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Avaliação dos níveis de Vitamina D na coorte de pacientes com Doença de Chagas crônica, acompanhados no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas - Fiocruz

Authors:

Abstract

A doença de Chagas (DC) ainda representa nos dias de hoje um grave problema de saúde pública, tanto em países endêmicos como não endêmicos. Estima-se entre 1.5 e 3 milhões de portadores da doença no Brasil, sendo a maioria idosa. Em função desta característica, os cuidados a serem implementados nessa população devem visar as complicações inerentes ao envelhecimento. Associada à comorbidades frequentes, tais como hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus e dislipidemia, temos a deficiência de vitamina D, que se constitue a causa mais comum de raquitismo e osteomalacia, podendo agravar a osteoporose e levar à dor musculoesquelética crônica, fraqueza muscular e um risco aumentado de queda. Neste sentido, o objetivo deste estudo é avaliar os níveis séricos de vitamina D na coorte de pacientes com DC, acompanhados no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI). Para tal, serão dosados os níveis séricos de vitamina D nos pacientes em acompanhamento no ambulatório de DC do INI. Espera-se identificar indivíduos com hipovitaminose D e fazer a reposição desta vitamina para regularizar os níveis séricos, interferindo positivamente no prognóstico geral da doença e na qualidade de vida destes pacientes.
Av. Brasil, 4365 Manguinhos, Rio de Janeiro RJ, Brasil - CEP 21040-360
E-mail: ini@ini.fiocruz.br http://www.ini.fiocruz.br Tel: (21) 3865-9595
Avaliação dos níveis de Vitamina D na coorte de pacientes
com Doença de Chagas crônica, acompanhados no Instituto
Nacional de Infectologia Evandro Chagas - Fiocruz
Alejandro Marcel Hasslocher-Moreno
Rio de Janeiro, janeiro de 2022
1
Sumário
1. Resumo ...................................................................................................................... 2
2. Introdução .................................................................................................................. 2
3. Justificativa ................................................................................................................ 3
4. Objetivos .................................................................................................................... 4
5. Método ....................................................................................................................... 4
6. Desenho do Estudo ..................................................................................................... 4
7. Plano de Análise ......................................................................................................... 4
8. Cooperação Internacional ........................................................................................... 5
9. Armazenamento de Amostras Biológicas ................................................................ 5
10. Propriedade Intelectual ............................................................................................. 5
11. Resultados Esperados ............................................................................................... 5
12. Aspectos Éticos ......................................................................................................... 5
13. Orçamento ................................................................................................................. 5
14. Cronograma ............................................................................................................... 6
15. Equipe ........................................................................................................................ 7
16. Bibliografia ................................................................................................................ 8
17. Anexo ........................................................................................................................10
2
1.
Resumo
A doença de Chagas (DC) ainda representa nos dias de hoje um grave problema
de saúde pública, tanto em países endêmicos como não endêmicos. Estima-se entre 1.5 e
3 milhões de portadores da doença no Brasil, sendo a maioria idosa. Em função desta
característica, os cuidados a serem implementados nessa população devem visar as
complicações inerentes ao envelhecimento. Associada à comorbidades frequentes, tais
como hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus e dislipidemia, temos a deficiência
de vitamina D, que se constitue a causa mais comum de raquitismo e osteomalacia,
podendo agravar a osteoporose e levar à dor musculoesquelética crônica, fraqueza
muscular e um risco aumentado de queda. Neste sentido, o objetivo deste estudo é
avaliar os níveis séricos de vitamina D na coorte de pacientes com DC, acompanhados
no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI). Para tal, serão dosados os
níveis séricos de vitamina D nos pacientes em acompanhamento no ambulatório de DC
do INI. Espera-se identificar indivíduos com hipovitaminose D e fazer a reposição desta
vitamina para regularizar os níveis séricos, interferindo positivamente no prognóstico
geral da doença e na qualidade de vida destes pacientes.
Palavras-chave: Doença de Chagas; vitamina D; hipovitaminose; qualidade de vida
2.
Introdução:
A doença de Chagas (DC) é considerada pela Organização Mundial da Saúde uma
doença tropical negligenciada, com estimativa de 8 milhões de pessoas infectadas no
mundo1. No Brasil, estima-se entre 1.5 e 3 milhões de portadores da doença2. Em função
do processo de globalização, os casos não se restringem mais à América Latina,
constituindo novo desafio no enfrentamento desta doença3. Programas de controle de
transmissão vetorial e transfusional da DC, desenvolvidos na década de 1980,
resultaram em diminuição significativa da transmissão. Entretanto, os desafios para a
vigilância permanecem, em consequência dos novos surtos de transmissão oral em
países endêmicos4 e da possibilidade de transmissão vertical mesmo em áreas não-
endêmicas5. O processo de urbanização sofrido pela doença ampliou o acesso aos
serviços de saúde, modificando seu perfil epidemiológico, o que se evidencia pelo
aumento da faixa etária das pessoas acometidas6. Ações integradas de vigilância e
assistência estão hoje direcionadas para o grande contingente de pacientes infectados
por Trypanosoma cruzi7, parcela significativa dos quais poderão desenvolver a
cardiopatia chagásica crônica, maior determinante de morbidade e mortalidade8.
Sob o ponto de vista clínico, a doença apresenta uma fase aguda e outra crônica.
