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Morfometria, uso e cobertura da terra, e estrutura fundiária na
microbacia hidrográfica do Córrego do Cervo, Palmeira d’Oeste - SP
Morphometry, land use and cover, and land structure in the Córrego do Cervo watershed,
Palmeira d’Oeste - SP
Morfometría, uso y cobertura del suelo y estructura del suelo en la cuenca del Córrego do
Cervo, Palmeira d’Oeste - SP
Julia de Paula Maschio
Mestranda em Recursos Hídricos e Tecnologia Ambiental, UNESP, Brasil.
julia.maschio@unesp.br
Ândria Carolina Leite de Souza
Mestranda em Recursos Hídricos e Tecnologia Ambiental, UNESP, Brasil.
andria.leite@unesp.br
César Gustavo da Rocha Lima
Professor Doutor, UNESP, Brasil.
cesar.lima@unesp.br
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RESUMO
Para o planejamento ambiental e gestão dos recursos naturais em uma bacia hidrográfica é essencial identificar os
aspectos morfométricos e a evolução do uso e cobertura da terra. O presente trabalho objetivou a análise
morfométrica e de uso e cobertura na microbacia do Córrego do Cervo, através de ferramentas técnicas de
sensoriamento remoto e ferramentas dos Sistemas de Informação Geográfica (SIGs). Mediante a delimitação da bacia
no software ArcGIS 2018 (ESRI, 2020) foram obtidas as variáveis para o cálculo dos parâmetros morfométricos. Para
o uso e cobertura foi empregado como banco de dados o Projeto MapBiomas – Coleção 8 para os anos de 1900, 2000,
2010, 2020 e 2022. Ao interpretar os parâmetros morfométricos, conclui-se que a microbacia é alongada e com baixa
suscetibilidade a enchente, conforme corrobora o coeficiente de compacidade (Kc=1,579), o índice de circularidade
(Ic=0,395) e o fator forma (Kf=0,229). Por meio da análise de uso e ocupação do solo, verificou-se que a predominância
de pastagem e mosaico de pastagem e agricultura, sendo 47,649% e 16,207%, respectivamente, da área total em
2022, o que é um indicativo de vulnerabilidade a ocorrência de erosão. Na caracterização fundiária, destacou-se a
predominância de pequenas propriedades, e o domínio da pastagem em relação aos demais usos.
PALAVRAS-CHAVE: Sensoriamento Remoto. Gestão Ambiental. Geotecnologia.
ABSTRACT
For environmental planning and management of natural resources in a river basin, it is essential to identify the
morphometric aspects and the evolution of land use and coverage. This study aimed to perform morphometric and
land use and coverage analysis in the Córrego do Cervo microbasin, using remote sensing technical tools and
Geographic Information Systems (GIS) tools. By delimiting the basin in the ArcGIS 2018 software (ESRI, 2020), the
variables for calculating the morphometric parameters were obtained. For use and coverage, the MapBiomas Project
– Collection 8 for the years 1900, 2000, 2010, 2020 and 2022 was used as a database. When interpreting the
morphometric parameters, it is concluded that the microbasin is elongated and with low susceptibility to flooding, as
corroborated by the compactness coefficient (Kc = 1.579), the circularity index (Ic = 0.395) and the shape factor (Kf =
0.229). Through the analysis of land use and occupation, it was found that the predominance of pasture and pasture
and agriculture mosaic was 47.649% and 16.207%, respectively, of the total area in 2022, which is an indication of
vulnerability to erosion. In the land characterization, the predominance of small properties and the dominance of
pasture in relation to other uses stood out.
KEYWORDS: Remote Sensing. Environmental Management. Geotechnology.
RESUM EN
Para la planificación ambiental y la gestión de los recursos naturales de una cuenca hidrográfica, es fundamental
identificar los aspectos morfométricos y la evolución del uso y cobertura del suelo. El presente trabajo tuvo como
objetivo analizar la morfometría y el uso y cobertura en la cuenca del Córrego do Cervo, utilizando herramientas
técnicas de teledetección y herramientas de Sistemas de Información Geográfica (SIG). Al delimitar la cuenca en el
software ArcGIS 2018 (ESRI, 2020) se obtuvieron las variables para el cálculo de los parámetros morfométricos. Para
su uso y cobertura se utilizó como base de datos el Proyecto MapBiomas – Colección 8 para los años 1900, 2000, 2010,
2020 y 2022. Al interpretar los parámetros morfométricos se concluye que la cuenca es alargada y con baja
susceptibilidad a inundaciones, como lo corrobora el coeficiente de compacidad (Kc=1.579), el índice de circularidad
(Ic=0.395) y el factor de forma (Kf=0.229). A través del análisis de uso y ocupación del suelo, se encontró que el
predominio del pasto y mosaico de pasto y agricultura, siendo el 47.649% y 16.207%, respectivamente, del área total
en el año 2022, lo que es un indicativo de vulnerabilidad ante la ocurrencia de erosión. En la caracterización del suelo
destacó el predominio de las pequeñas propiedades y el predominio del pasto en relación a otros usos.
