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Avaliação do Risco de Extinção de Saguinus imperator (Goeldi, 1907)

Authors:

Abstract

Definição do estado de conservação de Saguinus imperator, a partir do Processo de Avaliação do Risco de Extinção da Fauna Brasileira, conduzido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Saguinus imperator está presente no Peru, na Bolívia e no Brasil, onde ocorre nos estados do Acre e Amazonas. São reconhecidas duas subespécies: Saguinus imperator imperator e Saguinus imperator subgrisescens. Saguinus imperator é uma espécie comum, que ocorre em Áreas Protegidas, podendo ser afetado pela crescente perda de habitat, fator que será agravado pela pavimentação da rodovia BR-364 na porção leste de sua extensão de ocorrência. Entretanto, suspeitamos que sua população não será afetada de modo a colocá-la em risco nas próximas três gerações. Portanto, Saguinus imperator foi categorizada como Menos Preocupante.
Gerson Paulino Lopes; André Ravetta; Fábio Röhe; Armando Calouro
Como citar
Justificativa
Nomes Comuns
Nomes Antigos
Saguinus imperator
(Goeldi, 1907)
Lopes, G.P.; Ravetta, A.; Röhe, F.; Calouro, A. 2025. Saguinus imperator. Sistema de Avaliação do Risco de Extinção da
Biodiversidade - SALVE. Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio. Disponível em:
https://salve.icmbio.gov.br - Acesso em: 07 de fev. de 2025.
Categoria: Menos Preocupante (LC)
Última avaliação: 27/09/2019
Ano da publicação: 2025
Saguinus imperator está presente no Peru, na Bolívia e no Brasil, onde ocorre nos estados do Acre e
Amazonas. São reconhecidas duas subespécies: Saguinus imperator imperator e Saguinus imperator
subgrisescens. Saguinus imperator é uma espécie comum, que ocorre em Áreas Protegidas, podendo ser
afetado pela crescente perda de habitat, fator que será agravado pela pavimentação da rodovia BR-364 na
porção leste de sua extensão de ocorrência. Entretanto, suspeita-se que sua população não será afetada de
modo a colocá-la em risco nas próximas três gerações. Portanto, Saguinus imperator foi categorizada como
Menos Preocupante (LC).
Classificação Taxonômica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Primates
Família: Callitrichidae
Gênero:
Saguinus
Espécie:
Saguinus imperator
Autor: Julio Bicca
- Bigodeiro (Português)
- Mono Bigotudo (Português)
- Mono Nicolás Suárez (Português)
- Black-chinned emperor tamarin (Inglês)
- Mystax imperator subgrisescens Lönnberg, 1940
- Midas imperator Goeldi, 1907
- Leontocebus imperator Elliot, 1913
- Tamarin imperator imperator Cruz Lima, 1945
- Marikina imperator imperator Hershkovitz, 1949
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Notas Taxonômicas e Morfológicas
- Marikina imperator subgrisescens Hershkovitz, 1949
- Mystax imperator Crandall, 1951
- Mirikina (Tamarin) imperator imperator Vieira, 1955
- Leontocebus (Tamarinus) imperator Harms, 1956
- Leontocebus imperator subgrisescens Carvalho, 1957
- Tamarinus i[mperator] imperator Hill, 1957
- Leontocebus [Leontocebus] imperator imperator Cabrera, 1958
- Leontocebus [Leontocebus] imperator subgrisescens Cabrera, 1958
- Leontocebus imperator imperator Carvalho, 1959
- Saguinus imperator Hershkovitz, 1968
- Saguinus imperator imperator Napier, 1976
- Saguinus imperator imperator Hershkovitz, 1979
- Saguinus imperator subgrisescens Hershkovitz, 1979
- Saguinus (Tamarinus) imperator imperator Garbino & Martins-Junior, 2018
A espécie foi descrita por Goeldi (1907) como Midas imperator. Elliot (1913) transferiu Midas para o
gênero Leontocebus, com o arranjo resultante Leontocebus (Tamarinus) imperator. Lönnberg (1940)
transferiu Leontocebus para o gênero Mystax e, descreveu uma nova subespécie, Mystax imperator
subgrisescens. Posteriormente, foi alocada no gênero Tamarin por Cruz Lima (1945) e, Marikina por
Hershkovitz (1949). Foi transferida para o gênero Saguinus (Hershkovitz, 1966, 1977). Apesar dos fenótipos
distintos das duas subespécies, S. imperator foi considerado uma única espécie com grande variação
individual e ontogenética (Hershkovitz, 1977). Hershkovitz (1977) baseou sua taxonomia principalmente em
espécimes de S. i. subgrisescens. Assim, após analisar outros espécimes de S. i. imperator, Hershkovitz
(1979) percebeu que os fenótipos eram diferentes e que eram duas subespécies.
