Eng º Silvicultor’s scientific contributions

A análise do tipo e quantidade de meios empregue no combate a incêndios rurais é importante para o reconhecimento das tácticas mais frequentes. A representação cartográfica das distribuições das suas frequências tornam claros os padrões de empenhamento em termos das tipologias e das quantidade de meios empregues nas acções de extinção. Existem diversos factores que influenciam as tácticas usadas, dos quais se destacam: - disponibilidade de meios - tipo e gravidade do incêndio - tipo de orografia e ocupação do solo - presença de habitações - técnicas de combate - experiência e formação dos elementos de comando Partindo da informação recolhida pelo ex Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção foi possível constituir uma base de dados com informação georreferenciada, a partir da qual foi possível representar as diferentes combinações de meios usados, assim como foi possível representar o número de meios usados.

A melhoria da detecção dos incêndios florestais, tem sido apresentada como uma das principais medidas tendentes á resolução dos incêndios florestais. Dentro desta melhoria tem sido comum estabelecer como objectivo " detectar o mais rapidamente possível os incêndios ". Existem no entanto outros aspectos que não tem tido o tratamento necessário. A detecção dos incêndios florestais é constituída por:  detecção por postos de vigia  detecção por brigadas móveis  detecção por meios aéreos  detecção por populares  detecção por sensores Cada componente deste sistema tem uma determinada importância para o todo, e tem especificidades, que implicam um tratamento individual. Por exemplo a detecção por postos de vigia obriga a uma estrutura de coordenação, controle e centralização de informação diferente da da detecção por populares que assenta nas campanhas de divulgação dos números de alerta e na gestão desses mesmos números. Não é conhecido para Portugal nenhum estudo que cubra todo o território e que avalie a detecção de forma uniformizada para todos os tipos de detecção. Este problema liga-se á inexistência de uma estrutura comum de gestão de informação para cada uma da componentes. Ou seja, existem informações parcelares isoladas que não permitem avaliar o todo. Além de não ser conhecida (1) a importância de cada uma das componentes também não é conhecido, o (2) tempo que medeia entre o inicio do incêndio florestal e a sua detecção. Este conhecimento só poderá surgir a partir do momento em que sejam feitas avaliações no terreno, em situações simuladas, que deverão ser feitas no Verão e com todo o dispositivo em funcionamento.