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Divulgação científica por meio do histórico e de ações do grupo de pesquisa em inovação de recursos didáticos, produtos educacionais e tecnológicos (GREPET)

Authors:
  • Prefeitura Municipal de Fortaleza
  • Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE)

Abstract and Figures

A divulgação científica abrange uma série de ações com o propósito de aproximar a sociedade do vasto mundo científico, tornando-o mais acessível. Os grupos de pesquisa, por sua vez, se concentram em tópicos específicos que demandam divulgação para compartilhar os avanços da ciência. Nesse contexto, este capítulo busca destacar a importância da divulgação científica, usando como exemplo as ações do “Grupo de Pesquisa em Inovação de Recursos Didáticos, Produtos Educacionais e Tecnológicos” (GREPET). Utilizando uma abordagem baseada em pesquisa documental, o capítulo analisa o surgimento e as iniciativas do grupo. O intercâmbio de conhecimento entre os membros deste grupo, registrado no diretório de grupos de pesquisa do CNPq, engloba profissionais e estudantes de diversas áreas e instituições acadêmicas. Além disso, o grupo mantém uma coleção on-line interdisciplinar e intercultural, facilitando a disseminação de recursos educacionais, científicos e tecnológicos de forma gratuita para toda a comunidade acadêmica. Adicionalmente, as narrativas sobre o histórico e as ações do grupo ressaltam o papel crucial que o mesmo desempenha na democratização do conhecimento científico e tecnológico. Isso, por sua vez, realça a relevância da divulgação científica e sua contribuição para a formação de profissionais que se destacam por sua postura crítica, ética e solidária.
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Ana Karine Portela Vasconcelos
Antônio Nunes de Oliveira
Auzuir Ripardo de Alexandria
Organizadores
2024
Pesquisas em Ensino
de Física e Engenharias:
Da Formação de Professores às práticas efetivas
CAPÍTULO 7
DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA POR MEIO DO HISTÓRICO
E DE AÇÕES DO GRUPO DE PESQUISA EM
INOVAÇÃO DE RECURSOS DIDÁTICOS, PRODUTOS
EDUCACIONAIS E TECNOLÓGICOS (GREPET)
José Gleison Gomes Capistrano
Lana Priscila Souza
Sandro César Silveira Jucá
Solonildo Almeida da Silva
RESUMO
A divulgação científica abrange uma série de ações com o propósito
de aproximar a sociedade do vasto mundo científico, tornando-o mais aces-
sível. Os grupos de pesquisa, por sua vez, se concentram em tópicos espe-
cíficos que demandam divulgação para compartilhar os avanços da ciência.
Nesse contexto, este capítulo busca destacar a importância da divulgação cien-
tífica, usando como exemplo as ações do “Grupo de Pesquisa em Inovação
de Recursos Didáticos, Produtos Educacionais e Tecnológicos” (GREPET).
Utilizando uma abordagem baseada em pesquisa documental, o capítulo ana-
lisa o surgimento e as iniciativas do grupo. O intercâmbio de conhecimento
entre os membros deste grupo, registrado no diretório de grupos de pesquisa
do CNPq, engloba profissionais e estudantes de diversas áreas e instituições
acadêmicas. Além disso, o grupo mantém uma coleção on-line interdiscipli-
nar e intercultural, facilitando a disseminação de recursos educacionais, cien-
tíficos e tecnológicos de forma gratuita para toda a comunidade acadêmica.
Adicionalmente, as narrativas sobre o histórico e as ações do grupo ressaltam o
papel crucial que o mesmo desempenha na democratização do conhecimento
científico e tecnológico. Isso, por sua vez, realça a relevância da divulgação
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científica e sua contribuição para a formação de profissionais que se destacam
por sua postura crítica, ética e solidária.
Palavras-chave: Divulgação científica. GREPET. Produtos educacio-
nais. Ensino. Aprendizagem.
INTRODUÇÃO
A propagação do conhecimento científico abrange uma ampla gama de
atividades cujo principal objetivo é tornar o saber acessível. A organização
desses conhecimentos frequentemente envolve diversas estruturas, incluindo
grupos de pesquisa. Enquanto uma comunidade de práticas, os grupos pos-
suem um campo de interesse comum que é amplamente delineado pela sua
área científica, e de maneira mais precisa, delineado pelas questões específi-
cas de pesquisa que exploram (MAINARDES, 2022). O autor enfatiza que
esses grupos são “comunidades que colaboram em atividades de pesquisa,
auxiliando-se mutuamente e trocando informações sobre seus interesses de
pesquisa” (MAINARDES, 2022, p. 3-4).
