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MÚSICAS INFANTIS E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS: Um Descompasso Social

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Abstract

Reflexão sobre o processo de construção social dos fenômenos contidos em algumas músicas infantis, as quais propagam ideias que determinam lugares e papéis na sociedade. Apoia-se na Teoria das Representações Sociais articulada com a Teoria Histórico-Cultural, pautada no princípio dos fenômenos humanos como produção do processo histórico da formação social para fazer uma abordagem empírica, com alguns professores que trabalham com música na Educação Infantil. Conclui-se, há não consciência do professor da importância da representação social contida na música mediante o processo de desenvolvimento da criança. Os dados obtidos nas entrevistas revelaram a necessidade de investimento na formação continuada do professor, para desenvolver competências mais complexas e de maior responsabilidade.

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Algumas canções que habitam o cenário da educação infantil em tempos passados, ou até mesmo nos dias atuais, estão cheias de significados que, muitas vezes, os próprios educadores não tomam consciência, devido a naturalidade com que essas músicas infantis aparecem e são apresentadas às crianças. Cantando essas canções, acabam perpetuando uma cultura de poder e submissão que faz com que a criança, aos poucos, vá assimilando seu papel subalterno dentro do espaço escolar e da sociedade, retirando dela a sua autonomia e seu protagonismo no processo de aprendizagem. “Bem quietinho sem conversar”, “a mamãe não vai gostar”, “a boquinha vou fechar” são exemplos de canções que desenvolvem um sentimento de submissão e respeito a autoridade, conforme impõe a sociedade de poder em que vivemos. A partir da reflexão sobre a força das canções e a que elas remetem, é possível que o educador reveja seu papel dentro do espaço escolar e reconstrua as relações e interações com as crianças, que estão em processo de formação integral e de desenvolvimento das relações sociais.
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O objetivo deste artigo é investigar a presença e as contribuições da Teoria das Representações Sociais na construção do campo epistemológico da Educação Musical no Brasil. Para tal, consultamos as produções apresentadas no catálogo de teses e dissertações, no banco de periódicos da CAPES e nas plataformas de difusão científica online Scielo e Google Scholar. Foram encontrados 14 trabalhos, entre 1999 e 2019. A análise permitiu identificar os modos como a Teoria das Representações Sociais está presente nas investigações no campo da Educação Musical. Os resultados revelam que desde a década de 1990 essa teoria vem sendo usada neste campo, sob variados enfoques. Como conclusão, identificamos a necessidade de estudos voltados a uma compreensão aprofundada dessa teoria, seus fundamentos, preceitos, ramificações teóricas e metodológicas de forma a atender as demandas do campo da Educação Musical.
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O objeto deste artigo é a Teoria das Representações Sociais. Seu objetivo constitui também sua hipótese: a possibilidade de aliar a leitura psicossocial a uma leitura sociológica do conceito de Moscovici, articulando-o com os conceitos de ideologia e hegemonia de Althusser e Gramsci, e estabelecendo diálogo com o conceito de prática articulatória de Laclau e Mouffe. A problemática que envolve essa discussão se refere à restrição do conceito moscoviciano ao momento da interação e sua insuficiência para abranger o âmbito do conflito e das relações de poder. Aos conceitos de ideologia e hegemonia, por sua vez, faltaria espaço para o reconhecimento de que muitas idéias, valores e teorias implícitas no mundo vivido não estão necessariamente ligados a relações históricas de dominação, tampouco à luta de classes. A autora defende que tais conceitos podem ser eficientemente articulados, desde que o conceito de representação social seja ampliado em seu caráter cognitivo e psicossocial, e os conceitos de ideologia e hegemonia sejam revistos em seu essencialismo e determinismo. A ponte entre o conceito de representação social de Moscovici e os demais é feita através das noções de "ideologia geral" de Althusser, de "teorias do senso comum" de Gramsci e do resgaste do conceito gramsciano de hegemonia como prática discursiva na abordagem pós-estruturalista de Laclau e Mouffe.
