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Abstract

Definição do estado de ameaça de Saimiri macrodon, a partir do Processo de Avaliação do Risco de Extinção da Fauna Brasileira, conduzido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Saimiri macrodon ocorre na Colômbia, Equador, Peru e Brasil, onde está presente no Amazonas e Acre. Suspeitamos que sua tendência populacional esteja estável. Apesar de existirem ameaças relacionadas ao desmatamento, pecuária e matriz rodoviária, principalmente no sul da sua extensão de ocorrência, avaliamos que essas não comprometem a população como um todo. Assim, Saimiri macrodon foi categorizada como Menos Preocupante.
Ítalo Mourthé; André Luis Ravetta; Armando Muniz Calouro; Gerson Paulino Lopes; Jessica Ward Lynch; Fernanda Pozzan
Paim; José de Sousa e Silva Júnior; Michelle Pinto Mercês
Como citar
Justificativa
Nomes Comuns
Nomes Antigos
Saimiri macrodon
Elliot, 1907
Mourthé, Í.; Ravetta, A.L.; Calouro, A.M.; Lopes, G.P.; Lynch, J.W.; Paim, F.P.; De Silva Jr, J.S.E.; Mercês, M.P. 2025.
Saimiri macrodon. Sistema de Avaliação do Risco de Extinção da Biodiversidade - SALVE. Instituto Chico Mendes de
Conservação da Biodiversidade - ICMBio. Disponível em: https://salve.icmbio.gov.br - Acesso em: 17 de mar. de 2025.
Categoria: Menos Preocupante (LC)
Última avaliação: 27/09/2019
Ano da publicação: 2025
Saimiri macrodon é endêmico à região amazônica, ocorrendo na Colômbia, Equador, Peru e Brasil, onde
está presente no Amazonas e Acre. Suspeita-se que sua tendência populacional esteja estável. Apesar de
existirem ameaças relacionadas ao desmatamento, pecuária e matriz rodoviária (BR-364), principalmente no
sul da sua extensão de ocorrência, avalia-se que essas não comprometem a população como um todo. Sendo
assim, Saimiri macrodon foi categorizada como Menos Preocupante (LC).
Classificação Taxonômica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Primates
Família: Cebidae
Gênero:
Saimiri
Espécie:
Saimiri macrodon
Autor: Ítalo Mourthé
- Titi (Outros)
- Ecuadorian Squirrel Monkey (Inglês)
- Barizo (Outros)
- Mono Ardilla (Outros)
- Macaco-de-cheiro (Português)
- Saimiri cassiquiarensis macrodon (Elliot, 1907)
- Saimiri caquetensis Allen, 1916
- Saimiri madeirae juruana Lönnberg, 1940
- Saimiri sciurea petrina Thomas, 1927
- Saimiri sciureus macrodon (Elliot, 1907)
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Notas Taxonômicas e Morfológicas
Distribuição Global
Saimiri macrodon Elliot, 1907 foi descrita com base em um exemplar coletado por C. Buckley na região do
rio Copataza, Pastaza, Equador. Hershkovitz (1984) havia considerado este táxon como uma subespécie de
S. sciureus (S. s. macrodon), tendo como sinônimos juniores Saimiri caquetensis Allen, 1916, de Florencia,
Caquetá, Colômbia, Saimiri sciurea petrina Thomas, 1927, de Yurac Yacu, San Martín, Peru, e Saimiri
madeirae juruana Lönnberg, 1940, de João Pessoa e Igarapé do Gordão, Amazonas, Brasil. Apesar de
Thorington (1985) ter considerado S. macrodon como sinônimo júnior de S. s. sciureus, o arranjo de
Hershkovitz (1984) foi seguido pela maioria dos autores subsequentes (e.g. Rylands et al., 2000; Groves,
2001, 2005; Rylands & Mittermeier, 2009). Lavergne et al. (2010) consideraram S. macrodon como uma
subespécie de S. ustus (S. u. macrodon). Chiou et al. (2011) observaram que a realocação feita por Lavergne
et al. (2010) estava incorreta, uma vez que o nome S. cassiquiarensis teria prioridade sobre S. ustus. Assim,
