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Um exame dos fundamentos para diferentes denominações das intervenções do analista do comportamento em contexto clínico

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Quais variáveis ou fundamentos da atuação do analista do comportamento em contexto clínico determina-ram as diferentes e múltiplas denominações atribuídas a esse tipo de trabalho? Caracterizar transformações históricas da intervenção clínica dos analistas de comportamento e de seus fundamentos é condição im-portante para avaliar os procedimentos de intervenção contemporâneos do analista de comportamento no contexto clínico. Variáveis constituintes do trabalho clínico do analista de comportamento influenciaram a procura de caracterização e de “títulos” que pudessem descrever esse tipo de trabalho. Algumas delas: 1) concepções aristotélicas e galilêicas na Psicologia contemporânea, 2) implicações do “modelo médico” e do “modelo psicológico” no trabalho do psicólogo, 3) comportamentos do psicólogo nos processos profissio-nais que caracterizam sua intervenção, 4) avanço do conhecimento acerca do próprio comportamento cientí-fico, 5) objeto de estudo e de intervenção do psicólogo, 6) conceitos fundamentais da área, 7) transformação do conhecimento relevante e produzido com rigor científico em comportamentos profissionais. Avaliar a história das denominações de “Terapia Comportamental” e dos fundamentos que as orientaram constitui recurso para identificar a contribuição específica de cada uma delas e, provavelmente, possibilitará entender o que orientou e o que orientará o trabalho de analistas de comportamento em contexto clínico.

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... À semelhança do que ocorreu com o avanço no conceito de "modificação de comportamento" (cuja ênfase estava sobre as técnicas e procedimentos de intervenção voltadas à modificação de respostas específicas do organismo) para "terapia analítico-comportamental" (que enfatiza o caráter analítico da intervenção do terapeuta comportamental e a análise funcional como forma básica de intervenção) (Moskorz, Kubo, De Luca, & Botomé, 2012) ou para "terapia por contingências de reforçamento" (cuja ênfase está no instrumento de intervenção que produz as mudanças comportamentais, que é o manejo de contingências de reforçamento) (Guilhardi, 2012), houve avanços no conceito de "programação de desenvolvimento de comportamentos" que ainda estão por ser amplamente compreendidos. Desde a ênfase no produto "ensino programado" como tecnologia, houve um longo processo, no âmbito mais macroscópico das contribuições da Análise Experimental do Comportamento, que possibilitou novas percepções e novos problemas de pesquisa e conhecimentos que viabilizaram uma sofisticada tecnologia agora mais voltada para os procedimentos de construção de contingências de reforçamento para o desenvolvimento de novos comportamentos. ...
... Da mesma forma que o exame feito por Moskorz et al. (2012) acerca das diversas denominações (modificação de comportamento, análise comportamental aplicada, terapia comportamental, terapia cognitivocomportamental, terapia analítico-comportamental, terapia por contingências de reforçamento ) atribuídas ao trabalho de terapeutas preocupados com a modificação de comportamentos e das mudanças no conceito de "modificação de comportamento" derivados dos próprios avanços no conceito de comportamento e das descobertas acerca da influência do comportamento do terapeuta (seu repertório e seus procedimentos) sobre o processo terapêutico, parece relevante examinar o impacto da mudança das expressões "Ensino Programado" ou "Programação de condições de ensino" para "Programação de Condições de Desenvolvimento de Comportamentos" que implica, não apenas em uma mudança de nomenclatura, mas também de processos e procedimentos envolvidos com esse tipo de trabalho. ...
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A partir do surgimento das máquinas de ensinar e da instrução programada, diversos pesquisadores aper-feiçoaram o processo de ensino com base nos princípios da Análise Experimental do Comportamento. A inves-tigação e as experiências de intervenção com ensino de comportamentos fizeram com que o próprio processo de programar condições de desenvolvimento de comportamentos se constituísse em objeto de estudo e de intervenção profissional. Isso possibilitou propor uma nova expressão para nomear esse tipo de processo. De “ensino programado”, com ênfase em regras e técnicas e no produto de sua utilização, para “programação de ensino”, enfatizando os processos comportamentais que produzem as condições apropriadas para processos de aprendizagem. Descobrir, caracterizar e desenvolver, neste último caso, os comportamentos de quem constrói condições de desenvolvimento de comportamentos em quaisquer condições em que seja necessário alguém ensinar outro organismo a aprender torna-se fundamental. O exame de contribuições feitas por diversos pesqui-sadores - vários deles brasileiros - para aperfeiçoar o conhecimento sobre programação de condições de desen-volvimento de comportamentos é um recurso importante na sistematização de comportamentos constituintes da atuação do psicólogo e do analista do comportamento para intervirem, por meio de ensino, sobre processos comportamentais em diferentes contextos, inclusive fora dos contextos de educação tradicionais.
