April 2024
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Revista Alteridade
Trata-se de um ensaio que busca fazer uma análise entre a determinação social de saúde-doença e a saúde pública no Capitalismo. A análise do estado de saúde dos indivíduos dentro da sociedade capitalista não pode ser dissociada do modo de produção e tão pouco a organização de sistemas públicos de saúde pode. Buscamos entender como a lógica de mercado coloca a saúde pública como uma fonte de acumulação de capital e como o estado burguês muitas vezes é usado como agente nessa transferência de capital, destinando recursos públicos para setores privados. Nesse contexto, o Sistema Único de Saúde (SUS) sofre com imensas ofensivas neoliberais, além de lidar com seu subfinanciamento crônico. Sendo assim, fica evidente que o estado de saúde e de doença da classe trabalhadora e operária não pode ser unicamente implicado em características individuais e biológicas, mas está intimamente relacionado com o modo concreto de vida do trabalhador, com as condições de exploração do trabalho no Capitalismo e com os serviços de saúde pública disponíveis, esses regulados pelo estado burguês.