PALABRAS CLAVE: Teledetección. Gestión Ambiental. Geotecnología.
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1 INTRODUÇÃO
Nas bacias hidrográficas, as ações humanas têm provocado sérios danos ambientais,
enfraquecendo a capacidade produtiva do solo e causando eutrofização nos recursos hídricos.
Uma parte significativa dessa degradação decorre da abordagem fragmentada dos diversos
elementos que compõem a paisagem (Batista et al., 2017).
Para minimizar os impactos da degradação é essencial implementar estratégias de
gestão que visem a ordenação territorial e ambiental das áreas geográficas. Sendo que, para
estabelecimento do planejamento, citando Cunha e Guerra (1996), as bacias hidrográficas
deverão ser caracterizadas tanto fisicamente, para entendimento mais preciso do escoamento
superficial, como enquanto unidades integradoras do social e natural.
Dentro desse contexto, o desenvolvimento de estudos relacionados aos aspectos
morfológicos da rede de drenagem facilita a compreensão da geomorfologia local, considerando
que a transformação continua da paisagem está diretamente relacionada os processos
recorrentes que alteraram a forma do relevo. (Christofoletti, 1980).
Visando aprimorar o gerenciamento dos recursos naturais e ampliar a análise dos
recursos hídricos são elaborados estudos morfométricos das redes de drenagem em bacias
hidrográficas. Segundo Christofolleti (1980), a análise morfométrica tem como propósito
aprofundar o entendimento das dimensões e associação entre causa e efeito que existem entre
as formas, os processos pedológicos e hidrológicos envolvidos na formação de uma bacia
hidrográfica. Tendo o conhecimento das dimensões de área, perímetro e comprimentos dos
cursos hídricos calcula-se os índices morfométricos considerando as condições estabelecidas por
Smith (1950), Horton (1945) e Strahler (1957) apud Christofoletti (1980). A partir da
determinação dos índices morfométricos, pode-se realizar interpretações para inferir quais os
riscos e potencialidades do objeto de estudo, e avaliar os impactos ambientais gerados
principalmente em decorrência das ações antrópicas.
De acordo com Batistella et al. (2008), para o avaliar a situação recente de uma
determinada área, os processos que influenciaram a essa situação e o impacto do
desenvolvimento regional, é de grande auxílio o uso do monitoramento e do mapeamento do
uso e cobertura da terra.
Sabendo que o uso e cobertura da terra é um processo dinâmico e que a ação do
homem é o principal agente transformador do meio, como expõe Araújo, Grigio e Pereira Neto
(2019), surge a demanda por mecanismos para realizar análises multitemporais espaciais a fim
de estudar à medida que estabelece estratégias efetivas de ações para políticas públicas
baseadas nas demandas ambientais e sociais locais.
Por isso, o avanço das técnicas e metodologias de avaliação ambiental tem tido maior
espaço nas pesquisas científicas, citando, por exemplo, o caso do geoprocessamento. As
informações oriundas das ferramentas de geoprocessamento possibilitam uma caracterização
sistemática do objeto de estudo, auxiliando na tomada de decisões para o manejo da área em
questão (Silva e Zaidan, 2004).
Segundo Júnior e Barbassa (2012), o Geoprocessamento é o processo de mapeamento
da superfície terrestre com o objetivo de analisar suas características e manipular dados para
131
gerar informações relevantes relacionadas à área de estudo. O Sensoriamento remoto é uma
ferramenta que identifica, avalia e mensura, em escala multitemporal, a dinâmica de uso,
ocupação e cobertura da terra. Os mapas gerados são obtidos a partir de imagens capturadas
por satélites, os quais são sensores instalados em plataformas terrestres, aéreas e orbitais (INPE,
2024).
Santos et al. (2012), por exemplo, empregou as ferramentas para analisaram a
morfometria das sub-bacias hidrográficas Fojo e Perdizes, no município de Campos do Jordão-
SP, e como resultado verificaram que em condições normais de precipitação, as sub-bacias são
pouco suscetíveis a enchentes reforçando os índices de circularidade encontrado. Citando a
análise técnica de Mota et al. (2013), que avaliou as alterações no uso e cobertura das terras ao
longo do tempo na região do Baixo Acaraú devido a implantação do Perímetro Irrigado Baixo
Acaraú. O trabalhou empregou a geotecnologia, SIG, pela qual foi elaborado o mapeamento de
uso e cobertura das terras que descreveu as 16 classes de cobertura.