A fase aguda se expressa próxima ao momento da contaminação enquanto a fase crônica
ocorre após a regressão da fase aguda e se constitui em três formas clínicas bem definidas:
a forma indeterminada; a forma cardíaca: e a forma digestiva, podendo ocorrer
simultaneamente o acometimento cardíaco e digestivo, configurando a forma mista2.
O laboratório de Pesquisa Clínica em Doença de Chagas (Lapclin-Chagas), do
Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI) da Fundação Oswaldo Cruz
(Fiocruz) no Rio de Janeiro, desde 1986 é um centro de referência para DC, recebendo
pacientes para esclarecimento diagnóstico de bancos de sangue, da atenção primária,
secundária e terciária do SUS, de serviços de saúde privados, assim como atendendo
demanda espontânea com suspeita de DC9. Uma vez confirmado o diagnóstico de DC, o
paciente é convidado a ser acompanhando no Lapclin-Chagas, em um modelo de
3
atenção integral à saúde10,11. O número total de pacientes com DC em acompanhamento
regular no INI em 2021 foi de 853 (52,2% mulheres), com média de idade de 64.8 anos.
A apresentação clínica mais comum foi a forma cardíaca (45%), seguida da forma
indeterminada (38.5%), da forma mista (10.5%) e da forma digestiva (6%). Além disso,
Estudos prévios realizados com a coorte de DC do INI identificaram um contingente
significativo de pacientes com comorbidades6,12,13.
A deficiência de vitamina D é um grande problema de saúde em todas as faixas
etárias. Estima-se que 1 bilhão de pessoas em todo o mundo tem deficiência de vitamina
D ou insuficiência, mesmo em áreas que recebem luz solar suficiente, incluindo o
Brasil14. Esta pandemia de deficiência e insuficiência de vitamina D é atribuída a um
moderno estilo de vida e a fatores ambientais que restringem a exposição à luz solar,
que é essencial para a síntese de vitamina D na pele15. A deficiência de vitamina D é a
causa mais comum de raquitismo e osteomalacia e pode agravar a osteoporose. Também
está associado à dor musculoesquelética crônica, fraqueza muscular e maior risco de
queda15, além de diabetes mellitus16. A vitamina D se insere no grupo das vitaminas
lipossolúveis sendo considerada determinante para o funcionamento ideal de muitos
órgãos e tecidos, possuindo relevante papel para a saúde dos ossos e efeitos expressivos
no cérebro, próstata, mama, cólon, coração, células do sistema imunitário, pâncreas e
sistema vascular17.
Muitos idosos têm necessidades nutricionais especiais porque o envelhecimento
afeta a absorção, o uso e a excreção de nutrientes, em função da menor capacidade de
produção cutânea da vitamina, de alimentação inadequada e menor absorção de
vitamina D pelo trato gastrintestinal18. As ingestões diárias recomendadas (DRI, dietary
reference intakes) separam o grupo de pessoas com 50 anos ou mais em dois grupos,
com idades entre 50-70 anos e com 71 anos e mais velhos19.
Vários estudos observacionais demonstraram a associação entre níveis séricos
plenos de vitamina D e diminuição de mortalidade e risco de desenvolvimento de
diversos tipos de doenças crônicas17. Portanto, é fundamental que indivíduos com
deficiência de vitamina D sejam tratados com reposição de vitamina D2 ou
suplementação de vitamina D3. O rastreamento da deficiência de vitamina D sérica é
recomendado em indivíduos em risco, como pacientes com doenças que afetam o
metabolismo e a absorção da vitamina D, osteoporose, e idosos com histórico de quedas
ou fratura não traumática15.
Os poucos trabalhos que relacionaram vitamina D e DC não fizeram abordagem
clínica20,21. Até o presente momento não estudos que avaliaram niveis séricos de
vitamina D em população chagásica e seu impacto clínico. O presente estudo tem como
objetivo fazer esta avaliação.
3.
Justificativa:
A população geriátrica é mais suscetível à hipovitaminose D. A população
portadora de DC crônica é predominantemente idosa. Diante da alta prevalência de
deficiência desta vitamina em idosos, faz-se necessária uma abordagem clínica para
oferecer tratamento adequado aqueles portadores de DC com hipovitaminose D,
melhorando o prognóstico da DC e a qualidade de vida destes pacientes.
4
Objetivo geral:
Avaliar os níveis séricos de vitamina D na coorte de pacientes com doença de
Chagas crônica, acompanhados no INI - Fiocruz.
Objetivos secundários:
Identificar a prevalência e o grau de deficiência de vitamina D na coorte de DC.
Identificar fatores sócio-demográficos associados a hipovitaminose D.
Correlacionar os níveis séricos de vitamina D às formas clínicas da DC.
Correlacionar os níveis séricos de vitamina D com morbidade e mortalidade.
Correlacionar os níveis séricos de vitamina D às comorbidades presentes.
5. Método:
Para o presente estudo serão incluídos todos pacientes portadores de DC em
acompanhamento regular no ambulatório do INI-Fiocruz. Serão excluídos os pacientes
que não assinarem o TCLE.
