Formação de leitores surdos e a educação inclusiva
Abstract
Ensinar crianças surdas a ler é o grande desafio que este livro discute. Afinal, ao longo da história da educação especial é grande a expectativa que se estabelece no processo de alfabetização da criança surda, tanto por parte de seus familiares quanto dos profissionais que a acompanham. Esta obra debate como o surdo, ao se constituir a partir das relações sociais e de outras manifestações de linguagens (oral, expressão corporal e facial, gestos e fragmentos de fala), consegue partilhar situações de produção da linguagem, por meio da leitura. Ao considerar as crianças surdas como não indiferentes à criação cultural do mundo da escrita, a autora revela preocupação com sua inclusão e com o respeito a seus direitos, percebendo-as como cocriadoras da cultura. Para ela, se não há restrição ao acesso aos bens culturais, entre os quais a língua escrita, e portanto ao ato cultural de ler, pressupõe-se que a língua falada não será para o surdo uma língua estrangeira, e sim, à medida que pode ser compartilhada, também sua própria língua. Com vasto material empírico e análise cuidadosa e focada nos aspectos da prática educativa, este livro é particularmente útil para educadores que atuam no ensino regular e são chamados a participar da educação inclusiva.
... Como assinala Martins (2005), o intérprete da Língua de Sinais, deve ser capaz de perceber as dificuldades do aluno surdo e de descobrir caminhos e métodos para atenuá-las. Deve ser uma ponte entre o aluno, o professor e conhecimento que ajude a superar a diferença linguística na interação comunicativa. ...
... Como assinala Martins (2005), o intérprete da Língua de Sinais, deve ser capaz de perceber as dificuldades do aluno surdo e de descobrir caminhos e métodos para atenuá-las. Deve ser uma ponte entre o aluno, o professor e conhecimento que ajude a superar a diferença linguística na interação comunicativa. ...
Estudos apontam que estudantes surdos têm apresentado um quadro de baixo desempenho devido às dificuldades apresentadas em leitura e escrita. Tal situação resulta, em parte, das abordagens utilizadas no ensino de língua portuguesa como primeira língua, sem qualquer adaptação metodológica. Segundo os pressupostos da educação inclusiva, espera-se que o professor desenvolva adaptações curriculares como forma de construir um processo de ensino-aprendizagem significativo. Diante desse contexto, este estudo se propôs em investigar, se e como as adaptações curriculares têm sido implementadas em escolas que possuem alunos surdos matriculados, e como elas colaboram para a construção de práticas de letramento bilíngues. Apoiado na Teoria Sócio-Histórico-Cultural e na política nacional de ensino-aprendizagem, esse estudo se encontra ancorado, também, na metodologia qualitativa, do tipo crítico-colaborativo. Os dados foram gerados mediante observação das aulas de língua portuguesa, em salas que possuem alunos surdos matriculados, além da aplicação de entrevistas e sessões reflexivas. Os resultados indicam a ausência das adaptações curriculares, a dificuldade do professor em desenvolvê-las e sinalizam que a colaboração entre os participantes favorece a sua implementação. As ações colaborativas viabilizaram, ainda, a organização da aprendizagem e a criação de zonas de desenvolvimento proximal, que impulsionaram o desenvolvimento referente às questões de letramento.
This paper aims to investigate how the issue accessibility, inclusion and assistive technology have been worked in scientific researches of the education area. With goal to answer the question: how representative is the scientific production carried out on this subject? We consider the bibliometric research an appropriate methodology for the study and we used a group of thesis based on the area of education, structured by Group of Studies and Research on Innovation in Education, Languages and Technologies (Grupo Horizonte). At the end it was concluded that, although the themes are essential to the educational field of knowledge, few researchers deal with the subject, especially regarding to the use of assistive technologies in schools or in the perspective of accessibility.
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