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Avaliação da suplementação de beta-alanina no desempenho esportivo

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Abstract and Figures

A suplementação de beta-alanina tem sido amplamente utilizada como um suplemento alimentar para melhorar o desempenho físico. Seus efeitos positivos estão associados ao aumento da carnosina muscular, que proporciona maior resistência e redução da fadiga durante os treinos em diferentes modalidades esportivas. Posto isso, este artigo tem como objetivo apresentar uma revisão bibliográfica narrativa que explora os benefícios da suplementação de beta-alanina no desempenho esportivo e sua influência na composição corporal. A revisão também enfoca o papel da beta-alanina na formação da carnosina, um composto dipeptídeo presente naturalmente no corpo humano. Os resultados destacam que a beta-alanina apresenta benefícios no desempenho físico, com apenas um efeito colateral facilmente evitado, contribuindo para a melhoria da resistência e redução da fadiga muscular durante os treinos de resistência. Os estudos investigados demonstram que a suplementação de beta-alanina contribui para o melhor desenvolvimento do exercício, elevando os níveis de carnosina e minimizando a sensação de fadiga, resultando em aprimoramento do rendimento físico.
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Research, Society and Development, v. 12, n. 6, e20712642214, 2023
(CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v12i6.42214
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Avaliação da suplementação de beta-alanina no desempenho esportivo
Evaluation of beta-alanine supplementation in sports performance
Evaluación de la suplementación de beta-alanina en el rendimiento deportivo
Recebido: 04/06/2023 | Revisado: 15/06/2023 | Aceitado: 16/06/2023 | Publicado: 22/06/2023
Eduardo Figueirêdo dos Santos
ORCID: https://orcid.org/0009-0006-3805-6511
Centro Universitário de Brasília, Brasil
E-mail: Eduardofs.nutri@gmail.com
Luana Bernardes de Oliveira
ORCID: https://orcid.org/0009-0003-1908-9711
Centro Universitário de Brasília, Brasil
E-mail: Luana141197@gmail.com
Maína Ribeiro Pereira-Castro
ORCID: https://orcid.org/0000-0003-2771-4989
Centro Universitário de Brasília, Brasil
E-mail: maina.pereira@ceub.edu.br
Resumo
A suplementação de beta-alanina tem sido amplamente utilizada como um suplemento alimentar para melhorar o
desempenho físico. Seus efeitos positivos estão associados ao aumento da carnosina muscular, que proporciona maior
resistência e redução da fadiga durante os treinos em diferentes modalidades esportivas. Posto isso, este artigo tem
como objetivo apresentar uma revisão bibliográfica narrativa que explora os benefícios da suplementação de beta-
alanina no desempenho esportivo e sua influência na composição corporal. A revisão também enfoca o papel da beta-
alanina na formação da carnosina, um composto dipeptídeo presente naturalmente no corpo humano. Os resultados
destacam que a beta-alanina apresenta benefícios no desempenho físico, com apenas um efeito colateral facilmente
evitado, contribuindo para a melhoria da resistência e redução da fadiga muscular durante os treinos de resistência. Os
estudos investigados demonstram que a suplementação de beta-alanina contribui para o melhor desenvolvimento do
exercício, elevando os níveis de carnosina e minimizando a sensação de fadiga, resultando em aprimoramento do
rendimento físico.
Palavras-chave: Carnosina; Suplementos nutricionais; Beta-alanina; Desempenho esportivo; Fadiga.
Abstract
Beta-alanine supplementation has been widely used as a dietary supplement to improve physical performance. Its
positive effects are associated with increased muscle carnosine, which provides greater resistance and reduced fatigue
during training in different sports. That said, this article aims to presents a narrative review that explores the benefits
of beta-alanine supplementation on sports performance and its influence on body composition. The review also
focuses on the role of beta-alanine in the formation of carnosine, a dipeptide compound naturally present in the human
body. The results highlight that beta-alanine has benefits in physical performance, with only one easily avoided side
effect, contributing to the improvement of endurance and reduction of muscle fatigue during resistance training. The
investigated studies demonstrate that beta-alanine supplementation contributes to the better development of exercise,
raising carnosine levels and minimizing the feeling of fatigue, resulting in improved physical performance.