Nesse contexto, o capítulo tem como objetivo evidenciar a divulgação
científica por meio do histórico e da apresentação de algumas ações realiza-
das pelo “Grupo de Pesquisa em Inovação de Recursos Didáticos, Produtos
Educacionais e Tecnológicos” – GREPET (Figura 7.1). Registrado no diretó-
rio de grupos de pesquisa do CNPq, este grupo é composto por profissionais e
estudantes de diversas áreas do conhecimento, oriundos de várias instituições,
e mantém um repositório on-line e interdisciplinar de materiais que contri-
buem para a disseminação do conhecimento científico em toda a comunidade
acadêmica.
Figura 7.1: Logo do grupo de pesquisa GREPET
Fonte: Grupo de Pesquisa GREPET (2023).
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DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA POR MEIO DO HISTÓRICO E DE AÇÕES DO GRUPO DE PESQUISA EM...
Uma das iniciativas notáveis concebidas pelo grupo e que alcançou grande
reconhecimento é a criação da obra intitulada “Plataforma com acervo progres-
sivo de produtos educacionais e tecnológicos” (Figura 7.2). Resultado de uma
colaboração efetiva entre o Centro de Referência em Educação à Distância
(CREaD) e o GREPET, essa obra realça a troca de experiências em diversas
áreas, abrangendo robótica, comunicação, arquitetura, computação, educação
profissional, ética, gestão, saúde mental, eletrônica, entre outras. Ela representa
um produto elaborado por membros do grupo e voltado para a divulgação
científica. Adicionalmente, essa obra disponibiliza um acervo on-line inter-
cultural e interdisciplinar de recursos educacionais, científicos e tecnológicos,
acessível gratuitamente a toda a comunidade acadêmica. O conteúdo em ques-
tão está disponível tanto na forma impressa quanto como e-book (livro virtual).
Figura 7.2: Obra “Plataforma com acervo progressivo de produtos educacionais e tecnológicos”
Fonte: Grupo de pesquisa GREPET (2023).
É importante ressaltar que a concepção desta obra surgiu da necessi-
dade de desenvolver um produto educacional para validar as dissertações dos
estudantes do Mestrado Profissional em Educação Profissional e Tecnológica
(ProfEPT) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFCE).
A obra cumpre com êxito seu propósito de promover os produtos educa-
cionais criados pelos alunos do mestrado, bem como pelos membros do
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GREPET, enquanto também estimula a criação de materiais didáticos inova-
dores por estudantes em todos os níveis de formação, desde a graduação até o
pós-doutorado.
Sequencialmente ao lançamento do livro, foi criada a série de vídeos
intitulada “Plataforma”, por meio de mais uma parceria entre o CREaD e o
GREPET. Essa série está hospedada no canal do CREaD no YouTube, dispo-
nibilizada gratuitamente e de acesso aberto, e apresenta entrevistas realizadas
com os autores dos capítulos do livro anteriormente lançado. Durante essas
entrevistas, os autores tiveram a oportunidade de compartilhar seus trabalhos,
que, como mencionado anteriormente, enriqueceram substancialmente a obra.
As entrevistas foram realizadas de acordo com a disponibilidade de cada autor,
em um ambiente amigável e descontraído. Entre os entrevistados, encontra-
vam-se tanto professores do IFCE quanto doutorandos da primeira turma
do programa de Pós-Graduação em Ensino da Rede Nordeste de Ensino
(RENOEN).
Em 23 de fevereiro de 2022, o professor Sandro Jucá, líder do GREPET
e um dos organizadores da obra apresentada na figura anterior, foi o entrevis-
tado na série de vídeos. Durante sua entrevista, o professor discute a produção
do livro e os objetivos alcançados com sua publicação, ao mesmo tempo em
que compartilha informações sobre a criação e liderança do grupo de pesquisa.
O registro dessa entrevista pode ser encontrado na Figura 7.3.
Figura 7.3: Entrevista com o professor Sandro Jucá (à esquerda) para a série “Plataforma”.
Fonte: Grupo de pesquisa GREPET, 2022.