6. Desenho do Estudo
O presente trabalho consiste em um estudo transversal para mensurar niveis séricos
de vitamina D em indivíduos infectados pelo Trypanosoma cruzi. A população do estudo
será composta de pacientes com diagnóstico de doença de Chagas, confirmado através de
sorologia positiva por pelo menos dois métodos diferentes (ELISA, imunofluorescência
indireta ou quimioluminescência), de ambos os sexos, com idade maior que 18 anos,
acompanhados regularmente no ambulatório do Lapclin-Chagas do INI/Fiocruz.
Os indivíduos serão recrutados no momento de sua consulta médica regular,
previamente agendada, quando então serão convidados a participar do projeto de pesquisa.
A coleta de sangue acontecerá no mesmo dia da consulta, junto com eventuais outros
exames laboratoriais de rotina e monitoramento clínico.
Caso o paciente concorde em participar do estudo, será obtido a assinatura do
termo de consentimento livre e esclarecido (anexo).
7. Plano de Análise
Será elaborado um banco de dados com as informações de todos os pacientes,
utilizando planilha de dados Excel. A análise estatística será realizada utilizando
software estatístico Stata ou qualquer outro que melhor se ajuste aos objetivos da
análise. A análise exploratória dos dados consistirá no cálculo das médias, desvios-
padrão e frequência das variáveis de interesse. As variáveis contínuas serão testadas
quanto a natureza das suas distribuições pelo teste de Kolmogorov-Smirnov e quanto a
homogeneidade das variâncias pelo teste de Levene e quando não apresentarem
distribuição normal, procedimentos adequados serão utilizados para as análises
estatísticas. Em caso de distribuição normal, as diferenças das médias entre grupos serão
testadas utilizando teste t de Student. As diferenças de frequências serão testadas pelo
qui-quadrado. A associação entre as variáveis investigadas será determinada por meio
de modelos de regressão multivariada e através de testes de correlação. O nível de
significância estatística adotado para todos os testes será de p<0,05.
5
8. Cooperação Internacional
NSA.
9. Armazenamento de Amostras Biológicas
NSA.
10. Propriedade Intelectual
NSA.
11. Resultados Esperados:
Espera-se que através deste estudo seja possível conhecer a dinâmica clínica da
associação DC crônica/hipovitaminose D, identificando os possíveis desfechos
mórbidos que impactam no processo saúde-doença, a fim de dar embasamento aos
gestores e profissionais de saúde para poder intervir de maneira eficaz na atenção e
cuidados desta associação clínica (DC crônica/hipovitaminose D), bem como na
abordagem terapêutica mais adequada, impactando positivamente no prognóstico desta
doença. Além disso, o conhecimento adquirido gerará benefícios a pesquisadores e ao
meio científico, visto que os resultados serão divulgados em eventos científicos e
publicações em revistas indexadas/científicas.
12. Aspectos Éticos
Trata-se de um estudo prospectivo e observacional. Não serão testadas
intervenções diagnósticas ou terapêuticas novas e o risco potencial é inerente ao
processo de flebotomia. O material de pesquisa, além da mensuração dos níveis séricos
de vitamina D, será o próprio prontuário do paciente, coletando-se os dados pertinentes e
analisando os eventos clínicos registrados. Todos estes dados serão utilizados
exclusivamente para a pesquisa. Somente os pesquisadores do Lapclin- Chagas do INI,
terão acesso a estas informações, sendo garantido sigilo absoluto sobre os dados. Sempre
que os resultados do estudo forem apresentados, não haverá nenhuma menção ao nome
ou registro de qualquer paciente participante do estudo.
13. Orçamento
O custo referente a aquisição dos kits utilizados na dosagem de vitamina D serão
solicitados em editais de pesquisa de instituições de fomento. Os recursos necessários
restantes fazem parte do orçamento anual do Lapclin-Chagas/INI, responsável pela
assistência clínica destes pacientes. Os profissionais envolvidos pertencem ao quadro da
instituição e não receberão nenhuma remuneração extra para esta atividade.
6
14. Cronograma
Duração de 18 meses. Atividades: Recrutamento dos pacientes; Coleta da amostra
de sangue e processamento laboratorial; Levantamento de prontuários; Elaboração do
banco de dados; Análise estatística dos dados; Configuração do manuscrito; Submissão
para publicação.
ATIVIDADE
MESES
1
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
Atualização
bibliográfica
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x
x
x
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x
x
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x
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x
x
x
Recrutamento dos
pacientes e coleta da
amostra
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x
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x
Levantamento de
prontuários
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x
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x
x
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Elaboração do banco
de dados
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x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
Análise estatística
dos dados
x
x
x
Configuração do
manuscrito e
submissão para
publicação.
x
x
x
x
7
15. Equipe
Dr. Alejandro Marcel Hasslocher Moreno Médico Infectologista, Mestre em Medicina
Tropical, Doutor em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas - Delineamento do estudo, análise
e discussão dos resultados e revisão crítica do manuscrito. Lapclin - INI/Fiocruz. CV Lattes:
http://lattes.cnpq.br/3808469339011845
Dra. Andréa Silvestre de Sousa dica Cardiologista, Mestre e Doutora em Cardiologia.
Discussão dos resultados e revisão crítica do manuscrito. Lapclin - INI/Fiocruz.
CV Lattes: http://lattes.cnpq.br/0990926729685349
Dra. Andréa Rodrigues da Costa Médica Cardiologista, Mestre e Doutora em Cardiologia.
Discussão dos resultados e revisão crítica do manuscrito. Lapclin - INI/Fiocruz.
