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inter-relações entre desenho universal para aprendizagem e da tecnologia assistiva na perspectiva da educação inclusivaInterrelations between universal design for learning and assistive technology in the context of inclusive educationInterrelaciones entre el diseño universal para el aprendizaje y la tecnología de asistencia en la perspectiva de la educación

Authors:

Abstract and Figures

Dentro do contexto da educação inclusiva, surgem diversas teorias e ações visando promover a inclusão escolar de alunos com deficiências, nesse contexto, o Desenho Universal para Aprendizagem (DUA) e a Tecnologia Assistiva (TA) vem se destacando. Assim, o objetivo do artigo é analisar as inter-relações existentes entre o DUA e a TA no processo de inclusão escolar de alunos com deficiência. A metodologia utilizada neste ensaio foi a revisão bibliográfica, narrativa por meio de uma discussão teórica baseada em trabalhos científicos publicados sobre as temáticas em questão. Em síntese, fica evidente que, embora as duas abordagens se apresentem com características distintas, ambas guardam semelhanças quanto aos seus objetivos, que a rigor, almejam a inclusão educacional. Uma vez que o DUA e TA sejam tratados aqui como abordagens complementares, a ponto de uma não excluir a outra, pela revisão de literatura realizada, são suficientes as evidências de que essas abordagens quando trabalhadas em conjunto, tem uma ótima eficácia no processo de inclusão escolar de alunos com deficiências.
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Recebido em: 24/04/2024 | Aprovado em: 21/08/2024 | Revisado em: 10/09/2024
Editor de seção: Edison Trombeta de Oliveira | Layout: Sandra Ferreira Sarubo
Artigo
DOI: http://dx.doi.org/10.22483/2177-5796.2024v26id5449
As inter-relações entre desenho universal para aprendizagem e da tecnologia
assistiva na perspectiva da educação inclusiva
Interrelations between universal design for learning and assistive technology in the context of inclusive
education
Interrelaciones entre el diseño universal para el aprendizaje y la tecnología de asistencia en la
perspectiva de la educación
Leidmar Cunha Melo - Universidade Estadual do Maranhão UEMA | São Luís | MA | Brasil. E-mail:
ladymelo.bio@hotmail.com | Orcid: https://orcid.org/0009-0003-7328-207X
Antônio Roberto Coelho Serra - Universidade Estadual do Maranhão UEMA | São Luís | MA | Brasil.
E-mail: roberto.serra@professor.uema.br | Orcid: https://orcid.org/0000-0002-8940-5682
Wallysabel Araújo Veras - Universidade Estadual do Maranhão UEMA | São Luís | MA | Brasil. E-mail:
wallysabelveras@gmai.com | Orcid: https://orcid.org/0009-0003-0144-7023
Resumo: Dentro do contexto da educação inclusiva, surgem diversas teorias e ações visando promover
a inclusão escolar de alunos com deficiências, nesse contexto, o Desenho Universal para Aprendizagem
(DUA) e a Tecnologia Assistiva (TA) vem se destacando. Assim, o objetivo do artigo é analisar as inter-
relações existentes entre o DUA e a TA no processo de inclusão escolar de alunos com deficiência. A
metodologia utilizada neste ensaio foi a revisão bibliográfica, narrativa por meio de uma discussão teó-
rica baseada em trabalhos científicos publicados sobre as temáticas em questão. Em síntese, fica evi-
dente que, embora as duas abordagens se apresentem com características distintas, ambas guardam
semelhanças quanto aos seus objetivos, que a rigor, almejam a inclusão educacional. Uma vez que o
DUA e TA sejam tratados aqui como abordagens complementares, a ponto de uma não excluir a outra,
pela revisão de literatura realizada, são suficientes as evidências de que essas abordagens quando tra-
balhadas em conjunto, tem uma ótima eficácia no processo de inclusão escolar de alunos com deficiên-
cias.
Palavras-chave: desenho universal para aprendizagem; tecnologia assistiva; educação inclusiva.
Quaestio - Revista de Estudos em Educação | Sorocaba, SP | v. 26 | e024037 | 2024 | 2
Abstract: Within the context of inclusive education, various theories and actions have emerged with the
aim of promoting the school inclusion of students with disabilities. In this context, Universal Design for
Learning (UDL) and Assistive Technology (AT) have been gaining prominence. Thus, the objective of this
article is to analyze the existing interrelations between UDL and AT in the process of school inclusion for
students with disabilities. The methodology used in this essay was a bibliographic, narrative review
through a theoretical discussion based on scientific works published on the relevant topics. In summary,
it is evident that, although the two approaches present distinct characteristics, both share similarities in
their objectives, which essentially aim for educational inclusion. Considering UDL and AT as complemen-
tary approaches, as supported by the literature review conducted, there is sufficient evidence that these
approaches, when worked together, have excellent efficacy in the process of school inclusion for stu-
dents with disabilities.
Keywords: universal design for learning; assistive technology; inclusive education.