Keywords: Carnosine; Dietary supplements; Beta-alanine; Athletic performance; Fatigue.
Resumen
La suplementación con beta-alanina ha sido ampliamente utilizada como suplemento dietético para mejorar el
rendimiento físico. Sus efectos positivos están asociados al aumento de carnosina muscular, lo que proporciona una
mayor resistencia y reduce la fatiga durante el entrenamiento en diferentes deportes. Dicho esto, este artículo tiene
como objetivo presentar una revisión narrativa que explora los beneficios de la suplementación con beta-alanina en el
rendimiento deportivo y su influencia en la composición corporal. Los estudios investigados demuestran que la
suplementación con beta-alanina contribuye al mejor desarrollo del ejercicio, elevando los niveles de carnosina y
minimizando la sensación de fatiga, resultando en un mejor rendimiento físico. Además, se discuten las diferentes
dosis y sus posibles efectos secundarios. La revisión también se centra en el papel de la beta-alanina en la formación
de carnosina, un compuesto dipeptídico presente de forma natural en el cuerpo humano. Los resultados destacan que
la beta-alanina tiene beneficios en el rendimiento físico, con solo un efecto secundario fácilmente evitable, que
contribuye a la mejora de la resistencia y la reducción de la fatiga muscular durante el entrenamiento de resistencia.
Palabras clave: Carnosina; Suplementos dietéticos; Beta-alanina; Rendimiento deportivo; Fatiga.
Research, Society and Development, v. 12, n. 6, e20712642214, 2023
(CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v12i6.42214
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1. Introdução
A beta alanina é um aminoácido não essencial produzido pelo corpo humano, principalmente pelo fígado, em menor
quantidade pelo intestino e pelos rins. Juntamente com a L-histidina, outro aminoácido, a beta alanina forma o peptídeo
conhecido como carnosina, encontrado em grandes quantidades no tecido muscular. A carnosina (β -alanil- L -histidina) é uma
molécula dipeptídeo composta pelos aminoácidos β -alanina (BA) e L -histidina que é encontrada no músculo esquelético e em
outros tecidos (Varanoske et al., 2017). Embora a l-histidina seja considerada um aminoácido essencial em humanos, é
encontrada em grandes quantidades no corpo, ao contrário da beta-alanina. A carnosina tem a capacidade de tamponamento do
H + pela beta-alanina pode levar a um retardo no acúmulo de íons de hidrogênio durante o exercício, resultando em uma
redução da fadiga. Além disso, atua como um antioxidante intracelular, reduzindo a ação dos radicais livres e efeitos
ergogênicos da beta alanina no corpo humano (Cardoso et al., 2022). Visto por Trexler et al. (2015) Quatro semanas de
suplementação de beta-alanina (4-6 g diariamente) aumenta significativamente as concentrações de carnosina muscular, agindo
assim como um tampão de pH intracelular, atualmente, a suplementação de beta-alanina nas doses recomendadas parece ser
segura para indivíduos saudáveis.
A disponibilidade de beta alanina limita a síntese de carnitina, sendo que sua produção endógena e ingestão alimentar
ocorrem em quantidades relativamente baixas. Como resultado, a suplementação de beta alanina tem se popularizado,
principalmente entre atletas de alta performance. Tanto a beta alanina quanto a L-histidina, que são fundamentais para a
formação da carnosina, possuem importância fisiológica destacada, incluindo suas propriedades antioxidantes e a contribuição
para a função muscular (Maté-muñoz et al., 2018).
