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LIZ NUNES DA COSTA
PATRICIA LUCIANO MANCINI
DO ARQUIPÉLAGO DE SANTANA, MACAÉ (RJ)
Aves
marinhas
Aves
marinhas
DO ARQUIPÉLAGO DE SANTANA,
MACAÉ (RJ)
1
2
Ficha catalográfica
Ficha catalográfica
Fotografias:
Danielle Paludo, Luciano Gomes Fischer, Lucas Rocha
Melo Porto, Marcio Motta, Patricia Luciano Mancini.
Capa, projeto gráfico, diagramação e textos:
Liz Nunes da Costa e Patricia Luciano Mancini
Ilustrações para colorir: Liz Nunes da Costa
Revisão: Michelle Noronha da Matta Baptista e
Patricia Pereira Serafini
Este livro integra as ações dos Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável (ODS) propostos pela Organização das Nações Unidas
(ONU), mais precisamente os ODS 4 e 14.
3
Apresentação----------------------------------- 5
Plano de Ação Nacional para a Conservação das Aves
Marinhas (PAN Aves Marinhas)-------------------- 6
Arquipélago de Santana---------------------------- 7
Aves no Arquipélago de Santana-------------------- 8
Aves marinhas ------------------------------------ 9
Morfologia externa -------------------------------- 11
Ameaças às aves marinhas ------------------------ 13
Iniciativas de conservação ------------------------- 20
Fichas das espécies------------------------------- 23
Piru-piru (Haematopus palliatus) ------------------- 26
Gaivotão (Larus dominicanus)---------------------- 28
Trinta-réis-de-bico-vermelho (Sterna hirundinacea)-- 30
Trinta-réis-de-bando (Thalasseus acuflavidus)------- 32
Trinta-réis-real (Thalasseus maximus)--------------- 34
Pinguim-de-magalhães (Spheniscus magellanicus)-- 36
Fragata (Fregata magnificens)---------------------- 38
Atobá-marrom (Sula leucogaster)------------------- 40
Glossário------------------------------------------ 46
Bibliografia---------------------------------------- 49
Sumário
4
Neste livro você vai conhecer as espécies de aves
marinhas que vivem no Arquipélago de Santana,
localizado na região costeira de Macaé, ao norte do
estado do Rio de Janeiro. Aqui você vai encontrar
informações sobre as características das aves marinhas,
nome científico e popular, curiosidades, as ameaças que
as afetam e algumas imagens para colorir.
Todas as palavras destacadas em negrito ao longo do
texto são explicadas no glossário. Dúvidas? Consulte o
Glossário!
Apresentação
Apresentação
5
Das oito espécies de aves apresentadas neste livro,
três estão ameaçadas de extinção e quatro constam no
Plano de Ação Nacional para a Conservação das Aves
Marinhas (PAN Aves Marinhas).
O PAN é um documento que reúne ações para
recuperar as populações de aves marinhas combatendo
as principais ameaças nos locais onde elas vivem. O PAN
Aves Marinhas é uma iniciativa do Instituto Chico Mendes
de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Agora vamos conhecer as aves marinhas e o
nosso lindo Arquipélago de Santana?
PAN Aves Marinhas
PAN Aves Marinhas
6
Arquipélago de SantanaArquipélago de Santana
O Arquipélago de Santana é formado pelas
ilhas do Francês, Santana, Ilhote Sul e
Calhetas, que estão a aproximadamente 10 km
da costa de Macaé-RJ.
Ele abriga duas unidades de conservação
(UCs): o Parque Municipal e a Área de
Proteção Ambiental (APA) do Arquipélago de
Santana, mas não têm Planos de Manejo até o
momento.
O Plano de Manejo é semelhante as regras de
de um jogo, indicando o que pode ou não ser
feito, como as atividades turísticas, a pesca,
entre outros.
Vista da Ilha do Francês a partir da Ilha
Calhetas no Arquipélago de Santana.
Vista aérea do Arquipélago
de Santana. 7
No arquipélago há mais de 70 espécies de aves,
sendo sete espécies marinhas.
O atobá-marrom e a fragata são as principais
espécies que se reproduzem nas ilhas, com
centenas de indivíduos.
