December 2021
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Uma das possibilidades de questionar e refletir sobre o contexto sociocultural e temporal em que vivemos é pensar, a partir do que nos é familiar, naquilo que nos soa estranho. E então, perceber o que nos remete ao "estranhamente-familiar", que não é nem o próprio "sujeito" e tão pouco o próprio "objeto", ele só acontece na relação de um para com o outro. Um "objeto" por si só pode ser "familiar" e "não familiar" ao mesmo tempo, pois depende da emoção, sentimento, narrativa e ficção que pode estabelecer no binômio sujeito-objeto. Partindo dessa premissa, esse artigo analisa projetos que usam a estratégia do "estranho-familiar" e discorre sobre as implicações desta seara no campo das engenharias, das artes e do design. O presente trabalho demonstra que o "estranhamento" pode ser obtido por diferentes vias, seja alterando a forma esperada para um objeto, o material do qual é feito, e, inclusive, as texturas aplicadas em suas interfaces. Sendo assim, o presente estudo deixa evidente que o conhecimento dos materiais e dos processos de fabricação é fundamental para que, tanto o engenheiro, quanto o designer e, também o artista, possam materializar uma ideia, seja ela esperada (familiar) ou inesperada (estranhamente familiar). Para concluir, podemos afirmar que é na conjunção das ciências, tecnologias, engenharias, artes e matemática (STEAM) que acontece a “mágica” que pode surpreender o interveniente/expectador.