Notas morfológicas
Em S. i. imperator há a presença de duas pequenas manchas de pelos curtos e brancos no queixo, em
contraste com o queixo mais denso e tufado de pelos longos e brancos em S. i. subgrisescens. Em S. i.
subgrisescens o peito e abdômen apresentam pelos acastanhados misturados a brancos, já em S. i. imperator
há coloração que varia entre avermelhado, laranja e branco. A franja lateral e posterior em S. i.
subgrisescens é aguti escuro, castanho ou amarelado, enquanto em S. i. imperator os pelos são mais claros,
acinzentados ou bege. Na parte interna dos membros anteriores os pelos são castanho-acinzentados em S. i.
subgrisescens e laranja-prateado em S. i. imperator. Em S. i. imperator a pelagem na garupa e da base da
cauda apresenta coloração cinza ou esbranquiçada, enquanto em S. i. subgrisescens é laranja. Já a cauda de
S. i. imperator é predominantemente marrom-acinzentada ou enegrecida com pelos esbranquiçados ou
amarelados misturados, especialmente na região ventral próxima à genitália, enquanto a cauda de S. i.
subgrisescens é ruiva ou laranja, com pelos pretos dispersos nas porções média e distal, notadamente na
escova terminal. S. i. imperator possui um tufo denso de pelos pretos de 11-12 mm na borda superior e
posterior das orelhas, que está ausente ou é esparso em S. i. subgrisescens (Hershkovitz, 1977, 1979). A
fórmula dentária é (i2/2, c1/1, pm3/3, m2/2).
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Distribuição Global
Distribuição Nacional
Estados
Acre, Amazonas
Biomas
Amazônia
Bacias Hidrográficas
Sub-bacia Purus, Sub-bacia Solimões
Extensão da Ocorrência
Distribuição
Endêmica do Brasil: Não
Saguinus imperator não é endêmica ao Brasil, ocorre também na Bolívia (S. i. subgrisescens) e no Peru
(ambas subespécies S. i. imperator e S. i. subgrisescens) (Hershkovitz, 1777, 1979).
Saguinus imperator imperator no Brasil está presente nos estados do Acre e Amazonas, onde é residente e
nativo (Hershkovitz, 1777, 1979). Ocorre no sudoeste da Amazônia, leste do alto rio Purus, no interflúvio
Purus-Acre (Hershkovitz, 1979). Izawa & Bejarano (1981) relataram uma população isolada na margem
esquerda do rio Acre, na bacia do rio São Pedro, no Brasil, em uma área ocupada por S. l. labiatus.
Encarnación & Castro (1990) encontraram populações de S. i. imperator (mas não de S. l. labiatus) nas
margens direita e esquerda do rio Acre, perto do rio Branco Quebrada, cerca de 20km a oeste de Iñapari,
próximo à região indicada por Izawa & Bejarano (1981). A população da margem sul do rio Acre é
altamente restrita, não tendo sido registrada em nenhum outro lugar mais ao sul do Peru, apesar de uma série
de tentativas (Castro et al., 1990). Saguinus imperator subgrisescens, no Brasil, está presente nos estados do
Acre e Amazonas, onde é residente e nativo. Ocorre no sudoeste da Amazônia, ao longo da margem direita
do alto rio Juruá, estendendo-se para leste até os rios Tarauacá e Jurupari na fronteira com o Peru
(Hershkovitz, 1777, 1979). Registros recentes no rio Pauini (Sampaio et al., 2018) incluem a bacia do Purus
em sua área de ocorrência.
