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RESUMO O presente estudo teve como tema os fatores que determinam a não aplicação do Princípio da entidade pelos empresários do ramo de autopeças, da cidade de Montes Claros – MG. O objetivo do estudo foi identificar quais eram estes fatores e fazer uma análise dos mesmos. Para alcançar estes objetivos, o instrumento de coleta de dados escolhido foi o questionário. Inicialmente o estudo conceituou temas fundamentais como entidade contábil, princípio da entidade, comércio, processo de gestão de negócios, dificuldades na administração das empresas. Os resultados revelaram que os principais fatores que determinaram a não aplicação do Princípio da Entidade foram a carga tributária, o alto índice de inadimplência, as legislações desfavoráveis ao crescimento das empresas e a falta de capital de giro. E que àqueles empresários que não aplicam o Princípio da Entidade na administração das empresas sofreram mais necessidades financeiras que àqueles que o respeitam. Os resultados do estudo permitem ainda concluir que a não aplicação deste princípio, ocasionada pelos fatores já discutidos, está extremamente ligada à questão de sobrevivência dos empresários. Pelas características de empresa familiar de 65% dos sujeitos os recursos pessoais e jurídicos estão envolvidos, sendo difícil executar a diferenciação dos patrimônios. Palavras-chave: Contabilidade, princípio da entidade, gestão de negócios. 1. Aspectos introdutórios Segundo Iudicibus et al. (2000) toda entidade é formada por um conjunto de pessoas e de recursos que organizadamente exercem a atividade econômica, tendo objetivos que podem ser econômicos ou sociais. Percebe-se que, para as pessoas que exercem as atividades econômicas, o objetivo dessas entidades tem se fixado na geração de riquezas e na produção de lucro para os sócios. Supõe-se que algumas entidades nascem sem qualquer tipo de planejamento, sem analise prévia de fatores preponderantes (como capital necessário para o investimento), itens estes que podem definir a permanência dessas entidades no mercado. Segundo pesquisa realizada pela FUBRA (2004) e SEBRAE (2005), a taxa de mortalidade empresarial no Brasil, apurada para as empresas constituídas e registradas nas juntas comerciais dos Estados nos anos de 2000, 2001 e 2002, revelou que: • 49,4% encerraram as atividades com até 02 (dois) anos de existência, • 56,4% com até 03 (três) anos e • 59,9% não sobrevivem além dos 04 (quatro) anos. Corroborando as pesquisas supra citadas, apresenta-se a tabela a seguir com a taxa de mortalidade das empresas com relação a cada região do Brasil.