o nome correto desta subespécie seria S. cassiquiarensis macrodon (Chiou et al. 2011). No estudo
filogenético molecular de Lynch Alfaro et al. (2015), as subespécies Saimiri sciureus cassiquiarensis,
Saimiri s. albigena e Saimiri s. macrodon foram recuperadas no mesmo clado, mas não dentro do clado de
S. sciureus. Assim, foi proposto um novo arranjo taxonômico, denominado de complexo cassiquiarensis,
uma vez que, para o clado recuperado, este era o nome mais antigo disponível. Esses táxons passaram a ser
designados como Saimiri c. cassiquiarensis, S. c. albigena e Saimiri c. macrodon. Discordante dos estudos
mitocondriais, Mercês (2019), usando marcadores genômicas nucleares (ddRADs), reconstruiu uma
filogenia para Saimiri na qual S. cassiquiarensis é grupo irmão do clado que reúne S. macrodon, S. sciureus
e S. collinsi, e S. macrodon seria o grupo irmão do clado composto por S. sciureus e S. collinsi. Esta
topologia sugere que S. macrodon deve ser considerado como uma espécie plena. Entretanto, tanto Mercês
(2019), que usou marcadores nucleares, quanto Lynch Alfaro et al. (2015), que usaram marcadores
mitocondriais, sugerem que S. macrodon inclui duas variações geograficamente, geneticamente e
morfologicamente distintas. Nesse sentido, outras pesquisas precisam ser realizadas para entender a
taxonomia/variação populacional dentro desta espécie. Paglia et al. (2012) e Rylands et al. (2013) já
consideravam todas as formas válidas de Saimiri que ocorrem no Brasil como espécies plenas, incluindo S.
macrodon.
Notas morfológicas
Arco gótico sobre os olhos e orelhas com tufo. Coroa, pescoço e ombros cinzentos. Membros anteriores
(mãos até os cotovelos) amarelo-queimado, membros posteriores cinzentos e pés amarelo-queimado até os
tornozelos. Garganta e peito esbranquiçados e costas castanhas. Ponta da cauda espessa (Mercês, 2019).
Existe variação geográfica na cor da cabeça, costas e membros anteriores e posteriores; indivíduos no
interflúvio Solimões-Japurá e nos dois lados do Rio Juruá no Amazonas têm mãos, pés e braços cinza ao
invés de amarelo, e costas mais acinzentadas com amarelo ao invés de castanho (Mercês, 2019).
Distribuição
Endêmica do Brasil: Não
Saimiri macrodon ocorre no Brasil, Colômbia, Equador e Peru.
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Distribuição Nacional
Estados
Acre, Amazonas
Biomas
Amazônia
Bacias Hidrográficas
Sub-bacia Solimões
Extensão da Ocorrência
No Peru, ocorre nos departamentos de San Martín e Loreto, na margem norte do rio Marañon-Amazonas
(Boubli et al., 2008). Na Amazônia colombiana, ocorre a oeste do rio Apaporis (Hershkovitz, 1984; Defler,
2003), estendendo-se a toda a Amazônia equatoriana até os Andes (Tirira, 2007).
No Brasil, ocorre ao norte e ao sul do rio Solimões, desde a margem esquerda do rio Juruá e direita do rio
Japurá até a fronteira entre o Brasil, Colômbia e Peru, nos estados do Acre e Amazonas (Hershkovitz, 1984).
Registros da coleção de mamíferos do Museu Paraense Emílio Goeldi indicam que a distribuição de S.
macrodon se estende também à região situada entre o baixo rio Purus e baixo Juruá. Na RDS Mamirauá
ocorre em simpatria com S. cassiquiarensis e peripatria com S. vanzolinii (Paim, 2017).
A área de distribuição do táxon foi estimada em 386.018 km², a partir dos registros de ocorrência
disponíveis, ajustada, quando possível, de acordo com os limites biogeográficos de sua distribuição (e.g.
rios, relevo) encontrados na literatura e/ou conforme sugerido por especialistas (Butti et al., 2022).
