October 2024
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Brazilian Journal of Health Review
Introdução: A epilepsia afeta 2% dos brasileiros e 50 milhões de pessoas no mundo. Medicações como carbamazepina e fenobarbital controlam até 70% dos casos. Objetivo: descrever os dados da morbimortalidade da epilepsia para incrementar os diagnósticos assertivos e propiciar o tratamento precoce. Metodologia: Analisaram-se dados do SIH/SUS sobre hospitalizações por epilepsia (CID G40) de 2013 a 2023, obtidos via DATASUS. Foram examinadas internações e óbitos por região, raça/cor, sexo e faixa etária, além da taxa de mortalidade. Dados foram organizados e analisados estatisticamente. Resultados: O Brasil registrou 591.998 internações por epilepsia, com a Região Sudeste liderando com 42% dos casos. A maioria das internações foi em pacientes do sexo masculino (58%) e na faixa etária de 1 a 4 anos (17%). Foram registrados 14.524 óbitos, com a Região Sudeste contribuindo com 47,61%. A faixa etária mais afetada foi de 60 a 69 anos (17,08%), com predominância masculina (61,71%). A maioria dos óbitos ocorreu na população parda (39,22%). A taxa de mortalidade média nacional foi de 2,45, com a Região Nordeste apresentando a maior taxa (2,90). Discussão: Observou-se maior número de internações entre homens e na população parda, especialmente na Região Sudeste. Apesar do maior número de internações na Região Sudeste, o Nordeste teve uma taxa de mortalidade mais alta. Conclusão: A desigualdade no acesso aos serviços de saúde e a relação com a epilepsia destacam a necessidade de mais pesquisas para melhorar a prevenção e o tratamento.