A carnosina é armazenada nos músculos esqueléticos (Abe, 2000) e desempenha diversas funções, incluindo a
redução da fadiga ao bloquear prótons intracelulares. Devido à sua estrutura, a carnosina é capaz de aceitar um próton no pH
fisiológico, o que a torna precursora do bloqueio do bicarbonato e do fosfato inorgânico durante o exercício físico (Hill et al.,
2007; suzuki et al., 2006). Além disso, a carnosina desempenha um papel na regulação da sensibilidade do cálcio no corpo
humano (Trexler et al., 2015). Estudos têm demonstrado que a suplementação de beta alanina é eficaz no aumento dos níveis
intracelulares de carnosina nos membros superiores e inferiores (Saunders et al., 2016), com concentração máxima observada
entre 30 a 45 minutos após a ingestão (Harris et al., 2006).
Diante do exposto, é relevante realizar uma revisão de estudos bibliográficos em português e inglês que abordam os
benefícios da suplementação de beta alanina no desenvolvimento muscular, seu impacto no organismo e a dosagem adequada
para o corpo humano. A crescente popularidade dessa suplementação, especialmente entre aqueles que buscam a hipertrofia
muscular, justifica a necessidade de investigar como a beta alanina pode contribuir para a hipertrofia e melhorar o desempenho
na musculação, tanto para atletas quanto para pessoas que buscam o crescimento muscular.
A suplementação de beta alanina é segura para a população e tem demonstrado resultados positivos no crescimento
muscular. Nas doses adequadas, o efeito colateral mais comum é a sensação de formigamento, causada pela interação com a
histamina no corpo, sendo esse efeito considerado inofensivo. No entanto, a ocorrência da parestesia relatada pode variar entre
indivíduos, sendo mais frequente em mulheres, mesmo quando a dose é ajustada de acordo com o peso corporal (Dolan et al.,
2019). Podendo ser facilmente evitada alterando o consumo para pequenas doses ao decorrer do dia (Church et al., 2017).
Diante do exposto, este estudo tem como objetivo verificar como a suplementação de beta alanina pode trazer benefícios para a
hipertrofia muscular e melhorar o desempenho na musculação, visando atender às demandas de atletas e indivíduos que
buscam o crescimento muscular.
2. Metodologia
O projeto apresentado trata-se de uma revisão narrativa, englobando estudos que descrevem como o aminoácido
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alanina ajuda na melhor performance do músculo humano. Foram utilizadas buscas por artigos científicos nas seguintes
plataformas de dados; Scientific Electronic Library of Medicine (SciELO), PubMed (National Library of Medicine) e os
primeiros 100 artigos do Google Acadêmico.
Para restringir e aprofundar a busca sobre o tema foram utilizadas como base os seguintes descritores em inglês; “Beta
Alanine","Beta Alanine Amino Acid ", "Carnosine ", "Muscle". Considerando ainda o uso do operador booleano “and” e ‘’or’’
permitindo a junção dos termos escolhidos.
Foram selecionados inicialmente artigos da língua portuguesa e língua inglesa. Selecionados com os seguintes
critérios de inclusão; artigos completos entre 2013 a 2023.
3. Resultados e Discussão
Na busca inicial identificou-se 16.030 artigos no total, ao remover o critério de escolha na base do google acadêmico
para apenas os 100 primeiros artigos, reduziu-se para 530 artigos. Após essa etapa, foi feita a seleção dos artigos pelo título, o
qual se totalizou em 27 artigos. Seguindo esses 27 foi feita a análise dos resumos, do qual se chegou no número 16. Após a
leitura desses artigos na íntegra, 8 artigos foram selecionados para serem analisados no trabalho.
Figura 1 - Fluxograma dos critérios de elegibilidade dos artigos.
Fonte: Autoria própria (2023).
O Quadro 1 a seguir apresenta os resultados das filtragens realizadas, que constituem o "corpus" da pesquisa. Este
corpus representa o material selecionado para análise e discussão, a fim de revelar o que está presente na literatura científica
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específica sobre o assunto. Esse conjunto de informações permite ao leitor obter um maior conhecimento sobre o estado atual
dos estudos realizados, de acordo com os critérios de seleção estabelecidos.
Quadro 1 - Artigos de revisão utilizados na presente pesquisa, 2013-2023.
