Diógenes José Gusmão Coutinho’s research while affiliated with Atenas College and other places

Este artigo analisa a relação entre concepções sociológicas da educação e os modelos contemporâneos de gestão escolar, com foco na tensão e nas possibilidades de integração entre a gestão democrática e a gestão orientada por resultados. Partindo das contribuições de autores como Karl Marx, Émile Durkheim, Max Weber, Pierre Bourdieu, Antonio Gramsci e Paulo Freire, a educação é discutida como prática social inserida em uma dinâmica contraditória: ora instrumento de emancipação, ora mecanismo de reprodução das desigualdades. A metodologia adotada é de natureza qualitativa, com base em revisão bibliográfica crítica, visando compreender como diferentes correntes sociológicas interpretam o papel da escola e da gestão educacional na sociedade capitalista. A análise evidencia que a gestão democrática se ancora na participação coletiva e na construção autônoma do projeto pedagógico, enquanto a gestão por resultados enfatiza eficiência, metas e avaliações externas. Embora partam de pressupostos distintos, ambas as abordagens oferecem contribuições relevantes à melhoria da qualidade da educação pública. O estudo conclui que uma gestão integradora, capaz de articular escuta, deliberação coletiva e planejamento estratégico, representa uma alternativa viável para enfrentar os desafios atuais da escola pública brasileira. Superar dicotomias entre democracia e eficiência é essencial para garantir uma educação mais equitativa, crítica e comprometida com a formação integral dos sujeitos.

A Educação Ambiental é uma ferramenta crucial para sensibilizar a sociedade sobre a importância de preservar esses ecossistemas. A interdisciplinaridade se mostra uma abordagem eficaz, pois permite a integração de diversas áreas do saber, promovendo práticas educativas mais amplas. Este trabalho tem como objetivo discutir a importância de práticas interdisciplinares para uma educação ambiental eficaz e explorar formas de sua implementação no contexto formal. Para alcançar esse objetivo, a pesquisa realizada adotou um caráter bibliográfico e descritivo, visando aprofundar a compreensão do tema e das práticas interdisciplinares. Os métodos interdisciplinares são fundamentais na Educação Ambiental, pois buscam conscientizar, sensibilizar e formar indivíduos críticos. Conclui-se que a prática interdisciplinar é essencial, especialmente quando se trata da conservação de ambientes que têm sido degradados e muitas vezes esquecidos, como os manguezais.

Este trabalho examina o impacto da inteligência artificial (IA) na inovação educacional, evidenciando oportunidades e desafios trazidos por esse novo cenário. A integração da IA nas práticas pedagógicas representa não apenas um avanço tecnológico, mas também uma profunda transformação dos paradigmas educacionais. Ferramentas digitais, quando implementadas de maneira ética e estratégica, permitem a personalização do ensino, adaptando conteúdos e métodos às necessidades específicas dos estudantes e promovendo ambientes de aprendizagem mais inclusivos, dinâmicos e colaborativos. A literatura destaca que professores têm papel central nesse processo, sendo a formação continuada e a capacitação em tecnologias emergentes fatores determinantes para o sucesso da adoção da IA no ambiente escolar. Currículos flexíveis, metodologias ativas e recursos acessíveis, como tutores virtuais e plataformas interativas, contribuem para ampliar a equidade e a qualidade do ensino. Por outro lado, o estudo ressalta desafios importantes, principalmente relacionados à privacidade de dados, ao risco de despersonalização do ensino e à ampliação das desigualdades digitais. A análise aponta a necessidade de políticas públicas e regulamentações claras que assegurem a proteção de dados e promovam acesso equitativo às tecnologias. Destaca-se, ainda, a importância de um debate ético, envolvendo educadores, estudantes, famílias e especialistas, para formulação de diretrizes responsáveis.

This study comparatively analyzes data on intentional homicides and attempted homicides in Brazil between 2015 and 2024, highlighting the real dimension of lethal and non-lethal violence in the country. The research reveals that for each consummated homicide, there is practically one frustrated attempt, totaling 858,952 victims in the analyzed period (435,574 intentional homicides and 423,378 attempted homicides). The results demonstrate a significant reduction in homicides after 2017, accompanied by stability in attempted homicides, which have surpassed consummated homicides in recent years. The conclusion indicates that although lethality has decreased, potentially lethal violence remains high, evidencing the need to overcome the traditional invisibility of attempted homicides in official statistics, public policies, and academic debates. The study proposes a more comprehensive and integrated approach to violence in Brazil, emphasizing the importance of standardized recording systems, intersectoral public policies, and interdisciplinary research for effectively addressing this phenomenon.