Resumen: En el contexto de la educación inclusiva, han surgido diversas teorías y acciones con el obje-
tivo de promover la inclusión escolar de alumnos con discapacidades. En este contexto, el Diseño Uni-
versal para el Aprendizaje (DUA) y la Tecnología Asistiva (TA) han tomado relevancia. Por lo tanto, el
objetivo de este artículo es analizar las interrelaciones existentes entre el DUA y la TA en el proceso de
inclusión escolar de estudiantes con discapacidad. La metodología utilizada en este ensayo fue la revi-
sión bibliográfica, narrativa a través de una discusión teórica basada en trabajos científicos publicados
sobre las temáticas en cuestión. En resumen, queda evidente que, aunque ambas aproximaciones pre-
sentan características distintas, comparten similitudes en sus objetivos, que esencialmente buscan la
inclusión educativa. Dado que el DUA y la TA se abordan aquí como enfoques complementarios, de
manera que uno no excluye al otro, la revisión de la literatura realizada proporciona suficientes eviden-
cias de que estos enfoques, cuando se trabajan en conjunto, tienen una excelente eficacia en el proceso
de inclusión escolar de alumnos con discapacidades.
Palabras clave: diseño universal para el aprendizaje; tecnología assistiva; educación.
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1 Introdução
A educação inclusiva, pautada nos princípios fundamentais dos direitos huma-
nos, da equidade e da igualdade, visa garantir o acesso pleno de alunos com deficiên-
cias ao ambiente das escolas comuns (Oliveira, 2022). Entretanto, para que essa inclu-
são se concretize de maneira efetiva, é necessário mais do que apenas inserir esses
alunos nas salas de aula regulares; é crucial empregar recursos adequados que aten-
dam às suas necessidades individuais. Nesse contexto, a Tecnologia Assistiva (TA) e o
Desenho Universal para Aprendizagem (DUA) despontam como instrumentos essenci-
ais, proporcionando um suporte adequado para que todos os alunos, independente-
mente de suas características, sejam atendidos de maneira inclusiva no ambiente es-
colar.
A TA, conceito recente que abrange uma variedade de recursos e serviços, tem
como objetivo principal ampliar as habilidades funcionais de pessoas com deficiências,
promovendo assim uma vida independente e inclusiva (Bersch; Tonolli, 2006). Dentro
do contexto escolar, a TA proporciona aos alunos com deficiências as mesmas oportu-
nidades de aprendizado que os colegas sem deficiência, promovendo assim, a equi-
dade educacional e evitando a exclusão desses alunos. Oliveira (2022) destaca que os
recursos de TA são essenciais para satisfazer as necessidades peculiares dos alunos
com deficiência no ambiente escolar.
Por outro viés, o DUA propõe uma abordagem curricular acessível, visando a
eliminação de barreiras no ambiente escolar e possibilitando a formulação de estraté-
gias de acessibilidade (Costa-Renders; Gonçalves, 2020). Nessa conjuntura, o DUA visa
promover o êxito de todos os alunos, ao adaptar o ambiente de aprendizagem, e assim
maximizar o potencial de cada um, independentemente de suas habilidades iniciais ou
desafios enfrentados. Por conseguinte, promove a inclusão, acessibilidade, flexibili-
dade, engajamento e sucesso de todos, assegurando uma educação, mas abrangente
e eficaz.
Nesse cenário, o estudo se propõe a investigar a seguinte problemática: Qual a
inter-relação existente entre o DUA e a TA no processo de inclusão escolar conside-
rando trabalhos previamente publicados? Nessa perspectiva, para responder a esse
questionamento, o estudo apresenta como objetivo analisar a inter-relação existente
entre o DUA e da TA no processo de inclusão escolar de alunos com deficiência. Assim,
neste contexto desafiador, a TA e o DUA emergem como ferramentas cruciais para
proporcionar um suporte adequado, permitindo que todos os alunos, independente-
mente de suas características, sejam atendidos de maneira inclusiva na sala de aula
comum.
Tratou-se de um estudo bibliográfico, com abordagem qualitativa. Para Gil
(2002, p. 44), a pesquisa bibliográfica “[...] é desenvolvida com base em material já ela-
borado, constituído principalmente de livros e artigos científicos”. Objetivando realizar
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um delineamento da temática sobre a inter-relação existente entre o DUA e da TA no
processo de inclusão escolar de alunos com deficiência.
Realizou-se uma revisão bibliográfica, em que foram consultados livros, artigos
científicos, documentos oficiais, teses e dissertações correlacionado ao tema em ques-
tão. As bases dedados consultadas foram o Google Acadêmico, Scientific Electronic
Library Online (SciELO) e Portal de periódicos da CAPES. A revisão foi realizada com
base em termos relacionados ao DUA, TA, inclusão escolar e alunos com deficiência,
sendo que para a construção teórica do trabalho foi realizado uma explanação minu-
ciosa sobre os presentes termos.
2 Desenho universal para aprendizagem
A teoria do Universal Design for Learning (UDL) ou Desenho Universal para
Aprendizagem (DUA) em português, concebida pelo grupo do Center for Applied Spe-
cial Technology (CAST) nos Estados Unidos, transcende a visão de um estudante ideal,
propondo uma reavaliação do currículo e da educação a partir da riqueza da diversi-
dade humana. Essa abordagem pioneira parte do pressuposto ousado de que não é o
aluno que apresenta uma deficiência, mas sim a escola. Com essa mudança de pers-
pectiva, torna-se evidente que diversos estudantes, não apenas aqueles com limitações
individuais, enfrentam barreiras que comprometem ou até mesmo impedem seu pro-
gresso acadêmico (Meyer; Rose; Gordon, 2014).
