Este ensaio crítico problematiza a internacionalização do Serviço Social brasileiro, entendendo-a como resultante do intercâmbio entre Programas de Pós-graduação, grupos de pesquisa e cursos de Serviço Social de países distintos, cujo objetivo é a produção de conhecimentos e a ampliação e qualificação do debate acadêmico e da pesquisa. Em sentido mais amplo, é fundamental situar a internacionalização como um processo político, pleno de contradições e disputas, resultantes do intercâmbio, no âmbito de uma “economia global do conhecimento”, processo com tendências globalizantes e imperialistas. Para uma análise desse processo no Brasil, devemos situar a profissão como área de produção de conhecimentos, que vem sendo construídos sobre seu processamento como especialização do trabalho coletivo, sobre as condições de vida da população com a qual trabalha e suas lutas coletivas, especialmente sobre a realidade social, econômica, política e cultural com a qual o Serviço Social estabelece interlocução.