2 OBJETIVO
O presente trabalho tem a proposição de realizar a análise morfométrica e de uso e
cobertura da terra da microbacia hidrográfica do Córrego do Cervo, através de técnicas de
sensoriamento remoto e ferramentas dos Sistemas de Informações Geográfica (SIG). Pela
predominância de zona rural na área de extensão da microbacia, também serão comparados os
dados de uso e cobertura da terra com a estrutura fundiária. Almeja-se que os resultados
gerados sejam referência para elaboração de estudos ambientais voltados para planejamento
urbano e gestão dos recursos naturais do município de Palmeira d’Oeste - SP.
3 METODOLOGIA
3.1 Área de estudo
A microbacia hidrográfica do córrego do Cervo é pertencente ao município de Palmeira
d’Oeste, e ao longo de sua extensão é margeado por diversas propriedades rurais e pela
proximidade com a zona urbana tanto do município como do distrito de Dalas-SP.
O município Palmeira d'Oeste situa-se no estado de São Paulo, sob as coordenadas de
latitude 20º24'59" S e longitude 50º45'43" O, estando a uma altitude de 433 metros, e seu
território abrange uma área de 318,740 km2. (IBGE, 2022) Tendo em vista que apenas 2,26 km2
do município de Palmeira d’Oeste é área urbanizada (IBGE, 2022), tem-se uma vasta área de
zona rural, na qual tem-se intensa pecuária e produção agrícola.
De acordo com o IBGE (2022), verifica-se que o município está no bioma da Mata
Atlântica. Citando a classificação dos climas do Estado de São Paulo pelo sistema de Köppen, o
qual tem como base os dados agrometeorológicos de 427 localidades, o munício estudado tem
o clima “Aw”. Sendo esse clima tropical chuvoso, com chuvas mensais de até 260 mm, e o
inverno seco com temperatura média de 18º C, com precipitação média variando de varia de 0
mm/mês até 40 mm/mês (Rolin et al., 2007).
132
No âmbito da classificação do solo da região, em conformidade com o mapeamento
pedológico do Estado de São Paulo elaborado pelo Instituto Ambiental, verifica-se a abrangência
dos solos Argissolos Vermelhos ao norte do município e Argissolos Vermelho- Amarelos no
restante do território.
Figura 1 – Delimitação da bacia do Córrego do Cervo
Fonte: Elaborado pelos autores.
3.2 Estruturação do Banco de Dados
Para os processos técnicos, inicialmente montou-se um banco de dados no software
ArcGis 10.8 (ESRI, 2020), onde foram inseridos os dados espaciais necessários a este estudo,
sendo: dados Modelo Digital de Elevação da área de estudo; dados de Modelo Digital de Terreno
proveniente do ALOS PALSAR, um produto altimétrico do projeto da Agência de Exploração
Aeroespacial do Japão (JAXA), cujos resultados são previamente processados pela Alaska
Satellite Facility (ASF, 2023), oferecendo imagens com resolução espacial de 12,5 metros no
formato Geotiff; as camadas disponíveis no Projeto MapBiomas – Coleção 8; e shapefile do
perímetro dos imóveis rurais no estado de São Paulo obtido no Sistema de Cadastro Ambiental
Rural de São Paulo (SICAR) disponibilizadas em 04 de junho de 2024.
3.3Análise Morfométrica
A delimitação da bacia foi materializada automaticamente por meio do uso de um
Modelo Digital de Terreno da área de estudo no SIG ArcGis 10.8 (ESRI, 2020), onde os arquivos
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vetoriais e matriciais foram gerenciados, manejados e tratados. As ferramentas empregadas no
processo são extensões disponibilizadas pelo Environmental Systems Research Institute (ESRI):
Spatial Analyst e Hydrology Modeling, sendo elas: Fill (preenchimento de falhas), Flow Direction
(direção do fluxo), Flow Accumulation (fluxo acumulado), stream order, Con (condição), stream
to feature e Watershed (delimitação da bacia).
A partir do MDT e das características espaciais da bacia, foi possível a geração de
produtos altimétricas bem como realizar os cálculos dos seguintes parâmetros morfométricos
apresentados no
Quadro 1.
Quadro 1 – Parâmetros Morfométricos analisados
Parâmetro
Descrição
Fórmula
Coeficiente de Compacidade ()
Coeficiente adimensional resultante do produto
entre perímetro e área da bacia.
• – bacia possui alta
tendência a enchentes;
• – bacia possui
tendência mediana a enchentes;
• – bacia não é sujeita a esse
enchentes.
