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Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.16, n.7, p. 5356-5373, 2023
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Práticas de sustentabilidade na indústria farmacêutica
Sustainability practices in the pharmaceutical industry
DOI: 10.55905/revconv.16n.7-065
Recebimento dos originais: 05/06/2023
Aceitação para publicação: 06/07/2023
Vitor Alves Nogueira
Graduado em Farmácia pela Universidade Cesumar (UNICESUMAR)
Instituição: Universidade Cesumar (UNICESUMAR)
Endereço: Maringá – PR, Brasil
E-mail: vitormais2000@gmail.com
Bruno Marcos Alvarenga Quadrado
Graduado em Farmácia pela Universidade Cesumar (UNICESUMAR)
Instituição: Universidade Cesumar (UNICESUMAR)
Endereço: Maringá – PR, Brasil
E-mail: bruno@allpharmaonline.com.br
Eliane Rocha
Mestranda em Promoção da Saúde
Instituição: Universidade Cesumar (UNICESUMAR)
Endereço: Maringá – PR, Brasil
E-mail:elianerocha2512@yahoo.com.br
Carolina de Fátima Mantovani Godoy
Mestranda em Tecnologias Limpas
Instituição: Universidade Cesumar (UNICESUMAR)
Endereço: Maringá – PR, Brasil
E-mail: carolinamegodoy@gmail.com
Rafael Alexandre Milanezi Alves
Especialista em Nutrologia
Instituição: Hospital do Coração de Dourados (MS)
Endereço: Maringá – PR, Brasil
E-mail: rafael.nutrologia@gmail.com
Ariana Ferrari
Doutora em Oncologia
Instituição: Universidade Cesumar (UNICESUMAR)
Endereço: Maringá – PR, Brasil
E-mail: ariana.ferrari@unicesumar.edu.br
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Daniele Fernanda Felipe
Doutora em Ciências Farmacêuticas
Instituição: Universidade Cesumar (UNICESUMAR)
Endereço: Maringá – PR, Brasil
E-mail: daniele.felipe@unicesumar.edu.br
RESUMO
Nas últimas décadas, a produção e consumo conscientes vêm cada vez mais se estruturando no
meio social e industrial para um bem-estar das gerações futuras. No caso das indústrias
farmacêuticas, é grande a quantidade de resíduos gerados no processo produtivo, sendo muito
importante adotar práticas sustentáveis para o descarte correto e também outras estratégias de
sustentabilidade em toda a empresa, buscando maior responsabilidade socioambiental. O
presente trabalho tem como objetivo analisar o conceito geral relativo à sustentabilidade e
desenvolvimento sustentável, avaliando as estratégias de sustentabilidade empregadas na
indústria farmacêutica, a fim de verificar se as empresas estão adotando práticas sustentáveis
para uma melhor forma de produção socioambiental responsável. A pesquisa foi realizada por
meio de levantamento bibliográfico em base de dados, tais como Scielo e Google Acadêmico,
com o intuito de buscar livros e artigos científicos, preferencialmente datados do período de 2013
a 2023. Para a pesquisa, foram utilizadas como palavras-chave: sustentabilidade,
desenvolvimento sustentável, indústria farmacêutica, responsabilidade socioambiental, consumo
consciente e Objetivo de Desenvolvimentos Sustentáveis (ODS) nas indústrias farmacêuticas.
Com o presente trabalho, mostrou-se que as indústrias farmacêuticas estão se preocupando com
a responsabilidade socioambiental como, por exemplo, o descarte correto de resíduos, mas que
ainda precisa de fiscalização mais rígida em alguns setores da indústria. Avaliar as principais
estratégias de sustentabilidade empregadas pelas indústrias farmacêuticas é importante para
mostrar aos consumidores que realmente muitas empresas estão preocupadas em ter práticas que
reduzam o impacto ambiental provocados pelos produtos e processos.
Palavras-chave: indicadores de sustentabilidade, produção de medicamentos, desenvolvimento
sustentável.