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Nesse contexto, como um desdobramento da série “Plataforma” e da já
estabelecida parceria entre o CREaD e o GREPET, em 15 de junho de 2022,
foi lançada uma nova série intitulada “Educação e Inclusão”. A primeira entre-
vistada da série foi a Pró-reitora de Extensão do IFCE, Ana Uchôa (Figura
7.4), que abordou temas relevantes e atuais nas áreas de Educação e Inclusão
Social. Ela também compartilhou informações sobre alguns projetos desenvol-
vidos em ensino, pesquisa e extensão, com o objetivo de promover o benefício
social e coletivo da comunidade. Assim como ocorreu anteriormente, a série
“Educação e Inclusão” se destacou por sua importância no compartilhamento
de conhecimentos e como um espaço significativo para a divulgação científica
por parte de professores e pesquisadores.
Figura 7.4: Entrevista com a Pró-Reitora de Extensão do
IFCE para a série “Educação e Inclusão”
Fonte: Série Educação e Inclusão do CREaD (2022).
Vale destacar que as iniciativas do GREPET contribuem com a divulga-
ção científica de uma quantidade relevante de materiais, muitos deles categori-
zados como produtos educacionais. Segundo Silva e Souza (2018), os produtos
educacionais são frutos de um processo reflexivo e contextualizado que incor-
pora os conhecimentos advindos da experiência. Não se trata simplesmente de
uma exposição didática estática ou de um material pronto para ser utilizado,
mas sim de uma entidade dinâmica, viva, que reflete as realidades em constante
evolução. Conforme as autoras, um produto educacional deve ser adaptado
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à área de conhecimento correspondente, apresentar finalidades específicas e,
acima de tudo, valorizar os sujeitos sociais, considerando suas experiências e
saberes.
Assim, após seção de introdução, apresenta-se uma seção que delineia
o percurso metodológico para a construção do capítulo. A seguir, tem-se as
seções que tratam da fundamentação por meio de percurso histórico de desen-
volvimento de um dos produtos apresentados no e-book por meio da história
de seu idealizador (o professor Sandro Jucá), as perspectivas para a promoção
de uma aprendizagem significativa como norte no desenvolvimento dos tra-
balhos dos discentes do Mestrado Profissional ProfEPT e os mecanismos de
divulgação científica pelo grupo de estudo GREPET. Por fim, tem-se as seções
que contemplam as considerações finais e as referências utilizadas.
PERCURSO METODOLÓGICO
A iniciativa de conduzir um estudo centrado na divulgação científica por
meio do histórico do GREPET surgiu a partir da divulgação, no início de
2023, de entrevistas conduzidas em 2022 para a série “Plataforma” por mem-
bros do próprio grupo. O objetivo da exibição dessas entrevistas era apresentar
as realizações do grupo a novos membros. O relato apresentado durante uma
das entrevistas, realizada em 23 de fevereiro de 2022, motivou a formação
de uma equipe dedicada à recuperação das memórias do grupo. Desta forma,
entre março e julho de 2023, realizou-se uma investigação nos arquivos do
grupo com o propósito de resgatar sua história e documentar as iniciativas que
resultaram em projetos já compartilhados com a comunidade acadêmica.
Nesta perspectiva, a pesquisa delineada no capítulo tem forma qualita-
tiva, uma vez que os conteúdos investigados neste estudo foram abordados por
meio de uma análise documental. Esse tipo de análise envolve o reconheci-
mento, a confirmação e a avaliação de documentos com um propósito especí-
fico e é caracterizado como uma pesquisa que se concentra “em materiais que
ainda não passaram por um tratamento analítico ou que podem ser reformu-
lados de acordo com os objetivos da pesquisa” (GIL, 2008, p. 45). Portanto, a
pesquisa tem como objetivo fundamental a produção de novos conhecimentos,
a criação de novas perspectivas para entender os fenômenos e a divulgação de
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como esses fenômenos têm evoluído (SÁ-SILVA; ALMEIDA; GUINDANI,
2009).
A obtenção dos dados foi realizada de maneira indireta, conforme des-
crito por Gil (2008), que destaca que certos dados relacionados a pessoas são
adquiridos através de fontes não diretamente ligadas às mesmas, como docu-
mentos, tais como livros, jornais, registros oficiais, estatísticas, fotografias, dis-
cos, filmes e vídeos. Para realizar essa coleta, a equipe baseou-se nos registros
mantidos pelos membros do grupo em um blog próprio para a divulgação de
material produzido e publicado (incluindo livros, artigos, produtos educacio-
nais desenvolvidos, matérias, entrevistas, transmissões ao vivo, palestras, etc.).