Fator Forma (
)
Coeficiente relaciona a área de drenagem e o
comprimento da bacia.
•
– bacia possui alta
tendência a enchentes;
•
– bacia possui
tendência mediana a enchentes;
•
– bacia não é sujeita a esse
enchentes.
Índice de Circularidade ()
Coeficiente indica a tendência a circularidade de
uma bacia a partir da relação entre a área de
drenagem e o perímetro.
• – escoamento moderado e
pequena probabilidade de cheias
rápidas;
• – bacia circular, tendência a
inundação;
• – bacia alongada
favorecendo o escoamento.
Índice de Sinuosidade ()
Coeficiente obtido pela relação do comprimento
verdadeiro do canal com a distância vetorial
entre os dois pontos extremos do canal principal
• – indica canal retlíneo;
• indica canal sinuoso (Freitas,
1952)
Densidade de Drenagem ()
Coeficiente resultante do comprimento total dos
rios e a área da bacia. Em suma, quanto maior o
índice tem-se menos áreas de infiltração.
Fonte: Villela e Matos 1975; Lima et al. 2013; Cardoso et al., 2006. Adaptado pelos autores.
134
3.4 Análise de uso e cobertura da terra
Os dados necessários para realizar a análise de uso e ocupação do solo foram obtidos
por meio das camadas disponíveis no Projeto MapBiomas – Coleção 8 da Série Anual de Mapas
de Cobertura e Uso da Terra do Brasil para o período de 1990 a 2022 (MAPBIOMAS, 2024).
Foram elaborados mapas de uso e ocupação da cobertura da terra para o município de Palmeira
d’Oeste para os anos de 1990, 2000, 2010, 2020 e 2022. Ressalta-se que foi necessário
reestabelecer a escala de tratamento dos dados e, para tal, foi feito o processamento das
imagens empregando a “reclassify” para reclassificar os valores, de modo que fossem
distribuídos valores das classes da Coleção 08 em novas classes para agrupá-las de acordo com
o objetivo do estudo no SIG ArcGis 10.8 (ESRI, 2020).
3.5 Caracterização da estrutura fundiária
Para tal análise foram empregados dados do censo agropecuário de 2020 e
levantamentos por município disponibilizados na plataforma digital do Projeto de Levantamento
Censitário das Unidades de Produção Agropecuária do Estado de São Paulo (LUPA) efetuados
pela Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) e pelo Instituto de Economia Agrícola
(IEA), ambos da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) do estado de São Paulo, nos
períodos de 1995/96, 2007/08 e 2016/17, (SAA - LUPA, 1996, 2017).
Mediante o download do shapefile no Sistema de Cadastro Ambiental Rural de São
Paulo (SICAR) disponibilizadas em 04 de junho de 2024 do perímetro dos imóveis rurais no
estado de São Paulo, foi importado no SIG ArcGis 10.8 (ESRI, 2020).
Por fim, os resultados foram compilados e discutidos com vistas a gestão e
planejamento ambiental.
4 RESULTADOS
4.1 Elevação do terreno e declividade
Na representação da microbacia estão evidenciados os cursos hídricos que compõe o
Córrego do Cervo e a elevação altimétrica do terreno.
135
Figura 2 – Mapa da microbacia hidrográfica do Córrego do Cervo
Fonte: Elaborado pelos autores.
A elevação do terreno foi apresentada em intervalos de aproximadamente 20 metros,
em um intervalo de 326 a 447 metros acima do nível do mar.
Na sequência, foi estudado o perfil longitudinal do canal principal como ilustra a
136
Figura 3. Por meio do gráfico, nota-se que o perfil tem o comprimento de
aproximadamente 17,59 km, estando na cota altimétrica de 425 metros acima do nível do mar
e a sua foz está a 326 metros acima do nível do mar. Destaca-se a declividade mais acentuada
no terço superior da bacia, isto é, nos primeiros 4 km do curso.
Ao analisar o perfil longitudinal do canal principal do Córrego do Cervo, entende-se
que a variação da declividade entre a nascente e a foz é de aproximadamente 100 metros e não
há alterações abruptas na declividade, sendo baixa na maioria do seu curso, caracterizando o
perfil como relativamente plano.
137
Figura 3 – Representação gráfica do perfil longitudinal do canal principal
Fonte: Elaborado pelos autores.