ABSTRACT
In recent decades, conscious production and consumption have been increasingly being taken
into consideration in the social and industrial environment for the well-being of future
generations. In pharmaceutical industries, there is a large amount of waste generated in the
production processes. For this reason, it is imperative to adopt sustainable practices for correct
disposal in addition to other sustainability strategies throughout the company seeking better
social and environmental responsability. This paper aims to analyze the general concept of
sustainability and sustainable development, evaluating the sustainability strategies used in the
pharmaceutical industry to verify whether companies are adopting sustainable practices or not
for a better form of social responsability and environmental production. The research was done
through a bibliographic survey in books and scientific papers databases from 2013 to 2023, such
as Scielo and Google Academic. The following keywords were used: sustainability, sustainable
development, pharmaceutical industry, social and environmental responsibility, conscientious
consumption, and Sustainable Development Goal (SDG) in the pharmaceutical industries. This
work shows that the pharmaceutical industries, in a general context, are concerned about social
and environmental responsability, such as the correct disposal of waste, but that it still lacks
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stricter supervision in several industry sectors. Evaluating the main sustainability strategies
employed by pharmaceutical industries is important to show consumers that many companies are
concerned about having practices that reduce the environmental impact caused by products and
processes.
Keywords: sustainable development indicators, production of products, sustainable
development.
1 INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas, nas empresas, governos e mídia, um dos conceitos mais utilizados
é desenvolvimento sustentável ou meio sustentável. É um rótulo que todos querem colocar em
seus produtos, processos e em suas marcas, pois isso agrega valores (Boff, 2017). Desde os anos
60, onde surge o contexto histórico do ambientalismo e ecologia política, visa-se a incorporação
do ambiente como uma categoria primordial, destacando-se estilos de vidas e a estruturação
social em um planeta, visto como um recurso limitado (Loureiro, 2014).
Com as indústrias crescendo e produzindo cada dia mais, os resíduos gerados de seus
processos produtivos aliado ao consumismo exacerbado da população comungaram para que a
escassez dos recursos naturais e a poluição do planeta aumentassem drasticamente. A partir desse
contexto, foi analisada a participação direta do homem sobre um possível esgotamento de
recursos naturais, o que gerou um tópico a ser discutido nos encontros das organizações
mundiais, tópico esse que foi instaurado de desenvolvimento sustentável, visando um melhor
aproveitamento da natureza e meio ambiente para o homem, sem que a mesma seja agredida de
forma irreversível e sem nenhum tipo de cuidado (Rodrigues et al., 2019)
Nos últimos tempos, empresas de diversos segmentos começaram a adotar um tom mais
profissional e padronizado aos seus investimentos socioambientais na América Latina (Calixto,
2013). A Agenda 2030 é um conjunto de 17 objetivos que todos os países do mundo devem
implementar, e se assenta sobre três pilares: econômico, social e ambiental. Nas empresas aplica-
se muito o Objetivo Sustentável do Desenvolvimento de nº 12, que busca assegurar padrões
sustentáveis de consumo e de produção (Cardoso e Pederneiras, 2023)
A indústria farmacêutica é um dos setores produtivos mais regulamentados do Brasil,
possuindo normatizações de produção como as Boas Práticas de Fabricação (BPF), além dos
laboratórios farmacêuticos, terem de atender à legislação ambiental (Rezende et al., 2015).
Porém, as indústrias farmacêuticas impactam fortemente com grande parte de resíduos sólidos
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que são provenientes das matérias-primas do processo produtivo, dos não conformes
identificados pelo controle de qualidade, de perdas e recolhimento de medicamentos devolvidos
pelo consumidor final, esses que podem causar sérios riscos ao meio ambiente quando
descartados de forma errônea (Almeida e Baiense, 2023).
Assim, vem sendo identificada no mundo todo, a presença de fármacos no meio ambiente,
fruto do descarte indevido de medicamentos vencidos, medicamentos que não foram totalmente
consumidos ou alterados, e de metabólitos que não são eliminados no tratamento de esgoto
(Alencar et al., 2014). A perda ou sobra ocorre tanto nos serviços de saúde quanto nos domicílios,
onde ocorre o descarte inadequado contaminando assim, as águas superficiais, como rios, lagos
e oceanos, as águas subterrâneas nos lençóis freáticos e o solo (Bandeira et al., 2019).
Essas indagações ambientais relacionadas a fármacos fazem com que se pense em como
alojar um descarte consciente destes medicamentos. A Política Nacional de Resíduos Sólidos,
instituída pela Lei n° 12.305 e regulamentada por meio do Decreto n° 7.404 (Brasil, 2010), diz
respeito à logística reversa como um meio para o gerenciamento efetivo dos resíduos, fazendo
com que o setor empresarial, fique responsável pela coleta e a restituição destes resíduos sólidos
para uma destinação ambientalmente segura (Aurélio et al., 2015).