... 1481 mals were extended to human behavior. Initially, researchers had the sole purpose of assessing if such processes could also explain and modify human behavior, and subsequently the interest became explicitly therapeutic, thus giving rise to applied behavior analysis (Kazdin, 1978;Moskorz, Kubo, Luca, & Botomé, 2012; for a didactic introduction to the history of behavioral therapies, see Leonardi, 2015). ...
... Ever since the term Behavior Therapy was used for the fi rst time in the 1950s, a wide variety of practices were grouped under this label, often without there being any philosophical, conceptual or methodological similarities between them (Moskorz et al., 2012;O'Donohue, 1998). ...
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The emergence of behavioral therapies followed the same strategy that had proved successful in other fi elds of science: extrapolating principles, which were empirically validated in basic research, to the solution of human problems. However, the mere transposition of this knowledge to different types of clinical problems – despite the importance of these principles for therapeutic practice – does not guarantee a priori effectiveness of the intervention. One of the defining characteristics of applied behavior analysis is the strong commitment to the empirical basis of its intervention procedures. That being said, the purpose of this article is to assess the current status of the evidence of efficacy in a branch of applied behavior analysis – clinical behavior analysis or behavior-analytic therapy – and to offer a critical reflection on the commonly widespread view that these therapies are scientifically sound. To accomplish these goals, this paper clarifies terms such as Behavior Therapy, Clinical Behavior Analysis and Behavior-Analytic Therapy, summarizes the empirical evidence for the different types of therapies that are encompassed by clinical behavior analysis, and puts forth the argument that the field suffers from “translational overconfidence” (the belief that data from basic science are sufficient to support intervention procedures). Keywords: Behavior therapy, behavior analysis, clinical psychology, psychotherapy, evidence-based practice.
... Nas décadas de 1950de e 1960de , as descobertas de Skinner (1938de /1991 sobre os processos básicos do comportamento operante (e.g., reforçamento) em animais de laboratório foram estendidas para o comportamento humano. Inicialmente, os pesquisadores tinham como único objetivo avaliar se tais processos serviriam também para explicar e modifi car o comportamento humano e, posteriormente, o interesse tornou-se explicitamente terapêutico, dando origem à Análise do Comportamento Aplicada (Kazdin, 1978;Moskorz, Kubo, Luca, & Botomé, 2012; para uma exposição introdutória e didática da história das terapias comportamentais, ver Leonardi, 2015 Leonardi & Meyer, 2015). Entretanto, ainda que a Análise do Comportamento Aplicada tenha como pressuposto a necessidade de sustentação empírica de seus procedimentos, é de fundamental importância avaliar em que medida a área está ou não produzindo evidências de efi cácia de seus procedimentos. ...
... Desde que a expressão Terapia Comportamental foi utilizada pela primeira vez na década de 1950, uma grande diversidade de práticas foram agrupadas sob esse rótulo sem que houvesse, muitas vezes, qualquer afi nidade fi losófi ca, conceitual ou metodológica entre elas (Moskorz et al., 2012;O'Donohue, 1998). ...
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O surgimento das terapias comportamentais seguiu a mesma estratégia que havia se mostrado bem-sucedida em outras ciências: extrapolar princípios validados empiricamente na pesquisa básica para a resolução de problemas humanos. Entretanto, apesar da relevância desses princípios para a prática terapêutica, a mera transposição direta desse conhecimento para os diversos tipos de problemas clínicos não garante, a priori, a efetividade da intervenção. Tendo em vista que uma das características definidoras da Análise do Comportamento Aplicada é o forte comprometimento com a sustentação empírica de seus procedimentos de intervenção, o objetivo deste artigo é avaliar o status atual das evidências de eficácia de um ramo da Análise do Comportamento Aplicada – a Análise do Comportamento Clínica ou Terapia Analítico-Comportamental – e fazer uma reflexão crítica sobre a concepção comumente disseminada de que essas terapias são cientificamente embasadas. Para cumprir esse objetivo, o artigo apresenta um esclarecimento acerca dos termos Terapia Comportamental, Análise do Comportamento Clínica e Terapia Analítico-Comportamental, sintetiza as evidências empíricas sobre as diversas modalidades de terapia que são abarcadas pela Análise do Comportamento Clínica e argumenta que a área sofre de um "excesso de confiança translacional" (a crença de que os dados da ciência básica são suficientes para fundamentar procedimentos de intervenção). Palavras-chave: Terapia comportamental, análise do comportamento, psicologia clínica, psicoterapia, prática baseada em evidências.
