Tânia Sarmento-Pantoja’s scientific contributions

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Publications (11)


MEMÓRIA DA FICÇÃO E A ESCRITORA/NARRADORA NEGRA EM CONCEIÇÃO EVARISTO, A INVENÇÃO EM UMA MEMÓRIA QUE ESQUECE
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July 2024

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4 Reads

Pamela Paula Souza Neri

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Tania Sarmento-Pantoja

A voz de Maria Nova em Becos da memória confunde-se com a de Conceição Evaristo pela “parecença”, ora costurada pelas narrativas do trauma, no tempo da narrativa, ora como resistência, em um ofício de memória da ficção, no tempo da narração. Maria Nova, menina, vive o desfavelamento dos corpos negros no espaço e na memória silenciada da favela. Quando mulher, relata as rememorações pela barbárie, um reconhecimento dos esfacelamentos de tais corpos, pela elaboração do lugar de fala representado no ofício da escritora negra hoje e no passado, do possível e do provável. Logo, pretende-se discutir como o lugar de fala dessa escritora na contemporaneidade é formado pela marcação do tempo, de um passado colonizador e um presente estereotipado, de um conhecimento imaginário possível somente pela experiência, no tempo depois do trauma. Assim como, interpretar a relação da memória de ficção, esquecimento e a invenção, matérias de uma narrativa decolonial. Para tanto, partiremos de Homi Bhabha (1998); Conceição Evaristo (2017); Djaimilia Pereira de Almeida (2023); Luíza Santana Chaves (2014); Nogueira (2021); e Spivak (2010).

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VIOLÊNCIA E MEDO EM A ILHA DA IRA DE JOÃO DE JESUS PAES LOUREIRO

June 2024

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2 Reads

This work intends to analyze some representations of violence and fear in the dramaturgical narrative A Ilha da Ira (1975), by João de Jesus Paes Loureiro. This investigation is built on the hypothesis that the character “A Velha”, the ruler of the island where the actions of the narrative are developed, is characterized according to the elements of the Dictator and strongly associated with Sovereignty. To account for this hypothesis, we use two formulations to analyze the narrative, namely: the relationship between history and fiction; the appropriations directed to the mythical imaginary as a response to the conflicting reality, associated with the history-fiction relationship. As for the story-fiction pair, we note that the narrative dialogues with a set of references to authoritarianism in the Amazon – the uprising of Cabanagem and the 1964 Civil-Military Dictatorship. In relation to the real-imaginary, intertextual dialogues with elements of classical mythology – the Medusa myth; and mythical-legendary – the Amazonian legend of Matintaperera. In this way, we consider some theoretical questions, to understand the study about violence and fear and its ramifications in the process of understanding and analyzing the narrative. In this context, our starting point is the reflections of Walter Benjamin, Jaime Ginzburg, Elias Canetti and Tânia Sarmento-Pantoja to articulate the studies of violence and fear in the literary work.


CATÁSTROFE E RESISTÊNCIA NA AMAZÔNIA CONTEMPORÂNEA: uma análise discursiva do conto Mamí tinha razão, de João Meirelles Filho

June 2024

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2 Reads

This communication proposes to analyse, from the perspective of comparative studies and landscape theory, the poem Canción de jinete, by Federico García Lorca, and the Brazilian resistance poetry produced after the military coup of 1964 (Ferreira Gullar, Thiago de Mello, mimeograph generation, etc.). To this end, theoretical and philosophical contributions on landscape and complexity (Claudio Guillén, Michel Collot, Anne Cauquelin, Agustín Berque, Alain Roger, Gilles Deleuze, Manuel Ángel Vázquez-Medel, Èdouard Glissant) will be taken as support to seek parallels and similarities, in the construction of the forbidden landscape, between the Spanish poet and Brazilian poetry. Military dictatorships have disastrous consequences on any community and one of the most persecuted segments, due to its power of persuasion, is the artistic/intellectual. Murders, torture and exile are the main resources used by usurpers to silence the voices of those who resist living under the shadow of totalitarianism. As a cultural construct, the literary landscape is influenced by the space-time circumstances in which the poet finds himself. The landscape apprehended in experiences of oppression and exile records the violence that human beings can exercise in situations of power, remaining as a historical testimony of a tragedy that should not be repeated, nor forgotten.



Figura 2 -Resistência (Nº 9), 02-1979
A poética da resistência nos poemas sobre a Guerrilha do Araguaia: o corpus do jornal Resistência

December 2020

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12 Reads

Aletheia

Este artículo analiza dos poemas que tienen como tema la Guerrilla del Araguaia, que integran un conjunto de textos poéticos publicados en el periódico Resistencia, en febrero de 1979, en Brasil. El análisis consideró los aspectos históricos relacionados al tema y la constatación de la cuestión central: qué elementos presentes en los poemas permiten ubicarlos dentro de una poética de la resistencia.


