August 2024
·
6 Reads
Revista Thésis
Esse ensaio aborda o tema do feminismo periférico a partir das experiências e práticas da Coletiva As Caboclas na cidade do Rio de Janeiro, procurando problematizar as ações de mulheres na periferia, que englobam desde a busca por autonomia nas questões de construção e melhorias habitacionais até a luta por direitos. O ponto de partida foi uma prática de assessoria técnica para um projeto de melhorias habitacionais no bairro de Campo Grande, no Bosque dos Caboclos, chamado Mulheres em Ação entre 2017 e 2019, para um grupo exclusivo de mulheres. A experiência na troca de saberes entre mulheres periféricas e arquitetas suscitou reflexões sobre questões de gênero e racismo em territórios periféricos. Para estas reflexões utilizamos os conceitos de autonomia, reconhecimento, emancipação de Freire (1996), hooks (2017; 2019), Gonzalez (1983, 1988), Butler (2018) e Fraser (2013), bem como o conceito de práxis em Lefebvre (1968,1991) e Freire (1970), e o de grupo sócio-espacial de Kapp (2018). Entender o ativismo urbano periférico a partir de práticas feminista contribuirá um urbanismo antissexista e antirracista.