O trinta-réis-de-bico-vermelho, o trinta-réis-de-
bando e o trinta-réis-real são espécies
ameaçadas de extinção e junto com o pinguim-
de-magalhães estão no PAN Aves Marinhas.
Aves no Arquipélago de SantanaAves no Arquipélago de Santana
Atobá-marrom no Arquipélago
de Santana.
Fragata sobrevoando o
Arquipélago de Santana.
8
As aves marinhas dependem do ambiente marinho para completarem
seu ciclo de vida.
Aves marinhasAves marinhas
Controlando as
populações de presas
(peixes, lulas, etc). Transportando os
nutrientes que ajudam
no crescimento de
algas e recifes de coral.
Servindo como
indicadoras da qualidade
dos oceanos.
Elas ajudam no funcionamento dos oceanos de diversas maneiras:
9
Caracter sticas das aves MarinhasCaracter sticas das aves Marinhas
GLÂNDULA
UROPIGIANA
Glândula
uropigiana
Ducto da
glândula
Secreção de
sal
Ajudam as aves a
se movimentarem
mais rápido
dentro da água.
MENBRANAS
INTERDIGITAIS GLÂNDULAS DE SAL
Membrana
interdigital
Eliminam o sal que as aves
ingerem quando capturam suas
presas. A glândula filtra o sangue
e excreta o sal pelas narinas.
Narina
Produz uma secreção que
as aves espalham nas
penas para evitar que se
molhem, como uma capa
de chuva.
Glândula de
sal
íí
10
Maxila
Mandíbula
Nuca
Pescoço
Dorso
Uropígio
Retrizes
Rêmiges
Tarso
Pé
Unha
Membrana interdigital
Ventre
Asa
Morfologia externa Morfologia externa
Retrizes: penas da cauda
Rêmiges: penas da asa
Cabeça
Olho
Observação: os atobás possuem narinas internas
Outras aves, como as gaivotas, possuem narinas externas 11
Dimorfismo sexual Dimorfismo sexual
No atobá-marrom apenas o macho possui
anel periocular azul. A fêmea é ligeiramente
maior e apresenta uma mancha escura em
frente aos olhos.
É quando fêmeas e machos possuem características físicas distintas.
Elas podem ser diferenças no tamanho, cor da plumagem e vocalização.
A fragata fêmea tem cabeça preta e ventre
branco, enquanto o macho possui o corpo
todo preto apenas com o saco gular
vermelho, que infla no período reprodutivo.
Atobá-marrom macho Atobá-marrom fêmea
Fragata macho Fragata fêmea
Anel periocular azul
12
Ameaças
às aves marinhas
13
Poluição
Poluição
As aves marinhas vivem em ambientes com diversos tipos de
poluição, que diminuem a qualidade de seus locais de
alimentação, repouso e reprodução.
A poluição por resíduos sólidos é visível em diversos ambientes
marinhos, como as praias. Os resíduos sólidos são garrafas,
pneus, copos descartáveis, bitucas de cigarro, embalagens,
latas, entre outros, que são descartados de forma incorreta.
Mais da metade destes resíduos são compostos por plástico.
14
Poluição
Poluição
Os ninhos das aves são construídos com
materiais naturais como plantas, penas, conchas
e gravetos, mas também pelos resíduos sólidos
gerado por nós, que podem emaranhar nos
filhotes e até feri-los.
Por vezes as aves se alimentam do lixo
abandonado na praia e podem morrer pelo
bloqueio do trato digestivo.
Olha como é importante descartar o lixo no lugar
certo, mesmo que seja levando de volta para a sua
casa! Assim, você ajuda as aves e outros animais!
Ninho de atobá-marrom
com lixo coletado pela ave.
15
Os metais pesados são elementos químicos que, dependendo da
concentração, podem ser tóxicos aos seres vivos. Esses metais podem
estar nas presas das aves e aderidos ao plástico. Quando as aves se
alimentam de peixes, ou acidentalmente consomem plásticos, os
metais se acumulam em seus tecidos, como penas, sangue, etc.
Metais pesados
Metais pesados
Bioacumulação: acumulo
de metais no organismo ao
longo da vida.
Biomagnificação: acúmulo
de metais ao longo da
cadeia alimentar.
