalho.
Sobre a iluminação do ambiente de trabalho 88,9% dos colaboradores
consideram o local de trabalho bem iluminado. Segundo Albuquerque, Seabra e
Gomes (2012) a iluminação adequada dos locais de trabalho está correlacionada
ao aumento da eficiência do trabalho e redução de doenças visuais e de acidentes
de trabalho.
Em observação ao piso, 77,8% dos colaboradores consideram-no
escorregadio, no local de trabalho, mais especificamente pelo derramamento de
água e óleo, durante o expediente.
Em relação a receber os equipamentos de proteção individual (EPIs) e
usá-los de forma contínua, 100% dos colaboradores afirmaram que receberam os
EPI ao iniciar o trabalho no resort e todos disseram que usam os mesmos de forma
contínua e correta. Entretanto, durante as observações inerentes à pesquisa de
campo, foi possível perceber que somente o estoquista recebeu o colete para
cargas, apesar de outros colaboradores também serem vistos carregando cargas
pesadas.
Em relação ao tempo que os colaboradores permanecem em pé, durante
o expediente, 88,9% dos colaboradores afirmam ficar mais de uma hora seguida
em pé. Vale ressaltar que que todos afirmam ficar em média 90% do seu
expediente em pé, sentando por vezes, apenas para almoçar. Por outro lado,
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torna-se útil relembrar que cerca de 44% dos colaboradores entrevistados
mencionaram não usufruir de todo seu período de descanso na hora de almoço.
Acerca de doenças desenvolvidas após começarem a trabalhar na área
de alimentação coletiva, 33,3% dos colaboradores disseram que desenvolveram
algum tipo de doença ou sintoma depois que começaram a trabalhar no
departamento de A&B. Problemas como dores musculares, nos punhos, braços,
joelhos, colunas e hipertensão foram citadas pelos entrevistados.
Quando perguntados sobre já terem informado aos superiores sobre
incômodos, dores ou situações desagradáveis no ambiente de trabalho, 55,6%
dos colaboradores disseram que precisaram reportar aos gestores algum tipo
de dor ou desconforto.
Elaboração do Plano de Ação 5W1H
Após a realização de uma análise acerca dos principais problemas sobre
riscos ocupacionais encontrados no departamento de A&B pesquisado, foi
elaborado o Plano de Ação 5W1H apresentado na tabela 2.
Tabela 2. Plano de Ação 5W1H para o departamento de Alimentos e Bebidas de
um resort situado em Angra dos Reis, Rio de Janeiro.
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What?
(O que?)
Where?
(Onde?)
When?
(Quando?)
Why?
(Por que?)
Who?
(Quem?)
How?
(Como?)
Erguer cargas
de maneira
ergonômica
Recepção de
matérias-primas/
Cozinha (área de
preparo)
Recepção de
insumos/
Durante o
preparo de
alimentos
Dores nas
articulações e na
coluna
Cozinheiros,
copeiro,
atendentes e
nutricionista
Intercalar datas e
horários de
recebimento de
matérias-primas.
Usar cinta lombar
ergonômica/ Manter
postura ereta
Queimaduras
Cozinha (área de
preparo)
Durante
operações com
tratamento
térmico para o
preparo de
alimentos
Evitar o
absenteísmo,
evitar atrasos
na produção,
evitar dores e
deformações na
pele dos
colaboradores
Cozinheiros,
copeiro, ajudante
de cozinha
Usar rede de
proteção para
frituras, atenção
durante o preparo
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Queda de
objeto sobre o
corpo
Na área de pré-
preparo e
preparo, no
salão do
restaurante, no
bar e no
almoxarifado
Ao tentar
alcançar
objetos em
locais altos, ao
carregar objetos
pesados
Causar danos
permanentes,
ferir os
colaboradores,
quebrar
equipamentos e
utensílios
Cozinheiros,
copeiros,
ajudantes, equipe
de limpeza,
atendente,
estoquista,
nutricionista
Usar escadas para
alcançar objetos no
alto, não pegar
sozinho os objetos
que demandam
mais de um
colaborador para
tanto, usar
carrinhos para
transporte de
equipamentos e
utensílios maiores
e/ou mais pesados
Prevenção de
cortes com facas
Cozinha (área
de pré-preparo
e de preparo)
Operações
diversas do pré-
preparo e do
preparo de
alimentos
(especialmente
frutas,
hortaliças e
proteínas de
origem animal
Evitar o
absenteísmo/
Reduzir os
riscos de
contaminação
do alimento pelo
contato com o
sangue
Cozinheiros,
copeiro e
atendentes
Usar luva de malha
de aço/ Evitar
distrações/ Zelar
pela manutenção
do fio das facas,
evitando também o
uso da força
excessiva no
trabalho com as
mesmas
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Choque
elétrico
Inalação de
produtos
químicos
Na área de
pré-preparo e
preparo, no
salão do