Entretanto, a extensão de ocorrência (EOO) calculada a partir do Mínimo Polígono Convexo (IUCN, 2019),
é de 368.249 km². Com base no tamanho da área de distribuição, infere-se que a área de ocupação seja maior
que 2.000 km².
EOO 368249.0 Km²
A extensão de ocorrência (EOO) foi calculada a partir do Mínimo Polígono Convexo (MPC) (IUCN, 2019).
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História Natural
Espécie migratória? Não
Hábito Alimentar: Onívoro
Não foram encontrados estudos específicos sobre a dieta da espécie. No entanto, assim como em outras
espécies do gênero (Lima & Ferrari 2003; Stone 2007; Pinheiro et al., 2013), resultados preliminares
indicam que a sua dieta é composta, principalmente, por artrópodes e frutos (Heymann & Dolovskaya, 2022
- informações utilizadas durante a oficina de avaliação, mas que foram publicadas posteriormente).
Observações sobre o hábitat
Restrito a hábitat primário? Não.
Especialista em micro hábitat? Não.
As espécies do gênero Saimiri podem ser encontradas em diversos tipos de florestas: tropicais úmidas ou
secas, primárias, secundárias e em fragmentos (Baldwin, 1985). De acordo com Boubli et al. (2008), Saimiri
macrodon habita preferencialmente floresta Amazônica sazonalmente inundada, florestas ripárias e florestas
secundárias. Paim (2008) observou diversos grupos na RDS Mamirauá e verificou que o hábitat preferido
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Reprodução
Observações sobre a população
pela espécie são as várzeas baixas. O táxon apresenta certa tolerância a modificações/perturbações no
ambiente, podendo ser encontrado em florestas próximas a vilarejos (Boubli et al., 2008). A área de vida
para o táxon não é conhecida, mas estima-se que seja em torno de 65-130 ha (dados para S. sciureus/S.
collinsi) (Rowe, 1996; Stone 2007; Pinheiro et al., 2013).
Restrito a hábitat primário? Não
Especialista em micro-hábitat? Não
Maturidade sexual (anos):
Fêmea: 3; Macho: 4,5 (para S. sciureus) (Robinson & Janson, 1987; Stone, 2007).
Longevidade: 21 anos (para S. sciureus, cativo) (Jack, 2007); 30 anos (S. Boliviensis cativo) (Magalhães &
Costa, 2009).
Peso Adulto (g):
Fêmea: 635; Macho: 740 (para S. sciureus) (Jack, 2007).
Comprimento adulto (mm):
Fêmea: Cabeça-corpo: 312, cauda: 405; Macho: Cabeça-corpo: 318, cauda: 409 (para S. sciureus) (Rowe,
1996).
Sistema de acasalamento: Poligâmico (Jack, 2007).
Intervalo entre nascimentos: 12 meses (para S. sciureus) (Jack, 2007).
Razão sexual: 1:1,6 (para S. oerstedi); 1:2,5 (para S. boliviensis) (Jack, 2007).
Tempo de gestação (meses): 5 (S. sciureus: Stone, 2004; S. boliviensis: Magalhães & Costa, 2009).
Tamanho da prole: 1 (Rowe, 1996).
População
Tempo geracional: 8 Ano(s)
Tendência populacional: Estável
O tamanho da população total remanescente não é conhecido, mas acredita-se que o número de indivíduos
maduros seja superior a 10.000. De acordo com Peres (1988), Saimiri macrodon apresenta tamanho médio
do grupo de 31 indivíduos. Paim (2008) observou que o tamanho médio de grupos varia de 26,8+11,5
(estação da cheia) a 18,7+6,25 (estação da seca). Não há informações sobre o aporte de indivíduos de fora
do Brasil ou da contribuição relativa de populações estrangeiras para a manutenção das populações
nacionais.