O DUA não se limita a um mero conjunto de estratégias, é uma filosofia educa-
cional que busca criar um ambiente de aprendizado verdadeiramente inclusivo. Sua
proposta visa não apenas atender às diversas necessidades de aprendizagem dos alu-
nos, mas também reduzir as barreiras existentes, garantindo, assim, a igualdade de
oportunidades para todos aprenderem (Sebastian-Heredero, 2020). Ao utilizar as es-
tratégias do DUA não apenas os alunos com deficiências vão ser beneficiados, mais
todos, pois o DUA proporcionar a redução de barreiras, permitindo uma melhor aqui-
sição do conhecimento.
Segundo Rose e Meyer (2002), o DUA não é apenas um conjunto de princípios
abstratos; é um modelo prático fundamentado em pesquisas que visa maximizar as
oportunidades de aprendizagem para todos os estudantes. Dando oportunidade de
acessibilidade ao conhecimento independente de suas necessidades. Mainardes e Ca-
sagrande (2022, p. 105) “ressaltam que o DUA reconhece a variabilidade e a diversidade
dos alunos como a norma, defendendo com convicção que o currículo deve se adaptar
ao aluno e não o contrário”. Desse modo, é de responsabilidade da escola adequa o
currículo levando em consideração as necessidades de seus alunos e oportunizando a
todos o acesso ao conhecimento.
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O currículo flexibilizado é um pressuposto do DUA, que traz um entendimento
da ampliação das oportunidades de desenvolvimento de cada aluno. Nesse sentido, a
flexibilização dos conteúdos e das estratégias metodologias tornam o processo de en-
sino aprendizagem mais efetivo para todos. O currículo baseado no DUA visa a aces-
sibilidade de todos os alunos ao conhecimento de forma que a criação e as adequações
tenham início do próprio currículo. Assim, as escolas devem proporcionar abordagens
metodológicas diversas de acordo com as potencialidades e dificuldades de cada
aluno, para que o processo de ensino e aprendizagem ocorra de forma eficaz e com
qualidade (Alves; Hummel 2023).
No cerne do DUA, encontramos uma compreensão aprofundada das redes ce-
rebrais envolvidas no processo de aprendizagem, conforme delineado pelo CAST
(2018):
a) Redes de conhecimento: relacionadas ao "o quê" da aprendizagem, trata-se da
forma como os alunos coletam fatos e categorizam o que veem, ouvem ou leem. Esse
aspecto se alinha harmoniosamente com o primeiro princípio do UDL, que aborda a
representação da informação/conteúdo;
b) Redes estratégicas: associadas ao "como" da aprendizagem, englobam o planeja-
mento e a execução de tarefas, assim como a organização e expressão de ideias pelos
alunos. Este componente está intrinsecamente conectado ao segundo princípio do
UDL, que versa sobre a ação e expressão;
c) Redes afetivas: relacionadas ao "porquê" da aprendizagem, exploram como os alu-
nos se motivam, se interessam e se desafiam a aprender. Esse elemento está enraizado
no terceiro princípio do UDL que destaca o autoenvolvimento.
O DUA uni princípios baseados na pesquisa e proporciona um modelo prático
que intensifica as oportunidades de aprendizagem para todos os estudantes, bem
como “objetivos cuidadosamente articulados e materiais, métodos e avaliações indivi-
dualizados” (Rose; Meyer, 2002, p. 3). Conseguintemente, a relação do DUA com a
necessidade de que a atividade proposta seja adequada ao estudante, capaz de en-
gajá-lo, considerando seu desenvolvimento e idade, faz desta perspectiva “uma possi-
bilidade de que a escola se prepare para promover o desenvolvimento de diferentes
alunos” (Souza; Gomes, 2017, p. 4).
Nesse sentido, a teoria do DUA não apenas se propõe a moldar a educação para
o aluno, mas também a criar um ambiente educacional dinâmico e inclusivo, refletindo
a verdadeira diversidade e singularidade de cada aprendiz. O “universal” do desenho
universal não significa uma solução única para todos. Pelo contrário, ele pondera uma
consciência sobre a natureza única de cada estudante e a necessidade de se acomodar
as diferenças existentes, criando experiências de aprendizagem que sirvam aos alunos
e maximizem suas habilidades para progredir dentro do contexto educacional, desse
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modo o DUA possibilita uma estrutura que apoia os professores a diferenciar suas ins-
truções por meio de objetivos cuidadosamente articulados e materiais, métodos e ava-
liações individualizados (Capellini; Mousinho; Alves, 2015). A Figura 1 representa o
framework UDL (DUA) do CAST em sua última versão, disponível a Internet (2018).
Figura 1 Framework UDL do CAST
Fonte: CAST (2018).
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É possível usar os três princípios do DUA, posto que permitem criar caminhos
de aprendizagem flexíveis para que cada indivíduo possa progredir. O framework DUA
do CAST possibilita acessar 31 pontos de verificação que nada mais são do que dicas
para a aplicação do DUA.
Conforme a neurociência, nosso cérebro é dotado de três redes fundamentais:
uma destinada a estabelecer prioridades na aprendizagem o porquê; outra voltada
para o reconhecimento do que estamos prestes a aprender o quê da aprendizagem;
e uma terceira responsável pelas competências e estratégias associadas à forma como
aprendemos o como da aprendizagem (Sebastian-Heredero, 2020).
