Natália de Fátima Gonçalves Amâncio’s research while affiliated with Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais and other places

A Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica (PAV) é uma das Infecção Relacionada à Assistência de Saúde (IRAS) mais frequentes em situações de cuidados intensivos. Então, foram idealizados bundles para a prevenção dessa condição, com a finalidade de diminuir a incidência nas Unidades de Terapia Intensiva e elevar as taxas de recuperação dos pacientes. Esse estudo realiza uma revisão integrativa de literatura no período de 2020 a 2024, nas bases de dados Google Scholar, Biblioteca Virtual em Saúde e National Library of Medicine, com o objetivo de sintetizar os principais achados sobre a prevenção dos bundles na incidência da PAV. A partir da leitura foi possível inferir que os bundles apresentam uma performance satisfatória na maioria dos hospitais, principalmente em instituições menores. Algumas barreiras na implementação podem comprometer os resultados como o baixo índice de adesão dos profissionais por todos os itens do pacote e a falta de recursos disponíveis. Geralmente os pacotes incluem itens como elevação de cabeceira de 30° a 45°, cuidados orais, manutenção da pressão do cuff, sedação descontinuada, local adequado para o sistema de ventilação, aspiração subglótica, higiene das mãos e fisioterapia respiratória. Utilizar estratégias para garantir a aderência de todos os elementos pelos cuidadores é importante, como, por exemplo, o uso de mnemônicos e vigilância. Além disso, a educação continuada pode ser aplicada, foi evidenciado que os treinamentos recorrentes podem ser bons aliados para a manutenção das boas práticas em relação a prevenção da PAV. Pode-se concluir que há alguns obstáculos a serem superados, entretanto o uso do bundle é extremamente benéfico.

Introdução: Visto a necessidade de elaborar estratégias de prevenção a acidentes de trânsito para redução dos impactos econômicos e sociais, a análise do perfil epidemiológico das vítimas desses acidentes é um meio relevante para isso. Objetivo: Este estudo busca descrever o perfil epidemiológico das internações por acidentes de trânsito no Brasil, visando subsidiar estratégias de prevenção e redução de impactos. Metodologia: Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo e transversal, com levantamento de internações hospitalares por acidentes de trânsito registradas no DATASUS entre 2023 a 2024. Os dados foram coletados do SIH/SUS, abrangendo variáveis como faixa etária, sexo, caráter do atendimento e causas. Resultados e Discussão: Os resultados mostram que homens predominam nas internações por acidentes de trânsito, com proporção maior que 3 para 1 em relação às mulheres, refletindo comportamentos de risco e maior exposição ao trânsito. Motocicletas lideram os acidentes (68,46%), seguidas por pedestres e ciclistas, devido à vulnerabilidade física e infraestrutura inadequada. O Sudeste concentrou 38% das internações, seguido pelo Nordeste (29,8%). Dezembro de 2023 registrou o pico de atendimentos, indicando possível sazonalidade. Esses dados destacam o impacto dos acidentes na saúde pública, com altos custos e sobrecarga hospitalar, reforçando a necessidade de prevenção e melhorias na infraestrutura urbana e segurança. Conclusão: Os acidentes de trânsito no Brasil geram muitas internações, sendo um grave problema de saúde pública que exige estudos e intervenções governamentais. Melhorias na segurança viária são essenciais, principalmente nas regiões Sudeste e Nordeste. Medidas preventivas são fundamentais para reduzir internações, custos e óbitos associados.

O Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) está associado a altos níveis de glicemia, fator que contribui para o desenvolvimento e progressão da disfunção renal. A Nefropatia Diabética (ND), uma complicação microvascular do DM2, caracteriza-se por albuminúria persistente e declínio da taxa de filtração glomerular (TFG), sendo uma das principais causas de Doença Renal Crônica (DRC). Este estudo teve como objetivo analisar, por meio de revisão integrativa da literatura, a relação entre hiperglicemia em pacientes com DM2 e a progressão da disfunção renal, comparando-os a pacientes não diabéticos. A metodologia incluiu busca em bases de dados como PubMed, SciELO e BVS, utilizando descritores “diabetes mellitus”, “disfunção renal” e “nefropatia diabética”. Foram analisados 21 artigos publicados entre 2020 e 2024, selecionados com base em critérios de inclusão previamente definidos. Os resultados indicaram que níveis elevados de glicemia aceleram o declínio da TFG e aumentam a albuminúria em pacientes com DM2. Além disso, intervenções como controle glicêmico rigoroso, redução da ingestão proteica e o uso de inibidores do SGLT2 mostraram-se eficazes em retardar a progressão da ND. A discussão ressaltou a interação entre fatores genéticos, clínicos e ambientais no manejo da ND, além da importância de diagnóstico precoce com marcadores como albuminúria e cistatina C. Conclui-se que a hiperglicemia é um determinante crítico na progressão da ND em pacientes com DM2, reforçando a necessidade de abordagens integradas para reduzir complicações renais e melhorar a qualidade de vida desses pacientes.