Informações sobre abundância populacional: 44,29 ind/km² e 258,3 ind/km² no Lago da Fortuna,
Carauari, AM (Peres, 1988); 50-80 ind/km² em La Macarena, Colômbia (Klein & Klein, 1975); 73,8
ind/km² em Nova Empresa (Várzea), 109,5 ind/km² em Barro Vermelho II (Várzea), 189,8 ind/km² no Lago
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Método de cálculo tempo geracional
da Fortuna (Várzea), 5,9 ind/km² em Sobral (Terra firme), 36,1 ind/km² em Condor (Terra firme), 16,7
ind/km² no Barro Vermelho I (Terra firme), 23,2 ind/km² em Fortuna (Terra firme), 17,7 ind/km² em Vira
Volta (Terra firme), e 36,4 ind/km² em Riozinho (Terra firme) (Peres, 1997).
Características Genéticas
Cariótipo: Baseado em comunicação pessoal de N.S.F. Ma, Hershkovitz (1984) observou que o cariótipo de
S. macrodon (2n= 44) possui um complemento cromossômico de 15-6 (15 pares de cromossomos não
acrocêntricos e 6 pares acrocêntricos).
Informações sobre variabilidade genética do táxon (padrões filogeográficos e relações filogenéticas): O
estudo de Boinski & Cropp (1999), que utilizou dois genes nucleares (IRBP e ZFX) e um mitocondrial (D-
Loop), corroborou o arranjo taxonômico de Hershkovitz (1984). Lavergne et al. (2009, 2010) e Chiou et al.
(2011) reconheceram a validade de S. macrodon como subespécie de S. ustus e S. cassiquiarensis,
respectivamente. Lynch-Alfaro et al. (2015) iniciaram um projeto de investigação da história evolutiva do
gênero Saimiri, identificando S. macrodon como um grupo parafilético. Mercês (2019), usando marcadores
genômicas nucleares (ddRADs), reconstruiu uma filogenia para Saimiri na qual S. cassiquiarensis é grupo
irmão do clado que reúne S. macrodon, S. sciureus, e S. collinsi, e S. macrodon seria o grupo irmão do clado
composto por S. sciureus e S. collinsi. Esta topologia sugere que S. macrodon deve ser considerado como
uma espécie plena. No entanto, tanto Mercês (2019), que usou marcadores nucleares, quanto Lynch Alfaro
et al. (2015), que usaram marcadores mitocondriais, sugerem que S. macrodon inclui duas variações
geograficamente, geneticamente e morfologicamente distintas, o que demonstra a necessidade de mais
pesquisas para entender a taxonomia/variação populacional desta espécie.
Foi considerado o tempo geracional calculado pelo grupo de especialistas presentes na oficina de avaliação
global IUCN, realizada em 2007, que considerou a seguinte fórmula: Tempo geracional (T) = idade de
primeira reprodução + (z * tamanho do período reprodutivo). Neste cálculo, foi adotado valor do fator z
igual a 0,5 (IUCN, 2007). O tempo geracional foi calculado para o gênero.
Ameaças
As principais ameaças identificadas para o táxon foram: pecuária, desmatamento e aumento da matriz
rodoviária (BR-364) no estado do Acre (Comissão Pró Índio do Acre et al., 2023; Costa & Acuña, 2024;
Fernandes et al., 2024 - informações utilizadas durante a oficina de avaliação, mas que foram publicadas
posteriormente). Tais ameaças ocorrem principalmente no sul da sua distribuição. A caça da espécie foi
reportada em entrevistas (N=7), feitas no PARNA Serra do Divisor, no Acre. No entanto, a espécie não
aparece na lista de vertebrados preferencialmente caçados nesta UC (Lemos et al., 2018).