Ao focarmos uma imagem dentro desse contexto, as três redes cerebrais entram
em atividade de forma rápida e interconectada: a rede afetiva, que determina por
quanto tempo e com quanta atenção a observaremos; a rede de reconhecimento, que
identifica rapidamente objetos e analisa o contexto global; e a rede de estratégia, que
determina como examinaremos a imagem e as informações que extrairíamos (Men-
donça; Gonçalves, 2023).
Dessa forma, pode-se afirmar que é a interação harmoniosa das três redes que
efetivamente determina o que percebemos, seguindo a mesma lógica aplicada pelo
DUA. Para uma aprendizagem eficaz, é essencial ativar de forma consciente as três
redes (Mendonça; Gonçalves, 2023, p. 11). Essa compreensão alinhada com os princí-
pios do DUA ressalta a importância de uma abordagem holística, considerando as di-
ferentes dimensões do processo de aprendizagem para garantir uma educação inclu-
siva e abrangente.
3 Tecnologia assistiva no ambiente escolar
A TA é um termo recente que abrange todo tipo de recursos e serviços que
contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais diversas de pessoas
com deficiências, e assim, promover uma vida independente e inclusiva a essas pessoas
(Bersch; Tonolli, 2006). Nesse contexto, a TA é um recurso que possibilita a aprendiza-
gem dos alunos ao proporcionar ferramentas diversas que podem ser utilizadas para
a superação de inúmeras barreiras existentes que possam dificultar o processo de
aprendizagem desses alunos.
Segundo Bersch (2017, p. 92) “aplicação da TA na educação vai além de sim-
plesmente auxiliar o aluno a fazer tarefas pretendidas. Nela, encontramos meios de o
aluno ser e atuar de forma construtiva no seu processo de desenvolvimento”. Assim, o
uso das tecnologias assistivas podem garantir um suporte adequado para que os alu-
nos com necessidades especiais possam ser atendidos dentro da sala de aula comum
de forma apropriado.
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Cook e Hussey (1995) definem a tecnologias assistiva citando o conceito do
ADA- American With Disabilities Act, como um conjunto de equipamentos, serviços,
estratégias e práticas concebidas e aplicadas para minorar os problemas funcionais
encontrados pelos indivíduos com deficiências. Dessa forma, a TA são projetadas para
ajudar pessoas com deficiências a superarem desafios em suas vidas e a alcançarem
uma maior independência, melhor qualidade de vida e a sua inclusão em diversos as-
pectos da vida.
Para Miranda et al. (2021, p. 91) “A tecnologia se tornou uma aliada da Educação,
pois, a partir dela o aluno pode ter acesso a vários tipos de conteúdo em tempo real e
os mesmos podem estar atualizados”. A utilização da TA no campo educacional visa
solucionar problemas diversos, ao proporcionar recursos adequados que possibilita a
remoção de inúmeras barreiras existentes que impossibilitam os alunos a participarem
do processo educativo. De acordo com Alves e Hummel (2023, p. 360) a TA “proporci-
ona múltiplas ferramentas para tornar acessivo para pessoa com deficiência o conhe-
cimento educacional e os meios de interação sociocultural, tornando a pessoa com
deficiência ativa em diferentes contextos sociais”.
A TA como área do conhecimento se refere a ferramentas, recursos, tecnologias,
metodologias, processos e aparatos que facilitam o aprendizado ou a vivência diária
da pessoa com deficiência, garantindo-lhe autonomia para aprender e para usufruir de
uma vida com menos limitações incluindo-a nos espaços de aprendizagem, ao tempo
que também serve para potencializar suas capacidades (Batista et al., 2018). A TA torna
os espaços educativos, mas inclusivos ao dar possibilidade aos alunos com deficiência
ter acesso ao conhecimento.
Para Souza et al. (2023, p. 2149) “as Tecnologias Assistivas estão presentes em
duas áreas que muitas vezes, se complementam: no próprio universo digital, em pro-
gramas e aplicativos; e em aparelhos, máquinas e objetos que auxiliam a pessoa com
deficiência”. Se apresentando como ferramentas que possam ser utilizadas por estu-
dantes com deficiências físicas, para os que têm comprometimento mental, para os
superdotados, para todas os alunos que apresente qualquer deficiência que o possa
limitar no seu processo de aprendizagem. Nessa circunstância, existe uma diversidade
de tecnologias assistivas que podem ser empregadas no campo educacional, e dessa
forma, atendendo às necessidades específicas dos alunos com deficiência. Porém, se
torna necessário averiguar as diferentes categorias e ferramentas disponíveis.
São inúmeros os exemplos de TA no contexto educacional, como os mouses
diferenciados, softwares de comunicação alternativa, leitores de texto, textos amplia-
dos, textos em Braille, textos com símbolos, mobiliário acessível, recursos de mobili-
dade pessoal etc. (Bersch, 2017). Vale salientar a relevância de levar em consideração
as necessidades individuais de cada aluno para a escolha das tecnologias a serem uti-
lizadas, e assim, garantir uma educação inclusiva de qualidade.
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Alguns recursos de tecnologia assistiva que possibilitam acessibilidades ao com-
putador como: teclado IntelliKeys, acionadores com mouse adaptado, mouse por mo-
vimento da cabeça, monitor com tela de toque e órtese para digitação (Alves; Hummel,
2023). A Figura 2 apresenta alguns recursos de acessibilidade ao computador.