A extensão de ocorrência (EOO) calculada a partir do Mínimo Polígono Convexo (MPC) é de 162.635 km².
No entanto, a área de distribuição da espécie foi estimada em 187.570 km², a partir dos registros de
ocorrência disponíveis, ajustada, quando possível, de acordo com os limites biogeográficos de sua
distribuição (e.g. rios, relevo) encontrados na literatura e/ou conforme sugerido por especialistas (Butti et
al., 2022). Com base no tamanho da área de distribuição, infere-se que a área de ocupação seja maior que
2.000 km².
EOO 162635.0 Km²
Método do Mínimo Polígono Convexo (IUCN, 2019).
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História Natural
Espécie migratória? Não
Observações sobre o hábito alimentar
A dieta da espécie inclui frutos, néctar, gomas, fungos, insetos e pequenos vertebrados (Terborgh, 1983).
Observações sobre o hábitat
Saguinus imperator habita floresta primária e secundária (inclui borda de fragmentos) de terra firme e
sazonalmente inundada, ocorre num gradiente altitudinal entre 105 e 140 m (Terborgh, 1983). O táxon
apresenta tolerância a modificações/perturbações no ambiente. Também foi observado em floresta de
tabocas (Guadua sp.) (F. Röhe, com. pess., 2012). A área de vida do táxon é estimada em 20-30 ha
(Sussman & Kinzey, 1984; Ferrari & Lopes Ferrari, 1989; Buchanan-Smith, 1991) e, em 30–100 ha no
Parque Nacional Manu, Peru (S. i. subgrisescens) (Terborgh, 1983).
Associações e interações ecológicas
Saguinus imperator subgrisescens foi observada em associações interespecíficas com Callimico goeldii no
Parque nacional da Serra do Divisor no Brasil (Lopes & Rehg, 2003). No Peru, foi observada associação
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Reprodução
Observações sobre a população
dessa subespécie com Leontocebus fuscicollis (Terborgh, 1983; Barry, 2002).
O ciclo estral é de cerca de 15 dias e a fêmea acasala com todos os machos do grupo (Poirier et al., 2021).
Maturidade Sexual: Macho: 20 meses; Fêmea: 16 meses (Poirier et al., 2021).
Peso: Macho: 416,7 g (330 a 480 g); Fêmea: 446,3 g (400 a 520 g) (Bicca-Marques et al., 1997)
Comprimento Máximo: Macho: 566,1 mm (535 a 600 mm); Fêmea:575 mm (530 a 605 mm) (Bicca-
Marques et al., 1997)
Longevidade: Macho: 20,2 anos; Fêmea: 17,9 anos (Jones, 1982)
Sistema de acasalamento: Poligâmico (Terborgh & Wilson, 1983).
Intervalo de nascimentos: 183 a 189 dias (Baker & Woods, 1992; Hartwig, 1996).
Tempo de gestação: 140 a 152 dias (Jones, 1982; Hartwig, 1996)
Tamanho da prole: 1 a 2 indivíduos (Snowdon & Soini, 1988).
Intervalo entre nascimentos: 183 a 189 dias (Baker & Woods, 1992; Hartwig, 1996).
Razão sexual: 0,98 (n=152) (para o gênero) (Snowdon & Soini, 1988).
População
Tempo geracional: 6 Ano(s)
Tendência populacional: Declinando
Saguinus i. imperator apresenta tamanho médio dos grupos de três a 10 indivíduos, mas podem ser
encontrados indivíduos solitários ou pares (Bicca-Marques, 2000; Bicca-Marques & Garber, 2005; Garber et
al., 2009). Saguinus i. subgrisescens apresenta tamanho de grupos entre 3 e 5 indvíduos (Terborgh, 1983). O
tamanho da população total remanescente das subespécies não é conhecido e não se sabe se o número de
indivíduos maduros destes táxons é superior a 10.000.
