O artigo analisa a evolução das posições do Brasil no G20 quanto ao tema da cooperação monetária internacional. Em particular, procura mostrar que os debates sobre “guerra cambial”, em 2010 e 2011, representaram um ponto de inflexão entre a postura brasileira anterior, mais otimista quanto às possibilidades da cooperação monetária, e o posicionamento posterior, mais realista e cético no
... [Show full abstract] tratamento do tema. Na primeira fase, marcada pela esperança da cooperação, o Brasil participou ativamente do Framework for Strong, Sustainable and Balanced Growth, o mais ambicioso exercício de cooperação monetária do G20. Entretanto, os debates sobre “guerra cambial” – expressão cunhada pelo Brasil – revelaram os limites estreitos nos quais operava aquela iniciativa. Confrontados com os temas da austeridade fiscal e da reforma do sistema monetário internacional, que integravam os debates sobre “guerra cambial”, as maiores economias do mundo mostraram pouca disposição em cooperar efetivamente, o que provocou a mudança de posição do Brasil em direção ao ceticismo com a cooperação monetária. Palavras-chave: G20; cooperação monetária internacional; guerra cambial; reforma do sistema monetário internacional.