Nesse contexto, avaliar quais são as metodologias aplicadas pelas indústrias para o
descarte correto de tudo o que é gerado além de uma produção mais limpa e eficaz, é de extrema
necessidade para validar a veracidade da preservação ambiental e dos recursos naturais
(Marquezoti e Bitencourt, 2016). Diante disso, torna-se importante entender o impacto e
estratégias de sustentabilidades que a indústria farmacêutica, em seu âmbito geral, está adotando.
Portanto, o presente trabalho tem como objetivo avaliar as estratégias e os impactos que a
indústria farmacêutica representa referente a sustentabilidade e a sua responsabilidade
socioambiental.
2 METODOLOGIA
O estudo trata-se de um método exploratório realizado por meio de revisão integrativa da
literatura cientifica, buscando em artigos e trabalhos publicados nos períodos do ano de 2013 a
2023 sobre a sustentabilidade na indústria farmacêutica, realizado em base de dados como
Google acadêmico e Scielo. Na busca bibliográfica para identificar as principais estratégias que
a indústria farmacêutica utiliza foram utilizados os seguintes descritores: Indicadores de
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Desenvolvimento Sustentável, Produção de Medicamentos, Indústria Farmacêutica,
Desenvolvimento Sustentável e Objetivo de Desenvolvimentos Sustentáveis (ODS), nos
idiomas, português, inglês e espanhol. A realização da pesquisa seguiu algumas etapas básicas:
1) elaborar o tema do estudo; 2) realizar a pesquisa bibliográfica; 3) criar um banco de dados e
organizar os dados coletados; 4) interpretar e avaliar os resultados do estudo; 5) disponibilizar a
revisão.
Os critérios de inclusão determinados foram artigos publicados em revistas indexadas e
disponíveis de forma completa para acesso aberto, focando nas estratégias mais citadas. Dentre
a pesquisa, foram selecionados 28 artigos, onde todos os artigos foram lidos na integra. Para a
ajuda na análise, foi utilizada uma padronização de extração de dados composta das variáveis:
título, ano de publicação, objetivo, setores da indústria farmacêutica e formas de sustentabilidade
aplicada. Depois de selecionados, foram lidos os resumos onde alguns foram descartados. Como
critérios de exclusão principal, foram assuntos que abrangem um âmbito não específico de prática
sustentável, fora resumos de anais, trabalhos de conclusão de curso, teses e dissertações restando
um total de 22 artigos.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Sabendo que a sustentabilidade não se limita somente a grandes indústrias e a seus
processos produtivos limpos e pressupondo que a responsabilidade ambiental parte desde o
indivíduo como pessoa física indo até as pautas e discussões governamentais. Ávila e Morais
(2018), analisa a conscientização de colaboradores destacando ser um ponto chave para um
começo de preservação ambiental, onde por muitas vezes ele também é o consumidor final do
produto ou serviço. Rodrigues et al., (2020) cita a conscientização desse consumidor final, vendo
também de grande importância para diminuição do impacto ambiental.
Dentre as abordagens selecionadas, mostradas posteriormente, algumas estratégias
aparecem com maior evidência como a logística reversa (Bueno et al., 2016; Silva e Martins,
2017; Silva e Oliveira, 2020; Bandeira e Banaszeski, 2021; Luna e Viana, 2019; Stocher et al.,
2019), descartes adequados de resíduos sólidos e educação ambiental (Angioluci et al., 2020;
Avila e Moraes, 2018; Blankenstein e Junior, 2018; Ferreira et al., 2019; Barbosa, 2020;
Rodrigues et. al., 2020; Marquezoti e Bitencourt, 2016; Rodrigues et al. 2020; Scher et al., 2016)
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e reuso de matérias primas (Bastos et al., 2019; Cuadro et al., 2018; Giacchetti, 2016; Vieira,
2021).
3.1 SUSTENTABILIDADE: CONCEITO E FERRAMENTAS PARA A INDÚSTRIA
Sustentabilidade é um conceito ligado com a aplicação de um sistema manter-se
estruturado por um longo período de tempo, ou seja, manter-se sustentado. A ideia de
sustentabilidade, do desenvolvimento sustentável vem sendo usadas frequentemente nos mais
diversos níveis da sociedade, como governos, empresas, associações, eventos, população em
geral e estudos, onde existem inúmeras quantidades de trabalhos científicos nas mais diversas
áreas (Patrocionio e Cohen, 2016). Farinon et al., (2017) diz que a palavra sustentabilidade pode
ser dita como uma forma de agir garantindo a preservação e a conservação do meio instalado,
seja ela social, econômica ou ambiental, enfatizando a importância dos recursos naturais para a
geração humana futura.
É evidente a preocupação mundial com relação ao meio ambiente, que sendo direta ou
indiretamente aparece nas discussões diárias, resultando em discussões entre líderes mundiais,
como por exemplo, a COP 21 (Conferência da ONU para o clima) ocorrida em 2015, discutindo
metas, planos, ações, ferramentas que aflorem o crescimento e desenvolvimento social e a
sustentabilidade do meio ambiente a fim de evitar os impactos ambientais (Silva e Martins,
2017).
Ao mesmo tempo em que se observa que as indústrias dos mais diversos setores atuam
sobre a ideia de desenvolvimento sustentável, vemos empresas gerando significativos impactos
ambientes, durante toda a parte do processo produtivo até aos fins dos impactos gerados pelos
consumidores finais pela disponibilização e utilização dos bens e serviços prestados. Conforme
citado por Luna e Viana, (2019), o setor farmacêutico, por exemplo, possui uma grande
relevância no mercado consumidor mundial, disponibilizando cada vez mais um volume maior
em suas redes de distribuição e vendas, argumentando que o setor se desenvolveu tão
rapidamente quanto o aumento de taxas de doenças e envelhecimento da população mundial. O
Brasil é o 6º maior mercado farmacêutico do mundo, atrás somente de Estados Unidos, China,
Japão, Alemanha e da França.
Com essa larga escala de consumo e da grande proporção industrial que o mercado
farmacêutico possui, o setor é uma das mais regulada, sendo a normatização da produção de
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medicamentos muito dinâmica e atualizada constantemente. As indústrias farmacêuticas, por
exemplo, precisam atender as Boas Práticas de Fabricação (BPF) além de atender à legislação
ambiental, não focando somente em produzir o medicamento com qualidade, mas ter um
processo adequado aos resíduos gerados (Rezende et al., 2015).
Farinon, et al., (2017) mostra que os empresários precisam ter em mente o que significa
ou o que é a sustentabilidade e que se amplifique as práticas sustentáveis em seus negócios. Em
seu estudo dentre quatro empresas farmacêuticas pesquisadas, fez-se o questionamento sobre a
temática sustentabilidade, avaliando o conhecimento sobre o assunto, observando-se que nenhum
dos pesquisados avaliam que não possui conhecimento sobre a sustentabilidade, mas que tem
respostas variadas sobre o conhecimento, mostrando que o assunto é evidente, mas que o
aprofundamento do conhecimento sobre a temática é variado.
Sendo no contexto complexo de sequentes crises econômicas associada com o
agravamento da crise climática e, considerando a maciça escala de produção farmacêutica,
algumas questões podem ser introduzidas: Que tipo de práticas, tecnologias, inovações estão
sendo usadas para a sustentabilidade? Que tipo de estratégias pode estar induzindo um controle
sustentável a fim de impactar menos o meio ambiente?
3.2 PRÁTICA SUSTENTÁVEL: LOGÍSTICA REVERSA
Conforme cita Silva e Oliveira (2020) uma forma de diminuir os problemas ambientais
mais severos relacionados ao descarte errôneo de medicamentos está o processo de logística
reversa, que emerge como uma estratégia necessária, visando um meio ambiente com menos
agravantes tais por descartes incorretos de medicamentos e insumos farmacêuticos. Bandeira e
Banaszeski (2021) afirmam que a logística reversa é um instrumento que traz como
consequências o desenvolvimento econômico e social, sendo assim, avaliá-la dentro do processo
produtivo farmacêutico se mostra interessante, pois ela não se trata apenas do fluxo físico de
produtos, a logística reversa engloba todas as informações envolvidas neste processo, porem suas
definições dependem da empresa e de todas as informações, que abrangem desde a entrada da
matéria prima no setor de produção até o produto final e o seu uso. Luna e Viana (2019) relatam
que no processo de Logística Reversa, os produtos que foram entregues ao consumidor final,
após o período de vida útil e utilização do mesmo, devem ser mandados para a empresa que o
fabricou ou para empresas que tem como função reutilizar ou reciclar tal produto.
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Logística reversa antigamente estava ligada a ideia de movimento contrário ao fluxo
direto dos produtos. Recentemente novos conceitos foram adicionados principalmente por conta
da preocupação com o meio ambiente e a exigência dos consumidores em escolherem empresas
que possuem essa preocupação (Silva e Oliveira, 2020). Segundo cita Bandeira e Banaszeski
(2021) a logística reversa utiliza vias reversas de distribuição. Também se aplicando para a
indústria farmacêutica, os produtos danificados ou de desuso, devem ser descartados
adequadamente, consertados ou reaproveitados, sendo assim, entrar em rota de processo logístico
reverso.
O Brasil em 2018, conforme cita Silva e Oliveira (2020) foi gerado cerca de 79 milhões
de toneladas de resíduos onde desse total cerca de 90% (72,7 milhões) foram coletados mostrando
que os restos ficaram sem ser recolhidos, ficando depositados nas cidades onde provavelmente
estão em locais inadequados.
Segundo relata Bueno et al. (2016), boa parte da população descarta esses resíduos
medicamentosos de forma errônea por falta de informação e divulgação. Ele cita uma pesquisa
realizada com 2000 entrevistados onde mostram que certa de 30% relata descartar esses resíduos
em lixo urbano comum, gerando riscos para catadores de lixo por obter acesso e utilização desses
medicamentos descartados. Isso não é problema exclusivo do Brasil, ainda conforme cita Bueno
et al. (2016), na Alemanha foram identificados diversos fármacos diferentes em rios, como
analgésicos, anti-inflamatórios e anti-hipertensivo, na Itália foram detectados mais de 18
fármacos no tratamento de esgoto e no Reino Unido foi revelado presença de fármacos maiores
que um micrograma por litro no meio aquático.
A logística reversa pode ser então definida com parte do processo da cadeia de suprimento
que programa o fluxo reverso e direto entre o produtor e o consumidor final, planejando e
controlando de maneira eficaz o estoque dos produtos, informações e serviços. Ela é um
instrumento de desenvolvimento social e econômico por um conjunto de ações e procedimentos
para se tornar viável a restituição dos resíduos ao setor produtivo a fim de destinação adequada
sendo ela por reaproveitamento ou descarte final (Bandeira e Banaszeski 2021).
3.2.1 Logística Reversa no descarte de medicamentos
Segundo cita Bandeira e Banaszeski (2021), o volume de medicamentos no Brasil de
acordo com o Ministério do Meio Ambiente (MMA) gira em torno de 4,1 mil a 13,8 mil toneladas
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anuais, sendo o sexto país em comercialização de medicamentos. Devido aos riscos envolvidos
e cuidados que devem ser tomados por esses materiais, os mesmos devem ser encaminhados para
aterros específicos. No Brasil, por exemplo, com ajuda da regulamentação da ANVISA, da
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e do Conselho de Meio Ambiente
(CONAMA), estabelecem boas práticas de gerenciamento de resíduos dos serviços de saúde e
de medicamentos, apesar de não disponibilizar um recurso eficaz e amplo para o destino dos
medicamentos (Bandeira e Banaszeski, 2021).
A logística reversa é a parte do processo da cadeia de suprimento que programa, planeja
e controla o fluxo reverso e direto entre o mercado consumidor e a empresa focal, ou direciona
para outras cadeias (da Silva et al., 2023).
3.2.2 Logística reversa na indústria farmacêutica
Na logística de uma indústria farmacêutica em São Paulo que utiliza a logística reversa
de produtos vencidos, ela expede seus medicamentos para distribuidores, que distribuem para a
rede varejista sendo em seguida vendidas para o consumidor final, onde por muitas vezes os
medicamentos ficam vencidos pela falta de uso nas residências dos mesmos. O correto seria
devolver esses produtos ao fabricante, mas nem sempre é isso que acontece (Bueno et al., 2016).
Dados da indústria mostram que em 2014, menos de 1% dos produtos disponibilizados
retornaram para a empresa. Isso demonstra que provavelmente foram descartados de forma
inadequada sendo que por muitos, o consumidor não tinha a informação da disponibilização do
serviço do fabricante (Bueno et al., 2016).
A indústria que possui fluxo da logística reversa estabelecida pela Receita Federal, área
de segurança do trabalho, meio ambiente e logística, constatou que o medicamento não tem outra
forma de devolução se o consumidor não entrar em contato com a indústria. através da central de
atendimento ao cliente, para informar a devolução do medicamento que está em desuso, e assim
ser realizada a coleta na sua residência. Após a devolução no setor da logística, é efetuado a
conferência física do produto para confirmar a data de validade vencida, em seguida são
direcionados para uma empresa que faz o processo de incineração e co-processamento. A
empresa que faz o processo de co-processamento (trituração), utiliza os resíduos para
reaproveitamento em fornos de indústrias fabricantes de cimento (Bueno et al., 2016).
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Uma melhoria para o fluxo de devolução e o descarte correto do medicamento, seria a
implantação de estações coletoras próprias da indústria, nas farmácias, ou aderir a algum
programa de descarte adequado. A implantação de coletores nas farmácias faz com que o
consumidor seja informado sobre o descarte correto no momento em que adquire o medicamento,
e assim que estiver em desuso na sua residência irá descartá-lo na farmácia. Desse modo,
aumentará o número de devolução e aperfeiçoará as coletas, pois o fabricante irá coletar
diretamente na farmácia, sem ter que passar pelas residências (Bueno et al., 2016).
A logística reversa para a cadeia farmacêutica, trata-se de uma nova concepção do
processo logístico, trazendo uma estratégia que operacionaliza o retorno dos resíduos de pós-
consumo (da Silva et al., 2023).
Um dos programas disponibilizado é o Programa Descarte Consciente, onde visa atender
as exigências e facilitar a captação dos medicamentos vencidos. Nas farmácias participantes, se
tem uma estação coletora que pode ser descartados medicamentos líquidos, sólidos, pomadas,
sprays, caixas entre outros. Esse programa está se difundindo pelo país, não sendo todos os
estados a possuir o programa. Para o consumidor saber se tem um ponto de coleta, é
disponibilizado um site para descobrir se há algum próximo a sua residência (Bueno et al., 2016).
3.3 DESCARTE DE RESÍDUOS SÓLIDOS
As metodologias para o tratamento dos resíduos sólidos gerados consistem em várias
etapas para que seja feito de acordo com as normas técnicas vigentes conforme a legislação, para
cada tipo de resíduo deve ser feito um tratamento a fim de que sejam diminuídos os vários tipos
de agravantes ambientais (Angioluci et al., 2020).
De acordo com a Resolução RDC n 222, de 29 de março de 2018, resíduos químicos
gerados pelos estabelecimentos prestadores de serviços de saúde (Resíduos grupo B), quando em
estados sólidos não tratados devem ser arranjados em aterros sanitários de resíduos perigosos de
classe I. Já em estado líquido, devem ser enviados a tratamentos específicos como solidificação
para depois serem enviados para aterros (Barbosa, 2020).
Ainda segundo Barbosa (2020), na realidade atual, a inexistência de um programa de
recolhimento de medicamentos vencidos é presente, aliado a falta de fiscalização por parte dos
órgãos sanitários, profissionais não devidamente capacitados e poucas campanhas educativas,
por muitas vezes favorecem para que os estabelecimentos de saúde não pratiquem um plano de
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gerenciamento de resíduos fazendo que se amplifique o descarte inadequado de resíduos de
medicamentos.
Conforme cita Angioluci (2020), as práticas normalmente adotadas para tratamento de
resíduos consistem na separação para facilitar o processo de tratamento e sua disposição final
onde para cada tipo de resíduo deve ser feito um tratamento diferenciado, sendo eles classificados
de acordo com as Normas Técnicas vigentes, conforme a legislação. O autor ainda cita que duas
vertentes se destacam no estudo, onde a primeira visa em identificar a maciça geração de
resíduos, sendo elas por fatores de má gestão, ineficácia de fiscalização e de pobre
conscientização da população e a segunda, onde as empresas buscam meio alternativos de
diminuir a quantidade de resíduos por meio de incineração e inertização.
A incineração em si consiste em diminuir a massa do resíduo incinerado, encaminhando
aos aterros sanitários. Suas vantagens elaboram a redução de volume e destruição de resíduos
altamente contaminantes só que necessitando de um alto investimento em capitação de
profissionais, equipamentos e manutenções, além da geração de gases tóxicos que necessitam de
uma lavagem e purificação de gases, caracterizando a desvantagem. Ela é o meio mais utilizado
para redução de volume de resíduos sólidos farmacêuticos apesar de apresentar riscos para o
meio ambiente e saúde humana por conta desses gases emitidos pela incineração (Angioluci,
2020).
A inertização implica-se na mistura dos medicamentos triturados a outras substâncias
como cimento ou gesso acartonado. Suas vantagens são pelo baixo impacto ambiental, baixo
custo e processo relativamente simples, pois necessitam de poucos materiais e processos. A
desvantagem se dá por necessitar testes laboratoriais para garantir que as propriedades físico-
químicas dos materiais sejam mantidas (Angioluci, 2020).
É de grande importância que essas ações feitas a fim de se criar uma cadeia de descarte
além de chamarem a atenção da fiscalização para um maior olhar sobre o gerenciamento dos
resíduos sólidos que prestam para a comunidade, também se aplica para a manutenção da saúde
do homem e meio ambiente (Blankenstein e Junior, 2018).
3.4 EDUCAÇÃO AMBIENTAL
A educação ambiental, em todas as esferas, estimula o pensamento do indivíduo perante
os problemas ambientais no mundo, bem como auxilia no pensamento crítico para detectar o
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problema e minimizá-lo, principalmente por ações que visam diminuir os agravantes poluentes e
práticas de reciclagem e reuso dos recursos naturais. Promover a educação ambiental é uma
vertente da educação voltada para como o homem lida com as suas ações sob a natureza, com o
intuito de despertar a consciência do indivíduo a fim de gerar um pensamento crítico sobre os
problemas ambientais no mundo (Ferreira et al., 2019).
Pensando no âmbito da educação ambiental aos temas de descarte correto de
medicamentos e a resíduos sólidos e líquidos, faz ser de extrema importância para que o meio
ambiente tenha menos agravantes maléficos, pois segundo Ávila e Morais (2018), atualmente o
poder das indústrias farmacêuticas vem crescendo, os processos produtivos causam impactos
ambientais e tem elevado consumo de recursos naturais.
A educação ambiental não se limita as indústrias farmacêuticas, para Marquezoti e
Bitencourt (2016), o descarte de medicamentos é uma responsabilidade de todos, incluindo o
consumidor final e como ele irá fazer o descarte adequado dos seus medicamentos e insumos
após o uso ou encerramento de sua vida útil.
3.4.1 Educação ambiental quanto aos colaboradores das indústrias
De acordo com um estudo de campo feito em uma indústria farmacêutica por Ávila e
Morais (2018) para observação e anotações do dia-a-dia da indústria, foi constatado que as
maiorias dos funcionários já possuíam um pensamento crítico quanto à preservação da natureza
e seus recursos naturais antes mesmo de entrar na empresa, porém, que os treinamentos e
palestras realizadas pela organização alavancaram os conhecimentos dos funcionários quanto a
minimizar os efeitos nocivos ao meio ambiente, treinamentos esses descrito pelos funcionários,
que além de abranger assuntos como uso consciente de água, energia e matéria prima,
demonstrava também como cada resíduo deve ser descartado e qual a sua correta destinação final.
Ao analisar os funcionários quanto ao seu conhecimento em relação à gestão ambiental,
Ávila e Moraes (2018), relatam que os mesmos possuem um conhecimento satisfatório em
relação a esse tema, além de que nos processos produtivos da indústria os colaboradores têm o
costume de realizar alguma atividade a fim de minimizar os gastos de água, energia ou papel e
que o mesmo também procura ajudar de alguma forma a minimizar qualquer tipo de gasto sem
necessidade. Verificou-se também que a indústria farmacêutica avaliada procurou investir em
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capacitação e conscientização de seus colaboradores, visto que os funcionários possuem
entendimento de que a indústria realiza praticas para uma melhor preservação ambiental.
3.4.2 Educação ambiental quanto aos descartes de resíduos e medicamentos pela população
Estudo realizado por Rodrigues, et al. (2020), relata que a maioria da população
entrevistada utiliza o lixo comum para fazer o descarte dos insumos farmacêuticos, mesmo
sabendo dos agravantes naturais que isso pode causar. Isso pode se legitimar pela falta de
legislações mais rígidas quanto ao descarte de medicamentos em qualquer ambiente e pela
comodidade de muitas pessoas em relação a se desfazer de tal item. No pensamento de alguns, é
mais fácil descartar em lixo comum ou em qualquer lugar do que procurar saber e entender como
deve ser feito o manejo correto dos resíduos, para que não haja agravantes poluentes e tóxicos ao
meio ambiente.
Para Angioluci, et al., (2020) em sua revisão bibliográfica sobre inertização de
medicamentos sólidos vencidos, o autor cita que o descarte indevido de medicamentos no meio
ambiente se dá tanto da população geral quanto da negligência dos próprios profissionais
envolvidos no processo de produção, devido a uma falta de fiscalização mais rígida quanto ao
assunto e de incentivo dos órgãos governamentais.
Segundo Angioluci et al., (2020) além de uma conscientização populacional sobre os
perigos do descarte incorreto de medicamentos vencidos no meio ambiente, seria viável aumentar
a fiscalização quanto aos profissionais de saúde que deveriam adotar um esquema de logística
reversa mais eficaz para tal problema, onde segundo o autor, o Brasil já tem capacidade suficiente
para exercer tal ato sobre as indústrias devido a suas legislações, porém, carece de uma
fiscalização eficiente.
Barbosa (2020) relata que tanto o governo, os estabelecimentos de saúde e a população
devem andar lado a lado com ações para diminuir o uso irracional de medicamentos e
consequentemente diminuírem os resíduos farmacêuticos gerados pelos processos produtivos,
além de uma fiscalização mais eficaz e vigorosa quanto ao descarte incorreto de medicamentos
e resíduos, seja pela indústria, ou pela população, visando alcançar uma melhor gestão de como
é feito o descarte dos resíduos de medicamentos para que a tanto a saúde humana quanto
preservação ambiental seja concluída com êxito.
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3.5 INDÚSTRIA SUSTENTÁVEL: REUTILIZAÇÃO E PRESERVAÇÃO DOS RECURSOS
NATURAIS
Segundo Bastos et al., (2019) o atual modelo da economia mundial é baseado na
utilização dos recursos naturais e com isso o desafio das produções industriais devido à escassez
de alguns recursos vem se tornando um fator a ser discutido. Diante deste contexto, a indústria
sustentável vem ganhando cada dia mais destaque, em especial a que utilizam matérias primas
renováveis. De acordo com Bastos, et al., (2019) a bioeconomia é caracterizada pela transição do
modelo de indústria atual para uma indústria sustentável a fim de minimizar os impactos
socioambientais, utilizando e reutilizando os recursos naturais do planeta e dos seus próprios
processos de produção, para que com isso possa ser gerado benefícios não somente ambientais,
mas sim sociais e de segurança nacional, além de trazer benefícios econômicos para a própria
empresa.
Em contrapartida, a prática do manejo inadequado dos resíduos farmacêuticos, tanto pela
população e indústrias farmacêuticas, seja por negligência ou desconhecimento, muitas vezes
essa causa impactos ambientais que afetam a saúde pública, devido ao descarte ser feito em lixo
comum, pias, vasos sanitários e ralos, o que pode contaminar solo e aquíferos (Vieira, 2021).
3.5.1 Controle de consumo e reuso de água
O reuso e tratamento pela indústria farmacêutica de bens naturais como a água e de
extrema importância para o bem-estar social visto que em muitas cidades a seca e um dos
principais problemas sociais (Cuadro, et al., 2018).
Conforme cita Giacchetti (2016), recursos naturais como os recursos hídricos são um
ingrediente de extrema necessidade na indústria farmacêutica devido a sua importância nos
processos de produção, pois através da água que é feito a preparação de diversos medicamentos.
Além da produção de medicamentos, o consumo de água ocorre para outras finalidades como,
por exemplo, a limpeza de todos os maquinários bem como as fabricas em si, o que mostra que
o tratamento da água residual pode ser uma boa opção para que a água utilizada em processos de
limpeza seja reutilizada de alguma maneira.
Ao analisar o artigo de Cuadro et al., (2018), pode-se notar que a indústria farmacêutica
pesquisada pelo autor atende um sistema eficiente de reaproveitamento de água, pois, a mesma
faz a reutilização de água em descargas de vasos sanitários, lavagens de pisos em outras
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situações, com isso a indústria consegue economizar e diminuir o impacto perante o consumo de
água na cidade, pois, segundo a análise do autor, a utilização de água para esses estes fins,
representa cerca de 15% do consumo de água geral da indústria.
4 CONCLUSÃO
O presente trabalho mostrou que ações voltadas à sustentabilidade vêm a cada dia se
tornando um tema pertinente para as indústrias farmacêuticas, visto que a produção de
medicamentos vem se intensificando devido ao aumento populacional, sua expectativa de vida
aumentada e pela automedicação dos consumidores. Com essa maximização da produção de
medicamentos e insumos farmacêuticos a indústria farmacêutica possui uma responsabilidade
socioambiental extremamente importante.
As indústrias farmacêuticas estão se importando com o consumo consciente dos recursos
naturais bem como estão realizando ações para diminuir o próprio impacto negativo ao meio
ambiente quanto à sua larga escala de produção, além de realizar a conscientização de seus
colaboradores e consumidores sobre práticas sustentáveis quanto ao descarte de resíduos na
natureza sem o devido cuidado adequado. Porém, ainda é necessário ações ainda mais eficazes
quando relacionados ao reaproveitamento de água, aliado também de mais verba destinada a
programas de sustentabilidade e reciclagem dentro de suas instalações.
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