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um distúrbio do neurodesenvolvimento em crianças, caracterizado por desatenção, hiperatividade e impulsividade. Este estudo revisou tratamentos farmacológicos e não medicamentosos, documentando suas características, benefícios e limitações. A pesquisa consistiu em uma revisão integrativa de literatura com 21 estudos publicados entre 2020 e 2024, obtidos em bases como PubMed, SciELO e BVS. Os tratamentos farmacológicos, principalmente com estimulantes como metilfenidato e lisdexanfetamina, demonstraram eficácia na redução de sintomas, mas apresentam efeitos colaterais, como insônia e perda de apetite, além de possíveis impactos no desenvolvimento cerebral a longo prazo. Entre as terapias não medicamentosas, a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) destacou-se por melhorar o controle emocional e organizacional. A musicoterapia e a arteterapia facilitaram a expressão emocional e a interação social, enquanto a dietoterapia enfatizou o papel de nutrientes como ômega-3, ferro e zinco, com redução de açúcares e corantes artificiais. Atividades físicas, como a natação, foram associadas a melhorias na atenção e regulação emocional. O neurofeedback mostrou-se promissor, apesar de desafios metodológicos e baixa aceitação clínica. Conclui-se que o uso integrado de abordagens farmacológicas e não medicamentosas apresenta um modelo promissor no manejo do TDAH, especialmente em casos leves e moderados, promovendo qualidade de vida para os pacientes e suas famílias. No entanto, são necessários mais estudos comparativos robustos para avaliar a eficácia relativa de cada método.

O lipedema é uma condição crônica caracterizada pelo acúmulo desproporcional de tecido adiposo nas extremidades inferiores, afetando principalmente mulheres e frequentemente confundida com obesidade. Ele provoca dor, sensibilidade e sensação de peso, comprometendo a qualidade de vida. Este estudo objetivou avaliar os efeitos de dietas específicas e mudanças nos hábitos de vida sobre o manejo do lipedema, com revisão da literatura entre 2020 e 2024 para avaliar os efeitos de dietas e mudanças de hábitos no manejo do lipedema, utilizando fontes como PubMed, SciELO, Google Scholar e BVS na seleção final de 20 artigos. Intervenções dietéticas, como a dieta cetogênica (rica em gorduras e pobre em carboidratos) e a dieta mediterrânea modificada (rica em antioxidantes e ômega-3), mostraram benefícios significativos. A dieta cetogênica favoreceu a perda de peso e a redução da inflamação, enquanto a dieta mediterrânea apresentou efeitos anti-inflamatórios. A prática de exercícios físicos regulares e o manejo do estresse amplificaram esses benefícios. Além disso, a autoavaliação precoce mostrou-se eficaz para diagnóstico e adesão ao tratamento. Conclui-se que estratégias combinando dietas específicas e hábitos saudáveis são fundamentais para um manejo eficaz do lipedema, destacando-se a importância de abordagens personalizadas para atender às necessidades individuais.