Tipo de Ameaça Referência Bibliográfica
2 - Agropecuária e Aquacultura
2.3 - Pecuária Fernandes et al., 2024
Costa & Acuña, 2024
4 - Transportes e serviços de transmissão
4.1 - Estradas e ferrovias
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Última avaliação
Histórico do processo de avaliação
Tipo de Ameaça Referência Bibliográfica
5 - Uso de recursos biológicos
5.1 - Caça e captura de animais terrestres ou marinhos
Lemos et al., 2018
Cooper, 1968
Cooper & Hernández-Camacho,
1975
Mack & Eudey, 1984
5 - Uso de recursos biológicos
5.3 - Extração florestal Comissão et al., 2023
Usos
A espécie é caçada em algumas localidades (Lemos et al., 2018) e é frequentemente mantida como animal
de estimação em comunidades indígenas e ribeirinhas no Brasil, Colômbia e Peru (Paim et al., 2021-
informações utilizadas durante a oficina de avaliação, mas que foram publicadas posteriormente). Seu uso
para fins experimentais em estudos médicos era frequente e os animais eram constantemente retirados da
natureza. A espécie eraa capturada e usada para comércio internacional até, pelo menos, os anos 70 (Cooper
1968; Cooper & Hernández-Camacho, 1975; Mack & Eudey, 1984; Paim et al., 2021). Apesar disso, não se
tem informação sobre a continuidade do comércio legal e ilegal da espécie em sua área de distribuição.
Tipo de Uso Referência Bibliográfica
1 - Alimentação humana
1.1 - Caça de subsistência
3 - Animais de estimação/ornamentais
5 - Medicina humana ou veterinária
Conservação
Data: 14/12/2020
Categoria: Menos Preocupante (LC)
Tipo Ano Abrangência Categoria Critério Referência
bibliográfica
Global 2021 Menos Preocupante
(LC) Link et al., 2021
Global 2008 Menos Preocupante
(LC) Boubli et al.,
2008
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Presença em UC/TI
Tipo Ano Abrangência Categoria Critério Referência
bibliográfica
Nacional Brasil 2019 Menos Preocupante
(LC)
Nacional Brasil 2012 Menos Preocupante
(LC)
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
Biodiversidade -
ICMBio, 2018
* Categoria não utilizada no método IUCN.
UC/TI Referência Bibliográfica
Arie Javari Buriti
ESEC Juami-Japurá Boubli et al., 2008
Rylands & Bernardes, 1989
ESEC Jutaí-Solimões Rylands & Bernardes, 1989
Silva et al., 2017
Flona Tefé Rossato et al., 2017
PARNA Serra do Divisor
Calouro, 1999
Ferreira Neto & Deane, 1973
Rylands & Bernardes, 1989
Resex Auati-Paraná Silva et al., 2017
Resex Médio Juruá Peres, 1988
Resex Rio Jutaí Silva et al., 2017
Reserva de Desenvolvimento Sustentável
Cujubim
Reserva de Desenvolvimento Sustentável
Mamirauá Paim, 2008
Reserva de Desenvolvimento Sustentável
Uacarí
Pesquisa
Paim (2008) realizou um estudo comparativo entre alguns aspectos ecológicos de Saimiri macrodon, S.
cassiquiarensis e S. vanzolinii, ressaltando diferenciação entre as espécies no uso do habitat, uso vertical do
estrato e tamanho de grupo. Paim & Queiroz (2009) analisaram alguns parâmetros acústicos da vocalização
das mesmas espécies, demonstrando diferenças entre elas e auxiliando na definição taxonômica dessas.
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Existem projetos em andamento, resultantes de parcerias entre pesquisadores de diversas instituições,
objetivando investigar questões sobre a identidade e história evolutiva de Saimiri. Os resultados já
alcançados (Paim et al., 2013; Lynch-Alfaro et al., 2015) indicaram a existência de dois fenótipos
geograficamente definidos na coloração da pelagem dentro da distribuição de S. macrodon, e que este táxon
constitui um grupo parafilético. Mercês (2019) usou dados genômicos nucleares para reconstruir uma
filogenia de Saimiri em que todas as amostras de S. macrodon formaram um clado monofilético, mas com
duas variações geográficas bem diferenciadas. Existem também novas informações sobre a distribuição
geográfica da espécie, com uma extensão para o baixo interflúvio Juruá-Purus, e a identificação de uma área
de sintopia com S. vanzolinii na RDS Mamirauá (Paim et al., 2013). Lynch-Alfaro et al. (2015) sugeriram
que as áreas de endemismo Rondônia e Inambari seriam os locais mais prováveis de origem da forma
ancestral de Saimiri. Lynch-Alfaro et al. (2015) identificaram o rio Amazonas como a principal barreira à
dispersão, e estimaram uma diversificação recente dentro do gênero, ocorrida entre 1.4 e 0.6 Ma. A
continuidade de tais projetos trará novas informações capazes de subsidiar ações visando à conservação da
espécie.