Correntes e contracorrentes da memória e do sublime em dois contos da bacia amazônica

December 2019

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3 Reads

MOARA – Revista Eletrônica do Programa de Pós-Graduação em Letras ISSN 0104-0944

Este trabalho tem como objetivo observar os percursos da memória e as representações do sublime nos contos La llocllada e Poraquê, dos escritores Francisco Izquierdo Ríos (2010) e João Meirelles Filho (2017), o primeiro ambientado na Amazônia peruana e o segundo na Amazônia brasileira. As hipóteses que nos guiam são a de que a fulguração da memória como elemento narrativo em ambos os contos decorre de um mesmo estímulo externo –– a sublevação das águas da Bacia Hidrográfica Amazônica provocada por fenômenos naturais que estabelecem marcos na vida dos personagens ––, e de que o sublime emerge como efeito estético associado ao ato da recordação dos narradores de forma diferenciada nos dois textos ficcionais. Para as considerações sobre a operação narrativa prenunciadora da memória tomaremos como referenciais as contribuições de Paul Ricoeur (2007), Maurice Halbwachs (1990), Pierre Nora (1993), Jacques Le Goff (1990), Paolo Rossi (2010) e Aleida Assmann (2011). Já as discussões sobre o sublime terão como referência os conceitos formulados por Dionísio Longino (2015) e Edmund Burke (2016).


“Vidas viradas pelo avesso”. Catástrofe e biopolítica na literatura: Contribuições para a crítica literária

August 2019

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34 Reads

Literatura e Autoritarismo

Neste dossiê, intitulado Catástrofe e Biopolítica na Literatura: contribuições para a crítica literária, uma coletânea de textos em formato de artigos movimenta um corpus de narrativas literárias analisadas conforme um conjunto de conceitos e categorias, dentre os quais destacamos: catástrofe, biopolítica, vida, morte, trauma, poder soberano e estado de exceção.


A redundância como elemento estetizante no testemunho: Soledad no Recife (romance) e Ausênc’as (ensaio fotográfico)

August 2019

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29 Reads

Literatura e Autoritarismo

Este estudo se baseia em pesquisa bibliográfica e análise das obras Soledad no Recife, romance de Urariano Mota, e Ausênc’as, ensaio fotográfico de Gustavo Germano. A hipótese é a de que a redundância pode ser uma categoria viável para a análise de produções artísticas, particularmente as de cunho testemunhal. Para tanto propomos mostrar como a redundância opera nessas produções não apenas como recurso de linguagem, mas, sobretudo, como artifício criativo. Ao considerar a redundância como conceito-chave a análise desenvolvida pauta-se em três aspectos fundamentais: primeiro, essas produções se constroem sobre a base da noção de hiato, condição que perpassa todas as dimensões constituidoras dos materiais analisados no corpus; segundo, as funções da redundância no interior do texto testemunhal ou de teor testemunhal; terceiro, a ideia de que a memória da insurgência, mesmo depois do perecimento físico do insurgente, prevalece como possibilidade de questionamento da violência de Estado, bem como os usos éticos e políticos dessa memória.


Descolonizar o ato colonizador, ressiginificar histórias: resistências

March 2019

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5 Reads

Literatura e Autoritarismo

Os séculos XX e XXI foram, segundo Eric Hosbabawn e Márcio Seligmann-Silva, respectivamente, a Era das Catástrofes e a Era dos Testemunhos. Diante do olhar abismado frente às atrocidades experimentadas nesses dois séculos, resistir transformou-se em uma necessidade incontornável. Por esse motivo, não seria exagero falarmos também em uma Era das Resistências, categoria proposta por Augusto Sarmento-Pantoja, cujos formatos e performances são objetos da presente edição intitulada Literatura e Cinema de Resistência: ressignificando histórias.


A narrativa do perpetrador no Brasil: Memórias quase póstumas de um ex-torturador e Memórias de uma guerra suja

March 2019

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189 Reads

Literatura e Autoritarismo

Resumo: A categoria “narrativa do perpetrador” é aqui proposta com base no paralelo com a categoria “romance do ditador” ou “narrativa do ditador”. Desse modo, da mesma forma que o romance do ditador tematiza e confere protagonismo ao tirano, a exemplo do paradigmático El otoño del patriarca e o recente La fiesta del chivo, sugerimos a narrativa do perpetrador como aquela que tematiza e confere protagonismo ao perpetrador, considerando o perpetrador como aquele que comete ato condenável, crime ou delito. No caso das narrativas analisadas neste estudo consideramos o perpetrador como todo agente fiscalizador e punitivo pertencente ao braço armado dos regimes de exceção. Sendo uma extensão do tirano o perpetrador é o responsável direto pelo funcionamento da máquina repressiva: ora o policial que investiga e colhe informações sobre os opositores do regime, ora a autoridade responsável por planejar e conduzir as ações repressivas, ora o torturador que executa as sevícias, os desaparecimentos e os assassinatos. Como forma de compreender o funcionamento da narrativa do perpetrador, apresentamos a análise do romance Memórias quase póstumas de um ex-torturador (2006), de João Bosco Maia, e o testemunho mediado Memórias de uma guerra suja (2012), de Rogério Medeiros e Marcelo Netto, com base nos depoimentos do ex-delegado do DOPS Cláudio Guerra.