Ana Cristina Matos’s research while affiliated with State University of Campinas (UNICAMP) and other places

The water–energy–food (w–e–f) nexus is a debate that has emerged to seek alternatives for the governance of resources in a synergetic and efficient manner. By considering multiple levels and scales, the nexus is a perspective that can contribute to the reduction of social vulnerabilities, increasing resilience in urban environments threatened by resource scarcity and mismanagement in the context of intensifying global climate change. In this chapter, we explore the w–e–f nexus thinking applied to the São Paulo Macrometropolis (SPMM), looking for situations carrying synergies to mitigate trade-offs in the urban context, investigating the possibilities of integrated actions with the potential to contribute critically and reflexively in innovative multisectoral governance situations. We reviewed some nexus concepts applied to urban resilience and analyzed adaptation and mitigation strategies through nexus flows on an intermunicipal plan for climate change. We conclude by realizing the nexus as a flow of positive interactions through policies that are conventionally siloed and sometimes seem contradictory. For the complexity of a (macro)metropolitan area, we argue that the nexus can be a very useful tool for enhancing social-ecological dynamics and the establishment of transversal benefits and convergences.

Introdução As grandes metrópoles possuem intensas conexões com os fenômenos associados às amplas mudanças ambientais globais em curso, como as mu-danças climáticas. Com efeito, essa conectividade remete tanto a causalida-des e motricidade de transições, como também se relaciona com as diversi-ficadas consequências e impactos a que os moradores de grandes conglo-merados urbanos se tornam suscetíveis (BULKELEY, 2010; KJELLSTROM et al., 2007; SETO et al., 2017). Com isso, a urbanização, como um processo que se acelera intensamente desde a segunda metade do século XX, corrobora com a concepção daquilo que hoje denominamos de Antropoceno, o reconheci-mento de uma era geológica atribuída à magnitude de transformação das ações antrópicas sobre o planeta (STEFFEN et al., 2015). No que diz respeito às forças motrizes por meio das quais a urbani-zação contribui para as mudanças climáticas, cabe considerar que as ci-dades são destino das mais distintas demandas de energia, água, insumos, alimentos e de produtos industrializados. Destaca-se que as cadeias de provimento desses recursos se relacionam fortemente com a emissão de gases de efeito estufa. Além disso, a urbanização também remete a pro-fundas mudanças na paisagem e nos ecossistemas, alterando de forma muito significativa, por exemplo, o provimento de serviços ecossistêmicos fundamentais à vida humana e às mais distintas cadeias produtivas e eco-nômicas.