O presente artigo tem como principal objetivo demonstrar como o olhar político, afetivo e acolhedor do gestor escolar contribui satisfatoriamente no desempenho da comunidade escolar. Procurando entender como a gestão escolar impacta no desenvolvimento e sucesso organizacional das instituições de ensino e como esse olhar leva à um caminho para uma escola humanizada. Adotou-se uma metodologia de revisão de literatura,ainda que breve,crucial para compreender o estado atual do tema proposto, na qual se analisam publicações acadêmicas, artigos e estudos anteriores relacionados à gestão escolar,liderança humanizada e acolhimento . Diante das leituras realizadas a temática nos faz depreender que o papel da gestão acolhedora é fundamental,para garantir que alunos, professores e familiares se sintam bem recebidos e integrados à rotina da escola.Isso envolve práticas de liderança que promovem um ambiente de apoio e compreensão,de forma a integrar todos os membros à dinâmica da escola. A importância do olhar político e acolhedor do gestor escolar é essencial como fator para o desempenho da comunidade escolarl.O papel do gestor dentro de uma instituição escolar é fundamental, exigindo dele não apenas conhecimento, competência, mas também a habilidade de dinamizar e implementar políticas escolares que visam alcançar os objetivos educacionais propostos.Foi verificado conceituações sobre o objeto de estudo, comparando e explorando as divergências de cada definição através de uma analise qualificativa e revisão bibliográfica, complementando e enriquecendo as pesquisas sobre as temáticas estudadas ou assuntos correlacionados com o tema Gestão escolar. Foi observado artigos, publicações em sites, revistas com publicações relacionadas a educação e livros.

Este artigo discute como a gestão escolar pode atuar de forma efetiva na promoção da saúde mental dentro do ambiente educacional, especialmente diante do crescimento alarmante de casos de ansiedade, depressão e estresse entre estudantes e educadores. Partimos da compreensão de que a escola, além de espaço de aprendizagem cognitiva, deve também ser um lugar de acolhimento e desenvolvimento emocional. A partir de uma abordagem metodológica que inclui revisão bibliográfica e análise de experiências práticas, apresentamos sugestões de projetos educacionais para que a gestão implemente ações voltadas ao bem-estar psicológico de todos os envolvidos no processo educativo. Propomos que a educação socioemocional seja incorporada ao currículo de forma transversal, promovendo habilidades como empatia, resiliência e comunicação não-violenta. Além disso, destacamos a importância de programas de mentoria, espaços de escuta ativa, oficinas de arte e expressão e a realização de semanas temáticas voltadas à saúde mental, como estratégias eficazes para o fortalecimento dos vínculos afetivos, a prevenção de transtornos e a valorização do cuidado mútuo. Os dados apresentados ao longo do artigo evidenciam que essas práticas contribuem não apenas para a melhoria do desempenho escolar, mas também para a criação de uma cultura de empatia e pertencimento. Concluímos que investir na saúde mental no ambiente escolar é uma necessidade urgente e um passo essencial para uma educação verdadeiramente humanizadora e transformadora.

O modelo prisional, da forma atual, surgiu a partir do século XVIII, visto que na antiguidade as punições eram feitas através de castigo físico, sendo que, muitas vezes, as penas eram pagas com a morte do indivíduo em público. Este estudo se trata de uma de uma revisão integrativa, com abordagem qualitativa e descritiva, e para sua realização foram incluídos estudos artigos com texto completo, gratuitos, disponíveis na íntegra, nos idiomas inglês e português, tendo como critérios de exclusão: relatos de experiência e os artigos repetidos nas bases de dados que não abordassem a temática proposta. Foram selecionados artigos publicados no período de 2010 até 2023 na base de dados LILACS, sendo que 10 artigos foram selecionados para a amostra. A análise aprofundada da estrutura educacional do sistema prisional revela uma série de desafios intransponíveis. O limitado nível de escolaridade dos reclusos parece ser um fator importante. As dificuldades enfrentadas não só com a falta de acesso à educação, mas também a persistente desigualdade social. Os dados estudados destacam que os reclusos têm uma educação inadequada devido às condições socioeconômicas e vulnerabilidade social que dificulta o desenvolvimento de ensino. O papel do educador no contexto prisional é para ir além da transmissão de conhecimentos, pois pode reconstruir a identidade e o pensamento crítico. Conclui-se, com isso, que a educação na prisão não é apenas uma questão de direitos humanos, mas também uma necessidade urgente de construir uma sociedade mais equitativa e inclusiva.