... As sessões ocorreram na modalidade on-line, via aplicativo de chamada de vídeo e tiveram duração de aproximadamente cinquenta minutos cada. As intervenções foram realizadas com base na Terapia Analítico-Comportamental (TAC), que é a prática clínica fundamentada no Behaviorismo Radical, e que utiliza os princípios básicos da Análise Experimental do Comportamento (Leonardi, 2015;Medeiros, 2002;Moskorz et al., 2012;Neno, 2003;Rodrigues & De Luca, 2019). Durante o início do processo de psicoterapia foram realizadas entrevistas com roteiro semiestruturado e/ou com livre estruturação (perguntas abertas), elaborado a partir das proposições de Silveira (2012), Marmo (2012), Conte e Brandão (2012), e Silvares e Gongora (2006) e análises funcionais acerca dos comportamentos relatados pela cliente como queixa, sobre os quais buscou-se identificar cada componente do comportamento (situação antecedente, atividades ou ações do organismo e situação subsequente) e suas relações, bem como identificar regularidades de ocorrência dos comportamentos e alterações ambientais mantenedoras das atividades ou ações apresentadas pela cliente. ...
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Práticas culturais gordofóbicas produzem sofrimento à parte da comunidade socioverbal que sofre punições por causa do peso de seu corpo. Tais punições podem produzir alterações fisiológicas intensas e ações para atenuar, evitar ou eliminar contato com eventos que exercem função aversiva. O artigo é relato de um processo psicoterapêutico, cujo objetivo foi avaliar implicações de práticas culturais gordofóbicas na produção de comportamentos de inadequação e incapacidade. Foram realizadas 48 sessões. Foi possível notar, a partir de história de exposição a práticas culturais gordofóbicas, a formulação de autorregra “sou incapaz porque sou gorda” (sic.), relacionando desempenho, em diferentes contextos, com peso corporal. Diante de interações sociais, a cliente apresentava alterações fisiológicas desconfortáveis e repertório comportamental de fuga e esquiva. Com o processo psicoterapêutico, passou a se expor a novas situações e acessar reforçadores e discriminar que o desempenho em suas interações socioverbais não estão, necessariamente, vinculadas ao tamanho de seu corpo.
... Portanto, no final da década de 1960 e no início da década de 1970, as intervenções contavam com procedimentos que permitiam que variáveis do ambiente fossem manipuladas para promover a alteração de respostas específicas (em geral, alterando sua taxa de ocorrência absoluta e/ou relativa), utilizando-se delineamentos de linha de base múltipla ou procedimentos de reversão (Guedes, 1993;Moskorz, Kubo, De Luca, & Botomé, 2012). A Análise do Comportamento Aplicada, a Modificação do Comportamento e a Terapia Comportamental parecem ter sido áreas em que a produção científica forneceu importantes contribuições para o Acompanhamento Terapêutico, tais como os procedimentos de observação e intervenção. ...
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Embora o fazer Acompanhamento Terapêutico tenha sua importância reconhecida na Psicologia e na Análise do Comportamento, não há consenso quanto às classes de comportamentos constituintes desse fazer e que têm sido utilizadas para defini-lo. Esta reflexão teórica objetivou caracterizar de forma crítica contribuições da Psicologia e da Análise do Comportamento para a definição do Acompanhamento Terapêutico, além de propor que a Análise do Comportamento e a Programação de Ensino possuem recursos teórico-conceituais e tecnológicos para contribuir com essa definição. A partir da análise da literatura, verificou-se que o Acompanhamento Terapêutico tem sido definido por meio do uso de metáforas e como um serviço necessariamente subordinado ao trabalho do psicólogo clínico, apesar de contribuições da Modificação de Comportamento, da Terapia Comportamental e da Análise Aplicada do Comportamento. Defende-se que a Análise do Comportamento e a Programação de Ensino possuem recursos para contribuir com uma definição mais precisa do fazer Acompanhamento Terapêutico na Psicologia, por meio da caracterização e sistematização das classes de comportamentos definidoras desse fazer a partir de seus diferentes graus de abrangência.