Há aporte de indivíduos de fora do Brasil, mas não se sabe sobre a contribuição relativa das populações
estrangeiras para a manutenção das populações nacionais.
Informações sobre abundância populacional: 37,0 ind/km² – Sena Madureira, Acre (Peres, 1988); 5,4 –
12 ind/km² (Terborgh & Janson, 1985; Snowdon & Soini, 1988), 31,1 ind/km² na Floresta Estadual do
Antimary (Calouro, 2005); 0,36 grupos/10 km percorridos na Reserva Florestal Huimatá (Botelho et al.,
2012).
Tendência Populacional: Possivelmente em declínio.
Características Genéticas
Cariótipo: O cariótipo é 2n=46 cromossomos, com dois pares metacêntricos (4-5), 13 pares
submetacêntricos e/ou subtelocêntricos (1-3 e 6-15) e, sete pares acrocêntricos (16-22) (Dantas & Barros,
1997). Apresentam heterocromatina centromérica e/ou heterocromatina pericentromérica em todos os
cromossomos, com quimerismo cromossômico (XX/XY) (Dantas & Barros, 1997).
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Método de cálculo tempo geracional
Informações sobre variabilidade genética do táxon (padrões filogeográficos e relações filogenéticas):
Hershkovitz (1977) se embasou em morfologia, pelagem e distribuição geográfica para estabelecer as
relações entre as espécies do gênero Saguinus e, o dividiu em três seções, com seis grupos de espécies. Essas
seções foram divididas de acordo com os padrões de pelagem e pigmentação facial: Seção face com pelos –
saguis da boca branca ou grupo Saguinus nigricollis (S. nigricollis e S. fuscicollis), saguis de bigodes ou
grupo Saguinus mystax (S. mystax, S. labiatus e S. imperator) e grupo midas (Saguinus midas); Seção face
sem pelos – saguis brasileiros da face nua ou grupo S. bicolor e, grupo S. oedipus (S. oedipus e S. leucopus);
Seção face com pigmentação mosqueada – grupo Saguinus inustus. As relações entres os táxons que
compunham essas seções era baseada na suposição de que a condição primitiva (plesiomórfica) seria a face
com presença de pelos, enquanto a face mosqueada teria evoluído na direção da ausência de pelos na face,
que por sua vez seria a condição apomórfica e teria surgido mais de uma vez durante a evolução de Saguinus
(Hershkovitz, 1977). Filogenias moleculares evidenciaram dois grandes clados dentro do gênero Saguinus
(Jacobs et al., 1995; Matauschek et al., 2011; Buckner et al., 2015). Esses clados recuperados dentro de
Saguinus passaram a ser designados de acordo com o tamanho corporal, o clado de corpo pequeno
corresponde ao grupo S. nigricollis, cujo peso corporal é menor que 450 g e, o restante das espécies está
agrupado no clado de corpo grande, com peso corporal maior que 450 g (Buckner et al., 2015). Essa divisão
em dois grandes clados é apoiada por dados ecológicos e comportamentais e refletem histórias evolutivas
distintas (Rylands et al., 2016). A partir dessas evidências, houve a proposta da divisão de Saguinus em dois
gêneros diferentes (Buckner et al., 2015). O grupo S. nigricollis ficou alocado no gênero Leontocebus, já o
restante das espécies ficou alocada no gênero Saguinus (Buckner et al., 2015; Rylands et al., 2016).
Foi considerado o tempo geracional calculado pelo grupo de especialistas presentes na oficina de avaliação
global IUCN, realizada em 2007, que considerou a seguinte fórmula: Tempo geracional (T) = idade de
primeira reprodução + (z * tamanho do período reprodutivo). Neste cálculo, foi adotado valor do fator z
igual a 0,5 (IUCN, 2007).
