Vânia Paula de Almeida Neris’s research while affiliated with Federal University of São Carlos and other places

This paper addresses sociocultural aspects as a Grand Challenge for Research in Human-Computer Interaction in Brazil for 2025-2035. The challenge considers the sociocultural diversity involved in the design, implementation, evaluation, and use of interactive computational artifacts. The current scenario reveals a gap between technological solutions and the real needs of various sociocultural groups. The challenge herein described includes the creation or adaptation of tools that respect sociocultural plurality, impacting both the creation of interactive computational artifacts and the education of conscious and critical professionals. This challenge arises from the need for technologies that do not discriminate against, exclude, or harm social groups, and that are developed in a responsible, conscious, ethical, and sustainable manner. Failing to meet this challenge could lead to the formation of technological "bubbles" that promote oppressive views, diminish human capabilities, and prioritize technocapitalist interests over human concerns. In response, we suggest short-, medium-, and long-term actions, emphasizing awareness, research, and continuous monitoring. Therefore, the challenge of considering sociocultural aspects in Human-Computer Interaction aims to transform the relationship between interactive computational artifacts and society, promoting inclusion and positive impact through technological solutions that respect and represent human diversity. Este artigo aborda sobre os aspectos socioculturais como um Grande Desafio de Pesquisa em Interação Humano-Computador no Brasil para 2025-2035. O Desafio tem em consideração a diversidade sociocultural no design, implementação, avaliação e uso de artefatos computacionais interativos. O cenário atual revela uma lacuna entre as soluções tecnológicas e as reais necessidades dos diversos grupos socioculturais. A proposta deste Desafio inclui a criação ou adaptação de instrumentos que compreendam a pluralidade sociocultural, impactando tanto a criação de artefatos computacionais interativos quanto a formação de profissionais mais conscientes e críticos. Este Desafio decorre da necessidade de tecnologias que não discriminem, excluam ou prejudiquem grupos sociais e que sejam desenvolvidas de forma responsável, consciente, ética e sustentável. Não superar este Desafio pode levar à formação de ``bolhas'' tecnológicas que promovem visões opressivas, à diminuição das capacidades humanas e ao privilégio dos interesses do tecnocapitalismo sobre os aspectos humanos. A partir disso, sugerem-se ações de curto, médio e longo prazo, enfatizando a conscientização, o desenvolvimento de pesquisas e o monitoramento contínuo. Portanto, o desafio de considerar aspectos socioculturais na Interação Humano-Computador busca transformar a relação entre os artefatos computacionais interativos e a sociedade, promovendo inclusão e impacto positivo mediante soluções tecnológicas que respeitam e representam a diversidade humana.

Additional therapy support for the treatment of Substance Use Disorders (SUDs) can be provided through digital games. However, we still face challenges in including people in SUDs rehabilitation in the digital game design process. This work seeks to minimize these challenges by investigating how to build a web system that guides end users in recovery from SUDs in digital game design activities with therapeutic potential. We used the Design Science Research method. To evaluate the system, we conducted a usability test with health professionals. The results suggest that healthcare professionals would use the system as an alternative therapy with their patients in SUDs rehabilitation because they saw therapeutic potential in the proposed solution.

Technology plays a relevant role in mental health. Specifically, integrating pervasive technologies with artificial intelligence (AI) holds promising potential to collect users' data, monitor individuals daily, and support treatment. However, the lack of trust in the collected data is a common limitation of prior work on mental health and technology. This paper proposes involving the user in a Human-in-the-loop approach as a solution to deal with the lack of accuracy of data collected through pervasive technology. In our study, end users judged and evaluated the data collected at two different times: before training the computational model, which would be later used for classification; and afterward to evaluate newly collected data that would be predicted and classified by the model. The solution proposed was implemented and tested in a project related to depression in college students. The results indicate positive reactions to the predicted classifications.

Para além de inserir crianças em processos de design, é necessário repensar a forma como ensinamos e concebemos a tecnologia para e com as crianças, especialmente as mais novas. Este artigo apresenta um referencial teórico para apoiar o codesign de tecnologias computacionais por crianças de 4 e 5 anos. A proposta do arcabouço teórico considerou contribuições epistemológicas de codesign, meta-design e experiências práticas com crianças de 4 a 5 anos desenvolvendo tecnologia. Nossa solução enfatiza a necessidade de conhecimento prévio para apoiar o processo de design, bem como o papel do design no processo de aprendizagem, sem deixar de lado a diversão, a utilidade e o dia a dia da criança. Por fim, discutimos a aplicação do arcabouço teórico no projeto de um controle remoto para um carrinho de brinquedo.

Os jogos digitais terapêuticos visam apoiar os tratamentos de reabilitação e ajudar os pacientes a compreenderem, se motivarem e persistirem nas práticas terapêuticas. A construção desses jogos, porém, ainda é realizada com o apoio de profissionais da área de Computação. Este trabalho apresenta a plataforma RUFUS para autoria de jogos digitais, na qual profissionais de diferentes áreas podem criar suas próprias instâncias de jogo a partir de templates com mecânicas pré-definidas. A plataforma foi desenvolvida seguindo preceitos da área de EUP (End-User Programming) e dispõe de duas interfaces distintas: uma interface Web, para autoria de jogos por parte do profissional (atualmente composta por cinco mecânicas de jogos diferentes) e um aplicativo móvel, em que o jogo é entregue ao público-alvo dos profissionais. A plataforma também oferece a visualização de relatórios de interação. Técnicas de design participativo foram usadas durante o design e a avaliação das mecânicas disponíveis, e envolveu diferentes partes interessadas no projeto. Diversas avaliações empíricas e analíticas foram realizadas nas interfaces da RUFUS, todas apresentando resultados positivos. Novos estudos com usuários-alvo, no entanto, ainda são necessários para aperfeiçoar a plataforma.