Consequentemente, por meio da análise dos documentos obtidos a partir
dos diversos registros disponíveis no acervo do GREPET, ocorre a constru-
ção de conhecimentos que surgem da interseção entre produtos educacionais,
histórico de criação do grupo de pesquisa e divulgação científica por meio de
materiais contidos no referido acervo. Portanto, o objetivo não é apenas reve-
lar e compreender cada registro em seu contexto, mas também aprofundar a
análise dos conceitos neles contidos, contribuindo assim para a construção de
novos conhecimentos.
FUNDAMENTAÇÃO POR MEIO DE PERCURSO HISTÓRICO
O primeiro produto educacional e tecnológico desenvolvido pelo grupo
GREPET, conhecido como SanUSB e também apresentado na obra anterior-
mente realçada, foi concebido e idealizado pelo professor pesquisador Sandro
Jucá que discorreu sobre o percurso que trata esta seção na entrevista para a
série “Plataforma”.
O produto presta homenagem ao avô do professor, que, além de exercer
outras profissões, era marceneiro e carpinteiro e tinha o hábito de criar móveis
como armários, mesas, cadeiras, camas e outras peças em geral. Ao observar as
criações habilidosas de seu avô, que era também um apaixonado por futebol e
torcedor do Fortaleza Esporte Clube, o professor teve a ideia de que, ao seguir
a mesma tradição de habilidade manual, poderia criar produtos que melhoras-
sem a vida da comunidade em geral.
Após concluir o ensino médio, o professor ingressou no curso de Mecânica
na Escola Técnica Federal do Ceará (ETFCE), que mais tarde se tornou o
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IFCE. Durante esse período, ele teve a oportunidade de se familiarizar com a
produção de peças e equipamentos mecânicos. Posteriormente, após concluir o
curso, ele viajou para a Alemanha aproveitando um curso de alemão concluído
na “Casa de Cultura Alemã” da Universidade Federal do Ceará (UFC). Na
Alemanha, ele teve contato e começou a interagir com interfaces eletrônicas.
Essa interação despertou nele a percepção de que os produtos tecnológicos
poderiam ter uma forma diferente dos produtos mecânicos, o que o levou a
considerar o desenvolvimento de produtos no formato de software.
Após retornar da Alemanha, o professor se matriculou no curso de
Graduação em Tecnologia Mecatrônica em sua antiga instituição, que agora
era o Centro Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (CEFET). Durante
esse período, se inscreveu no curso com a aspiração de criar recursos didáticos,
que posteriormente descobriu serem chamados de “Produtos Educacionais”,
conforme definido por Silva e Souza (2018). Logo, ele começou a desenvol-
ver alguns softwares e, após a conclusão do curso, ingressou no mestrado em
Engenharia Elétrica na UFC.
É crucial destacar a preocupação do professor em retribuir à sociedade.
A criação e divulgação de produtos, sejam mecânicos ou eletrônicos, sempre
foram vistas por ele como um meio de compartilhar os avanços resultantes de
suas pesquisas, com foco principalmente na melhoria da educação. Conforme
observado por Gonzales, López e Lujan (1996), a integração da Ciência e
Tecnologia (C&T) na vida cotidiana como um agente de mudança na socie-
dade e o entendimento de seu papel na vida das pessoas têm raízes que remon-
tam à década de 70. Isso destaca o compromisso e o papel ativo do professor
como um promotor da C&T por onde passou.
Ainda durante seu mestrado, nos primeiros anos de 2000, quando a
geração de energia elétrica por meio da luz e calor solar era um tema pouco
discutido, o professor começou a se envolver em estudos e na montagem
das primeiras placas de geração de energia solar fotovoltaica. Foi nesse con-
texto que ele concebeu a ideia de criar um produto para controlar e medir
as grandezas elétricas e meteorológicas dessas placas de geração de energia
solar. Conforme Almeida (2021) destaca, até 2019, o uso de energia solar era
bastante limitado, representando menos de 1% do total, em comparação com
outras fontes como energia hidrelétrica (65,7%), gás natural (9,0%), biomassa
(8,5%), energia eólica (8,0%) e fontes não renováveis como carvão, nuclear e
119
derivados de petróleo (9,0%). Portanto, a ênfase na questão energética como
um dos principais desafios atuais e uma fonte de preocupações ambientais res-
salta a importância de buscar fontes alternativas que não prejudiquem o meio
ambiente e promovam o desenvolvimento sustentável (ALMEIDA, 2021).