BIOACUMULAÇÃO
Concentrações de metais
BIOMAGNIFICAÇÃO
16
Metais pesados
Metais pesados
DE ONDE VEM?
CIMENTO
FERTILIZANTES
PÓ DE PNEU
PECUÁRIA
LIXO
ELETRÔNICO
ESCOAMENTO
URBANO
ALGUNS EFEITOS NEGATIVOS
Nas aves:
danos nos intestinos e rins
anemia
mortalidade dos filhotes
Nos humanos:
câncer
enfisema
úlcera
anemia
VULCANISMO
MINERAÇÃO
17
Algumas aves marinhas voltam para se
reproduzirem no mesmo local que nasceram.
A introdução de espécies exóticas invasoras
(ratos, gatos, cães e cabras) no local de
nidificação aumenta o risco de predação e
pisoteamento de ovos e filhotes e degradação
do ambiente.
Isso pode reduzir a população das aves ao
longo dos anos.
Espécies invasoras
Espécies invasoras
Espécie exótica invasora em ilha.
Casal de atobás-marrons com filhote.
18
As aves estão perdendo a área onde vivem, como as
praias, devido à urbanização.
A captura incidental impacta diretamente as aves
marinhas. Estas aves são atraídas por descartes de
pesca ou iscas, e ao tentar ingeri-las ficam presas e
morrem afogadas.
O trânsito de veículos na praia pode causar o
atropelamento de aves, ovos e filhotes. Por isso, é
muito importante preservar os ambientes marinhos,
dos quais as aves dependem para sobreviver!
Perda de habitat e
Perda de habitat e
interação com a pesca
interação com a pesca
Praia dos Cavaleiros Macaé-RJ.
Barco de pesca e atobás-
marrons em volta.
19
O mundo inteiro tem se unido para a conservação da fauna e
flora dos oceanos. Algumas ações são:
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável - ODS 14 que
busca a conservação dos oceanos.
Década dos Oceanos (2021 a 2030), que promove a
conscientização da população global sobre a importância
dos oceanos e ações para a conservação da biodiversidade
marinha.
Iniciativas Globais
Iniciativas Globais
20
Plano de Ação Nacional para Conservação das Aves Marinhas
(PAN): promove a recuperação das populações e busca diminuir as
principais ameaças às aves marinhas e seus habitats.
Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS): é uma lei que prevê a
destinação adequada dos resíduos no ambiente, incentivando o
consumo sustentável com a reciclagem e a reutilização dos
resíduos sólidos.
Projeto Maré Limpa: atua com pesquisas e divulgação sobre a
redução do lixo no oceano, desenvolvendo ações de sensibilização
como visitas a escolas, palestras e mutirões de limpeza de praias.
Iniciativas Nacionais
Iniciativas Nacionais
21
Jogue seu lixo na lixeira
Observe as aves
Ouça o canto das
aves
Leve água e lanches
saudáveis como frutas.
O que fazer em praias e ilhas:
ou guarde até encontrar
uma lixeira.
Evite se aproximar demais de ninhos e
filhotes. NÃO alimente as aves. É proibido fazer churrasco e usar
produtos inflamáveis como fósforo.
Não coloque som alto
nas ilhas.
22
Chegou a parte mais
esperada pra quem
gosta de colorir!
E também conhecer
curiosidades sobre
as aves marinhas do
Arquipélago de
Santana.
Fichas das espécies
23
Este livro apresenta oito espécies de aves marinhas do Arquipélago de
Santana.
Em cada ficha você vai encontrar:
1. Nome popular da espécie;
2. Nome científico (nome usado por pesquisadores que estudam aves);
3. Nome de quem descreveu a espécie pela primeira vez e o ano;
4. Características, distribuição geográfica e reprodução, seguido de fotos;
5. Os símbolos na próxima página indicam: tamanho e envergadura da
espécie, dieta, dimorfismo sexual e se a espécie está ameaçada de
extinção.