Autor, data
Tipo de
estudo
Participantes
da amostra
Método
Objetivos do estudo
Resultados
Efeitos
colaterais
Carpentier
et al, 2015
Ensaio
clínico
randomizado
12 homens e 15
mulheres jovens
saudáveis e
fisicamente
ativos
5 saltos de agachamento e 5 saltos
com contramovimento durante 8
semanas
Investigar os efeitos da
suplementação de BA no
desempenho de jovens
atletas através da
performance esportiva
Aumento na performance
de pulos tanto em altura
como duração
Nenhum
Outlaw et al,
2016
Ensaio
clínico
randomizado
16 mulheres
universitárias
sedentárias
teste de wingate por 30 segundos,
medição de massa magra
Avaliar efeitos da
suplementação de BA e
treinamento de
resistência na
composição corporal e
desempenho esportivo
Treinamento e
suplementação de BA
podem ser eficazes para
melhorar a resistência e a
BA não teve efeitos na
composição corporal ou
força máxima
Nenhum
Church et al,
2017
Ensaio
clínico
randomizado
18 homens e 12
mulheres
Grupos de 6g consumiram por 4
semanas, grupo de 12g consumiu
por 2 semanas. Exame de sangue
em repouso, biópsia do músculo,
metabólitos plasmáticos e
musculares medidos por
cromatografia líquida
Determinar se o aumento
da dose diária de
suplementação de BA
pode aumentar a
carnosina muscular mais
rápido
O aumento na dose obteve
o aumento na carnosina
muscular mais rapidamente
Nenhum
Varanoske
et al, 2017
Ensaio
clínico
randomizado
13 homens e 13
mulheres
doses de 2g 3 vezes ao dia.
Biópsia dos músculos
Comparar a diferença da
suplementação entre
homem e mulher
Homem costuma ter níveis
mínimos de carnosina
muscular maiores que
mulheres, mas
suplementação trazem
efeito similar em ambos os
sexos.
Nenhum
Saunders et
al, 2017
Ensaio
clínico
randomizado
25 homens
fisicamente
ativos
Doses: 2 comprimidos de 800mg
a cada 3-4 horas. Coleta de
sangue venoso. Biópsia do
músculo vastus lateralis
Investigar os efeitos da
suplementação de BA
por 24 semanas na
carnosina muscular,
expressão genética e no
ciclismo de alta
intensidade
Aumento na carnosina
muscular, nenhuma outra
diferença na expressão
genética e aumento no
ciclismo evidente a cada
semana de suplementação
Nenhum
Maté-
Muñoz et al,
2018
Ensaio
clínico
randomizado
26 homens
jovens,
saudáveis e
treinados em
resistência
Doses: 8 comprimidos de 800mg
a cada 1.5 horas. Exercícios de
membros inferiores medindo
velocidade média e de pico,
potência média e de pico
Determinar se a
suplementação de BA
melhorou resposta
adaptativa a um
treinamento de
resistência em 5 semanas
Melhorias
significativamente maiores
foram observadas nos
treinamentos de resistência
Nenhum,
usou-se
métodos
para serem
evitados
Roveratti et
al, 2019
Ensaio
clínico
randomizado
14 homens e 10
mulheres
sedentárias
doses: 2,4 g/dia, dividido em seis
cápsulas; 3,6 g/dia, divididos em
nove cápsulas; e 4,8 g/dia,
dividido em 12 cápsulas. Avaliou
número de repetições até a falha,
avaliação do esforço percebido,
dor muscular e níveis sanguíneos
de CK
Investigar os efeitos da
suplementação de BA
durante a recuperação na
função muscular após
exercício de resistência
de alta intensidade
BA não melhora a
recuperação muscular após
exercício de resistência de
alta intensidade em adultos
jovens não treinados
Nenhum,
usou-se
métodos
para serem
evitados
Bassinello et
al, 2019
Ensaio
clínico
randomizado
20 homens
saudáveis,
treinados em
força
recreacionalmen
te
Doses: 2 comprimidos de 800mg
4 vezes ao dia. Supervisão nos
exercícios de resistência isotônica
e resistência isométrica e
isocinética de membros inferiores
Determinar os efeitos de
4 semanas de
suplementação de BA na
resistência muscular
esquelética usando testes
de desempenho
BA não influenciou o
número de repetições em
nenhum teste de resistência
de força
Nenhum
Fonte: Autoria própria (2023).