Assim, a ideia do professor de criar um dispositivo para controlar e medir
as grandezas elétricas e meteorológicas das placas de geração de energia solar
visava um futuro em que essa fonte de energia sustentável pudesse ser mais
amplamente adotada. Naquela época, porém, o dispositivo não tinha sido cate-
gorizado como um produto educacional e tecnológico. Em 2004, após concluir
seu mestrado, o professor retornou ao IFCE, anteriormente conhecido como
CEFET, como professor substituto. Ele começou a pesquisar como projetar
o dispositivo que concebera durante o mestrado, trabalhando na criação de
placas eletrônicas com microcontroladores e envolvendo seus alunos no desen-
volvimento do projeto, com o objetivo de criar uma abordagem didática que
integrasse ensino e prática.
No entanto, a utilização de microcontroladores (chips com processadores
internos que controlam a placa e os processos aos quais ela está vinculada)
apresentava desafios significativos, uma vez que os alunos enfrentavam difi-
culdades na gravação desses chips. Como se tratava de um sistema embarcado
– um sistema computacional integrado em outros produtos e equipamentos,
projetado para controle ou monitoramento específico em um sistema maior
– havia uma lacuna entre a placa eletrônica e a transferência de um programa
que a tornasse funcional. Para fazer isso, o desenvolvedor precisava usar lin-
guagens de programação específicas, como C ou Assembly, para transferir o
programa para a placa eletrônica e gravar o chip. Naquela época, os gravadores
eram caros, o que dificultava o desenvolvimento do dispositivo.
O projeto recebeu um novo impulso quando a empresa norte-americana
de semicondutores, Microchip Technology, lançou microcontroladores PIC com
interface USB nativa. Isso permitiu que o programa fosse carregado direta-
mente da porta USB de um laptop ou computador convencional para o chip,
sem a necessidade de um gravador externo. O dispositivo, agora considerado
um produto educacional, recebeu o nome de SanUSB. Esse nome foi derivado
da porta USB nativa utilizada no protocolo HID (Human Interface Device) e
da pronúncia em português da palavra inglesa sun, que significa sol. Dado que
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o projeto estava relacionado a placas de energia solar, a nomenclatura fazia
referência ao sol.
Nesse contexto, o SanUSB foi o primeiro produto educacional e tecno-
lógico desenvolvido pelo que se tornaria o GREPET, embora naquela época
o grupo ainda não adotasse essa denominação. Este produto foi divulgado em
grande escala em todo o Brasil. A ideia original, sua concepção e sua ampla
divulgação serviram como inspiração para a criação de outros produtos, bem
como para a elaboração de uma apostila gratuita que foi disponibilizada na
internet. A apostila apresentava uma coleção de produtos educacionais e tecno-
lógicos. Com o tempo, a apostila evoluiu e se transformou em um livro.
Em 2009, a interface SanUSB foi utilizada no desenvolvimento de um
robô em parceria entre o IFCE e a Escola de Ensino Médio Liceu Professor
Francisco Oscar Rodrigues, localizada em Maracanaú. Esse robô competiu e
venceu na categoria “Engenharias” da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia
(FEBRACE), um evento criado para estimular a cultura investigativa, a cria-
tividade, a inovação e o empreendedorismo na Educação Básica do Brasil. A
FEBRACE é organizada pela Universidade de São Paulo (USP) e é conside-
rada a maior mostra brasileira de Ciência e Tecnologia. O grupo foi premiado
pela construção de um “robô aranha feito com materiais recicláveis, equipado
com antena de TV e relés.
Essa conquista inspirou outros alunos e professores a usarem a interface
SanUSB em seus projetos. Entretanto, durante o mesmo período, o projeto
Arduino, que teve origem na Itália em 2005 e chegou ao Brasil em 2008, cha-
mou a atenção do grupo. Eles perceberam a semelhança entre a abordagem
didática do Arduino e a do SanUSB. Vale destacar que, em termos tecno-
lógicos, o SanUSB de 2007 estava um passo à frente do Arduino de 2008.
Enquanto o Arduino usava um conversor USB serial para a comunicação com
o computador, ou seja, um chip de conversão, a placa SanUSB empregava um
microcontrolador PIC com uma interface USB nativa, proporcionando um
nível mais avançado de transmissão. Essa diferença tecnológica conferia à
placa SanUSB uma qualidade ligeiramente superior em comparação à placa
Arduino.
Assim, a placa didática SanUSB, inicialmente desenvolvida com o obje-
tivo de ensinar microcontroladores e projetos de automação a baixo custo, pas-
sou a competir diretamente com a placa Arduino, que já estava sendo produzida
121
em larga escala na China e era mais consolidada no mercado. Enquanto o
Arduino era importado pronto para o Brasil, a SanUSB, com seu microcontro-
lador PIC, era montada de forma artesanal, desde a construção, passando pelo
protoboard até a placa de circuito impresso, e estava integrada a uma proposta
didática que enfatizava o ensino, não apenas a execução. Para que os alunos
pudessem compreender plenamente os elementos de uma placa eletrônica e
as etapas do processo de automação, a apostila, mencionada anteriormente, foi
disponibilizada gratuitamente na internet.
Surpreendentemente, essa apostila ganhou grande notoriedade. Durante
uma reunião de avaliação de cursos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino
Técnico e Emprego (Pronatec) no IFCE, um avaliador do Instituto Federal do
Norte de Minas Gerais (IFNMG) agradeceu aos autores pela disponibiliza-
ção gratuita da apostila, afirmando que a utilizava no IFNMG para projetos
de microcontroladores que empregavam a placa SanUSB. Isso emocionou o
professor, que ficou ainda mais motivado a pesquisar e desenvolver produtos
educacionais, além de divulgar seu trabalho. Com essa mentalidade, ele acei-
tou a oportunidade de integrar o corpo docente do Mestrado Profissional em
Educação Profissional e Tecnológica (ProfEPT).
O Programa de Mestrado em Educação Profissional
e Tecnológica e suas Perspectivas para a Promoção
de uma Aprendizagem Significativa
O Mestrado Profissional em Educação Profissional e Tecnológica em
Rede Nacional tem como objetivo proporcionar formação a profissionais da
Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, bem como
a outros profissionais interessados no tema da Educação Profissional. Este
programa de pós-graduação visa tanto à produção de conhecimento quanto
ao desenvolvimento de produtos educacionais por meio da realização de
pesquisas que integrem os saberes relacionados ao mundo do trabalho e ao
conhecimento sistematizado. Para concluir o curso, os estudantes de mestrado
precisam apresentar suas dissertações e desenvolver um produto educacional
em qualquer área do conhecimento.
A participação no programa de Mestrado Profissional em Educação
Profissional e Tecnológica permitiu ao professor e seus alunos conceberem
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produtos interdisciplinares que se tornaram importantes ferramentas de ensino.
Nesse contexto, foram desenvolvidos produtos em diversas áreas, como histó-
ria, saúde, literatura, arquitetura, entre outras. Todos esses projetos e materiais,
incluindo livros, informações e produtos educacionais, estão disponíveis no site
“sanusb.org” e no blog “sanusb.blogspot.com”. Essa abordagem interdisciplinar
no uso das novas tecnologias reflete a visão inovadora do grupo de pesquisa.
O uso das novas tecnologias possibilita um salto de qualidade no currí-
culo, pois permite inovações na abordagem curricular por parte dos professores,
incentivando também a adoção de novas tecnologias de ensino e estimulando
pesquisas interdisciplinares adaptadas à realidade brasileira (MERCADO,
1998). Conforme Philippi Jr. e Fernandes (2021) afirmam, a tecnologia é um
fenômeno interdisciplinar não apenas por sua natureza, mas também por seus
impactos na vida cotidiana, que se refletem tanto em nível local quanto global,
demandando conhecimentos e interações variadas e gerando novas formas de
atuação e conhecimento.
O professor destaca a importância de tornar o aprendizado significativo
por meio da contextualização e da criação de interesse nos estudantes. Essa
abordagem é respaldada por teóricos como Jan Amos Comenius, conhecido
como o pai da didática moderna, e Henri Wallon, que enfatizaram a necessi-
dade de métodos que estimulem o interesse pelo conteúdo, em vez de depen-
derem apenas da disciplina imposta por meio de castigos. Quando o conteúdo
(ou mensagem) que o professor (ou emissor) transmite encontra um estudante
(ou receptor) interessado, este conteúdo será compreendido e assimilado de
forma muito mais eficaz (ASSIS, 2020).