6. Ilustrações das aves para colorir, seja criativo e divirta-se!
7. O significado das palavras em negrito estão no glossário do livro.
Legendas das fichas
24
Itens alimentares
Legendas das fichas
Tamanho da
espécie
Envergadura Espécie com
dimorfismo
Espécie sem
dimorfismo
Espécie não
ameaçada
de extinção
Espécie
ameaçada
de extinção
Peixes LulasCrustáceos
Bivalves
Anfíbios
Gastrópodes Insetos Ovos
25
Haematopus palliatus Temminck, 1820
Piru-piru
Piru-piru
44 cm 76 cm
Bivalves, cracas,
gastrópodes e outros
invertebrados
costeiros.
Reprodução: nidifica na areia
da praia e coloca de 2 a 4
ovos. A incubação ocorre entre
25 e 30 dias.
Distribuição: no Brasil, ocorre
ao longo da costa.
Características: plumagem
preta e branca. Bico longo e
vermelho utilizado para abrir
conchas, como um “alicate”.
Adulto com presa no bico
26
Adulto
Piru-piru
H a e m a t o p u s p a l l i a t u s
T e m m i n c k , 1 8 2 0
27
Adulto
Juvenil
Larus dominicanus Lichtenstein, 1823
Gaivotão
Gaivotão
85 cm 155 cm
É generalista, alimenta-se
diversos organismos
Reprodução: nidifica em ilhas
costeiras. Coloca de 2 a 3
ovos. Incubação ocorre entre
de 24 e 30 dias.
Distribuição: no Brasil ocorre
do Espírito Santo até o Rio
Grande do Sul.
Características: o adulto
possui a plumagem preta e
branca. Bico, pernas e pés
amarelos. Juvenil com bico
escuro e plumagem marrom.
28
Adultos
Gaivotão
L a r u s d o m i n i c a n u s
L i c h t e n s t e i n , 1 8 2 3
29
Adulto com plumagem reprodutiva
Sterna hirundinacea Lesson, 1831
Trinta-réis-de-bico-vermelho
Trinta-réis-de-bico-vermelho
41 cm 90 cm
Pequenos peixes
e crustáceos
Reprodução: nidifica em
rochas, incubando de 1 a 3
ovos entre 21 e 23 dias.
Distribuição: no Brasil ocorre
desde o Ceará até o Rio
Grande do Sul.
Características: plumagem
do dorso cinza-claro e
ventre branco. Bico, pernas e
pés vermelhos.
Na plumagem reprodutiva,
o topo da cabeça é preto.
Juvenil
Adulto com plumagem
não reprodutiva.
30
Trinta-réis-de-bico-vermelho
Sterna hirundinacea
Lesson, 1831
31
Thalasseus acuflavidus (Cabot, 1847)
Trinta-réis-de-bando
Trinta-réis-de-bando
34 a 45 cm 84 a 90 cm
Reprodução: nidifica no solo
sem vegetação, incubando de 1
a 2 ovos por cerca de 25 dias.
Montam “creches” com filhotes
de outras espécies de trinta-réis.
Distribuição: no Brasil ocorre
do Espírito Santo até Santa
Catarina.
Características: plumagem do
dorso cinza claro e ventre
branco. Bico amarelo, pernas e
pés pretos. Topo da cabeça
preto durante a reprodução.
Adulto no período
reprodutivo
Adulto com filhote
Pequenos peixes,
lulas e crustáceos
Adulto com plumagem não
reprodutiva
32
Thalasseus maximus (Boddaert, 1783)
Trinta-réis-real
Trinta-réis-real
53 cm 35 cm
Peixes, ovos, insetos e,
eventualmente, filhotes
de outras aves.
Reprodução: incubam de 1 a
2 ovos entre 30 e 35 dias. Os
filhotes recebem cuidados
até 8 meses de vida.
Distribuição: ocorre em toda
a costa do Brasil e desde os
Estados Unidos até a
Argentina.
Características: dorso cinza
claro e ventre branco. Bico
vermelho a laranja. Topo da
cabeça preto durante a
reprodução.
Adulto em fase não reprodutiva
Juvenil
Adulto no período
reprodutivo
34
Spheniscus magellanicus (Forster, 1781)
Pinguim-de-magalhães
Pinguim-de-magalhães
65 a 75 cm 49 cm Peixe, lulas, krill e
outros crustáceos.
Reprodução: nidificam em grandes
colônias na costa da Argentina, Chile
e Ilhas Malvinas. Incubam dois ovos
entre 39 e 42 dias. No inverno, se
deslocam até a costa do Brasil,
perseguindo cardumes de peixes.