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O texto apresenta um apanhado de pesquisas sobre cognição numérica, abrangendo estudos com bebês, neurocientíficos, com animais não humanos e outros. Seu propósito é popularizar essa área de pesquisa ainda pouco explorada no Brasil e chamar a atenção dos pesquisadores para implicações teóricas e também no que diz respeito ao ensino da matemática elementar.
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O objetivo neste capítulo foi explicitar algumas das contribuições do campo da Análise de Sistemas Comportamentais na atuação no campo organizacional. Destacamos o equívoco ainda presente em publicações no campo da Psicologia Organizacional e do Trabalho em reduzir o trabalho de diagnóstico organizacional à mensuração de processos psicológicos específicos, sem analisar o fenômeno organizacional à luz do conhecimento em Psicologia acerca das organizações como sistemas sociais. A Análise do Comportamento surge como uma teoria que possibilita ampla visibilidade acerca de sistemas sociais, utilizando conceitos, princípios e procedimentos validados empiricamente ao longo do século XX e com amplo desenvolvimento neste início do século XXI. Mais especificamente no campo organizacional, a área de estudos denominada Análise de Sistemas Comportamentais (BSA) tem despontado como uma efetiva contribuição à caracterização de organizações.
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O estudo discute, a partir da análise de aspectos históricos, o surgimento das terapias cognitivocomportamentais e o impacto que tal advento trouxe ao campo da terapia comportamental. Alguns dos fatores que parecem se relacionar com tal surgimento são: a falta de um maior desenvolvimento conceitual para uma abordagem clínica particular dos eventos privados, a tradição da modificação do comportamento com a pesquisa básica com animais, que excluía a investigação da subjetividade e o maior interesse pela manipulação direta de contingências ambientais, em detrimento da intervenção junto a pensamentos e sentimentos do cliente. Considera-se que a maior aceitação e difusão das terapias cognitivo-comportamentais, a partir da década de 70, favoreceu o ressurgimento de conceitos tradicionais na psicologia para a explicação do comportamento e, por outro lado, contribuiu para uma maior preocupação dos analistas do comportamento em responder às frequentes criticas dos terapeutas cognitivo-comportamentais a uma suposta insuficiência das terapias comportamentais para a abordagem do comportamento humano complexo, resultando no surgimento de novas propostas terapêuticas, mais consistentes com os pressupostos do behaviorismo radical.
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Resumo O objetivo deste ensaio é construir uma definição de comportamento no Behaviorismo Radical. Defende-se que tal definição de comportamento deve levar em consideração (1) os compromissos filosóficos do Behaviorismo Radical, (2) o aspecto dinâmico do comportamento, e (3) a articulação entre eventos, estados e processos. Partindo de uma interpretação relacional do Behaviorismo Radical, o presente ensaio defende que o comportamento pode ser entendido como uma relação organismo-ambiente, cuja dinâmica é uma coordenação sensório-motora. Como resultado dessa dinâmica, temos um fluxo comportamental que pode ser analisado em termos de uma relação de interdependência entre eventos ambientais, eventos comportamentais, estados comportamentais e processos comportamentais. Abstract The purpose of this essay is to elaborate a definition of behavior in Radical Behaviorism. It is argued that a definition of behavior would take into account (1) the philosophical grounding of Radical Behaviorism, (2) the behavior's dynamic, and (3) the relation among events, states, and process. Starting from the relational interpretation, this essay defends that behavior can be concept as a relation organism-environment, whose dynamic is a sensory-motor coordination. As this dynamic result, we have a behavioral stream, which can be analyzed in terms of an interdependence relation among environmental events, behavioral events, behavioral states, and behavioral process.