restaurante, no
bar e no
almoxarifado
Na higienização
do local de
trabalho, na
limpeza de
equipamentos
e/ou utensílios,
na sanitização
dos alimentos
Evitar o
sufocamento e a
perda de
consciência,
problemas diversos
nas vias
respiratórias
Cozinheiros,
copeiros,
ajudantes,
equipe de
limpeza,
atendente,
estoquista
Evitar produtos
com alto índice
de evaporação,
usar máscara
de proteção
sempre que
necessário,
evitar produtos
químicos em pó
Perto de
instalações
elétricas
Ao manipular
equipamentos
elétricos, ao
usar água para a
higienização e
ao realizar a
manutenção de
instalações e
equipamentos
Evitar perda de
consciência,
problemas
neurológicos,
motores e óbito
dos colaboradores
Cozinheiros,
copeiros,
ajudantes,
equipe de
limpeza,
atendente,
estoquista e
equipe de
manutenção
Manter sempre
as redes
elétricas em
conformidade,
fazer inspeções
periódicas nas
mesmas, evitar
jogar água em
locais com
ligações
elétricas, estar
sempre com o
equipamento
de proteção
individual ao
manusear
instalações
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Perfuração
Na área de pré-
preparo e
preparo, no
salão do
restaurante, no
bar e no
almoxarifado
Ao manipular
utensílios e
equipamentos
perfurantes
Evitar o
absenteísmo/
Reduzir os
riscos de
contaminação
do alimento pelo
contato com o
sangue
Cozinheiros,
copeiros,
ajudantes de
cozinha,
bartenders,
almoxarifes e
atendentes
Usar luva de
malha de aço,
evitar distrações,
sempre
monitorar se não
há objetos
pontiagudos em
locais de risco
Acidentes com
utensílios
cortantes
Cozinha (área
de pré-preparo e
de preparo)
Ao manipular
os utensílios
durante o
preparo e o
pré-preparo
dos alimentos
Evitar o
absenteísmo/
Reduzir os
riscos de
contaminação
do alimento pelo
contato com o
sangue
Cozinheiros,
copeiros,
ajudantes de
cozinha,
bartenders e
atendentes
Uso de luva de
malha de aço,
evitar distrações
Reduzir os
riscos de
escorregões,
quedas e
contusões
Na área de pré-
preparo e
preparo, no
salão do
restaurante, no
bar e no
almoxarifado
Ao derrubar
água no chão,
óleo, ou
disposição
inadequada
dos
equipamentos
do complexo
cozinha
Minimizar a
ocorrência de
torções e/ou
acidentes como
fraturas dos
colaboradores
Cozinheiros,
copeiros,
ajudantes, equipe
de limpeza,
atendente,
estoquista,
nutricionista
Sinalizar os
locais de
perigo,
limpando o
mais rápido
possível
locais com
produtos
escorregadios
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Conclusão
Após a análise dos riscos ocupacionais detectados através das percepções
dos colaboradores, foi possível elaborar um Plano de Ação 5W1H. Esse plano
propôs estratégias para minimizar os efeitos nocivos dos riscos ocupacionais
observados no Departamento de Alimentos e Bebidas do resort estudado. Nesse
sentido, cabe ressaltar a importância de mudanças em algumas ações que
compunham a rotina desse departamento, bem como um maior nível de
conscientização dos funcionários desse meio de hospedagem. Destaca-se que,
em longo prazo, as ações propostas no presente trabalho poderão proporcionar
uma melhor qualidade de vida para os mesmos. Além disso, faz-se necessário a
constante fiscalização por parte dos gestores para que se cumpra de forma rígida
o plano proposto, visto que o mesmo representa uma perspectiva de zelar pela
saúde do trabalhador.
Agradecimento
Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(CNPq), bela bolsa de iniciação científica concedida à primeira autora.
Referências
ALBUQUERQUE, E. N.; SEABRA, L. M. J.; GOMES, P. M. L. M. Riscos físicos
em uma Unidade de Alimentação e Nutrição: implicações na saúde do
trabalhador. Revista da Associação Brasileira de Nutrição, 2012, v.4, n.5, p.40-
47.
AGUIAR, O. B., FONSECA, M. J. M., VALENTE, J. G. Descrição
sociodemográfica, laboral e de saúde dos trabalhadores do setor de serviços de
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Article
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Este artigo faz uma retrospectiva do conceito de Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) até os dias atuais. Analisa a contribuição dada por alguns pesquisadores nesse campo de estudo e identifica as suas dimensões. Além disso, avalia as dificuldades e obstáculos enfrentados para a adequada implementação de programas de QVT. Aborda, ainda, a conduta workholic, predominante na direção de muitas empresas, e conclui que há muito por fazer para transformarmos o ambiente de trabalho num local melhor para o nosso desenvolvimento e evolução.