CV Lattes: http://lattes.cnpq.br/9236736983416038
Dra. Fernanda de Souza Nogueira Sardinha Mendes - Médica Cardiologista, Mestre e Doutora
em Cardiologia. Discussão dos resultados e revisão crítica do manuscrito. Lapclin - INI/Fiocruz.
CV Lattes: http://lattes.cnpq.br/3676749923401621
Dr. Henrique Horta Veloso - Médico cardiologista, Doutor em Cardiologia. Discussão dos
resultados e revisão crítica do manuscrito. Lapclin - INI/Fiocruz.
CV Lattes: http://lattes.cnpq.br/5397263275694536
Dr. Luiz Henrique Conde Sangenis - Médico Infectologista, Mestre em Doenças Infecciosas e
Parasitárias, Doutor em Medicina Tropical - Discussão dos resultados e revisão crítica do
manuscrito. Lapclin - INI/Fiocruz.
CV Lattes: http://lattes.cnpq.br/0748401434550803
Dr. Marcelo Teixeira de Holanda Médico cardiologista, Mestre e Doutor em Cardiologia.
Discussão dos resultados e revisão crítica do manuscrito. Lapclin - INI/Fiocruz.
CV Lattes: http://lattes.cnpq.br/4389603169207642
Dr. Mauro Felippe Felix Mediano - Educador Físico e Fisioterapeuta, Mestre em Nutrição,
Doutor em Pesquisa Clínica e Experimental - Análise dos dados, discussão dos resultados e
revisão crítica do manuscrito. Lapclin - INI/Fiocruz.
CV Lattes: http://lattes.cnpq.br/6999131332160074
Dra. Paula Simplício da Silva Nutricionista, Mestre em Nutrição e Doutora em Pesquisa
Clínica em Doenças Infecciosas. Discussão dos resultados e revisão crítica do manuscrito.
Lapclin - INI/Fiocruz.
CV Lattes: http://lattes.cnpq.br/2951771907018441
Dr. Roberto Magalhães Saraiva Médico cardiologista, Mestre e Doutor em Cardiologia.
Discussão dos resultados e revisão crítica do manuscrito. Lapclin - INI/Fiocruz.
CV Lattes: http://lattes.cnpq.br/3857667403634648
Dr. Sérgio Salles Xavier Médico cardiologista, Mestre e Doutor em Cardiologia. Discussão dos
resultados e revisão crítica do manuscrito. Lapclin - INI/Fiocruz.
CV Lattes: http://lattes.cnpq.br/3726049152268120
8
16. Bibliografia
1. Pan American Health Organization. PAHO New guide for diagnosis and treatment of
Chagas disease. Disponível em:
https://www.paho.org/hq/index.php?option=com_content&view=article&id=14906:pa
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disease&ltemid=135&lang=pt
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http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0074-
02762018000500306&lng=en&tlng=en
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Epalza C, Santos M del M, et al. Congenital transmission of Chagas disease in a non-
endemic area, is an early diagnosis possible? PLoS ONE. 2019;14(7):17.
6. Vizzoni AG, Varela MC, Sangenis LHC, Hasslocher-Moreno AM, do Brasil PEAA do
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7. Martins-Melo FR, Ramos AN, Alencar CH, Heukelbach J. Prevalence of Chagas
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Chagas Cardiomyopathy: An Update of Current Clinical Knowledge and
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Circulation;138(12). Disponível em:
https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/CIR.0000000000000599
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10. Hasslocher-Moreno AM. Estruturação de Serviço de Atenção Integral aos pacientes
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15. Charoenngam N, Shirvani A, Holick MF. Vitamin D for skeletal and non-skeletal
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Vitamin D and diabetes mellitus: an update 2013. Arq Bras Endocrinol Metab.
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17. Fraga ASF, Schuch NJ, da Silva MC. Vitamina D na geriatria: Por que suplementar?
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18. Saraiva GL, Cendoroglo MS, Ramos LR, Araújo LMQ, Vieira JGH, Maeda SS, et al.
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21. Castilhos MP de, Huguenin GVB, Rodrigues PRM, Nascimento EM do, Pereira B de
B, Pedrosa RC. Diet Quality of patients with chronic Chagas disease in a tertiary
hospital: a case-control study. Rev Soc Bras Med Trop. 2017 Dec;50(6):795804.
INSTITUTO NACIONAL DE
INFECTOLOGIA EVANDRO
CHAGAS - INI / FIOCRUZ
PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP
Pesquisador:
Título da Pesquisa:
Instituição Proponente:
Versão:
CAAE:
Avaliação dos níveis de Vitamina D em pacientes com doença de Chagas crônica.
Alejandro Marcel Hasslocher Moreno
INSTITUTO NACIONAL DE INFECTOLOGIA EVANDRO CHAGAS - INI/FIOCRUZ
1
57146922.0.0000.5262
Área Temática:
DADOS DO PROJETO DE PESQUISA
Número do Parecer: 5.355.214
DADOS DO PARECER
Avaliação dos níveis de Vitamina D na coorte de pacientes com Doença de Chagas crônica,
acompanhados no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas - Fiocruz. O presente trabalho consiste
em um estudo transversal. A população do estudo será composta de pacientes (homens e mulheres entre
18 e 59 anos) com diagnóstico confirmado de doença de chagas (sorologia positiva por pelo menos dois
métodos diferentes), acompanhados regularmente no ambulatório do Lapclin-Chagas do INI/Fiocruz.