Vale ressaltar que as áreas com menor diferença de nível, são pontos de atenção pela
tendência ao acúmulo. Na representação gráfica verifica-se essas áreas nos trechos,
aproximadamente: 4,5 a 5,5 km, 5,9 a 6,6 km, 7 a 8 km, e 9 a 11 km. Ainda que essas localidades
não sejam ocupadas pela zona urbana, o que impactaria na permeabilização do solo, trata-se de
uso e ocupação por agricultara e pastagem, que, em decorrência de acúmulo de matéria
orgânica e pisoteamento por bovinos contribui para a diminuição das taxas de infiltração no
solo. Tomando como base que o solo predominante é Argilossolo Vermelho-amarelo, segundo
Sartori et al. (2005), esse solo é caracterizado pela baixa taxa de infiltração e pela pouca
tolerância à erosão. Portanto há possibilidade do uso e ocupação estarem aumentando as
vulnerabilidades naturais do solo, de maneira que são áreas que devem ser monitoradas.
Na sequência foi avaliado a declividade, pois de acordo com Medeiros et al. (2017), há
uma tendência a erosão em casos com maiores inclinações do terreno, pois em função da
inclinação a velocidade de escoamento da precipitação será maior e, consequentemente, a água
ganhará cada vez mais força para desagregar o solo carregando-o a jusante.
138
Figura 4 – Mapa de declividade da microbacia hidrográfica do Córrego do Cervo
Fonte: Elaborado pelos autores.
De acordo com os dados obtidos no SIG ArcGis 10.8 (ESRI, 2020), declividade média do
terreno é de aproximadamente 7,267%. Ao comparar o valor encontrado com as classificações
da Embrapa, conclui-se que, por se enquadrar no intervalo de 3 a 8% trata-se de um relevo
suavemente ondulado, isto é, superfície de topografia pouco movimentada apresentando
declives suaves (Embrapa, 2018).
Em um estudo semelhante de caracterização morfométrica da bacia hidrográfica do
rio São José, Cascavel-PR, a declividade média obtida foi de 5%, concluindo-se que não possui
valor acentuado, contudo é passível a ação de processos erosivos (Santos et al., 2012).
4.2 Parâmetro Morfométrico
139
Tabela 1 – Parâmetros morfométricos a serem analisados
Parâmetros
Resultado
Suscetibilidade natural a
enchentes e inundação
Área de drenagem (A)
70.926
Km²
N/A
Perímetro (P)
47.489
Km
N/A
Raio da bacia (r)
4.751
Km
N/A
Comprimento do talvegue principal (L)
17.592
Km
N/A
Distância vetorial do talvegue principal (Lv)
14.033
N/A
Comprimento total dos cursos d'água (Lt)
142.329
Km
N/A
Cota da Nascente
425.000
m
N/A
Cota do Exutório
326.000
m
N/A
Ordem da Bacia
9ª
N/A
Desnível do Talvegue Principal
99.000
m
N/A
Declividade média do talvegue principal
0.006
m/m
N/A
Coeficiente de Compacidade (Kc)
1.579
Fator Forma (Kf)
0.229
Índice de Circularidade (Ic)
0.395
Indice de Sinuosidade (Is)
1.254
Densidade de Drenagem (Dd)
2.007
Km/Km²
Suscetibilidade baixa
Suscetibilidade moderada
Suscetibilidade alta
Fonte: Elaborado pelos autores.
Conforme apresentado, o coeficiente de compacidade (Kc) encontrado foi 1,579.
Sabendo que, coeficiente de compacidade possibilita a indicação de maior ou menor ocorrência
de cheias à medida que se aproxima ou afasta da unidade, respectivamente, sendo que quando
igual à unidade corresponde a uma bacia circular e com tendência a inundação (Villela e Mattos,
1975). Portanto, a microbacia do Córrego do Cervo trata-se de uma bacia alongada e com baixa
suscetibilidade a enchentes.
O fator forma (Kf) qual indica a tendência para enchentes de uma bacia, de maneira
que quanto mais baixo for o coeficiente menos sujeito a enchente se comparada a outra bacia
de mesmo tamanho, mas com maior fator forma. Como o valor do parâmetro encontrado é
0,141, indica uma bacia pouco sujeita a enchentes estando em concordância com o Coeficiente
de Compacidade encontrado. Fazendo um paralelo com o fator forma de 0,46 para Microbacia
do Ribeirão Pitanguerias, avaliado em Oliveira et al. (2022), no qual conclui-se que a Microbacia
possuía baixa propensão a enchentes.
O índice de circularidade (Ic) tem como objetivo comparar a forma da bacia em relação
à de um círculo, considerado como a expansão areal mais bem relacionada com o escoamento
fluvial (Christofoletti, 1980). Por isso, quanto mais próximo do valor unitário, maior a
circularidade por consequência é mais vulnerável a inundações. Pelo resultado de 0,395,
entende-se que se trata de uma bacia alongada e com baixa tendência a enchente por favorecer
o escoamento, estando em concordância os valores discutidos anteriormente.