Introdução: O hipotireoidismo é uma disfunção endócrina caracterizada pela redução na produção dos hormônios T3 e T4, que causando uma série de sintomas debilitantes que impactam expressivamente a qualidade de vida dos pacientes. O tratamento padrão envolve a reposição hormonal com levotiroxina, porém, em muitos casos, os sintomas persistem, indicando a necessidade de abordagens complementares. Nesse contexto, a prática de exercícios físicos tem sido apontada como uma intervenção eficaz na melhora dos aspectos físicos e mentais desses pacientes. Este estudo tem como objetivo avaliar a eficácia dos exercícios físicos como complemento ao tratamento medicamentoso no manejo do hipotireoidismo. Metodologia: Se trata de uma revisão de literatura de estudos que relacionam a prática de exercício físicos e a redução dos sintomas em pacientes com hipotireoidismo publicados nos últimos 5 anos nos idiomas inglês, português, espanhol e polonês. Foram selecionados 20 artigos por meio de um levantamento de dados baseado em uma pergunta norteadora nas plataformas Google Scholar, Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e National Library of Medicine (PubMed). Resultados e Discussão: A prática regular de exercícios físicos, especialmente os aeróbicos e combinados, promoveu benefícios significativos. Entre os principais efeitos, destacaram-se a redução nos níveis de TSH, melhora na modulação dos hormônios T3 e T4, maior controle do peso corporal, aumento da força muscular e melhorias na capacidade cardiorrespiratória. Além disso, os exercícios impactaram positivamente a saúde mental e as funções cognitivas, reduzindo sintomas depressivos e melhorando a qualidade de vida. A combinação de exercícios físicos com o tratamento medicamentoso mostrou resultados superiores em comparação às abordagens isoladas, potencializando o manejo da doença. Conclusão: Diante os estudos abordados, é possível afirmar que a prática de exercícios físicos é uma estratégia eficaz para complementar o tratamento farmacológico em pacientes com hipotireoidismo, promovendo benefícios físicos e psicológicos.

Introdução: A psoríase é uma doença inflamatória crônica, não contagiosa, e autoimune, caracterizada por lesões eritematosas e descamativas que afetam a pele, sendo sua manifestação influenciada por aspectos ambientais, emocionais e genéticos. Tal doença possui tratamentos convencionais com medicamentos tópicos, sistêmicos e/ou imunobiológicos, entretanto, essas terapêuticas possuem diversos efeitos adversos. Sendo assim, esta revisão objetivou avaliar a eficácia da fototerapia, uma abordagem terapêutica menos invasiva, no tratamento das lesões teciduais da psoríase em comparação aos tratamentos medicamentosos convencionais, visando identificar seus benefícios e limitações. Metodologia: Esta revisão analisou 20 artigos publicados nos últimos cinco anos, selecionados a partir de uma pesquisa bibliográfica nas principais bases de dados eletrônicas, como Google Scholar, Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), Scientif Eletronic Library Online (SciELO) e National Library of Medicine (PubMed). Resultados: O estudo revelou que a psoríase é a doença para a qual mais se utiliza a fototerapia como método de tratamento, sendo este, um procedimento válido e eficaz. Desse modo, o seu uso possibilita a reparação tecidual, o aumento da microcirculação superficial, a diminuição da dor e da inflamação, a recuperação muscular e pode atrasar em até um ano o uso dos medicamentos sistêmicos. Conclusão: Por fim, após esta revisão é possível afirmar que a fototerapia possui indicações para o tratamento das lesões teciduais da psoríase, mas não é mais eficaz do que os métodos convencionais, pois para garantir a eficácia do tratamento e para justificar o uso correto dessa terapêutica, deve-se avaliar o grau da psoríase. Além disso, a fototerapia, especialmente o método UVB-NB, atua como um bom adjuvante tanto em casos leves como em moderados a grave, tendo como contraindicações os indivíduos fotossensíveis, com albinismo ou histórico de câncer.

Introdução: A astenopia digital, ou síndrome da visão relacionada ao uso de dispositivos eletrônicos, afeta milhões de pessoas e causa sintomas como fadiga ocular, dor de cabeça e visão turva, devido ao uso prolongado de telas. Objetivo: O presente estudo investiga a eficácia dos filtros de luz azul na redução dos sintomas de astenopia digital, uma condição comum entre indivíduos que utilizam dispositivos eletrônicos por longos períodos. Metodologia: A revisão integrativa realizada considerou 20 estudos publicados entre 2020 e 2024. A metodologia seguiu uma abordagem em etapas, começando com a seleção de artigos por meio de bases de dados como PubMed, SCIELO, EBSCO e Google Scholar, seguida pela análise crítica e síntese dos resultados. Resultados e Discussão: Os filtros de luz azul, quando aplicados corretamente, ajudam a reduzir sintomas de fadiga ocular, como olhos secos, visão embaçada e dores de cabeça, além de melhorar a função visual e a acomodação ocular, especialmente em pessoas jovens e profissionais que passam muitas horas em frente às telas. Contudo, alguns estudos indicam que a eficácia dos filtros pode variar entre os usuários, influenciada por fatores como predisposição genética, ergonomia inadequada e tempo de exposição aos dispositivos. Conclusão: Embora os filtros de luz azul mostrem eficácia em reduzir os sintomas de astenopia digital, sua eficácia não é universal. A combinação com outras práticas preventivas, como a ergonomia adequada e o controle do tempo de exposição às telas, pode ser crucial para maximizar seus benefícios e proteger a saúde ocular em ambientes de trabalho digitalizados.