Research, Society and Development, v. 12, n. 6, e20712642214, 2023
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3.1 Aminoácido beta alanina ajudando no melhor desenvolvimento no exercício
Nos estudos realizados por Roveratti et al. (2019) , Carpentier et al. (2015) e Saunders et al. (2017), eles mostram que
o aminoácido beta alanina usado em exercícios de alta intensidade ajuda no melhor desempenho do músculo, pois por conta da
carnosina o nosso músculo tem menos fadiga e tem um melhor resultado muscular. Quando usado a beta alanina durante um
tempo de no mínimo 4 semanas consecutivas, tem um maior rendimento no treino e melhor eficácia para o desenvolvimento no
exercício. Para Maté-Muñoz et al. (2018) a suplementação de β-alanina foi eficaz em aumentar a potência ao levantar cargas
equivalentes à força máxima do indivíduo ou ao trabalhar na potência máxima.
Os artigos de Trexler et al. (2015) e Saunders et al. (2017) mostram os possíveis benefícios da suplementação com a
beta alanina e os efeitos da carnosina que são causados nos músculos humanos. Para uma pessoa saudável que queira melhorar
o seu rendimento, o uso da beta alanina é uma boa opção para a melhoria da fadiga muscular, é uma estratégia benéfica para o
desenvolvimento corporal, principalmente para indivíduos que praticam atividade física diariamente. De fato, a β-alanina é um
de apenas cinco suplementos esportivos reconhecidos pelo Comitê Olímpico Internacional como tendo evidências suficientes
de eficácia para justificar seu uso em situações específicas (Dolan et al.,2019).
3.2 Elevação dos níveis de carnosina através da ingestão de beta-alanina
Foi visto que a suplementação da beta-alanina tem ligação ao aumento da carnosina, um dipeptídeo formado pela
combinação dos aminoácidos beta-alanina e histidina, é naturalmente presente no corpo humano. Sua função primordial de
acordo com Lancha Junior et al. (2015) é agir como um tampão intracelular, desempenhando um papel crucial na regulação do
pH muscular durante atividades físicas intensas. Além disso, a carnosina é reconhecida por suas propriedades antioxidantes e
anti-inflamatórias, bem como por sua participação na regulação do metabolismo de glicose e na função neuromuscular.
A suplementação de beta-alanina é comumente utilizada para elevar os níveis de carnosina muscular, visando
aprimorar o desempenho esportivo e promover vantagens relacionadas à composição corporal, esse aumento ocorre tanto em
pessoas treinadas, ou não treinadas, independente de gênero e em adultos e idosos (Trexler et al., 2015) e é visto que, o
aumento da carnosina muscular não é linear à quantidade das dosagens e período de tempo de suplementação (Perim et al.,
2019). Para (Saunders et al, 2017) vinte e quatro semanas de suplementação de BA aumentaram o conteúdo de carnosina
muscular e melhoram a capacidade de ciclismo de alta intensidade, sendo que a beta alanina tem um grande domínio na
carnosina muscular.
3.3 Minimização da sensação de fadiga e aprimoramento do rendimento físico
A suplementação de beta-alanina tem sido associada à minimização da sensação de fadiga e ao aprimoramento do
rendimento físico. A elevada demanda de energia durante o exercício de alta intensidade (EAI) requer que processos
anaeróbios cubram uma parte significativa da necessidade de trifosfato de adenosina (ATP). A liberação de energia anaeróbica
resulta no esgotamento de fosfocreatina (PCr) e no acúmulo de ácido lático, o que estabelece um limite superior para a
produção de ATP anaeróbico e, consequentemente, para o desempenho no EAI. A suplementação com beta-alanina tem um
efeito ergogênico, aumentando o teor de carnosina muscular, que é um tampão intracelular endógeno (Sahlin, 2014).
