Wagner Stephan de Azevedo’s scientific contributions

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FILOSOFIA COMO FORMA DE VIDA: A PRÁTICA DE TRANSFIGURAR O COTIDIANO
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December 2024

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Revista Contemporânea

Wagner Stephan de Azevedo

O artigo apresenta como a filosofia pode ser, além de conhecimento conceitual, uma prática que ajuda a construir um modo de existir, uma forma-de-vida. Esse modo de ver a filosofia põe em perspectiva uma leitura diversa dos autores antigos, como também apresenta a genética-histórica e atualidade dos exercícios espirituais ligados à filosofia antiga que serve de modelo ao filosofar contemporâneo, como maneira de “reaprender a ver o mundo” a partir do cotidiano. Analisaremos, também, o elemento que está subjacente ao exercício espiritual enquanto esforço para adquirir uma forma de vida, um estilo de vida crítica, autônoma e livre. Destarte, iremos nos apoiar nos escritos do filósofo francês Pierre Hadot, que vista mostrar que o principal objetivo da filosofia antiga e das escolas que dela surgiram não é nos oferecer uma explicação racional do mundo, mas promover uma transformação interna do espírito humano. Assim, a filosofia antiga buscou denominar esse modo humano de viver filosoficamente como atitudes “espirituais”, tais como: equanimidade e ausência de problemas (ataraxia), independência (autarkeia) e bom humor (euthumia).Todas essas atitudes exigem um treinamento físico e mental que se obtém por meio dos exercícios filosóficos (askesis) de autoconsciência, autodomínio e autoexame.Para tornar atual tais exercícios, Hadot propõe uma articulação ontológica – e, por isso, inovadora - das três instâncias fundamentais do viver: o lógico, o ético e físico. É na prática dos exercícios filosóficos que emergem a articulação ontológica dessas três dimensões, que permitem entender as contradições dos textos, os paradoxos não resolvidos, as problemáticas abertas, que só adquirem sentido numa prática de vida. Assim, se percebe que os textos filosóficos estão a serviço do viver bem.


POR UMA ÉTICA DA CONSIDERAÇÃO: COLOCAR A PESSOA AO CENTRO NO TEMPO DE INCERTEZA SOB A PERSPECTIVA DE PAUL RICOEUR

December 2024

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Revista Contemporânea

Este artigo tem como objetivo desvendar que por traz do conceito clássico de pessoa existe toda uma riqueza ética que desapareceu com o advento da modernidade, no momento em que se promoveu a exaltação do Cogito cartesiano e dele uma ideia de sujeito autossuficiente, autofundamente e inteiramente solipsista. A partir de Paul Ricoeur, veremos como emerge uma noção nova e preciosa da pessoa constituída pela alteridade mais profunda de si, uma alteridade que ao ser reconhecida abre a filosofia para uma ética da consideração. Visamos assim contribuir para o atual debate em torno a questão da pessoa e com esta noção recuperar o sentido da virtude da consideração que ficou marginalizado com a nova categoria da luta por reconhecimento.