Luís Henrique do Nascimento Gonçalves’s research while affiliated with Fundação Oswaldo Cruz and other places

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Publications (4)


As múltiplas faces da InfodemiaThe multiple faces of the InfodemicLas múltiples caras de la infodemiaLes multiples visages de l'infodémie
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  • Full-text available

September 2024

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8 Reads

RECIIS

Luis Gonçalves

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Neste artigo, revisamos partes da literatura acadêmica sobre a infodemia buscando preencher uma lacuna de estudos que descrevam a sua existência político-econômica, científica, sociotécnica e psicossocial em geral, ao mesmo tempo em que verifiquem como essa imbricação se encontra com a realidade brasileira. Nesse enquadramento, a infodemia emergiu como uma superabundância problemática de informações sobre saúde, capaz de comprometer seus cuidados individuais e coletivos e que integra conflitos sócio-econômicos e culturais relacionados ao capitalismo neoliberal e periférico. Por isso, encontramos distintas e até antagônicas formas de caracterizar e enfrentar a infodemia. Algumas delas contrastam com os princípios do SUS e da reforma sanitária, especialmente com relação à participação política dos sujeitos atingidos pela infodemia enquanto uma forma de enfrentar o fenômeno e os conflitos de que ela faz parte. Concluímos que, enquanto um fenômeno multideterminado, a infodemia deve continuar sendo pesquisada interdisciplinarmente de modo a contribuir com tal participação política.

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Cognitivismo neoliberal e o trabalho de usuário no Design de UX

December 2023

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20 Reads

Liinc em Revista

Este trabalho dá continuidade às pesquisas que buscam preencher uma lacuna nos estudos críticos e transdisciplinares sobre as implicações político-econômicas e psicossociais do design de UX. Para isso, a partir de uma revisão de literatura integrativa, elaboramos elementos para uma crítica imanente das teorias, técnicas e tecnologias deste campo. Encontramos antigas crenças acerca da redução da ontologia do ser social às leis da natureza enquanto uma argumentação para nossa cognição falível, o que justificaria a criação de arquiteturas de contextos, decisões e atividades para os usuários de mercadorias digitais. Utilizando a própria literatura de base do design de UX (ciências cognitivas, interação humano-computador e marketing), demonstramos o caráter ideológico e pouco científico desses pressupostos, bem como o seu papel mediador para a cooperação compulsória dos usuários na produção de dados digitais. A partir das teorias sócio-históricas da subjetividade, concluímos (1) que essas determinações são "encriptografadas" pelo design de UX, fazendo as tecnologias digitais, seu trabalho e seu intelecto geral aparecerem na forma fetichizada de mercadorias digitais; e (2) que isso exige ações políticas organizadas para a regulação democrática deste mercado


Saúde digital e a plataformização do Estado brasileiro

July 2023

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47 Reads

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13 Citations

Ciência & Saúde Coletiva

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Resumo A implementação da saúde digital constitui um enorme desafio para a Saúde Coletiva, sendo urgente abrir o debate sobre os impactos mais imediatos das tecnologias digitais nas políticas de saúde. A saúde digital compreende a incorporação de novas tecnologias e potencialmente reconfigura relação entre Estado e sociedade, em um processo denominado plataformização - de gestão dos serviços de saúde por meio da interpretação de grandes volumes de dados. Este trabalho traça um panorama histórico sobre as políticas brasileiras de informação e analisa a saúde digital como um caso de plataformização do Estado Brasileiro. Para tanto, analisa a estratégia brasileira de saúde digital partir de três dimensões: a concentração de dados, os usuários-consumidores e a privatização das infraestruturas públicas. Por fim, busca tornar nítida a tendência global a favor de uma inovação que escamoteia a expectativa pela digitalização como dinamizadora da reprodução capitalista.


Dimensões subjetivas na Saúde Digital

November 2022

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40 Reads

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2 Citations

Liinc em Revista

As heterogêneas e contraditórias estruturas do capitalismo global vêm moldando de diferentes formas os significados sociais acerca da Saúde Digital e, com isso, também seu desenvolvimento e regulação. Para uma melhor compreensão destas questões, nesta revisão de literatura destacamos que tais estruturas contêm certas dimensões subjetivas que precisam ser investigadas de forma mais detida. Para isso, analisamos como a Saúde Digital se torna um espaço tanto de expansão das potencialidades humanas quanto para o acirramento dessas contradições estruturais. Discutimos como os modos de governamentalidade capitalista seriam atualizados junto a esses movimentos, moldando subjetivamente patologias, pacientes e o cuidado em saúde. Analisamos como esses processos podem se desdobrar em técnicas comportamentais que podem ser embarcadas em dispositivos e aplicativos de saúde e bem-estar, bem como suas consequências e riscos potenciais, o que exige atenção regulatória com participação social

Citations (2)


... A fidelização do cliente garante que um paciente/cliente permaneça sobre os cuidados de um determinado profissional de saúde por um maior tempo. (Rachid, 2023). ...

Reference:

IMPORTÂNCIA DO USO DE FERRAMENTAS DE MARKETING DIGITAL PARA ATRAIR NOVOS PACIENTES PARA CLÍNICAS, HOSPITAIS E TELEMEDICINA
Saúde digital e a plataformização do Estado brasileiro

Ciência & Saúde Coletiva

... Ocorre que o uso de psicotecnologias, seja para a disseminação ou o enfrentamento desse fenômeno, parte de abordagens problemáticas da relação entre percepção, significação, atividades e agência do ser social. Em certos casos, elas assumem crenças reducionistas e discutíveis sobre um ser social previsivelmente racional (Ariely, 2008), as quais, além de mistificar e sobrepesar o conceito de razão e o papel da cognição, tratam essa suposta característica humano-social como naturalmente dada e não sócio-historicamente posta (Gonçalves et al., 2022). Assim, se tal agenciamento 5 frágil e falível poderia ser explorado infodemicamente para pautas político-culturais furtivas, também poderia ser corrigido por um paternalismo libertário (Thaler;Sunstein, 2003) embarcado em affordances, arquiteturas de decisão, design de interfaces digitais e suas recompensas variáveis (Ecker et al., 2022;Gonçalves, 2023). ...

Dimensões subjetivas na Saúde Digital

Liinc em Revista