Pacientes com mais de 60
anos, vinculados ao projeto de pesquisa em andamento no Lapclin-Chagas intitulado “Avaliação da
População Idosa com Doença de Chagas em uma Coorte Urbana: apresentação, comorbidades e
prognóstico”, também serão incluídos no estudo. Serão excluídos os pacientes que já estiverem
suplementando a vitamina D em qualquer dosagem.Os níveis séricos de vitamina D serão dosados no
Serviço de Análises Clínicas do INI/Fiocruz, utilizando testes da marca Dimension® EXL™ integrated
chemistry system LOCI® Module Flex® reagent cartridge - Vitamin D 25-OH. A classificação das formas
clínicas da DC e, especificamente, o estadiamento da cardiopatia se dará utilizando como referência o
Consenso Brasileiro em doença de Chagas (DIAS et al., 2016). Uma avaliação da qualidade de vida (QV)
será realizada usando a versão brasileira mais curta do questionário original de qualidade de vida da OMS
(THE WHOQOL GROUP, 1998), um instrumento genérico composto por um questionário de 26 itens, dos
quais dois itens dizem respeito à QV geral (domínio geral) e 24 abrangem quatro domínios relacionados à
QV (físico, psicológico,
Apresentação do Projeto:
Financiamento Próprio
Patrocinador Principal:
21.040-900
(21)3865-9585 E-mail: cep@ini.fiocruz.br
Endereço:
Bairro: CEP:
Telefone:
Avenida Brasil 4365, sala 102 do andar térreo do Pavilhão José Rodrigues da Silva
Manguinhos
UF: Município:
RJ RIO DE JANEIRO
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INSTITUTO NACIONAL DE
INFECTOLOGIA EVANDRO
CHAGAS - INI / FIOCRUZ
Continuação do Parecer: 5.355.214
relações sociais e meio ambiente). A avaliação antropométrica e da composição corporal consistirá na
determinação dos parâmetros - peso corporal atual e habitual, estatura, IMC , perimetro da cintura
,perimentro da panturrilha e bioimperdância e elétrica utilizando o aparelho da marca Biodynamics 450
analyzer. A avaliação do consumo alimentar será realizada pelo instrumento recordatório alimentar de 24
horas. O método Automated Multiple Pass Method será utilizado para aplicação do R24h que será aplicado
em 2 dias úteis não consecutivos, com intervalo médio de 30 dias. O primeiro recordatório será aplicado
presencialmente no dia da visita. O recordatório subsequente será realizado por telefone em dias não
consecutivos, permitindo assim ajustar variabilidade da dieta. O nível de atividade física será determinado
pela aplicação do questionário IPAQ (International Physical Activity Questionnaire), versão curta,
previamente adaptado e validado para uso na população brasileira. As horas de sono serão determinadas
através de pergunta direta. Inicialmente, serão recrutados todos os pacientes da coorte em seguimento
regular, no momento de sua consulta médica previamente agendada,quando então serão convidados a
participar do projeto de pesquisa. A coleta de sangue acontecerá no mesmo dia da consulta, junto com
eventuais outros exames laboratoriais de rotina e monitoramento clínico. As avaliações de qualidade de
vida, nutricional, dos níveis de atividade física e de
horas de sono serão agendadas conforme a disponibilidade do paciente. O resultado final será entregue ao
paciente pelo médico assistente, em consulta regular de seguimento. Caso o paciente concorde em
participar do estudo, será obtido um termo de consentimento livre e esclarecido, de acordo com as boas
práticas clínicas.
A hipótese é que a deficiência de vitamina D é muito prevalente em portadores de doença de Chagas.
Objetivo Primário:
Avaliar os níveis séricos de vitamina D na coorte de pacientes com doença de Chagas crônica,
acompanhados no INI/Fiocruz.
Objetivos Secundários:
• Identificar a prevalência e o grau de deficiência de vitamina D na coorte de DC;
• Identificar fatores sócio-demográficos associados a hipovitaminose D;
Objetivo da Pesquisa:
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(21)3865-9585 E-mail: cep@ini.fiocruz.br
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• Correlacionar os níveis séricos de vitamina D com formas clínicas da DC;
• Correlacionar os níveis séricos de vitamina D com comorbidades;
• Correlacionar os níveis séricos de vitamina D com qualidade de vida;
• Correlacionar os níveis séricos de vitamina D com padrão nutricional;
• Correlacionar os níveis séricos de vitamina D com níveis de atividade física e horas de sono.
O risco potencial é inerente ao processo de flebotomia, a possível desenvolvimento de hipervitaminose D e
a confidencialidade dos dados. Espera-se que através deste estudo seja possível conhecer a dinâmica
clínica da associação DC crônica/hipovitaminose D que interfere negativamente no processo saúde-doença,
a fim de dar embasamento aos gestores e profissionais de saúde para poder intervir de maneira eficaz na
atenção e cuidados desta associação clínica (DC crônica/hipovitaminose D), bem como na abordagem
terapêutica mais adequada, melhorando a qualidade de vida e impactando positivamente no prognóstico
desta doença.