Book
O livro reúne algumas das afirmações clássicas de Moscovici sobre a teoria das representações sociais, bem como elaborações das principais características dessa perspectiva na psicologia social. A obra inclui também alguns ensaios recentes que reexaminam a história intelectual das representações sociais, pesquisando as diversas maneiras em que esta teoria respondeu a uma tradição de pensamento nas ciências sociais, que envolve não só as contribuições de Durkheim e Piaget, mas também as de Lévy-Bruhl e Vygotsky.
A Abordagem estrutural das representações sociais
  • Jean-Claude Abric
ABRIC, Jean-Claude. A Abordagem estrutural das representações sociais. In: MOREIRA, A S. P.; OLIVEIRA, D. C. (Org.). Estudos interdisciplinares de representação social. Goiânia: AB, 1998.
Quem canta seus males espanta. São Paulo: Caramelo
  • Theodora Almeida
  • M Maria
ALMEIDA, Theodora Maria M. Quem canta seus males espanta. São Paulo: Caramelo, 1998.
A galinha Pintadinha e o galo Carijó: práticas que buscam fixar noções de gênero na educação Infantil. IX ANPED SUL, Seminário de Pesquisa em Educação da Região Sul
  • Simone Anadon
  • Barreto
ANADON, Simone Barreto. A galinha Pintadinha e o galo Carijó: práticas que buscam fixar noções de gênero na educação Infantil. IX ANPED SUL, Seminário de Pesquisa em Educação da Região Sul, 2012. Disponível: <http://www.ucs.br/etc/conferencias/index.php/anpedsul/9anpedsul/paper/viewFile/1261/801>
Referencial Curricular Nacional para a Educação infantil
  • Brasil
  • Ministério Da Educação E Do Desporto
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Referencial Curricular Nacional para a Educação infantil. Conhecimento de Mundo. Brasília: MEC/SEF, 1998.
Canções infantis, representações sociais e violência: retratos do passado e seus desdobramentos no presente. EDUCERE. XI Congresso Nacional de Educação
  • Suzzana A Almeida
  • Lima
ALMEIDA, Suzzana A. Lima. Canções infantis, representações sociais e violência: retratos do passado e seus desdobramentos no presente. EDUCERE. XI Congresso Nacional de Educação, PUC-PR, Curitiba, de 23 a 26 de set. 2013. Disponível em: http://educere.bruc.com.br/ANAIS2013/pdf/8271_5686.pdf. Acesso: 21 abr. 2014.
A criança e seu desenvolvimento: perspectiva para se discutir a educação infantil
  • Zilma M Oliveira
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  • Org
OLIVEIRA, Zilma M. Ramos (Org.). A criança e seu desenvolvimento: perspectiva para se discutir a educação infantil.
Cem parlendas. Rev. Jangada Brasil, ed. especial, ano IX, n. 100, mar
  • João Ribeiro
RIBEIRO, João. Cem parlendas. Rev. Jangada Brasil, ed. especial, ano IX, n. 100, mar.. 2007. Disponível em: http://www.jangadabrasil.com.br/revista/marco100/es1000305.asp. Acesso: 12 maio 2014.
O conhecimento no cotidiano: as representações sociais na perspectiva da psicologia social
  • Mary Jane Spink
SPINK, Mary Jane. O estudo empírico das representações sociais. In: SPINK, Mary Jane. (Org.). O conhecimento no cotidiano: as representações sociais na perspectiva da psicologia social. São Paulo: Brasiliense, 2004.
Representações Sociais do homem pantaneiro, cultura e educação na revista Nova Escola do período de 1990 a 2009. Agência de Noticias Inteligente Midiaflex
  • Milton Valençuela
VALENÇUELA, Milton. Representações Sociais do homem pantaneiro, cultura e educação na revista Nova Escola do período de 1990 a 2009. Agência de Noticias Inteligente Midiaflex.com. Disponível: <http://www.midiaflex.com/ lerNotici as.asp?NotID=6006. Acesso: 04 ago. 2014.
As representações sociais dos licenciados em ciências biológicas sobre o processo de formação
  • Milton Valençuela
VALENÇUELA, Milton. As representações sociais dos licenciados em ciências biológicas sobre o processo de formação. 2012. Tese (Doutorado em Ciências Sociais) -Universidade de Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande.