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Capítulo 5
A Aproximação Facial Digital 3D de Zlatý kůň 1
(45.000 AP)
Cicero Moraes
3D Designer, Arc-Team Brazil, Sinop-MT, Brasil
Francesco Maria Galassi
Antropólogo e Paleopatologista, Colégio de
Humanidades, Arte e Ciências Sociais, Universidade
de Flinders, Adelaide-SA, Austrália
Jiří Šindelář
Agrimensor, GEO-CZ, Tábor-República Tcheca
Elena Varotto
Antropóloga e Paleopatologista, Colégio de
Humanidades, Arte e Ciências Sociais, Universidade
de Flinders, Adelaide-SA, Austrália
Michael Habicht
Egiptólogo e Arqueólogo, Colégio de Humanidades,
Arte e Ciências Sociais, Universidade de Flinders,
Adelaide-SA, Austrália
Thiago Beaini
Cirurgião Dentista, Professor Assistente - Faculdade
de Odontologia da Universidade Federal de
Uberlândia, Uberlândia-MG
Data da publicação: 18 de julho de 2023
ISSN: 2764-9466 (Vol. 4, nº 1, 2023)
DOI: 10.6084/m9.gshare.23733504
Atenção: Este material utiliza a seguinte licença
Creative Commons: Atribuição 4.0 Internacional
(CC BY 4.0).
5.1 Introdução
Em 1950, durantes os trabalhos para a explosão de
uma grande pedra calcária no monte Zlatý kůň (Ca-
valo de Ouro), Rep. Tcheca, os trabalhadores desco-
briram um sistema de cavernas, que ao ser explorado
ao longo dos anos seguintes, revelou uma série de res-
tos mortais humanos e de outros animais, bem como
artefatos metamórcos. Chamou a atenção a pre-
sença de partes do que parecia inicialmente, se tra-
tarem de dois crânios distintos, mas que posterior-
mente, ao montarem as peças, descobriram ser ape-
nas um indivíduo. A sequência de reviravoltas con-
tinuou, pois em um primeiro momento, frente a ro-
bustez estrutural, os restos foram atribuídos a um
homem, mas análises posteriores indicaram que na
verdade se tratava de uma mulher adulta. O mesmo
ocorreu com a idade dos restos, inicialmente a idade
levantada foi de ~11.760 anos antes do presente (AP),
mas análises envolvendo a sequência genômica re-
velaram a impressionante idade de 45.000 AP, com
a possibilidade de algumas centenas de anos a mais,
evidenciando-o como o crânio o mais antigo de um
Homo sapiens encontrado na Europa [E1] [E2] [E3]
[E4].
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5.2 Materiais e Métodos
5.2.1 Conceitos, Software e Hardware
A reconstrução facial forense (RFF) ou aproximação
facial forense (AFF) [E5] é uma técnica auxiliar de re-
conhecimento, que reconstrói/aproxima a face de um
crânio e é utilizada quando há escassa informação
para a identicação de um indivíduo a partir dos seus
restos mortais [E6]. Nota-se que a técnica não se trata
de identicação, como aquelas oferecidas por DNA ou
análise comparativa de arcos dentários, mas sim de
um reconhecimento que pode levar à posterior iden-
ticação.
Como supracitado, para que o processo de AFF seja vi-
abilizado é necessário contar com o crânio a ser apro-
ximado. Tal peça foi adquirida em um processo pura-
mente digital, a partir de publicações cientícas dis-
poníveis em journals com robusto fator de impacto,
cuja abordagem será detalhada posteriormente. A
aproximação facial seguiu a mesma abordagem des-
crita em Abdullah et al. (2022) [E7] e Moraes (2023)
[E8], com pequenas adaptações.
O processo de modelagem foi efetuado no so-
ware Blender 3D, rodando o add-on OrtogOnBlen-
der (http://www.ciceromoraes.com.br/doc/pt_br/
OrtogOnBlender/index.html) e seu submódulo
ForensicOnBlender. O programa e o add-on são
gratuitos, de código aberto e multiplataforma, de
modo que podem rodar no Windows (>=10), no MacOS
(>=BigSur) e no Linux (=Ubuntu 20.04).
No caso do presente trabalho, foi utilizado um com-
putador desktop com as seguintes características:
• Processador Intel Core I9 9900K 3.6 GHZ/16M; 64
GB de memória RAM;
• GPU GeForce 8 GB GDDR6 256-bit RTX 2070;
• Placa mãe Gigabyte 1151 Z390;
• SSD SATA III 960 GB 2.5”;
• SSD SATA III 480 GB 2.5”;
• Water Cooler Masterliquid 240V;
• Linux 3DCS (https://github.com/cogitas3d/
Linux3DCS), baseado no Ubuntu 20.04.
5.2.2 Reconstrução Tridimensional do Crâ-
nio
O crânio conhecido por Zlatý kůň é um conjunto com-
posto por 9 peças (códigos: AP2, AP3, AP9, AP10, AP12,
AP15, AP18, AP18 e AP21), que estão sob os cuidados
do Departamento de Antropologia do Museu Nacio-
nal, localizado em Praga, República Tcheca. Apesar
de cobrir parte considerável da superfície de um crâ-
nio composto (crânio+mandíbula), a estrutura apre-
senta algumas regiões faltantes, mais notadamente
parte do osso nasal, parte da maxila, órbita esquerda
e a parte esquerda do osso frontal. No ano de 2018
uma equipe de pesquisadores multinacional proce-
deu com o trabalho de reconstrução tridimensio-
nal das regiões faltantes, utilizando dados estatísti-
cos extraídos de um grupo composto por 31 crânios,
sendo 15 de homens e 15 de mulheres atuais, escanea-
dos por tomograa computadorizada no Centre Hos-
pitalier Universitaire (CHU) de Bordeaux, França, e 1
do crânio Moča, encontrado na Eslováquia, datado em
13.100 anos AP. Os pesquisadores inicialmente espe-
lharam a malha 3D, de modo a reconstruir o máximo
possível das regiões faltantes, utilizando a anatomia
original do crânio, mesmo assim algumas áreas per-
maneceram vazias. Tais regiões foram complemen-
tadas pelos dados estatísticos extraídos das tomogra-
as e fóssil supracitados, resultando em um crânio
completo [E4].
Como os autores do presente trabalho não dispu-
nham de acesso direto ao fóssil Zlatý kůň 1, os mes-
mos optaram por reconstruir a estrutura utilizando
como base publicações cientícas com os dados espa-
ciais necessários, seguindo a mesma abordagem de
Moraes et al. 2023, também presente na reconstru-
ção do crânio do faraó Tutancâmon [E9].
A base da aproximação facial trabalhada nesta pes-
quisa utilizou como referência o crânio reconstruído
por Rmoutilová et al. (2018), lançando mão das ima-
gens disponíveis na citada publicação (open access
sob licença Creative Commons), para deformar o crâ-
nio de um doador virtual sobre as referências espaci-
ais, corrigindo a estrutura com os dados das mensu-
rações presente no mesmo material [E4], reforçando
a precisão da escala com dados colhidos no traba-
lho de Prüfer et al. (2021) [E2]. A deformação anatô-
mica resultou em um crânio bem aproximado do fós-
sil Zlatý kůň 1 (Fig.5.1, A). Em um primeiro momento
a estrutura do arco zigomático, próximo ao pório, pa-
recia destoar do padrão anatômico esperado. Objeti-
vando comparar com indivíduos atuais, uma série de
30 crânios de ancestralidades e sexos diferentes re-
ceberam um traçado bidimensional com observação
ortográca pelo eixo X de modo a se estabelecer um
padrão lateral da região (Fig.5.1, B). Dois outros fósseis
receberam o mesmo tratamento gráco e ao nal o
conjunto de 30 samples atuais (em cinza) foram com-
parados com os fósseis Zlatý kůň 1 (em verde), Mla-
deč 1 (em vermelho) [E14] e Nazlet Khater 2 (em azul)
28 Capítulo 5
OrtogOnLineMag #6, ISSN: 2764-9466 (Vol. 4, nº 1, 2023)
Figura5.1: Reconstrução tridimensional do crânio.
[E15]. Tal comparação indica uma elevação inicial do
arco zigomático semelhante nos três fósseis, o que
destoa do grupo dos crânios atuais (Fig.5.1, C). Com
a questão relacionada ao arco zigomático superada,
as atenções se voltaram para outras regiões, com a
projeção de linhas e limites esperados para o crânio
e tecido mole [E10] [E11] (duas aulas sobre tal aborda-
gem estão disponíveis de modo online, 1 de 2: https:
//youtu.be/U6oYkEmfyWo, 2 de 2: https://youtu.be/
Vcz2e5uSFX8). A projeção das linhas se mostrou com-
patibilizada com o crânio reconstruído por Rmouti-
lová et al. (2018), exceto quando se leva em consi-
deração a distância frontomalar orbital (fmo-fmo) e
a projeção de outras medidas a partir da proporção
fmo-fmo. Pela proporção fmo-fmo o limite dos in-
cisivos estaria abaixo do crânio reconstruído, bem
como abaixo do mento (Fig.5.1, D, em azul). No en-
tanto, quando se leva em consideração a média espe-
rada para tais regiões, as linhas estão próximas e den-
tro de um desvio padrão (Fig.5.1, E). A diferença entre
a proporção fmo-fmo e a média pode ser explicada
pela distância entre os gônios, geralmente compatí-
vel com a distância fmo-fmo, mas que, neste caso, se
mostrou signicativamente menor. Enquanto a dis-
tância fmo-fmo foi de ~102 mm, frente a média geral
de ~97 mm (https://bit.ly/3NRw2KW), a distância go-
go foi de ~94 mm, frente a uma média de ~97 mm, por-
tanto, a proporção da mandíbula está mais adequada
a média do que a proporção esperada pela distância
fmo-fmo. Os dados reforçam a coerência estatística
da reconstrução efetuada pela equipe multinacional
em 2018.
5.2.3 Aproximação Facial Forense
Figura5.2: Etapas da aproximação facial digital.
Por se tratar de um crânio sem dados amplamente
discutidos acerca de sua ancestralidade, por aparen-
temente a população ao qual pertenceu não ter con-
tribuído geneticamente nem com os europeus, tam-
pouco com os asiáticos modernos [E2], o presente
trabalho desconsiderou o uso de marcadores de es-
pessura de tecidos moles e os autores optaram por
utilizar apenas a deformação anatômica sobre o fós-
sil. Tal abordagem se mostrou muito compatível
com os parâmetros advindos das tabelas de espes-
sura de tecido mole, mantendo os limites dentro do
desvio padrão em outras aproximações que utiliza-
ram a técnica (vide OrtogOnLineMag #58eOrtogOn-
LineMag #69). Para reforçar a precisão volumétrica,
foram importadas duas malhas 3D de doadores virtu-
ais, contando com o crânio, o endocrânio e o tecido
mole de um homem e de uma mulher, ambos adultos
(aula disponível sobre deformação anatômica: https:
//youtu.be/xig5_EcIFWA). As malhas deformadas re-
ceberam uma linha indicando o perl da face, inter-
polando os dois limites da pele resultantes da defor-
mação anatômica (Fig.5.2, A e B), que se compatibili-
zaram com a projeção nasal efetuada a partir de da-
dos estatísticos colhidos em tomograas computado-
rizadas de indivíduos vivos e pertencentes a ances-
tralidades variadas [E11] [E12]. Os limites projetados
8http://ortogonline.com/doc/pt_br/OrtogOnLineMag/5/
9http://ortogonline.com/doc/pt_br/OrtogOnLineMag/6/
Materiais e Métodos 29
OrtogOnLineMag #6, ISSN: 2764-9466 (Vol. 4, nº 1, 2023)
a partir do crânio foram comparados com a malha