Ameaças
As principais ameaças identificadas para o táxon foram: assentamentos rurais, pecuária, desmatamento,
aumento da matriz rodoviária, desconexão de hábitat e redução de hábitat. Todas as ameaças ocorrem mais
na porção leste de sua distribuição, intensificadas pela pavimentação da BR-364.
A estimativa de perda de hábitat passada ocorrida dentro da área de distribuição da espécie foi de 3,6%
(Butti et al., 2022.), em 3 gerações (18 anos – IUCN, 2007). Esta estimativa foi obtida pela diferença entre a
quantidade de pixels denominados como hábitat dentro da distribuição geográfica conhecida da espécie– que
incluem todos aqueles classificados como Floresta, Floresta Natural, Formação Florestal, Formação
Savânica e Mangue - nos Mapas de Cobertura e Uso de Solo da imagem mais antiga considerando o tempo
geracional (2002) e do mapeamento mais atual (2020) (MapBiomas 6.0). Entretanto, suspeitamos que as
ameaças identificadas possivelmente não impactem as populações da espécie como um todo, não implicando
em risco de extinção num futuro próximo.
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Última avaliação
Histórico do processo de avaliação
Tipo de Ameaça Referência Bibliográfica
1 - Desenvolvimento residencial e comercial
1.4 - Assentamentos e pequenas propriedades rurais
2 - Agropecuária e Aquacultura
2.3 - Pecuária
2.3.3 - Pecuária agro-industrial
4 - Transportes e serviços de transmissão
4.1 - Estradas e ferrovias
5 - Uso de recursos biológicos
5.3 - Extração florestal
Usos
Não foram inseridas informações para o táxon.
Conservação
Data: 14/12/2020
Categoria: Menos Preocupante (LC)
Tipo Ano Abrangência Categoria Critério Referência
bibliográfica
Global 2021 Menos Preocupante
(LC)
Heymann et al.,
2021
Ravetta et al.,
2021
Nacional Brasil 2019 Menos Preocupante
(LC)
Nacional Brasil 2012 Menos Preocupante
(LC)
Ravetta et al.,
2015
ICMBio/MMA,
2018
* Categoria não utilizada no método IUCN.
Presença em lista nacional oficial vigente? Não
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Presença em Convenção
Presença em UC/TI
Convenção Ano
CITES - Anexo II 1977
Outros Espaços Territoriais Especialmente Protegidos:
Acre: Parque Zoobotânico (144 ha) (Bicca-Marques & Calegaro-Marques, 1995), Reserva Florestal Humaitá
(2.000 ha) (Botelho et al., 2012);
Acre: RESEX Tabocais do Pauini (F. Röhe, com. pess., 2012).
Outros países: Bolívia: Manuripí Heath Nature Reserve; Peru: PN Manú (Rylands et al., 1993)
UC/TI Referência Bibliográfica
ESEC Rio Acre
Calouro, 2006
Rylands & Bernardes, 1989
Rylands et al., 1993
PARNA Serra do Divisor Calouro, 1999
Resex Arapixi
Sampaio et al., 2017
Sampaio et al., 2018
Sampaio, 2018
Parque Estadual Chandless Calouro, 2008
Reserva Extrativista do Rio Gregório
Igarapé Capana Peres, 1988
Katukina/kaxinawá Calouro, 2007
Pesquisa
Júlio César Bicca-Marques realizou estudos com a espécie na década de 90 e Armando Muniz Calouro
realiza pesquisa no estado do Acre desde os anos 90 e tem observado a espécie em diversos levantamentos
conduzidos na região.
Tema Situação Referência Bibliográfica
Distribuição geográfica Em Andamento
Equipe Técnica
Amely Branquinho Martins, André Chein Alonso, Arthur Jorge Brant Caldas Pereira, Diógenes Augusto
Ramos Filho, Gabriela Ludwig, Joanderson Pereira Candido da Silva, Keoma Coutinho Rodrigues,
Luciana Gosi Pacca Berardi, Rosa Aparecida Caraça, Rosana Junqueira Subirá
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Avaliadores
Adrian Paul Ashton Barnett, Almério Camara Gusmão, Amely Branquinho Martins, Andre Chein Alonso,
André Luis Ravetta, Anthony Brome Rylands, Antonio Roberio Gomes Freire Filho, Armando Muniz
Calouro, Bruna Martins Bezerra, Carla de Borba Possamai, Eduardo Marques Santos Júnior, Fabiano
Rodrigues de Melo, Felipe Ennes Silva, Gabriela Cabral Rezende, Gabriela Ludwig, Gerson Buss,
Gustavo Rodrigues Canale, Italo Martins da Costa Mourthe, Jessica Lynch Alfaro, José Rímoli, José de
Sousa e Silva Júnior, Leandro Jerusalinsky, Leonardo de Carvalho Oliveira, Marcelo Gordo, Marcia Maria
de Assis Jardim, Marcio Port Carvalho, Mariluce Rezende Messias, Monica Mafra Valenca Montenegro,
Rafael Magalhães Rabelo, Robson Odeli Espíndola Hack, Waldney Pereira Martins, Wilson Roberto
Spironelo, Zelinda Maria Braga Hirano
Validadores
Estevao Carino Fernandes De Souza, Carlos Augusto Rangel
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9Emitido por: Sistema SALVE Emitido em: 07/02/2025 10:41:14
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10Emitido por: Sistema SALVE Emitido em: 07/02/2025 10:41:14
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Terrestrial mammals face a severe crisis of habitat loss worldwide. Therefore, assessing information on habitat loss throughout different time periods is crucial for assessing species’ conservation statuses based on the IUCN Red List system. To support the national extinction risk assessment in Brazil (2016–2022), we developed a script that uses the MapBiomas Project 6.0 data source of land cover and land use (annual maps at 30 m scale) within the Google Earth Engine (GEE) platform to calculate habitat loss. We defined suitable habitats from the MapBiomas Project land cover classification for 190 mammalian taxa, according to each species range map and ecological characteristics. We considered a period of three generation lengths to assess habitat loss in accordance with the Red List assessment criteria. We used the script to estimate changes in available habitat throughout the analyzed period within the species’ known ranges. The results indicated that habitat loss occurred within 94.3% of the analyzed taxa range, with the Carnivora order suffering the greatest habitat loss, followed by the Cingulata order. These analyses may be decisive for applying criteria, defining categories during the assessment of at least 17 species (9%), enriching discussions, and raising new questions for several other species. We considered the outcome of estimating habitat loss for various taxa when applying criterion A, which refers to population reduction, thus supporting more accurate inferences about past population declines.
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Olfactory communication is an important mediator of social interactions in mammals, thought to provide information about an individual’s identity and current social, reproductive, and health status. In comparison with other taxa such as carnivores and rodents, few studies have examined primate olfactory communication. Tamarins (Callitrichidae) conspicuously deposit odorous secretions, produced by specialized scent glands, in their environment. In this study, we combined behavioral and chemical data on captive cotton-top tamarins, Saguinus oedipus, and bearded emperor tamarins, S. imperator subgrisescens, to examine the role of olfactory communication in the advertisement of species, sex, and reproductive status. We observed no difference in scent-marking behavior between species; however, females marked more frequently than males, and reproductive individuals more than non-reproductive ones. In addition, tamarins predominantly used their anogenital gland when scent-marking, followed by the suprapubic gland. We collected swabs of naturally deposited tamarin anogenital scent marks, and analyzed these samples using headspace gas chromatography-mass spectrometry. Despite a limited sample size, we established differences in tamarin anogenital mark chemical composition between species, sex and reproductive status, and identified 41 compounds. The compounds identified, many of which have been reported in previous work on mammalian semiochemistry, form targets for future bioassay studies to identify semiochemicals. Our non-invasive method for collecting deposited scent marks makes it a promising method for the study of olfactory communication in scent-marking animal species, applicable to field settings and for the study of elusive animals.