Distribuição: oceanos Atlântico e
Pacífico sul.
Características: não voa, as asas
são utilizadas como nadadeiras.
Velocidade de até 40 km/h na água.
Os adultos possuem “colares” de cor
preta.
Adulto
Juvenil
36
Pinguim-de-magalhães
S p h e n i s c u s m a g e l l a n i c u s
( F o r s t er , 17 8 1 )
37
Peixes, ovos e
"rouba" alimentos
de outras aves.
Fêmea e filhote
Juvenil
Fregata magnificens Mathews, 1914
Fragata
Fragata
114 cm 2,4 m
Reprodução: o macho infla o
saco gular para atrair a
fêmea. Incubam um único
ovo entre 40 e 45 dias.
Distribuição: toda costa do
Brasil. Nas Américas Central e
do Sul e da Colômbia ao Peru.
Características: o macho é
preto e com saco gular
vermelho. A fêmea tem
ventre branco, e os juvenis
possuem a cabeça e ventre
brancos.
Macho com saco gular inflado
38
F r e g a t a m a g n i f i c e n s
M a t h e w s , 1 9 1 4
Fragata
39
Atobá-marrom ou atobá-pardo
Atobá-marrom ou atobá-pardo
Juvenil
Fêmea
Sula leucogaster (Boddaert, 1783)
85 cm 155 cm peixes e lulas
Reprodução: nidifica no solo,
incubando de 1 a 2 ovos por
cerca de 42 a 45 dias.
Raramente a espécie cria
mais de um filhote.
Distribuição: ocorre em todo
o Hemisfério Sul. No Brasil
ocorre desde a costa do
nordeste até o sul.
Características: o juvenil é
todo marrom com o bico
escuro. O macho possui
contorno dos olhos azul e a
fêmea uma mancha preta na
frente do olho.
Casal com filhote
40
S u l a l e u c o g a s t e r
( B o d d a er t , 1 7 8 3)
Atobá-marrom
41
Quais aves você já viu?
Solte a criatividade e as desenhe!
42
Ajude o atobá-marrom a encontrar o seu ninho!
43
Será que você aprendeu o nome popular de todas as espécies de aves
marinhas do Arquipélago de Santana? Encontre-as no caça-palavras!
44
12
3
4
567 8 9 10 1112 13 1415 16 17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31 32 33 34
3536
37
38
39
40
41 42
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
61
62
63
64
65 66 68 69
70
71
72
73
74 75
76 77
78
79
80
81 82
83 84
85 86 87
88
89
90
91 92
93
95
96
97 98 99
100
101
102 103
104
105
106 107 108
109
110 111 112
113 114 115 116
117
118
119
121
120 122
Ligue os pontos!
45
Ameaçada de extinção: espécie classificada
como vulnerável, em perigo ou criticamente
em perigo, de acordo com os critérios da
União Internacional para a Conservação da
Natureza (IUCN).
Anel periocular: contorno, em geral colorido,
ao redor dos olhos das aves.
Área de Proteção Ambiental: categoria de
unidade de conservação de uso sustentável
prevista no Sistema Nacional de Unidades de
Conservação (SNUC).
Arquipélago: conjunto de ilhas e ilhotas.
Bivalves: animais invertebrados, filtradores,
com corpo formado por uma concha de duas
partes chamadas de valvas. Exemplo:
mexilhão.
Crustáceos: animais invertebrados com
carapaça (revestimento por fora do corpo),
como camarões, siris, cracas e caranguejos
Glossário
Captura incidental: é qualquer captura
realizada por atividades de pesca das quais
as espécies capturadas não são alvos da
pesca, como as aves marinhas.
Década dos Oceanos: declarada pela ONU
visando apoiar os países para fortalecer a
gestão dos oceanos e zonas costeiras em
benefício da humanidade.
Envergadura: distância entre as pontas das
asas abertas de uma ave, de ponta a ponta.
Espécies exóticas invasoras: são espécies
que estão fora da sua área de distribuição
natural e que ameaçam hábitats, serviços
ecossistêmicos, e a diversidade biológica,
causando impactos em ambientes naturais.
