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Desenvolvimento de probióticos par peixes: relação entre estudos in vitro e in vivo

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Abstract

O uso de probióticos na alimentação dos peixes pode auxiliar no desenvolvimento de uma cadeia produtiva mais sustentável, pois estes insumos podem desempenhar um papel relevante na saúde animal, levando a um melhor equilíbrio imunofisiológico, rápido crescimento e altas taxas de sobrevivência dos animais aquáticos alvos. Para o desenvolvimento de probióticos eficazes e seguros, um processo biotecnológico deve ser empregado. Isto se inicia com o isolamento, identificação e caracterização bioquímica das cepas microbianas e, posteriormente, culmina em testes in vitro de seleção. Em detalhes, o isolamento inicial é realizado em meios de culturas inespecíficos ou específicos (a depender dos objetivos da pesquisa), e o isolado é investigado quanto às suas características morfológicas macroscópicas como o tamanho, aspecto, coloração e elevação das colônias e microscópicas quando corados pelo método de coloração de Gram. Após o isolamento, as bactérias são identificadas preferencialmente por métodos moleculares e destinadas a diferentes testes in vitro para triagem das cepas com potencial probiótico, os quais envolvem: (1) tolerância à bile e tolerância ao pH, que simulam parcialmente condições naturais do trato gastrointestinal; (2) testes de atividade hemolítica que tendem a predizer o potencial patogénico da cepa de interesse; (3) testes de antagonismo das cepas probióticas frente aos patógenos, quando se prevê o uso deste insumo para prevenir enfermidades relevantes na piscicultura; (4) a susceptibilidade das cepas probióticas à antibióticos que traz informações relevantes sobre a provável presença de genes de resistência; entre outros, que serão detalhados ao longo do presente capítulo. Ao final do processo tradicional de seleção de probióticos, se torna importante avaliar a segurança das cepas através de modelos in vivo, onde a bactéria de interesse é inoculada e/ou fornecida oralmente aos animais saudáveis de modo a permitir a detecção de alterações do comportamento dos peixes, da capacidade da bactéria em causar doença e até mortalidade. Posteriormente, os testes in vivo prioritários envolvem o fornecimento dos potenciais probióticos aos peixes para avaliação da sua capacidade em promover ganhos zootécnicos e/ou aumentar a resistência às doenças, além de provar sua capacidade de colonizar o intestino. Apesar das considerações acima, a correlação dos resultados in vitro com o desempenho in vivo é considerada obscura, pois os mecanismos de ação dos probióticos no organismo são multifatoriais, envolvendo uma variedade de sinais, receptores e reações moleculares. Assim, as cepas probióticas podem diferir em sua capacidade de desencadear esses sinais em termos de imunocompetência. Outro ponto a ser levado em consideração se refere à falta de protocolos padronizados para estudos in vitro e in vivo, o que dificulta a comparação de potenciais novas espécies e cepas. Existe, portanto, a necessidade de conduzir a seleção de potenciais probióticos de uma maneira mais robusta.

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