140
Por sua vez, o índice de sinuosidade (Is) dos canais está relacionado à velocidade do
escoamento nos canais de drenagem e, em síntese, sua relação com o solo em produzir erosão.
Segundo Freitas (1950), adota-se para canais retilíneos valores menores que 1 (um), enquanto
para canais sinuosos tem-se valores maiores que 2 (dois), e os valores intermediários indicam
formas transicionais. Interpretando o índice obtido de 1,601, entende-se que o canal está em
forma transitória. Valores semelhantes foram encontrados em Santos et al. (2012), sendo 1,33
para Perdizes e 1,43 para Fojo, então inferiu-se que os canais de drenagem destas sub-bacias
não têm forma retilínea nem sinuosa, isto é, os canais têm uma forma transitória.
Conceitualmente, a densidade de drenagem (Dd) fornece uma indicação da eficiência
da drenagem da bacia. De acordo com Villela e Matos (1975), o índice tem uma variação de 0,5
km/km2 para bacias com drenagem pobre à valores maiores ou iguais a 3,5 km/km2 para bacias
com alta tendência a drenagem. No caso em análise, como a densidade de drenagem resultante
é 2,007 km/km2, conclui-se que se trata de uma bacia com tendência mediana de escoamento
superficial.
Além dos resultados numéricos, determinou-se também que o talvegue principal, ou
seja, o curso hídrico de maior ordem é um rio de 9ª ordem. Vale ressaltar que a metodologia
empregada foi a delimitação de bacia automática do ArcGis, de modo que influência na
obtenção de ordens de rios maiores do que comparado ao método de delimitação manual.
4.3 Análise de uso e cobertura
Análise do uso e cobertura para os períodos de 1990, 2000, 2010, 2020 e 2022. Na
etapa seguinte, as informações obtidas da área ocupada em quilometro quadrado por cada
classe ao longo dos anos estudados na microbacia do Córrego do Cervo foram tabelados. A partir
dessa disposição de dados foi calculada a representação em porcentagem de cada classe em
relação a área total
141
Figura 5 – Mapa uso e cobertura de 1990 a 2022
Fonte: MapBiomas – Coleção 8 (2022). Editado pelos autores.
Tabela 2 – Estimativa de uso e ocupação do solo de 1990 a 2022
Fonte: MapBiomas – Coleção 8 (2022). Editado pelos autores
Analisando os resultados apresentados, pode-se verificar que a classe floresta, isto é,
a vegetação densa, se manteve acima de 3% da área total em toda série histórica. Observa-se
que de 2000 a 2022 observou-se um aumento (29,58%) da área ocupada. Enquanto, a formação
natural não florestal, dita como vegetação rasteira, oscilou de 0,4 a 0,5% da área ocupada, sendo
que no intervalo de 1990 a 2022 verificou-se um crescimento.
Em relação as culturas, destaca-se a pastagem, a qual passou por alterações ao longo
da série histórica analisada, mas se manteve como o principal uso e ocupação da área, ilustrando
que em 2022 teve a menor área ocupada e ainda assim representava 67,184% cerca de 47.649
Área (km 2 )Área (%) Área (km 2 )Área (%) Área (km 2 )Área (%) Área (KM 2 )Área (%) Área (km 2 )Área (%)
1 Floresta 2.243 3.162% 2.180 3.074% 2.245 3.165% 2.513 3.543% 2.825 3.983%
2 Formação natural não florestal 0.246 0.347% 0.531 0.749% 0.544 0.767% 0.482 0.680% 0.515 0.726%
3 Pastagem 59.420 83.777% 53.905 76.002% 52.575 74.127% 50.895 71.759% 47.649 67.184%
4 Soja 0.165 0.233% 0.000 0.000% 0.012 0.017% 0.657 0.926% 0.655 0.924%
5 Cana de Açúcar 0.000 0.000% 0.000 0.000% 0.225 0.317% 0.431 0.608% 0.453 0.639%
6 Algodão 0.000 0.000% 0.000 0.000% 0.010 0.014% 0.000 0.000% 0.000 0.000%
7 Outras lavouras temporárias 0.783 1.104% 0.038 0.054% 0.000 0.000% 1.254 1.768% 1.249 1.761%
9 Citrus 0.000 0.000% 0.000 0.000% 0.000 0.000% 0.000 0.000% 0.000 0.000%
11 Mosaico de pastagem e agricultura 7.344 10.354% 13.237 18.663% 14.262 20.108% 13.345 18.816% 16.207 22.852%
12 Área urbana 0.549 0.774% 0.909 1.282% 0.940 1.325% 1.235 1.741% 1.242 1.751%
13 Área não vegetada 0.000 0.000% 0.000 0.000% 0.000 0.000% 0.000 0.000% 0.059 0.083%
14 Corpo d'água 0.176 0.248% 0.126 0.178% 0.113 0.159% 0.113 0.159% 0.069 0.097%
70.926 100.00% 70.926 100.000% 70.926 100.000% 70.925 100.000% 70.923 100.000%
2000
2010
Área total
Classe
ID
1990
2020
2022
142
km2. No mais, vale citar que a cultura da pastagem está predominantemente localizada nas áreas
de declividade baixa.