Figura 2 Recursos de acessibilidade ao computador
Fonte: Rodrigues (2019).
Alguns alunos com autismo, ou paralisia cerebral que tenha dificuldade na fala,
ou qualquer outro impedimento de falar, podem se beneficiar com as pranchas de
comunicação alternativa, sendo assim, uma opção para alunos não verbais (Rodrigues,
2019). A Figura 3 apresenta um exemplo de prancha de comunicação alternativa.
Figura 3 Prancha de comunicação alternativa
Fonte: Rodrigues (2019).
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Ressalta-se que é fundamental que a escola esteja preparada para oferecer o
suporte necessário para a implementação das TA, a fim de assegurar aos alunos com
deficiência acesso aos recursos educacionais, de modo que participem ativamente das
atividades escolares. Assim, a utilização das TA no ensino pode contribuir para a for-
mação de alunos mais preparados para enfrentar os desafios da vida e para a constru-
ção de uma sociedade mais inclusiva e justa ao conseguir promover a inclusão e a
acessibilidade de alunos com deficiências no ambiente escolar.
A TA no ambiente escolar não apenas quebra barreiras para os alunos com de-
ficiências, mas também fortalece os alicerces de uma educação inclusiva promovendo
a diversidade e proporcionando a todos os estudantes as ferramentas necessárias para
alcançarem seu pleno potencial escolar e pessoal.
Em síntese, para a construção do processo de ensino e aprendizagem mais efi-
caz, se faz necessário buscar práticas pedagógicas que possibilite autonomia ao aluno
com deficiência, nesse sentido, a utilização da TA engloba recursos tecnológicos e di-
dáticos diversos. Porém, se torna necessário popularizar os recursos de TA, para que
todas tenha pleno acesso e o processo de inclusão educativo e social ocorra de forma
mais justo (Alves; Hummel, 2023).
4 As Inter-relações entre o desenho universal para aprendizagem e a tecnologia
assistiva dentro do contexto da educação inclusiva
Em consonância com a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da
Educação Inclusiva (Brasil, 2007), é incumbência dos sistemas de ensino matricular to-
dos os alunos assegurando-lhes o direito a uma educação de qualidade, independen-
temente das peculiaridades de suas deficiências. Nesse cenário, Oliveira (2022) enfatiza
que a inclusão escolar não é apenas uma questão de presença física, mas demanda a
reconfiguração integral das instituições de ensino transformando-as em ambientes for-
mativos e de ensino que verdadeiramente atendam a todos os alunos. Isso implica em
adaptações curriculares e na oferta de recursos diversos para atender às distintas ne-
cessidades dos estudantes promovendo o desenvolvimento integral e a efetiva inclu-
são no processo educacional.
À medida que avança o movimento pela inclusão, os alunos, outrora marginali-
zados como incapazes, passam a usufruir de acesso ao conhecimento por meio de
novas metodologias pedagógicas e fundamentos presentes em documentos nacionais
e internacionais. Essa transformação garante não apenas o acesso, mas a permanência
desses estudantes no sistema educacional regular (Morais; Morais, 2019). Nessa pers-
pectiva, é premente que os ambientes educacionais se adaptem dinamicamente ofe-
recendo recursos e suporte que favoreçam o processo educativo. Desse modo, tanto
o DUA quanto a TA emergem como elementos fundamentais (Morais; Morais, 2019).
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No contexto escolar, a utilização da TA, conforme destacado por Mendonça e
Gonçalves (2023), não apenas garante o acesso a materiais e recursos pedagógicos
diversos, mas também contribui para um desempenho acadêmico excepcional. O fra-
mework UDL/DUA enfatiza a importância da TA nos ambientes de ensino ressaltando
que a TA pode ser um complemento eficaz para a aplicação do DUA. Assim, a TA é
uma estratégia eficiente para a organização educativa dentro dos princípios do DUA,
pois através da TA o conhecimento científico se torna acessível aos alunos com defici-
ências (Alves; Hummel, 2023).
O DUA, segundo Pletsch et al. (2021, p. 20), “não apenas propicia o acesso uni-
versal ao currículo por meio de estratégias pedagógicas e tecnológicas diferenciadas,
mas também incorpora as tecnologias assistivas. Assim, é possível conceber um cur-
rículo que não apenas reconheça, mas celebre a diversidade presente nas salas de aula,
com a TA aprimorando e ampliando a eficácia do DUA.
Embora o DUA e a TA sejam abordagens distintas, ambos compartilham obje-
tivos convergentes de promoção da inclusão educacional” (Oliveira; Gonçalves; Brac-
ciali, 2021, p. 3044). A inter-relação entre o DUA e a TA é vital para a efetiva inclusão
escolar. Oliveira, Gonçalves e Bracciali (2021, p. 3044) “ressaltam que a diversidade de
abordagens não as torna discrepantes ou concorrentes; ao contrário, oferecem formas
complementares e enriquecedoras de promover a inclusão na escola”.