A Aprendizagem Baseada em Projetos (ABP) é mencionada pelo pro-
fessor como um método de ensino que busca promover a aprendizagem sig-
nificativa. A Pedagogia de Projetos foi introduzida no Brasil com a chegada
da Escola Nova, difundida por Anísio Teixeira, um dos precursores da Escola
Nova, introduzindo as ideias de projetos como práticas pedagógicas, onde
a ideia central era aprender fazendo. (ARRUDA; NASCIMENTO, 2019).
Nesse método, os estudantes desenvolvem projetos ou resolvem problemas do
mundo real que exigem habilidades práticas. O uso de projetos propicia uma
forma diferenciada de avaliação, um “ato dinâmico, compartilhado, múltiplo e
processual” (ESTEBAN, 2012, p. 88) e isso, na opinião do professor, é muito
mais rico do que as formas tradicionais de avaliação.
123
Em resumo, o professor acredita que a contextualização, a aprendizagem
por projetos e a abordagem prática são elementos-chave para tornar o ensino
e a aprendizagem mais significativos, estimulando o interesse dos estudantes e
promovendo um aprendizado mais eficaz.
MECANISMOS DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA PELO GREPET
A criação do site e do blog mencionados anteriormente desempenhou
um papel fundamental na amplificação da divulgação científica dos projetos
realizados no âmbito do Mestrado Profissional em Educação Profissional e
Tecnológica (ProfEPT). Para além da mera disseminação, os docentes con-
ceberam a ideia de organizar e promover palestras, convidar pesquisadores
para colaborações na criação de materiais, bem como elaborar produtos edu-
cacionais que pudessem ser de utilidade para outros profissionais. A expansão
das ideias, possibilitada pela crescente visibilidade do site e do blog, culminou
na formalização do “Grupo de Pesquisa em Inovação de Recursos Didáticos”
(GREPET) junto ao CNPq.
O grupo demonstra um compromisso com a disseminação do conhe-
cimento e com a utilidade prática dos recursos que são produzidos por seus
membros. Além de fornecer informações sobre os projetos em andamento, o
GREPET organiza palestras, colabora com outros pesquisadores na criação
de materiais educacionais e desenvolve produtos que são acessíveis e podem
beneficiar uma ampla audiência. A obra “Plataforma”, assinalada no início do
capítulo, é um exemplo dessa iniciativa, e representa um esforço para reunir e
compartilhar produtos educacionais em um formato acessível e aberto.
O fato de o GREPET enfatizar o uso de software livre em suas criações
é notável, pois promove a acessibilidade e a disponibilidade de recursos edu-
cacionais de forma mais ampla. No geral, o trabalho dos membros do grupo
desempenha um papel significativo na disseminação do conhecimento e na
promoção da colaboração entre pesquisadores e educadores, contribuindo para
a melhoria da educação e da pesquisa no Brasil. A seguir, elenca-se alguns
pontos sobre o trabalho e a filosofia do grupo:
1. Democratização da divulgação científica: Ao disponibilizar gratuitamente
livros temáticos e outros materiais educacionais, o GREPET contribui
para tornar o conhecimento científico mais acessível ao público em geral.
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Isso é crucial para promover a educação e o desenvolvimento intelectual
em toda a sociedade.
2. Colaboração e compartilhamento de conhecimentos: A ênfase do grupo
na utilização de produtos educacionais de colegas como ferramentas de
ensino e aprimoramento reflete uma cultura de colaboração e comparti-
lhamento no campo acadêmico. Isso enriquece a experiência de aprendi-
zado e beneficia tanto professores quanto alunos.
3. Afetividade no ensino: A abordagem que enfatiza a afetividade no ensino,
conforme proposto por Henri Wallon, é essencial para criar ambientes de
aprendizado envolventes e motivadores. Isso pode levar a uma compreen-
são mais profunda e eficaz dos conceitos, uma vez que os alunos se sentem
emocionalmente conectados ao conteúdo.
4. Contextualização e aprendizado significativo: A contextualização do
ensino, por meio da criação de objetos de ensino-aprendizagem e projetos
práticos, demonstra como os alunos podem assimilar ideias de forma mais
rápida e eficaz quando veem a aplicação real e o propósito do que estão
aprendendo.
5. Impacto além da academia: O envolvimento do GREPET com pes-
soas que fazem a diferença em trabalhos sociais, como o Padre Rino do
Movimento Saúde Mental do Bom Jardim, mostra como a pesquisa e a
educação podem contribuir para questões sociais importantes, indo além
dos limites da academia.