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Information on the wildlife of the middle and upper reaches of the Purus in Brazil is scarce, and this region is one of the major remaining gaps in our understanding of the distributions and population status of mammals in the Brazilian Amazon. In this paper, we present information on the diversity of mammals of the middle Purus, in the south of Amazonas State, Brazil. Based on rapid inventories in four protected areas, and line-transect censuses in one of them, we provide locality records that indicate expansions of the known range of six primate species and a squirrel. Species more frequently seen during censuses were small and mid-sized primates and rodents, while records of larger mammals, which are more sensitive to subsistence hunting, were infrequent or lacking. Deforestation in the area is relatively low, but the area is close to the so-called “arc of deforestation” that is moving north and west from the north of the state of Mato Grosso into the states of Acre and Amazonas. The middle and upper Purus basin has been little explored, but is far from pristine, and populations of most of the species that are vulnerable to forest degradation and hunting are already reduced, especially close to the major rivers.
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A maior parte de primatas neotropicais habita a Amazônia, e são crescentes as pesquisas que enfocam diversidade, distribuição e características ecológicas das espécies. Este estudo teve como objetivo verificar a ocorrência e a distribuição de primatas no ambiente urbano e periurbano do município de Cruzeiro do Sul/AC, Brasil, através dos métodos direto (caminhamentos) e indireto (entrevistas com roteiro semiestruturado). Foram percorridas 33 quadrículas de 500m x 500m e realizadas 56 entrevistas, que indicaram provável existência de nove espécies de primatas (método indireto) e confirmaram ocorrência de Cebuella niveiventris, Leontocebus fuscicollis fuscicollis, Saguinus mystax mystax e Plecturocebus cupreus (método direto). Com o crescimento desordenado da malha urbana do município, as florestas remanescentes ficam mais suscetíveis aos impactos, assim como as espécies que nelas vivem. Com base nos resultados, sugere-se a manutenção e recuperação das matas ciliares no entorno dos corpos d'água-áreas de preservação permanente (APPs) e programas de educação ambiental nas escolas e comunidades locais. Palavras-chave: conservação da natureza; ecologia urbana; fragmentação; Amazônia. ABSTRACT-Occurrence of non-human primates in the urban environments of Cruzeiro do Sul, state of Acre, Brazil. The aim of this study was to verify the occurrence and distribution of primates in the urban and peri-urban environments of the municipality of Cruzeiro do Sul, Acre, Brazil, through both direct (random walking) and indirect (semi-structured interviews) methods. We covered 33 grids of 500m × 500m and carried out 56 interviews. The results indicated the probable occurrence of nine primate species (indirect method) and we were able to confirm the presence of Cebuella niveiventris, Leontocebus fuscicollis fuscicollis, Saguinus mystax mystax and Plecturocebus cupreus (direct method). The disorderly growth of the urban areas of the town negatively affects the remaining forests and their species. We argue for the need to maintain and recuperate the riparian forests (Areas of Permanent Preservation), and to develop local programs of environmental education in the schools and local communities.
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In this long-awaited work, Philip Hershkovitz provides the most thorough and comprehensive treatise ever published on New World monkeys. The volume gives a detailed account of the origin, evolution, dispersal, and behavior of platyrrhines and a systematic arrangement of all known forms, living and extinct. During an eleven-year period, Hershkovitz examined more than 3,100 museum-preserved specimens and relevant primate fossils and observed hundreds of animals in captivity and thousands in the wild state. He presents his results in an elegant and encyclopedic text, lavishly illustrated with 520 figures and 7 color plates. Hershkovitz opens the study with a brief history and a definition, characterization, and comparison of primates as a taxonomic unit. Basing his work on nearly all known genera of living primates, the author deals with New World monkeys from comparative anatomical and evolutionary points of view. He examines display characters, pelage, the evolution of color patterns, primate locomotion, cranial and dental morphology, and the central nervous system. The final and most extensive part of the volume is devoted to the taxonomy and biology of the family Callitrichidae, comprising marmosets and tamarins, and the family Callimiconidae, represented by the callimico alone. Hershkovitz concludes with an exhaustive bibliography of more than 2,500 published works and a gazetteer of essential geographic data.