O DUA propõe a criação de espaços educacionais flexíveis, visando atender à
diversidade de alunos na sala de aula oferecendo múltiplas formas de apresentar o
conteúdo, proporcionar variadas estratégias de envolvimento dos alunos e permitir
diferentes métodos de avaliação do aprendizado. Nesse sentido, a TA oferece suporte
específico personalizando ainda mais a implementação dos princípios do DUA no am-
biente educacional.
Conte e Habowski (2022, p. 19) enaltecem a contribuição conjunta da TA e dos
princípios do DUA para humanizar práticas e estratégias em diversos contextos edu-
cacionais, superando crenças e estereótipos. Segundo Rose et al. (2005), a TA e o DUA,
embora distintos, são complementares proporcionando benefícios mútuos para os alu-
nos com deficiência. A integração dessas abordagens não apenas representa um
avanço em projetos universais, atendendo ao aprendizado de todos os alunos, mas
também abre horizontes para um pensamento educacional mais inclusivo e enrique-
cedor.
Diante do cenário teórico demonstrado, em que os estudos na área da TA de-
monstra a tecnologia como uma ferramenta educacional funcional para promover a
inclusão, bem como os princípios do DUA como funcionais para um ensino acessível a
todos, foi elaborado um quadro (Quadro 1) composto pelas duas vertentes para efeito
de comparação (Oliveira; Gonçalves; Bracciali, 2021).
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Quadro 1- Comparação entre os conceitos do DUA e da TA
Desenho Universal para Aprendizagem
Tecnologia Assistiva como
ferramenta educacional
Objetivos
Promover acesso universal ao currículo e ao
conteúdo; oferecer subsídios teóricos para o
professor planejar um ensino acessível a todos.
Promover acesso ao contexto escolar e ati-
vidades específicas por meio de adapta-
ções que aumentam a funcionalidade de
estudantes com alguma deficiência e/ ou li-
mitação.
Proposta
Parte-se do princípio de que o todo deve se
adaptar às necessidades dos alunos uma vez
que cada um aprende de maneira diferenciada.
Preocupa-se em promover adaptações in-
dividuais para que o estudante com dificul-
dades possa ter acesso ao conteúdo, ao
currículo e à aprendizagem.
Adaptação
Parte de adaptar o geral para o específico.
Parte de adaptar o específico para o geral.
Considerações
A utilização do DUA não exclui a utilização da TA, e vice-versa. Assim como existem momen-
tos que nenhuma adaptação será necessária, existem momentos nos quais as adaptações
pelos preceitos do DUA serão suficientes. Em outras atividades as adaptações da TA serão
complementares. Assim como a TA pode ser utilizada isoladamente com sucesso ou ter a
teoria do DUA como sua percussora.
Fonte: Adaptado de Oliveira, Gonçalves e Bracciali (2021).
Em suma, embora haja especulações e aparente incompatibilidade entre os con-
ceitos e objetivos do DUA e da TA, ambos podem ser empregados tanto de maneira
isolada quanto em conjunto para fomentar o processo de inclusão de alunos no âmbito
educacional. Não existe uma abordagem única e definitiva para impulsionar a inclusão,
visto que esse processo é intrinsecamente flexível, variável e dependente do contexto
e das realidades específicas. Nesse sentido, torna-se imperativo direcionar a atenção
para o aluno, suas necessidades e o contexto escolar em que está inserido, a fim de
determinar qual teoria é mais apropriada para subsidiar a prática do professor em de-
terminado momento (Oliveira; Gonçalves; Bracciali, 2021).
5 Considerações finais
Ao percorrer este estudo sobre as inter-relações entre o DUA e a TA no processo
de inclusão escolar, respaldado em trabalhos publicados, torna-se evidente que,
apesar das abordagens distintas, ambas convergem para o mesmo objetivo: promover
a inclusão educacional. Conforme destaca Almeida (2018, p. 31), o recurso de TA é
concebido para atender a uma necessidade específica da pessoa com deficiência e, em
determinadas situações, ao ser utilizado por outras pessoas, pode garantir maior
acesso na realização da atividade.
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A sinergia entre essas duas abordagens se consolida quando a TA é percebida
não apenas como complementar ao DUA, mas como uma efetiva implementação prá-
tica dos princípios desse último. Ao incorporar a TA, os educadores dispõem de ferra-
mentas que possibilitam diversas formas de apresentar informações, adaptar métodos
e promover um envolvimento flexível, alinhado aos princípios do DUA.
Dessa maneira, a integração bem-sucedida entre TA e DUA, no contexto do pro-
cesso de aprendizagem escolar, cria um espaço inclusivo, onde cada aluno é reconhe-
cido em suas diferenças, recebendo o suporte necessário para atingir seu máximo po-
tencial de aprendizado. Essa colaboração entre DUA e TA emerge como fundamental
na construção de uma educação verdadeiramente inclusiva e centrada no aluno.
Em resumo, este estudo conseguiu elucidar as inter-relações existentes entre
DUA e TA na perspectiva da educação inclusiva, alcançando plenamente seu objetivo
proposto. Portanto, com base no que foi exposto e respaldado pelos estudos da lite-
ratura ao longo desta explanação, conclui-se que DUA e TA são abordagens comple-
mentares, uma não exclui a outra e, quando aplicadas em conjunto, demonstram uma
eficácia notável no processo de inclusão escolar.