Introdução: O diabetes mellitus (DM) tipo 2 é uma doença crônica que afeta significativamente a população, é caracterizada pela desordem metabólica e por elevadas concentrações de glicose no sangue. Fatores como o sedentarismo e a alimentação inadequada contribuem para essa prevalência. Ademais, evidencia-se que a demanda de mudanças no estilo de vida do indivíduo com DM tipo 2 é um desafio no tratamento dessa patologia. Objetivo: Este artigo teve como objetivo analisar os efeitos do exercício físico no controle glicêmico de pacientes com DM tipo 2, buscando analisar como a sua prática regular é benéfica para a homeostase glicêmica de pessoas com DM tipo 2. Metodologia: Este estudo, que trata-se de uma revisão integrativa de literatura, permitiu a análise de artigos nas bases de dados Google Scholar, PubMed, Scielo e BVS, com critérios de inclusão limitando-se a artigos publicados nos últimos 5 anos e de exclusão artigos em que o titulo e o resumo não estivessem relacionados ao tema de pesquisa. Ao todo, 20 estudos foram selecionados para análise. Resultados e discussão: A análise dos resultados dos estudos demonstra que a prática de exercícios físicos é um fator importante para manter o controle glicêmico adequado no diabetes tipo 2. As evidências encontradas mostram que indivíduos diagnosticados com DM tipo 2 e que praticam atividade física possuem glicemia controlada e um tratamento mais satisfatório. Assim, o sedentarismo e fatores como a alimentação inadequada contribuem para o desequilíbrio glicêmico. Conclusão: A análise desenvolvida destaca que o sedentarismo e o consumo de alimentos desapropriados aumentam a incidência do descontrole glicêmico na população diabética. Assim, a importância da prática regular de exercícios físicos e da alimentação adequada para melhorar o índice glicêmico, bem como a qualidade de vida dos indivíduos com diabetes mellitus tipo 2 é evidenciada.

A esclerose múltipla (EM) é uma doença autoimune e neurodegenerativa que afeta o sistema nervoso central, caracterizando-se pela desmielinização, inflamação e perda progressiva de função neurológica. A vitamina D tem sido amplamente investigada como um agente imunomodulador e neuroprotetor, com potencial terapêutico no manejo da EM. Neste sentido, este estudo consistiu em uma revisão integrativa da literatura, com o objetivo de avaliar as evidências mais recentes sobre o papel da suplementação de vitamina D na progressão da doença, nos desfechos clínicos e na segurança de seu uso. Foram analisados 20 artigos publicados entre 2020 e 2024, identificados em bases como PubMed, SciELO, Google Scholar, EbscoHost e Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). Os resultados indicam que a suplementação de vitamina D pode estar associada à redução da frequência de surtos, melhora de sintomas como fadiga e diminuição das lesões observadas em exames de ressonância magnética. Além disso, a vitamina D demonstrou potencial para modular o sistema imunológico e proteger o sistema nervoso central, contribuindo para a preservação da mielina e retardando a progressão da doença. Apesar dos benefícios observados, permanecem incertezas quanto à dosagem ideal, efeitos a longo prazo e variações de resposta entre pacientes, o que reforça a necessidade de estudos adicionais. Conclui-se que a vitamina D é uma estratégia terapêutica complementar promissora para o manejo da esclerose múltipla, podendo melhorar a qualidade de vida dos pacientes e otimizar os desfechos clínicos. No entanto, a implementação dessa abordagem deve ser realizada com acompanhamento clínico adequado, visando maximizar os benefícios e garantir a segurança no tratamento.