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Rien n'est ellipse, les signes restant toujours adéquats à ce qu'ils expriment.» Saussure 0. Introdução Este trabalho pretende analisar a sintaxe das construções envolvendo um nome elíptico em contexto adjectival em frases extraídas do Português e do Francês. 1 Vejamos nessas duas línguas alguns exemplos preliminares ([e] assinala a elipse): (1) a. Embora todos os concorrentes estivessem preparados, [alguns/estes/os nossos/os Portugueses/*os [e]] desistiram devido ao calor intenso. b. O livro verde e [o [e] vermelho] têm sensivelmente o mesmo preço c. * O livro verde e [o [e] interessante] têm sensivelmente o mesmo preço (2) a. Bien que les coureurs soient bien préparés, [plusieurs/les français//*ces/*nos/*les [e]] ont abandonné b. J'ai acheté les livres français et [les [e] anglais] c. * J'ai acheté les livres français et [les [e] chers] Os casos de elipse do nome exemplificados levam a dois tipos de observações. Em primeiro lugar, a ausência do nome parece poder ser atribuída à presença de determinado elemento, devendo no entanto essa relação ser definida, já que produz nas duas línguas resultados diferentes (1.a) (2.a). Em segundo lugar, alguns adjectivos presentes autorizam a elipse do nome quando associados preferencialmente a determinados outros (compare-se 1.b.c ou 2.b.c), o que levanta a questão da identidade dos pares realizados. Para comentar os casos apresentados, precisamos, em primeiro lugar, de referir brevemente o estatuto sintáctico da elipse do nome. Haverá também que esclarecer alguns aspectos da sintaxe do adjectivo, e, mais geralmente, da estrutura interna das expressões nominais, de modo a poder, por fim, fornecer um quadro estrutural/nocional para as elipses nominais com adjectivo.