Este estudo, além de fornecer suporte teórico sobre as temáticas abordadas,
sugere a necessidade de novas pesquisas que aprofundem as inter-relações entre DUA
e TA na perspectiva da educação inclusiva. Desta forma, será possível enfatizar a rele-
vância dessa colaboração para alcançar o objetivo comum relacionado ao processo de
inclusão escolar.
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Contribuição dos(as) autores(as)
Leidmar Cunha Melo Autora da pesquisa, coleta de dados, análise dos dados e escrita do texto.
Antônio Roberto Coelho Serra Orientador da pesquisa, participação ativa na revisão da escrita final.
Wallysabel Araújo Veras Participação na análise e interpretação dos dados.
Revisão Gramatical por:
Ana Flávia dos Santos Martins
E-mail: anamartins@proplad.uema.br
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Este artigo explora as inter-relações entre Desenho Universal para a Aprendizagem (DUA) e diferenciação curricular e pedagógica e indica os principais desafios para a disseminação e a efetivação do DUA no contexto brasileiro. O argumento central do artigo é que o DUA é uma abordagem mais abrangente e proativa que visa tornar o ambiente de aprendizagem acessível para todos e as estratégias de diferenciação podem ser utilizadas dentro do DUA.
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O artigo apresenta problemáticas sobre Tecnologia Assistiva (TA) e Desenho Universal para a Aprendizagem (DUA), no sentido de oferecer estímulos a uma visão panorâmica da educação inclusiva no Brasil, em suas múltiplas encruzilhadas, intersecções e insurgências, que mobilizam deslocamentos do olhar. Trata-se de discutir, por uma perspectiva de investigação hermenêutica, os impulsos gerados por práticas educacionais de TA e de DUA no processo de reconhecimento mútuo, de interação social e de construção de aprendizagens coletivas, para promover o exercício da cidadania no trabalho pedagógico de acolher a pessoa como ela é. Ao final do texto, sublinhamos que o sentido das tecnologias para a humanidade é justamente fortalecer o intercâmbio de ideias, o reconhecimento mútuo de pedagogias do encontro com as diferenças, para que todos possam aprender, superando assim as desigualdades. Cabe a nós alargarmos a compreensão da TA somada aos princípios de DUA, como dimensão relacional, da dialetização entre ensino e aprendizagem coletiva, que nos torna humanos, trazendo a linguagem de múltiplas correspondências com a realidade da educação inclusiva e dos processos sócio-históricos e culturais, em diálogos aprendentes e de escuta sensível com os diferentes mundos com características radicalmente potentes.
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Com os avanços de pesquisas e legislações sobre a inclusão educacional surgiram inúmeras teorias e ações com o objetivo de favorecer a inclusão dos alunos com deficiência no contexto escolar, entre elas destacamos o Desenho Universal para Aprendizagem (DUA) e o uso da Tecnologia Assistiva (TA). Esse artigo apresenta uma discussão teórica pautada nos princípios que compõem o DUA e a TA, para tanto dissertamos como a literatura tem apontado que essas perspectivas, apesar de a priori parecerem incompatíveis, podem favorecer e ser complementares no processo de inclusão educacional.
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O presente estudo teve por objetivo analisar a implementação de recursos de Tecnologia Assistiva (TA) para uma aluna com Paralisia Cerebral (PC) na classe comum e sua aplicabilidade por meio do Desenho Universal (DU). O método de pesquisa utilizado seguiu os princípios da abordagem qualitativa, embasando-se no modelo de pesquisa colaborativa, cujos participantes foram uma professora da classe comum da educação infantil, uma agente educacional responsável em acompanhar a aluna com paralisia cerebral na classe comum, uma aluna com paralisia cerebral regularmente matriculada e os demais alunos da classe. A coleta de dados ocorreu na sala comum de uma turma da Educação Infantil e foi aplicado um Protocolo para observação sistemática por meio de filmagens da implementação/intervenção dos recursos de TA. Os dados obtidos mostraram que os recursos puderam ser utilizados para suprir as necessidades educacionais da aluna com PC, bem como contribuíram para melhor participação dos demais alunos. Concluiu-se que alguns recursos de TA ganharam caráter de universalização do acesso durante a realização das atividades favorecendo a participação de todos.
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RESUMO: As Diretrizes do Desenho Universal para a Aprendizagem - DUA (UDL na língua inglesa) começaram como um projeto do Centro Nacional de Acesso ao Currículo Geral (NCAC), um acordo de colaboração entre o Centro de Tecnologias Especiais Aplicadas (CAST) e o Escritório de Programas de Educação Especial (OSEP) do Departamento de Educação dos Estados Unidos. Estas Diretrizes foram compiladas pelo Dr. David H. Rose, Co-fundador e Diretor Educacional do CAST, e Jenna Gravel, Mestre em Educação e Doutoranda na Universidade de Harvard. Eles receberam inúmeras colaborações e comentários de colegas do CAST, professores dos diferentes níveis de ensino (ensino fundamental, médio e superior), pesquisadores e outros profissionais. Esta tradução e revisão foram realizadas como atividade do Grupo de Estudos: Pesquisas em Políticas e Práticas Educativas Inclusivas: Reconstruindo a escola, na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande (MS/Br), ao longo do segundo semestre de 2019, integrado pelas seguintes pessoas: Andre Luiz Alvarenga de Souza, Angelita Leal de Castro Fonseca, Evelyn Mello, Franciele Cristina da Silva, Jaqueline Vargas, Jociane de Oliveira Nunes Gonçalves, Juliana Moreno Cavalheiro, Leandro Vieira, Mareide Lopes de Arruda e Patricia Tanganelli Lara - coordenados pelo Prof. Dr. Eladio Sebastián-Heredero. A autorização para esta publicação no Brasil na língua portuguesa foi feita pelo Sr. David Gordon, Senior Director, Publishing & Communications do CAST, com o conhecimento da Sra. Kim Ducharme, Director of Educational User Experience Design do CAST, com data de 10 de julho de 2020.