Avaliação dos Riscos e Benefícios:
O número total proposta para inclusão no estudo é de 850 participantes. Caso a hipótese do estudo se
confirme após o encerramento do estudo pelo ambulatório do Lapclin-Chagas, duas ações serão tomadas:
1) incluir na rotina clínica assistencial a dosagem sérica de vitamina D; 2) padronizar no Serviço de
Farmácia a dispensação de cápsulas de vitamina D para os pacientes.
Vide tópico "Conclusões ou Pendências e Lista de Inadequações".
Comentários e Considerações sobre a Pesquisa:
Na folha de rosta consta patrocinador "não se aplica", e deveria ser o INI. O estudo será conduzido no INI
como único centro e envolve a equipe do LAPCLIN-Chagas em parceria com o serviço de nutrição. No
Cronograma está previsto para ter inicio em 01/10/2022. O Orçamento está composto apenas de custeio
dos kits de vitamina D totalizando R$15.600,00 (quinze mil e seiscentos Reais). Não haverá armazenamento
de amostras em banco ou repositório. O TCLE foi apresentado mas está incompleto, pois não trata dos
demais procedimentos definidos no projeto como questionários, avaliação nutricional, telefonema para o
recordatório alimentar, etc. O TCLE é o instrumento que mostra ao participante tudo o que se pretende
realizar no estudo. As páginas
Considerações sobre os Termos de apresentação obrigatória:
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do TCLE precisam ser numeradas. O voluntário precisa saber como e quando receberá seus resultados e o
que será feito caso seja identificada hipovitaminose D. Apesar das visitas estarem planejadas para ocorrer
dentro da agenda de consultas da rotina, é preciso constar que não haverá custos ao participante e se
haverá reembolso de despesas. Além disso é necessário constar o direito do participante a indenização se
for o caso. É preciso esclarecer o que será feito nos casos de diagnóstico de hipovitaminose D enquanto o
INI não incorpora a distribuição deste suplemento. No campo sobre a desistência do participante é
necessário incluir que a mesma, se ocorrer, não acarretará em nenhuma punição ou perda de beneficio ao
participante. Além do contato do participante faz-se necessário incluir o contato do CEP para eventuais
dúvidas ou esclarecimentos.
Vide tópico "Conclusões ou Pendências e Lista de Inadequações".
Vide tópico "Conclusões ou Pendências e Lista de Inadequações".
Recomendações:
As seguintes pendências devem ser resolvidas:
1) A folha de rosto precisa ser corrigida para constar o INI como patrocinador od projeto;
2) Entre os riscos, esclarecer o motivo de risco de desenvolvimento de hipervitaminose D, uma vez que não
está proposta a reposição do suplemento;
Correções no TCLE:
3) Incluir informações sobre todos os demais procedimentos definidos no projeto como questionários,
avaliação nutricional, telefonema para o recordatório alimentar, quanto tempo levará para que os
procedimentos sejam realizados etc. O TCLE é o instrumento que mostra ao participante tudo o que se
pretende realizar no estudo, e de que forma para que possa decidir sobre a conveniência de sua
participação;
4) As páginas do TCLE precisam ser numeradas;
Conclusões ou Pendências e Lista de Inadequações:
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5) O voluntário precisa saber como e quando receberá seus resultados e o que será feito caso seja
identificada hipovitaminose D, i.e, é preciso esclarecer o que será feito nos casos de diagnóstico de
hipovitaminose D enquanto o INI não incorpora a distribuição deste suplemento;
6) Apesar das visitas do estudo estarem planejadas para ocorrer dentro da agenda de consultas da rotina, é
preciso constar informação de que não haverá custos ao participante e esclarecer se haverá reembolso de
despesas nos casos em que ele precise retornar especificamente para o estudo, ou se isso não está
previsto ou não irá ocorrer;
7) É necessário constar no TCLE o direito do participante a indenização por danos relacionados à pesquisa;
8) No campo sobre a desistência do participante é necessário incluir que a mesma, se ocorrer, não
acarretará em nenhuma punição ou perda de beneficio ao participante;
9) Além do contato do participante faz-se necessário incluir o contato do CEP para eventuais dúvidas ou
esclarecimentos.
Este parecer foi elaborado baseado nos documentos abaixo relacionados:
Tipo Documento Arquivo Postagem Autor Situação
Informações Básicas
do Projeto PB_INFORMAÇÕES_BÁSICAS_DO_P
ROJETO_1909090.pdf 24/03/2022
17:44:45 Aceito
TCLE / Termos de
Assentimento /
Justificativa de
Ausência
TCLE.pdf 24/03/2022
17:43:56 Alejandro Marcel
Hasslocher Moreno Aceito
Projeto Detalhado /
Brochura
Investigador
ProjetoDetalhado.pdf 24/03/2022
17:43:45 Alejandro Marcel
Hasslocher Moreno Aceito
Folha de Rosto folhaDeRosto.PDF 24/03/2022
17:39:10 Alejandro Marcel
Hasslocher Moreno Aceito
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Continuação do Parecer: 5.355.214
RIO DE JANEIRO, 18 de Abril de 2022
Mauro Brandão Carneiro
(Coordenador(a))
Assinado por:
Situação do Parecer:
Pendente
Necessita Apreciação da CONEP:
Não
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(21)3865-9585 E-mail: cep@ini.fiocruz.br
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Article
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The increase in life expectancy and the migration of individuals with Chagas disease (ChD) from rural to urban centers exposes them to the development of chronic-degenerative abnormalities that may increase the prevalence of metabolic syndrome (MetS). The present study aimed to identify the prevalence of MetS and its components in individuals with chronic ChD. This is a cross-sectional study with 361 patients of both sexes, aging >18 years, followed at a national reference center (Rio de Janeiro, Brazil). MetS diagnosis followed the International Diabetes Federation 2005 criteria. The association between the variables was determined through logistic regression models. The mean age was and 60.7±10.8 years. About half (56.2%) were female and the majority self-reported their race as mulatto (59.8%). The percentage of individuals with MetS was 40.4%. The variables independently associated with MetS were age (OR 1.06; 95%CI 1.04–1.09), high education levels (OR 0.36; 95%CI 0.17–0.79) and cardiac form with heart failure (OR 0.34; 95%CI 0.17–0.68). Therefore, a high prevalence of MetS was found in this Brazilian chronic ChD cohort. The identification of the associated factors can facilitate the development of effective approaches for preventing and managing MetS in ChD patients.