Tema Situação Referência Bibliográfica
Ecologia Realizada
Filogenia Realizada
Genética Em Andamento
Equipe Técnica
Amely Branquinho Martins, André Chein Alonso, Arthur Jorge Brant Caldas Pereira, Diógenes Augusto
Ramos Filho, Felipe Ennes Silva, Gabriela Ludwig, Joanderson Pereira Candido da Silva, Keoma
Coutinho Rodrigues, Luciana Gosi Pacca Berardi, Rosa Aparecida Caraça, Rosana Junqueira Subirá,
Vinicius Alberici Roberto
Avaliadores
Adrian Paul Ashton Barnett, Almério Camara Gusmão, Amely Branquinho Martins, Andre Chein Alonso,
André Luis Ravetta, Anthony Brome Rylands, Antonio Roberio Gomes Freire Filho, Armando Muniz
Calouro, Bruna Martins Bezerra, Carla de Borba Possamai, Eduardo Marques Santos Júnior, Fabiano
Rodrigues de Melo, Felipe Ennes Silva, Gabriela Cabral Rezende, Gabriela Ludwig, Gerson Buss,
Gustavo Rodrigues Canale, Italo Martins da Costa Mourthe, Jessica Lynch Alfaro, José Rímoli, José de
Sousa e Silva Júnior, Leandro Jerusalinsky, Leonardo de Carvalho Oliveira, Marcelo Gordo, Marcia Maria
de Assis Jardim, Marcio Port Carvalho, Mariluce Rezende Messias, Monica Mafra Valenca Montenegro,
Rafael Magalhães Rabelo, Robson Odeli Espíndola Hack, Waldney Pereira Martins, Wilson Roberto
Spironelo, Zelinda Maria Braga Hirano
Validadores
Carlos Augusto Rangel, Estevao Carino Fernandes De Souza
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Article
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Objetivou-se descrever o panorama do rebanho bovino do estado do Acre no ano de 2022, apresentando distribuição espacial e movimentação nas esferas estadual, regional e municipal. Utilizou-se 24.551 autodeclarações de propriedades rurais e 142.700 Guias de trânsito animal (GTA), do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf), possibilitando análise da composição do rebanho e dos animais movimentados para abate e venda. O rebanho estadual foi de 4.568.389 cabeças (38,0% de machos e 62,0% de fêmeas), distribuídas em 24.551 propriedades rurais, indicando aumento anual de 10% e 9,8%, respectivamente. A região sudoeste do estado concentra 62,7% das propriedades e 74% do rebanho. Até 93,7% das propriedades possuem até 500 animais sendo estas responsáveis por 54,0% do rebanho. A exploração pecuária é voltada para pecuária de corte com ciclo completo. Os estados de Mato Grosso, Amazonas e São Paulo foram os maiores compradores de animais do Acre, principalmente machos de até 12 meses. Em relação a 2021, houve aumento de 5% no abate, sendo 62% de animais acima de 36 meses, indicando longo período de recria e terminação. Os índices de crescimento e produção do rebanho, taxa de desfrute e lotação animal da pecuária acreana são superiores em relação à média nacional, apesar da idade ao abate de fêmeas e machos ser elevada. Melhorias nos processos de terminação de bovinos podem refletir no aumento da taxa de produção do rebanho acreano.