Por sua vez, a soja mesmo que presente de 1990 a 2022 representa uma parcela
diminuta em relação a área total variando de 0,001% (2005) a 1,668% (2015). Já a cana de açúcar
foi verificada apenas a partir de 2010, sendo em 2020 a 2022 se manteve em torno de 0,6% da
área ocupada.
Avaliando a cultura do algodão, foi observado exclusivamente em 2010,
representando cerca de 0,01 km2 sendo 0,014% da área ocupada. Outras lavouras temporárias
foram vistas desde 1990 a 2022, contudo sua representação oscilou ao longo do período tendo
sua 2020 com 1,768% da área total ocupada.
O segundo uso e ocupação com maior expressão foi o mosaico de agricultura e
pastagem. Todavia observa-se oscilações na série histórica, em 2000 houve uma redução
(9,28%) em relação a 1990, e outra redução em 2020 para 13,345 km2, porém o crescimento
visto em 2022 não foi superior ao valor apresentado em 1990.
Em relação a área urbana, verifica-se que apenas uma parcela da zona urbana está
contemplada na microbacia do Córrego do Cervo, mas salienta-se que apresentou crescimento
consistentemente de 1990 a 2022. Destaca-se a redução da população quando comparado 2010
com 2022, conforme dados do Censo IBGE, foi refletido no crescimento da área urbana.
No que diz respeito aos corpos hídricos, entende-se que abrange reservatórios
voltados a agricultura, sua abrangência se manteve consistente de 1990 a 2020, contudo em
2022 tem-se uma queda significativa de 57,93%. Analisandos os mapas, verifica-se o aumento
do mosaico de pastagem e agricultura nas proximidades dos corpos hídrico, indicando alteração
do uso e ocupação da área.
Tendo em vista que o solo exposto é uma preocupação em função do aumento do risco
a processos erosivos, visto que está desprotegido de agentes erosivos como o vento e a água e
uso do homem. No caso analisado, a área não vegetada, dito solo exposto, foi verificada apenas
em 2022, representando cerca de 0,059% o equivalente a 0,083 km2 da área total. Então faz se
necessário um monitoramento da área para que tenha ações públicas no sentido de proteção
do solo.
4.4 Caracterização Fundiária
Para a análise foram utilizados os dados municipais consolidados disponíveis no
Projeto LUPA (1996, 2017) para os períodos 1995/86, 2007/08 e 2016/17. As informações foram
tabuladas e comparadas, como apresenta a
144
Tabela 3 – Evolução da estrutura fundiária de Palmeira d’Oeste de 1995 a 2017
Fonte: LUPA/CATI (2024). Adaptado pelos autores
No geral verifica-se um aumento geral de Unidades de Produção Agrícolas (UPAs)
cadastradas, representando um aumento de 29,69% de 1995/96 a 2016/17. Quanto as áreas
ocupadas, também foi registrado crescimento, sendo um aumento de 5,92% para o período
analisado.
Em relação as estruturas fundiárias, destaca-se a grande concentração de UPAs com
(5,10]ha, (10,20]ha e (20,50]ha. Em 1995/96 esse agrupamento continha 732 das 906 UPAs
(80,79%), em 2007/08 representavam 848 das 1119 UPAs (75,78%) e em 2016/17 eram 882 das
1175 UPAs (75,06%). Observa-se, que as pequenas propriedades predominam e estiveram em
crescimento na série histórica analisada.
De maneira a avaliar como estão distribuídos os imóveis rurais no município foi gerado
o mapa apresentado na .
Figura 6. Por conseguinte, foi realizado a sobreposição dos perímetros dos imóveis com
Cadastro Ambiental Rural (CAR) em 2022 no mapa de uso e ocupação de 2022.