6. Motivação, inspiração e satisfação: O trabalho do GREPET não apenas
beneficia a comunidade acadêmica, mas também traz satisfação pessoal
e inspiração para professores e pesquisadores, incentivando-os a conti-
nuar acreditando no poder dos produtos educacionais e tecnológicos para
melhorar a educação e a sociedade como um todo.
Resumidamente, o GREPET foi idealizado para representar um
inspirador modelo de como a educação e a pesquisa podem ser em-
pregadas como instrumentos para democratizar o acesso ao conhe-
cimento, fomentar a colaboração, instaurar ambientes de aprendizado
envolventes e gerar um impacto benéco na sociedade. A losoa do
125
grupo que leva em consideração dedicação à afetividade no ensino, à
contextualização e à disseminação da ciência reete uma abordagem
holística e compassiva no campo da educação e da pesquisa.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Grupo de Pesquisa em Inovação de Recursos Didáticos, Produtos
Educacionais e Tecnológicos (GREPET) tem uma missão essencial: contri-
buir para a socialização e democratização do conhecimento científico e tec-
nológico em diversos contextos educacionais e institucionais. Sua história
de origem destaca como a paixão pessoal, o impacto na educação e a busca
por oportunidades podem levar à criação de grupos de pesquisa dedicados à
melhoria da educação e ao combate das desigualdades.
A inspiração inicial para a criação do GREPET veio do avô do professor
fundador, cuja habilidade em criar e conservar utensílios transmitiu uma pai-
xão pela inovação e recursos educacionais. Esse exemplo familiar influenciou
profundamente a direção de sua carreira. A motivação adicional surgiu quando
o professor percebeu o impacto positivo de suas contribuições no ensino de
eletrônica, especialmente quando recebeu agradecimentos de colegas de outra
instituição. Esse reconhecimento destacou como a educação pode ser enrique-
cida por meio do desenvolvimento de recursos educacionais e tecnológicos.
A entrada no programa de mestrado em educação profissional proporcio-
nou ao professor a oportunidade de expandir seu campo de atuação, explorando
novas áreas do conhecimento e promovendo a pesquisa. Isso também permitiu
o desenvolvimento de produtos educacionais em uma variedade de campos,
estimulando o interesse em pesquisa entre os alunos de pós-graduação.
De maneira ampla, o GREPET procura ilustrar um inspirador para-
digma de como a paixão individual e o empenho na promoção da educação
podem culminar na formação de grupos de pesquisa com um papel vital na
difusão do conhecimento, na promoção do pensamento crítico e na luta con-
tra as disparidades educacionais. Sua abordagem interdisciplinar e ênfase na
democratização do saber procuram desempenhar um papel fundamental na
construção de uma educação mais inclusiva e equitativa.
DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA POR MEIO DO HISTÓRICO E DE AÇÕES DO GRUPO DE PESQUISA EM...
Pesquisas em Ensino de Física e Engenharias: Da Formação de Professores às práticas efetivas
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AGRADECIMENTO
O presente trabalho foi realizado com apoio do Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
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DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA POR MEIO DO HISTÓRICO E DE AÇÕES DO GRUPO DE PESQUISA EM...
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Este artigo visa a contribuir para as discussões sobre grupos de pesquisa na área de educação e possi-bilidades metodológicas para a pesquisa sobre eles. A partir de literatura internacional especializada, o texto apresenta aspectos sobre a relevância dos grupos e um breve histórico dos grupos de pesquisa no Brasil, a situação da pesquisa sobre esses grupos da área de educação e as possibilidades de investigação. Foram delineadas cinco áreas de investigação, estruturadas em três níveis de abordagem: macro, meso e micro. Argumenta-se em favor da relevância de pesquisas sobre a temática, considerando que, ao lado das disciplinas na pós-graduação, sessões de orientação e participação em eventos científicos, grupos de pesquisa são espaços fundamentais para a aquisição do habitus científico.
Sociedade Brasileira de Computação
  • Porto Alegre
Porto Alegre: Sociedade Brasileira de Computação, 2019. p. 60-68. DOI: https://doi. org/10.5753/ctrle.2019.8876.
Potencialidade da energia solar fotovoltaica no Semiárido Nordestino e sua relação com o desenvolvimento sustentável
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