A prática pedagógica no ensino de Jovens e Adultos é o tema central deste estudo. O objetivo principal é investigar como nossas práticas influenciam o processo educacional nesse contexto específico. A justificativa para este estudo reside na importância de compreender como nossas ações como educador impactam diretamente a aprendizagem dos alunos adultos. Autores como Arroyo (2000), Silva (2009) e Soares (2003) oferecem insights valiosos sobre a prática pedagógica na EJA, embasando a fundamentação teórica deste estudo. Para alcançar os objetivos propostos, optou-se por uma abordagem qualitativa, envolvendo observação participante e entrevistas com educadores e alunos da EJA. As análises dos dados serão realizadas por meio da categorização e interpretação dos resultados, utilizando técnicas de análise de conteúdo. Os resultados preliminares destacam a importância da flexibilidade, da contextualização e da valorização da experiência de vida dos alunos na prática pedagógica na EJA. Além disso, evidenciam desafios significativos, como a heterogeneidade do público-alvo, a falta de recursos e a necessidade de formação continuada para os educadores. Esses resultados sugerem a importância de políticas e práticas pedagógicas que promovam uma abordagem inclusiva e sensível às necessidades específicas dos alunos adultos na EJA.

No Brasil, o planejamento educacional no âmbito da Educação Física é um dos problemas mais críticos para a educação moderna. Nesse sentido, este trabalho aborda a importância do planejamento para a formação de professores de Educação Física. As origens históricas do fenômeno, os problemas atuais e as perspectivas futuras são considerados. A Educação Física é compreendida não como atividade física, mas como fator-chave para o desenvolvimento geral que não corrobora apenas para os ensejos de adquirir habilidades motoras, mas ajuda a desenvolver habilidades sociais e emocionais. Atualmente, a legislação abrange atos que abordam os principais aspectos do planejamento. Entre eles, o documento-base sobre o qual se fala é a Base Nacional Comum Curricular. No entanto, a falta de qualificações dos professores e a inópia de livros didáticos sobrecarregam as atividades. O documento apresenta as melhores práticas e experiências de sucesso que podem servir de exemplo de planejamento. Ao mesmo tempo, a avaliação e a supervisão regular da abordagem são uma prioridade essencial. A introdução da tecnologia requer a inovação como um dos pilares do planejamento bem-sucedido. Nesse sentido, o trabalho propõe o futuro da Educação Física no Brasil e frisa os mecanismos de ação realistas, maleáveis e adaptáveis.

Esse estudo tem como objetivo apresentar a contribuição no processamento sensorial de estudantes que apresentam o Transtorno do Espectro Autista - TEA. Socializar é um recurso de interação que permite que um indivíduo aprenda com o outro. Indivíduos que apresentam o TEA podem apresentar sensibilidade a sons e ruídos, o que reduz o interesse em interagir com outros grupos. Dentro desta sensibilidade pode-se observar que há um processamento de muitas informações simultaneamente, o que acontece de maneira diferente com quem é considerado típico. Este processamento de informações, estímulos e sensações precisa ser mediado clinicamente, farmacologicamente, terapeuticamente e pedagogicamente. Este último, traz para as instituições educacionais o compromisso em estabelecer processos de ensino que minimizem as tensões psíquicas causadas pela variedade de estímulos, dentro destes processos há os que estimulam o aprendizado, e a partir desta reflexão vislumbra-se a correlação entre as disciplinas e como uma nova proposta didática pode clarear as perspectivas destes estudantes acerca do aprendizado. Assim, é pertinente que os diferentes campos de aprendizado sejam pontuados e trazidos a partir de critérios que filtrem e delimitem o que ele pode contemplar e o que ele precisa contemplar. Metodologicamente, este é um estudo construído a partir de uma revisão integrativa, de caráter teórico e descritivo. Sendo assim, apresentou-se enquanto considerações finais que a interdisciplinaridade possibilita além de uma integração de conhecimentos o fortalecimento de políticas inclusivas, estas permitem um aprendizado qualificado, individualizado e criterioso em valorizar as capacidades individuais de cada estudante, independente de suas limitações cognitivas.