Article
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Background Chagas disease (CD) is an emergent disease in Europe, due to immigration. The aims of this study are to describe the epidemiological characteristics of a cohort of Chagas infected pregnant women in Spain, to assess the vertical transmission (VT) rate and evaluate the usefulness of the PCR in the diagnosis of congenital infection in the first months of life. Methods A descriptive, retrospective study including Chagas seropositive pregnant women who were attended at three tertiary hospitals in Madrid, from January 2012 to September 2016. Infants were examined by PCR at birth and 1 month later and serologically studied at 9 months or later. Children were considered infected when the parasite was detected by PCR at any age or when serology remained positive without decline over the age of 9 months. Results We included 122 seropositive-infected pregnant women, 81% were from Bolivia and only 8.2% had been treated before. 125 newborns were studied and finally 109 were included (12.8% lost the follow-up before performing the last serology). The VT rate was 2.75% (95% CI: 0,57–8,8%). Infected infants had positive PCR at birth and 1 month later. All of them were treated successfully with benznidazole (PCR and serology became negative later on). All non-infected children presented negative PCR. The mean age at which uninfected patients had negative serology was 10.5 months. Conclusions The VT rate is in keeping with literature and confirms the need to carry out a screening in pregnant women coming from endemic areas. PCR seems to be a useful tool to provide early diagnosis of congenital CD.
Article
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Introduction: Nutritional status has been implicated in the modulation of the immune response, possibly augmenting the pathogenesis of Chagas disease (Cd). We evaluated diet quality and nutritional status in adults and elderly patients with chronic Cd in a tertiary hospital. Methods: A case-control study of Cd patients was conducted, paired for gender, age, and co-morbidities with non-Cd patients. Anthropometric measurements and food frequency questionnaire was used, and diet quality was assessed by the Brazilian Healthy Eating Index-Revised (BHEI-R). The Estimated Average Requirement cut-off points were used to determine the dietary micronutrient adequacy. The Cd group was further grouped according to Los Andes classification. Results: The study participants were 67 ± 10 years old, 73.6% elderly and 63% female. The prevalence of overweight/obesity and abdominal fat was high in both groups; however, Cd group showed a lower prevalence of obesity and increased risk of disease according to waist circumference classification. There was no difference in BHEI-R score between groups (p=0.145). The Cd group had sodium and saturated fat intake above recommendations and low intake of unsaturated fat, vitamin D, E, selenium, magnesium, and dairy products; but higher intake of iron. According to Los Andes classification, group III presented lower intake of whole fruit and dietary fiber. Conclusions: Patients with Cd were overweight and the quality of their diet was unsatisfactory based on the recommended diet components for age and sex.
Article
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Objective The objective is to present an update on the diagnosis and treatment of hypovitaminosis D, based on the most recent scientific evidence. Materials and methods The Department of Bone and Mineral Metabolism of the Brazilian Society of Endocrinology and Metabology (SBEM) was invited to generate a document following the rules of the Brazilian Medical Association (AMB) Guidelines Program. Data search was performed using PubMed, Lilacs and SciELO and the evidence was classified in recommendation levels, according to the scientific strength and study type. Conclusion A scientific update regarding hypovitaminosis D was presented to serve as the basis for the diagnosis and treatment of this condition in Brazil.
Article
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Vitamin D deficiency and diabetes mellitus are two common conditions and they are widely prevalent across all ages, races, geographical regions, and socioeconomic conditions. Epidemiologic studies have shown association of vitamin D deficiency and increased risk of chronic diseases, such as cancer, cardiovascular disease, type 2 diabetes, and autoimmune diseases, such as multiple sclerosis and type 1 diabetes mellitus. The identification of 1,25(OH)2D receptors and 1-α-hydroxilase expression in pancreatic beta cells, in cells of the immune system, and in various others tissues, besides the bone system support the role of vitamin D in the pathogenesis of type 2 diabetes. Observational studies have revealed an association between 25(OH) D deficiency and the prevalence of type 1 diabetes in children and adolescents. This review will focus on the concept of vitamin D deficiency, its prevalence, and its role in the pathogenesis and risk of diabetes mellitus and cardiovascular diseases.