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Este artigo coloca em questão o currí­culo como um elemento que traz desafios à atividade educacional inclusiva. Apresenta um percurso investigativo fundamentado no paradigma da inclusão e no desenho universal para aprendizagem (DUA) como uma abordagem curricular acessí­vel. Tem como objeto de estudos as experiências inclusivas em uma unidade escolar na região do ABCDMRR paulista e pergunta como o design universal para a aprendizagem pode qualificar a prática docente no sentido da construção do currí­culo acessí­vel no contexto das unidades escolares? O objetivo geral foi apresentar os princí­pios do design universal para aprendizagem como suporte para a prática docente inclusiva, partindo-se da hipótese que o DUA contribui para o acesso de todas as pessoas ao mesmo percurso curricular, evitando a necessidade de produtos e ambientes exclusivos para as pessoas com deficiência. Trata-se de uma pesquisa narrativa, desenvolvida segundo uma abordagem intervencionista, com a realização de rodas de conversa e entrevistas semiestruturadas junto a um grupo de professoras da rede pública de ensino. Os sujeitos de pesquisa advêm de dois grupos diferentes, sendo três professoras de uma unidade escolar e três professores/pesquisadores do grupo de estudos ACESSI. Os resultados apontaram para: a percepção da existência de um descompasso entre as práticas pedagógicas inclusivas e as decisões de currí­culo na escola, o envolvimento, interesse e engajamento, por parte das professoras, na busca de novas estratégias para transformar o percurso de ensino aprendizagem no sentido de um planejamento curricular acessí­vel com a aplicação dos princí­pios do DUA.
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Over the past decade, evolving technologies have revolutionized the way we do business, communicate, make war, farm, and provide medical treatment. New technologies are also transforming education, and in no domain more dramatically or successfully than in the education of students with disabilities. Although the existing benefits of technol-ogy for students with disabilities are already widely recognized (e.g., Edyburn, 2003; Hasselbring & Glaser, 2000; Raskind & Higgins 1995; Rose & Meyer, 2002), the potential ben-efits are likely to be even more profound and pervasive than present practices would sug-gest. To ensure full realization of technology's potential for students with disabilities, the Office of Special Education Programs (OSEP) has funded two national centers that have a strong focus on technology: the National Assistive Technology Research Institute (NATRI) at the University of Kentucky and The National Center on Accessing the General Curriculum (NCAC) at CAST. While both centers focus on the role of technology, their work is neither duplicative nor competitive. Rather, each is researching a distinct role for technology in improving edu-cation for students with disabilities, assistive technology (AT) and Universal Design for Learning (UDL), respectively. The question of how these two approaches can enhance and even support one another for the further benefit of students with disabilities is funda-mentally important. We have engaged in early discussion of this issue with the National Center for Technology Innovation (NCTI) at the American Institutes for Research (AIR) and Pip Campbell and Suzanne Milbourne at Tho-mas Jefferson University, organizations whose OSEP-supported work is also at the forefront of technology in special education. In this article we provide a framework for further discussion of this significant issue by articulat-ing the points of commonality and difference between AT and UDL. Some individuals may see AT and UDL as identical, or conversely, antithetical. We be-lieve that neither view is accurate but instead that AT and UDL, while different, are com-pletely complementary—much like two sides of the same coin. We believe that advances in one approach prompt advances in the other and that this reciprocity will evolve in ways that will maximize their mutual benefits, mak-ing it essential that both approaches are pur-sued vigorously and distinctively. Through a better understanding and melding of AT and UDL, we believe that the lives of individuals with disabilities will ultimately be improved.
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Este trabalho se propõe a investigar a aplicação dos recursos provenientes da Tecnologia Assistiva – área do conhecimento - como instrumento de inclusão escolar da pessoa com deficiência. O objetivo é demonstrar suas contribuições enquanto meio de inclusão no cotidiano escolar, seja no ensino regular ou em outros espaços educacionais. Nesse caso realizou-se uma revisão de literatura com enfoque principal em: BERSCH (2013), GALVÃO FILHO (2009), ARNAIZ SÁNCHEZ (2005), entre outras bibliografias de interesse da área. Nesse sentido evidencia-se o uso da Tecnologia Assistiva nos processos de aprendizagem das pessoas com deficiência, verificando os modos como se dá o emprego dos vários segmentos do conhecimento, técnicas, métodos, equipamentos, tecnologias e conhecimentos afetos, na perspectiva de incluir as pessoas com deficiência no mundo da aprendizagem. Disso, conclui-se que esta área de conhecimento constitui-se em meio eficiente na facilitação da aprendizagem e da educação desses estudantes.
Book
The print version is available through Amazon, etc. but a richer multimedia version (and one that is more accessible) is available freely at: http://udltheorypractice.cast.org/login