Article
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Industrial Safety and Health Law (ISH Law) of Japan requires abnormalities identified in evaluations of worker health and working environments are reported to occupational physicians, and employers are advised of measures to ensure appropriate accommodations in working environments and work procedures. Since the 1980s, notions of a risk assessment and occupational safety and health management system were expected to further prevent industrial accidents. In 2005, ISH Law stipulated workplace risk assessment using the wording "employers shall endeavor." Following the amendment, multiple documents and guidelines for risk assessment for different work procedures were developed. They require ISH Laws to be implemented fully and workplaces to plan and execute measures to reduce risks, ranking them from those addressing potential hazards to those requiring workers to wear protective articles. A governmental survey in 2005 found the performance of risk assessment was 20.4% and common reasons for not implementing risk assessments were lack of adequate personnel or knowledge. ISH Law specifies criminal penalties for both individuals and organizations. Moreover, under the Labor Contract Law promulgated in 2007, employers are obliged to make reasonable efforts to ensure employee health for foreseeable and avoidable risks. Therefore, enterprises neglecting even the non-binding provisions of guidelines are likely to suffer significant business impact if judged to be responsible for industrial accidents or occupational disease. To promote risk assessment, we must strengthen technical, financial, and physical support from public-service organizations, encourage the dissemination of good practices to reduce risks, and consider additional employer incentives, including relaxed mandatory regulations.
Article
This study is concerned with the cooking processes in commercial restaurant kitchens and the characteristics of occupational injuries according to cooking processes. In order to obtain an overall picture of cooking, questionnaire survey was carried out. Furthermore accident data for injured persons were categorized by the cooking processes in progress during the accident, and were analyzed in terms of age of injured person, work experience, accident type, and agency of accident. Survey results of questionnaire show that heated cooking constitutes the largest part, followed by non-heated cooking, and preparation. Also results show that the cooking process in time of the accidents resulted in differences of, such as, type of accident, period of work experience, and agency of accident; (1) Accidents during preparation were caused mainly by machine and tools (86.7%), and most victims were injured in the forms of getting caught in and between objects (45.7%) or with cuts, amputations and punctures (43.9%); (2) Cooking utensils and caldron were behind 55.4% of the accidents, and 73.3% of the accidents during heated cooking processes revealed problems with abnormal temperature; (3) Accident during handling/storing ingredients and serving were most commonly in the forms of slips and falls. Finally, a hazard identification and risk assessment table of kitchen works was derived to classify the possible incidents according to the levels of risk. These findings of accident properties according to cooking process can be used as baseline data for the establishment of systematical preventative policies.
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O metodo 5W2H consiste em uma serie de perguntas direcionadas ao processo produtivo e permite identificar as rotinas mais importantes, detectando seus problemas e apontando solucoes. No presente estudo, o metodo 5W2H foi utilizado para identificar situacoes da cadeia produtiva de joias em uma empresa de pequeno porte, a partir do desenvolvimento de uma colecao denominada Gauchidade. A metodologia possibilitou decompor as varias fases do processo, diagnosticando-se o que era realizado em cada etapa, o custo, os profissionais envolvidos e sua importância para o processo propondo solucoes separadamente.
Por que visitar Angra dos Reis
  • Rdc Férias
RDC FÉRIAS. Por que visitar Angra dos Reis? 2018. Disponível em: <https://www.rdc-ferias.com.br/destinos/angra-dos-reis/#/?aba=oquefazer>. Acesso em: 22 de fev. 2019.
Qualidade de vida no trabalho: abordagens e fundamentos
  • A S Sant'anna
  • Z M Kiliminik
SANT'ANNA, A. S., KILIMINIK, Z. M. Qualidade de vida no trabalho: abordagens e fundamentos. Rio de Janeiro, Elsevier; Belo Horizonte, MG; Fundação Dom Cabral, p. 177-199, 2011.
Avaliação de condições ergonômicas em trabalho realizados em restaurantes universitários
  • V J Strasburg
  • N Scheneider
STRASBURG, V. J.; SCHENEIDER, N. Avaliação de condições ergonômicas em trabalho realizados em restaurantes universitários. Revista Eletrônica em
Método e técnicas de pesquisa social
  • A C Gil
GIL, A. C. Método e técnicas de pesquisa social. 6° ed. São Paulo: Atlas S.A, 216p., 2008.
A percepção sobre protetores auriculares por trabalhadores participantes de programas de preservação auditiva: estudo preliminar
  • C G O Gonçalves
GONÇALVES, C. G O. et al. A percepção sobre protetores auriculares por trabalhadores participantes de programas de preservação auditiva: estudo preliminar, CoDAS, p.309-318, v.27, n.4, 2015,