Article
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OBJECTIVE: to characterize the level of procedure diversification required by the Integral Health Care Model for Chagas' disease treatment and assess it with respect to efficient use of resources. METHODS: a microcosts survey, as well as Activity-Based Costing (ABC) and Data Envelopment Analysis (DEA) models, were used to calculate annual expenditure and actual unit costs of procedures for a case study assessing the performance of the Chagas' Disease Clinic Research Laboratory/Evandro Chagas Clinical Research Institute/Fiocruz health care model. RESULTS: diversification and pro-efficiency motivation were confirmed by the identification of 291 procedures types in 2009 and 19% efficiency gain in the period 2009-2011. CONCLUSION: efficiency Analysis reveals explanatory power over decision-making in multipurpose public health organizations and demonstrated the efficiency of the model in Chagas' disease treatment and its potential contribution to effective care actions in the Brazilian Unified Health System.
Article
Vitamin D plays an essential role in regulating calcium and phosphate metabolism and maintaining a healthy mineralized skeleton. Humans obtain vitamin D from sunlight exposure, dietary foods and supplements. There are two forms of vitamin D: vitamin D3 and vitamin D2. Vitamin D3 is synthesized endogenously in the skin and found naturally in oily fish and cod liver oil. Vitamin D2 is synthesized from ergosterol and found in yeast and mushrooms. Once vitamin D enters the circulation it is converted by 25-hydroxylase in the liver to 25-hydroxyvitamin D [25(OH)D], which is further converted by the 25-hydroxyvitamin D-1α-hydroxylase in the kidneys to the active form, 1,25-dihydroxyvitamin D [1,25(OH)2D]. 1,25(OH)2D binds to its nuclear vitamin D receptor to exert its physiologic functions. These functions include: promotion of intestinal calcium and phosphate absorption, renal tubular calcium reabsorption, and calcium mobilization from bone. The Endocrine Society's Clinical Practice Guideline defines vitamin D deficiency, insufficiency, and sufficiency as serum concentrations of 25(OH)D of <20 ng/mL, 21-29 ng/mL, and 30-100 ng/mL, respectively. Vitamin D deficiency is a major global public health problem in all age groups. It is estimated that 1 billion people worldwide have vitamin D deficiency or insufficiency. This pandemic of vitamin D deficiency and insufficiency is attributed to a modern lifestyle and environmental factors that restrict sunlight exposure, which is essential for endogenous synthesis of vitamin D in the skin. Vitamin D deficiency is the most common cause of rickets and osteomalacia, and can exacerbate osteoporosis. It is also associated with chronic musculoskeletal pain, muscle weakness, and an increased risk of falling. In addition, several observational studies observed the association between robust levels of serum 25(OH)D in the range of 40-60 ng/mL with decreased mortality and risk of development of several types of chronic diseases. Therefore, vitamin D-deficient patients should be treated with vitamin D2 or vitamin D3 supplementation to achieve an optimal level of serum 25(OH)D. Screening of vitamin D deficiency by measuring serum 25(OH)D is recommended in individuals at risk such as patients with diseases affecting vitamin D metabolism and absorption, osteoporosis, and older adults with a history of falls or nontraumatic fracture. It is important to know if a laboratory assay measures total 25(OH)D or only 25(OH)D3. Using assays that measure only 25(OH)D3 could underestimate total levels of 25(OH)D and may mislead physicians who treat patients with vitamin D2 supplementation.
Article
Chagas disease is a major public health problem in Brazil and Latin America. During the last years, it has become an emerging problem in North America and Europe due to increasing international migration. Here we describe the prevalence of Chagas disease in Brazil through a systematic review. We searched national and international electronic databases, grey literature and reference lists of selected articles for population-based studies on Chagas disease prevalence in Brazil, performed from 1980 until September 2012. Forty-two articles with relevant prevalence data were identified from a total of 4985 references. Prevalence ranged from 0% to 25.1%. Most surveys were performed in the Northeast region, especially in the state of Piauí. We observed a high degree of heterogeneity in most pooled estimates (I2 > 75%; p < 0.001). The pooled estimate of Chagas disease prevalence across studies for the entire period was 4.2% (95% CI: 3.1–5.7), ranging from 4.4% (95% CI: 2.3–8.3) in the 1980s to 2.4% (95% CI: 1.5–3.8) after 2000. Females (4.2%; 95% CI: 2.6–6.8), >60 year-olds (17.7%; 95% CI: 11.4–26.5), Northeast (5.0%; 95% CI: 3.1–8.1) and Southeast (5.0%; CI: 2.4–9.9) regions and mixed (urban/rural) areas (6.4%; 95% CI: 4.2–9.4) had the highest pooled prevalence. About 4.6 million (95% CI: 2.9–7.2 million) of people are estimated to be infected with Trypanosoma cruzi. The small number of studies and small-scale samples of the general population in some areas limit interpretation, and findings of this review do not necessarily reflect the situation of the entire country. Systematic population-based studies at regional and national level are recommended to provide more accurate estimates and better define the epidemiology and risk areas of Chagas disease in Brazil.
Article
Due to recent trends in migration, there are millions of people from Chagas disease-endemic countries now living in North America, Europe, Australia and Japan, including thousands of people with Trypanosoma cruzi infection. Most infected individuals are not aware of their status. Congenital, transfusion- and/or transplant-associated transmission has been documented in the United States, Spain, Canada and Switzerland; most instances likely go undetected. High priorities include the implementation of appropriate screening, evaluation and clinical management, and better assessment of the true burden associated with this disease.