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Delinear a responsabilidade social dos programas de pos graduacao requer um exame do seu papel no contexto das instituicoes de nivel superior e em relacao a gestao de Ciencia, tecnologia e ensino superior no Pais. A funcao precipua dos programas de mestrado e de doutorado e formar os novos quadros de cientistas e professores de nivel superior para garantir ao Pais um potencial de producao de conhecimento, de tecnologia e de aprendizagem compativel com as exigencias proprias dessa producao e com o desenvolvimento da Ciencia e tecnologia em âmbito internacional. Os programas precisam formar pessoas que sejam capazes, nas universidades e fora delas, de transformar o conhecimento cientifico mais recente e de boa qualidade em atuacoes profissionais significativas para a sociedade. O uso do conhecimento novo sempre depende da capacidade dos cientistas de educar a sociedade para o uso desse conhecimento. A carencia de cientistas e de professores de nivel superior e uma das condicoes limitantes do desenvolvimento cientifico e tecnologico do paises em desenvolvimento ou do terceiro mundo. Os programas de pos-graduacao dificilmente conseguirao desempenhar apropriadamente seu papel se nao forem capazes de rever e modificar aspectos fundamentais que lhe conferem identidade social: grau de clareza em relacao ao papel do conhecimento nos processos de ensinar e aprender para formar novos profissionais; clareza sobre no que se apoia a identidade social das instituicoes de ensino de nivel superior; em que medida necessidades sociais se constituem ponto de partida para decidir aquilo que precisa ser ensinado aos novos profissionais; grau de comprometimento dos programas de pos-graduacao com a responsabilidade especifica das instituicoes de ensino superior; grau de clareza dos programas de pos-graduacao do papel das instituicoes de ensino superior. Sem a superacao de muitos dos problemas decorrentes de formulacoes incompletas, suposicoes equivocadas em relacao a um ou a um conjunto desses aspectos, fica comprometido o desenvolvimento do verdadeiro papel dos programas de mestrado e doutorado e aumenta a probabilidade de confusao decorrente de uma concepcao de que e preciso haver pos-graduacao para fazer pesquisa, quando e o contrario a relacao mais significativa: uma instituicao de ensino superior com bons e experientes pesquisadores e a que tem melhores condicoes para criar programas para formacao de novos cientistas e professores de nivel superior. Palavras-chave: responsabilidade social da pos-graduacao; formacao profissional de cientistas; gestao de ciencia, tecnologia e ensino superior.
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The behavioral therapy results had been attributed for a long time to the right application of its techniques, giving sparse attention to the client-therapist relationship. More recent tendencies have emphasized that interpersonal aspects of the therapeutic context directly affect the therapy outcome. The present paper, reflecting on clinical practice, discusses two basic functions of the therapeutic relation : as a intervention and a therapeutic instrument itself. The curative relationship is analyzed as a two-way road where the therapist influences the client through the impact the client has on the therapist. Neither client nor therapist passes through this experience without being transformed.
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The state of psychology as a knowledge discipline is examined. Some reflections are made about the application of psychological knowledge, taking into account: a) the nature of knowledge being applied, b) the translation of analytic knowledge typical of basic science, c) the stages required to apply psychological knowledge, d) the recovery of ordinary language, e) the valued nature of social problems, f) the systematization of procedures, and g) the multi– and interdisciplinary application of psychological knowledge.
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O artigo examina a evolução das pesquisas sobre programação de ensino no Brasil e analisa o papel decisivo que coube à Profa. Carolina Bori nesse processo. Atuando como orientadora, docente, consultora e administradora, Carolina está na raiz dos principais avanços nessa área, a partir do surgimento dos chamados cursos programados individualizados, no início da década de 60. Esses avanços incluem: a importância da proposição de objetivos como primeiro passo na programação; a necessidade de, através de pesquisa empírica, buscar objetivos de ensino para além dos limites determinados pelo que tradicionalmente se ensina; a busca de alternativas inovadoras para a disposição de contingências de ensino; a concepção de atividades como recurso para o ensino de habilidades, conhecimentos, métodos etc. O artigo aponta, também, importantes contribuições teóricas resultantes dos estudos sobre programação.
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The outcome problem in psychotherapy has usually been studied without much regard to the theories underlying the methods used. It is suggested that theories are vital to scientific advancement, and that without them we cannot even specify criteria to judge outcomes. Numerous studies since the 1950s have in essence failed to disconfirm the view that various forms of psychotherapy do not show greater effectiveness than spontaneous remission or placebo treatment. An effort is made to clarify the nature of spontaneous remission and placebo treatment, and to discuss the consequences of the many empirical findings and meta-analyses published over the past 50 years. A theory is suggested linking spontaneous remission, placebo treatment, psychotherapy and behaviour therapy, leading to a discussion of ethical considerations and cost-effectiveness issues.
Habilidades terapêuticas: é possível treiná-las?
  • H O Abreu-Motta
  • A K C R De-Farias
  • C Coelho
Abreu-Motta, H. O., De-Farias, A. K. C. R., & Coelho, C. (2010). Habilidades terapêuticas: é possível treiná-las? In A. K. C. R. De-Farias et al. Análise Comportamental Clínica: aspectos teóricos e estudos de caso (pp. 49-65). Porto Alegre: Artmed.