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-Apesar de a caça de animais silvestres garantir a segurança alimentar de populações rurais e indígenas na Amazônia, a atividade representa um desafio para a conservação da biodiversidade. Mesmo em unidades de conservação (UCs), o impacto da extração de vertebrados ainda é pouco conhecido, dificultando ações de manejo e a implementação de estratégias de conservação adequadas à realidade local. Neste trabalho, apresentamos o perfil da atividade de caça de uma comunidade tradicional do Parque Nacional da Serra do Divisor (PNSD), no sudoeste da Amazônia. Através de entrevistas semiestruturadas, realizadas em janeiro de 2018, e de dados originados de atividades de fiscalização desenvolvidas entre janeiro de 2016 e janeiro de 2018, identificamos que 57,9% dos 69 vertebrados com ocorrência confirmada para a área de uso da comunidade Pé da Serra são alvos de caça para alimentação. Cerca de um quinto das espécies ameaçadas em listas nacionais e internacionais é citado como fonte de alimento. Os ungulados, aves, roedores caviomorfos, o tatu-verdadeiro (Dasypus novemcinctus) e o jabuti (Chelonoidis denticulatus) constituíram os grupos taxonômicos mais frequentemente citados e mais apreciados para consumo. Para o abate e captura de vertebrados cinegéticos, foram registrados o emprego da busca ativa, a focagem com uso de lanternas, armadilhas de arma de fogo e a espera. Os moradores da comunidade também utilizam a fauna silvestre para fins medicinais, como animal de estimação e na alimentação de animais domésticos. Apesar de o comércio de produtos animais não ter sido relatado pelos moradores, verificamos que 30,8% das missões de fiscalização realizadas no PNSD resultaram em apreensão de itens silvestres. A biomassa total interceptada foi de 428,08kg. A espécie mais registrada nas apreensões foi C. denticulatus, totalizando 37,9% do total de animais interceptados. A diversidade de espécies e os usos a elas atribuídos, revelados neste levantamento, destacam a importância do recurso faunístico para as populações humanas do PNSD. É através do uso de técnicas produtivas de baixo impacto, associado a empreendimentos locais de geração alternativa de renda, e criação de mecanismos de governança local, que a biodiversidade poderá ser conservada ou mantida na região.
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An understanding of the full diversity of the primates is vital for priority-setting for conservation purposes, both for captive breeding and in situ conservation measures. Here we provide a full, annotated listing of the Neotropical primate species and subspecies resulting from a workshop, “Primate Taxonomy for the New Millennium”, which brought together experts in primate taxonomy and biogeography, morphologists and geneticists. It was organized by the IUCN/SSC Primate Specialist Group (PSG) and held at the Disney Institute, Orlando, Florida, in February 2000. The list separates the Platyrrhini into five families (Callitrichidae, Cebidae, Aotidae, Pitheciidae and Atelidae), 18 genera (Cebuella, Mico, Callithrix, Saguinus, Leontopithecus, Callimico, Saimiri, Cebus, Aotus, Callicebus, Pithecia, Chiropotes, Cacajao, Alouatta, Ateles, Lagothrix, Oreonax and Brachyteles), 110 species, and 205 species and subspecies.
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Em 1996 foi publicada a primeira revisão consolidada sobre a diversidade de espécies de mamíferos no Brasil. Aqui, mantivemos a estrutura padrão da publicação de 1996, porém incorporando algumas informações adicionais, como a indicação do número de espécies por gênero e por família, o nome comum em português e inglês, a indicação de endemismo no Brasil, e se a espécie possui ou não distribuição geográfica restrita (menor que 50 mil km2). A revisão da lista indica a ocorrência no Brasil de 701 espécies de mamíferos, distribuídos em 243 Gêneros, 50 Famílias e 12 Ordens. Seguindo o padrão global, as ordens mais especiosas são Rodentia e Chiroptera, com respectivamente 34,7% e 24,8% das espécies de mamíferos brasileiras. A lista de 1996 apontava um total de 524 espécies, tendo havido, portanto um incremento nominal de quase 34% no número de espécies. A diferença de 177 espécies é parcialmente explicada pela descrição de novas espécies. O restante da diferença entre as duas edições da lista é provavelmente consequência dos avanços na compreensão da taxonomia, filogenia e biogeogra a das espécies, propiciados por revisões sistemáticas atuais, muitas vezes incluindo modernas técnicas de biologia molecular.
Chapter
This chapter presents a brief summary of the available information on Saimiri in their natural environments, including data on ecological specializations, daily behavior patterns, group structure, social behavior and organization, developmental patterns, and relations with other species.