Elas competem com espécies silvestres por
espaço e alimentação. Além disso, podem
transmitir doenças a fauna e flora nativa e
doméstica, bem como causar prejuízos em
lavouras, provocar erosão e destruição de
nascentes e da vegetação nativa e predar ou
ferir animais nativos.
46
Generalistas: são espécies com variados
hábitos alimentares e habitats, e por isso tem
maior potencial de dispersão.
Habitat: é o lugar onde um organismo vive e
se desenvolve, representado pelo conjunto de
fatores bióticos e abióticos.
Incubação: aquecimento dos ovos pelas aves
durante o desenvolvimento do embrião dentro
do ovo até a eclosão.
Invertebrados: animais sem coluna vertebral
ou esqueleto interno. Inclui corais, esponjas,
minhocas, aranhas, mosquitos, formigas.
Membrana interdigital: membrana fina que
une os dedos, facilitando a natação de aves
aquáticas.
Metais pesados: grupo de elementos químicos
com pesos atômicos entre 63,546 e 207,2 g
mol -1 e densidade superiores a 4 g cm-3
como chumbo, cobre e cádmio.
Glossário
Migratória: espécie que se desloca de forma
cíclica e regular entre os locais de reprodução
e de descanso reprodutivo (ou invernagem).
Moluscos: grupo de animais invertebrados
que inclui mexilhões, berbigões, caramujos,
polvos e lulas.
Nidificação: construção e manutenção dos
ninhos para abrigar os ovos e filhotes, durante
a reprodução.
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
(ODS): são ao todo 17 metas globais,
estabelecidas pela Assembleia Geral das
Nações Unidas (ONU).
47
Glossário
Plumagem reprodutiva: ocorre apenas durante o período reprodutivo, normalmente os
machos “trocam” as penas para atrair as fêmeas.
Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS): um conjunto de diretrizes e instrumentos
estabelecidos pelo governo brasileiro para regular a gestão e o manejo adequado dos
resíduos sólidos no país. Ela foi instituída pela Lei nº 12.305/2010.
Saco gular: estrutura em forma de bolsa, presente na garganta de algumas espécies de aves
marinhas, servindo para armazenar peixes para levar aos filhotes e para atração sexual na
reprodução.
Unidade de conservação: denominação dada pelo Sistema Nacional de Unidades de
Conservação da Natureza (SNUC) (Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000) às áreas naturais que
podem ser protegidas, definidas e gerenciadas por autoridades governamentais com o
objetivo principal de preservar e proteger a biodiversidade, os ecossistemas naturais, os
recursos hídricos, culturais e paisagísticos, bem como fornecer oportunidades para pesquisa
científica, educação ambiental e recreação em contato com a natureza.
Uropígio: é uma glândula localizada na base da cauda. Essa glândula produz uma secreção
oleosa que as aves espalham sobre suas penas enquanto se limpam com o bico, para
manutenção e impermeabilização das penas, bem como proteção contra parasitas.
48
ALVES, Vania Soares. Aves do arquipélago de Santana e litoral continental adjacente
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CONSERVAÇÃO. Oecologia Australis, 2023. https://DOI10.4257/oeco.2023.2703.01
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Bibliografia
51
Quem somos?
Bióloga, ornitóloga e professora
na Universidade Federal do Rio
de Janeiro (UFRJ).
Liz Nunes da Costa
Bióloga e mestranda do Programa
de Pós-Graduação em Ciências
Ambientais e Conservação (UFRJ).
Escrevemos esse livro com muito carinho para que você
conheça e valorize o nosso arquipélago e as aves marinhas
que vivem por lá.
Patricia Luciano Mancini
52
Ajude o atobá-marrom a encontrar o seu ninho!
GabaritoGabarito
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Será que você aprendeu o nome popular de todas as espécies de aves
marinhas do Arquipélago de Santana? Encontre-as no caça palavras!
54
GabaritoGabarito
Ligue os pontos!
GabaritoGabarito
55
Realização:
Apoio:
Este trabalho foi elaborado com recursos do Termo de Compromisso de Ajustamento de
Conduta celebrado entre o Ministério Público Federal do Rio de Janeiro e a Petrobras, com
a internivência do FUNBIO, no âmbito do Inquérito Civil ne. 1.30.001.000486/2019-08.