deformada e se adequaram aos parâmetros espera-
dos, dentre eles a dimensão do nariz no eixo X, o ta-
manho dos olhos no eixo X, a posição do globo ocu-
lar nos eixos X, Y e Z, a dimensão das orelhas no eixo
Z e a dimensão dos lábios no eixo X (Fig.5.2, C). Gra-
ças a estrutura pré-segmentada, foi possível ajustar
a malha de modo que resultasse no volume do endo-
crânio, cujos dados serão detalhados posteriormente
(Fig.5.2, D). Seguindo a abordagem exposta em Abdul-
lah et al. (2022) [E7] e Moraes (2023) [E8] um busto
advindo de outra aproximação facial foi importado e
ajustado de modo a fornecer uma malha composta
por faces de quatro lados e com textura previamente
congurada (Fig.5.2, E). Diferente das aproximações
supracitadas, onde uma versão com os olhos abertos
foi disponibilizada, o presente trabalho conta apenas
com uma versão com os olhos fechados, de modo a
reduzir os elementos subjetivos da estrutura, como
será explanado posteriormente. A malha passou por
um detalhamento via escultura digital, ajuste da tex-
tura e conguração da iluminação da cena para que
as imagens nais pudessem ser geradas (Fig.5.2, F e
G).”
5.3 Resultados e Discussão
Figura5.3: Imagem 3/4 do rosto aproximado com elementos objeti-
vos.
As imagens nais foram geradas utilizando o rende-
rizador Cycles do Blender 3D (https://www.blender.
org/) e consistiram em pontos de vista do busto com-
posto de modo a mostrar os elementos mais objetivos
da face, primando pela estrutura geral. Para as ima-
gens dotadas de elementos objetivos, os olhos foram
fechados, a imagem convertida em escala de cinza, o
Figura5.4: Imagem lateral do rosto aproximado com elementos ob-
jetivos.
Figura5.5: Imagem do perl do rosto aproximado com elementos
objetivos.
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Figura5.6: Imagem frontal do rosto aproximado com elementos ob-
jetivos.
busto não conta com pêlos e cabelos ( Fig.5.3,Fig.5.4,
Fig.5.5 eFig.5.6).
Figura5.7: Imagem 3/4 do rosto aproximado com elementos espe-
culativos.
Para as imagens dotadas de elementos especulativos,
os olhos foram abertos, os pêlos e cabelos congura-
dos e as cores mantidas ( Fig.5.7,Fig.5.8 eFig.5.9).
Buscando compreender estruturalmente a diferença
da mandíbula de fósseis pertencentes a um período
que abrange de 32.000 a 45.000 AP, as mandíbulas
do grupo de 30 individuos modernos e os fosseis
Zlatý kůň 1, Oase 1 [E16] e Nazlet Khater 2 [E15] foram
mensurados em duas distância, a sch-scp e pch-acp
(Fig.5.10), ambas apenas no eixo Y, sendo sch a mar-
Figura5.8: Imagem lateral do rosto aproximado com elementos es-
peculativos.
Figura5.9: Imagem frontal do rosto aproximado com elementos es-
peculativos.
Figura5.10: Mensurações efetuadas na mandíbula (eixo Y).
Resultados e Discussão 31
OrtogOnLineMag #6, ISSN: 2764-9466 (Vol. 4, nº 1, 2023)
gem superior da cabeça do côndilo, a scp o processo
coronóide, a pch a margem posterior da cabeça do
côndilo e a acp a borda do ramo [E13].
Figura5.11: Distribuição das medidas pch-acp no eixo X e sch-scp
no eixo Y, o diâmetro das esferas é proporcional à soma das duas
medidas (pch_acp)+(sch_scp). As cores representam o sexo, sendo
azul masculino, vemelho feminino e amarelo indenido.