Relação terapêutica sob a perspectiva Analítico-comportamental
  • N N F Alves
  • G Isidro-Marinho
Alves, N. N. F., & Isidro-Marinho, G. (2010). Relação terapêutica sob a perspectiva Analítico-comportamental. In A. K. C. R. De-Farias et al. Análise Comportamental Clínica: aspectos teóricos e estudos de caso (pp. 66-93). Porto Alegre: Artmed.
Rupturas no relacionamento terapêutico: uma releitura analítico-funcional
  • A B M Assunção
  • L M A Vandenberghe
Assunção, A. B. M., & Vandenberghe, L. M. A. (2010). Rupturas no relacionamento terapêutico: uma releitura analítico-funcional. In A. K. C. R. De-Farias et al. Análise Comportamental Clínica: aspectos teóricos e estudos de caso (pp. 215-230). Porto Alegre: Artmed.
In the beginning there was the response
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Técnicas cognitivo-comportamentais e análise funcional
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Alcoholism, hopelessness and suicidal behavior
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Beck, A. T., Weissman, A., & Kovacs, M. (1976). Alcoholism, hopelessness and suicidal behavior. Journal of Studies on Alcohol, 37(1), 66-77.
PSI: The Keller Plan Handbook
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Objetivos comportamentais no ensino: a contribuição da Análise Experimental do Comportamento. Tese de doutorado, Instituto de Psicologia
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Administração de comportamento humano em instituição de saúde: uma experiência para serviço público. Dissertação de mestrado, Instituto de Psicologia
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Botomé, S. P. (1981b). Administração de comportamento humano em instituição de saúde: uma experiência para serviço público. Dissertação de mestrado, Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo. São Paulo, SP, Brasil.
Processos comportamentais básicos em metodologia de pesquisa: da delimitação do problema a coleta de dados
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Inveja ou invejar? Componentes constituintes da classe de comportamentos denominada invejar, identificados na literatura
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Botomé, S. P., De Luca, G. G., Pereira, G. S., Botomé, S. S., & Kubo, O. M. (2005). Inveja ou invejar? Componentes constituintes da classe de comportamentos denominada invejar, identificados na literatura. Campinas, SP: Anais do XIV Encontro Brasileiro de Psicoterapia e Medicina Comportamental, p. 604.
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Análise Comportamental Clínica: aspectos teóricos e estudos de caso
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De-Farias, A. K. C. R. et al. (2010). Análise Comportamental Clínica: aspectos teóricos e estudos de caso. Porto Alegre: Artmed.
Características de componentes de comportamentos básicos constituintes da classe geral de comportamentos denominada "avaliar a confiabilidade de informações". Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-graduação em Psicologia
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De Luca, G. G. (2008). Características de componentes de comportamentos básicos constituintes da classe geral de comportamentos denominada "avaliar a confiabilidade de informações". Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-graduação em Psicologia, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil.
Caracterização de um método para identificar os comportamentos constituintes de uma classe geral de comportamentos, a partir de observação indireta em literatura existente sobre essa classe geral
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De Luca, G. G., & Botomé, S. P. (2008). Caracterização de um método para identificar os comportamentos constituintes de uma classe geral de comportamentos, a partir de observação indireta em literatura existente sobre essa classe geral. Campinas, SP: Anais do XVII Encontro da Associação Brasileiro de Psicoterapia e Medicina Comportamental, pp. 102-103.
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Um procedimento para caracterizar processos comportamentais relativos a "sentimentos" e a viabilidade de uma análise experimental de tais comportamentos
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Kubo, O. M., Botomé, S. P., Botomé, S. S., De Luca, G. G., & Pereira, G. S. (2008). Um procedimento para caracterizar processos comportamentais relativos a "sentimentos" e a viabilidade de uma análise experimental de tais comportamentos. Campinas, SP: Anais do XVII Encontro Brasileiro de Psicoterapia e Medicina Comportamental, p. 104-105.
Modificação do comportamento infantil
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Teoria dinâmica da Personalidade (A. Cabral, Trad.). São Paulo: Cultrix (Obra original publicada em
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Behaviorismo radical e behaviorismo metodológico
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Modificação do comportamento em situação escolar
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Zamignani, D. R., Banaco, R. A., Wielenska, R. C. (2007). O mundo como setting clínico do analista do comportamento. In D. R. Zamignani, R. Kovac, & J. S. Vermes (Orgs.) A clínica de portas abertas: experiências e fundamentação do acompanhamento terapêutico e da prática clínica em ambiente extraconsultório (pp. 21-29). Santo André, São Paulo: Paradigma.