Figura 6 – Mapa de uso e ocupação dos imóveis rurais de Palmeira d’Oeste -2022
Estrutura Fundiária
UPAs
1995/1996
UPAs
2007/2008
UPAs
2016/2017
Variação %
1995/96 - 2016/17
Área
1995/1996
Área
2007/2008
Área
2016/2017
Variação %
1995/96 - 2016/17
Área das UPAs com (0, 1] ha 0 1 3 0.00% 0.0 1.0 2.5 0.00%
Área das UPAs com (1, 2] ha 610 12 100.00% 10.3 16.0 19.2 86.41%
Área das UPAs com (2, 5] ha 67 150 172 156.72% 283.9 606.0 688.4 142.48%
Área das UPAs com (5, 10] ha 167 247 266 59.28% 1293.8 1886.6 2023.3 56.38%
Área das UPAs com (10, 20] ha 279 345 343 22.94% 3949.0 4838.4 4812.0 21.85%
Área das UPAs com (20, 50] ha 286 256 273 -4.55% 8712.6 7764.3 8188.1 -6.02%
Área das UPAs com (50, 100] ha 57 62 57 0.00% 3828.7 4210.1 3899.1 1.84%
Área das UPAs com (100, 200] ha 24 28 27 12.50% 3198.7 3814.7 3471.1 8.52%
Área das UPAs com (200, 500] ha 12 15 17 41.67% 3075.2 4440.1 4917.5 59.91%
Área das UPAs com (500, 1.000] ha 8 5 5 -37.50% 5021.3 3087.9 3090.0 -38.46%
Não h ouve al teraçõe s
Houve aumen to da área ocupada e m relação ao períod o anteri or
Houve dimi nuição da área ocu pada em re lação ao período a nterio r
145
Fonte: Elaborado pela própria autora (2024)
A priori, observa-se que as UPAs com maiores dimensões estão concentradas nas
extremidades do município, fato que provavelmente está relacionado com presença da zona
urbana no centro do município além do Córrego do Cervo.
Quanto ao uso e ocupação, verifica-se que presença de floresta, ilustrada como
vegetação densa, especialmente nas propriedades grandes e médias. Estima-se que a
preservação dessa vegetação está relacionada a obrigação legal de manter parte da vegetação
nativa preservada, tal como as Áreas de Preservação Permanente (APP).
Além disso, enquanto nas pequenas propriedades predomina pastagem e mosaico de
pecuária e agricultura, nas grandes e médias propriedades verifica-se a presença de culturas
como cana de açúcar, soja, mosaico de pastagem e agricultura, e lavouras temporárias. Destaca-
se que, entre todas as classes de uso e ocupação, prevalece a pastagem, de maneira que está
de acordo com a análise de uso e ocupação da microbacia do Córrego do Cervo.
5 CONCLUSÃO
Por meio da análise dos parâmetros morfométricos, conclui-se que a microbacia do
Córrego do Cervo é alongada, conforme coeficiente de compacidade (Kc=1,579) e índice de
circularidade (Ic=0,395), com baixa suscetibilidade a enchentes, de acordo com o fator forma
(Kf=0,229), e possui uma forma transitória entre retilíneo e sinuoso de forma que a velocidade
de escoamento é baixa como explicita o índice de sinuosodidade (Is=1,254).
146
Ressalta-se que, ainda que o valor encontrado para densidade de drenagem (Dd=2,007
km/km2) indica tendência mediana ao escoamento superficial, os demais parâmetros
apresentaram valores consistentes para baixa suscetibilidade a enchentes e inundações.
Quanto a análise de uso e ocupação para os anos de 1990, 2000, 2010, 2020 e 2022,
verificou-se que a predominância de pastagem (oscilando de 47,649 km2 a 59,420 km2), mosaico
de pastagem e agricultura (variando de 7,344 km2 a 16,207 km2), e floresta (com alterações de
2,180 km2 até 2,825 km2). Dentre as produções agrícolas, destaca-se que a partir de 2005 tem
se observado um crescimento na presença de soja e cana de açúcar.
Como ponto de atenção, destaca-se que em 2022 verificou-se a presença de áreas não
vegetadas, isto é, áreas de solo exposto. Então em virtude de terem a tendência de intensificar
os processos erosivos faz-se necessário monitoramento, planejamento ambiental e ações
públicas para manejo na área.
Na caracterização da estrutura fundiária para o município de Palmeira d’Oeste,
destacou-se a predominância de pequenas propriedades. Ao sobrepor os limites dos imóveis
rurais com o mapa de uso e ocupação de 2022 verificou-se o domínio da pastagem em relação
aos demais uso. Nesse sentido, como a pastagem não protege o solo tornando-o vulnerável a
erosões, reforça-se a importância do planejamento de manejo do solo para a região.
Assim como, sugere-se, monitoramento e elaboração de planejamento ambiental
voltado para manejo dos recursos hídricos. Visto que, interpretando os dados referentes a
cursos hídricos na análise de uso e ocupação, observou-se que as lâminas de água, as quais
representando os reservatórios, estão reduzindo no período de 1990 a 2022, podendo ser um
indicativo de diminuição da disponibilidade dos recursos hídricos naturais.
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