O gráco plotado com os dados distribuídos das me-
didas pch-acp no eixo X e sch-scp no eixo Y (Fig.5.11),
mostram as mandíbulas dos humanos atuais mais
unidas e com um diâmetro menor (proporcional à
soma das duas medidas), quando comparadas com
as três mandíbulas dos fósseis Oase 1 (~40.000), Naz-
let Khater 2 (32.000-44.000) e Zlatý kůň 1 (≥ 45.000),
sendo este o que mais se afastou devido às dimensões
da estrutura, denotando uma mandíbula signicati-
vamente robusta.
Figura5.12: Distribuição das medidas pch-acp no eixo X e sch-scp
no eixo Y, com adição do grupo dos H. neanderthalensis.
Ao se adicionar os dados de quatro mandíbulas
pertencentes a H. neanderthalensis (Atapuerca-605,
Atapuerca-905, Mauer e Arago 2) [E17] é possível se-
parar os grupos em 3 regiões distintas (Fig.5.12), uma
mais ampla, composta pelos neanderthalensis, que se
intersecciona levemente com os humanos atuais, ou-
tra dos humanos atuais, com a estrutura em média
menor do que os outros dois e o grupo formado pelos
H. sapiens que compreendem fósseis com a idade de
32.000 a 45.000 AP, este último afastado dos homens
modernos, mas fazendo intersecção com os H. nean-
derthalensis.
Figura5.13: Volume do endocrânio vs circunferência da cabeça.
Algo parecido acontece com os dados relacionados ao
gráco volume do endocrânio (eixo X) e a circunfe-
rência da cabeça (eixo Y). Os fósseis pertencentes ao
período de 31.000 a 45.000 AP, em sua maioria, tan-
genciam a elipse composta pelos neanderthalensis,
rhodesiensis eheidelbergensis. O volume do endocrâ-
nio de Zlatý kůň 1 resultou ~1590 cm³, um valor acima
de dois desvios padrão da média das mulheres atu-
ais. Em relação a circunferência da cabeça, com 59,08
cm, também acima de um desvio padrão da média
(Fig.5.13).
O gráco do volume do endocrânio e da circunferên-
cia foi gerado a partir de um grupo de 50 endocrânios
de Homo sapiens, 31 do sexo masculino e 19 do sexo
feminino. Ao se comparar os dados do estudo com
n=50 em relação a outros com números notoriamente
maiores [E18] [E19] [E20], evidencia-se que a amos-
tra conta com uma distribuição semelhante àqueles
(Fig.5.14). Ao se aplicar o fator de -9,81% para con-
verter o volume do endocrânio de Zlatý kůň 1 em vo-
lume cerebral [E9], chega-se a 1434 cm³, ou seja, 318
cm³ acima da média que é 116 cm³, logo, ao se utili-
zar os dados de Ritchie et al. (2018) (n=2750) [E18],
o cérebro de Zlatý kůň 1 está a 3,53 desvios padrão
(SD) acima da média para o sexo feminino. Mesmo se
for comparado ao sexo masculino, o cérebro estaria
a dois desvios padrão acima da média que é 1234 cm³.
Já a circunferência da cabeça, que resultou em 59,08
cm, está 2,08 SD acima da média do sexo feminino se-
gundo Costa et al. (2022) (n=955) [E19]. Quando se
leva em consideração o grupo de ambos os sexos do
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Figura5.14: Comparação entre estudos diferentes.
Homo sapiens, o endocrânio (não o cérebro) de Zlatý
kůň 1 também está 1,6 desvio padrão acima da mé-
dia geral, segundo Neubauer et al. (2018) [E20]. Os
dados volumétricos e lineares mensurados no fóssil
Zlatý kůň 1 se fundamentam nas informações forne-
cidas por Prüfer et al. (2021) [E2] e Rmoutilová et al.
(2018) [E4].
5.4 Agradecimentos
Ao Dr. Richard Gravalos por ceder as tomograas dos
doadores virtuais utilizados neste estudo. À Lis Caro-
line, pela importante contribuição ao sugerir a com-
paração da estrutura zigomática com outros fósseis
de período semelhante.
Agradecimentos 33
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34 Capítulo 5
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