Segundo Huerta Ojeda et al. (2020), o aumento no desempenho físico após suplementação de beta-alanina é devido ao
aumento das concentrações de carnosina muscular, que está associado à regulação intracelular do pH (buffer), resistindo a
alteração causada pelo ácido lático. A carnosina é capaz de tamponar H +, resultando em um atraso de H + acúmulo durante o
exercício, diminuindo assim a fadiga (Varanoske et al, 2017).
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3.4 Diferentes dosagens e seus efeitos colaterais
A parestesia, efeito colateral caracterizada por uma sensação de formigamento, pinicação, dormência ou coceira na
pele, podendo ocorrer em várias partes do corpo, como pescoço, couro do cabelo, braços, rosto, costas ou pernas, está mais
presente quando a dosagem chega a 800mg ou mais de beta-alanina, e costuma durar por um período por volta de 60-90
minutos; A parestesia é o único efeito colateral relatado durante o consumo da beta-alanina, e não há evidências que indiquem
que esse fenômeno tenha quaisquer consequências adversas e que tragam algum mal à saúde (Varanoske et al., 2019).
Segundo Trexler (2015) a suplementação fracionada de beta-alanina ao longo do dia é benéfica para prevenir a
parestesia. É visto como o uso de formulações de liberação sustentada reduz substancialmente os sintomas de formigamento
causados pela ingestão de doses superiores a 800 mg de beta-alanina em formas de liberação não sustentada. Acredita-se que a
ativação dos genes relacionados ao receptor Mas (Mrg) pela beta-alanina resulte na parestesia na pele. Portanto, a
suplementação dividida ao longo do dia é uma estratégia viável para reduzir os efeitos indesejados da parestesia na
suplementação de beta-alanina.
Acerca das diferentes metodologias de consumo, todos os estudos foram feitos usando a suplementação em pó, e é
visto que o consumo feito em doses separadas ao longo do dia, diminui o efeito de parestesia em até 100% (Church et al.,
2017).
4. Considerações Finais
Nesta revisão podemos ver que o uso do aminoácido beta alanina pode ajudar os indivíduos que buscam ter melhores
resultados e desempenhos nas suas atividades físicas, seja em qualquer modalidade esportiva. Hoje todos querem fazer o uso
de suplementos alimentares para o melhor desempenho, mas antes do uso temos que ver se realmente funciona e qual é o
objetivo que quer. No caso da beta alanina é comprovado que tem eficácia no corpo humano usada de forma regulada e com a
quantidade específica indicada para cada modalidade.
A beta alanina é um aminoácido não essencial sintetizado no fígado. Atua na capacidade de aumentar a síntese da carnosina no
músculo esquelético. A carnosina é um peptídeo composto pelo aminoácido beta alanina e L-histidina. Como a principal
proteína tampão intracelular, pode ser utilizada como recurso ergogênico, aumentando a resistência muscular e a principal
função da carnosina é regular o PH.
É visto que é de grande importância a análise dos suplementos alimentares mesmo com muitas pessoas usando, os
efeitos podem ser diferentes em cada um. Por fim, um estudo mais aprofundado do aminoácido beta alanina diretamente
aplicada ao músculo esquelético, continuará a beneficiar a medicina preventiva e as ciências da saúde humana.
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Background & objectives: Beta-alanine supplementation is known to enhance athletic performance. The aim of this study was to evaluate the effect of a period of high-intensity interval training (HIIT) combined with beta-alanine supplementation on cardiorespiratory performance and blood lactate levels in active women. Methods: Thirty-two active young women were divided into four groups (eight individuals per group): control (placebo), supplement, and training combined either with placebo or supplement. In the pre-test and post-test, blood samples were collected, and cardiorespiratory performance was evaluated by measuring maximum heart rate (HRmax), distance walked, aerobic power (VO2max), and blood lactate levels were evaluated after Cooper's test. The supplement group received four grams of beta-alanine daily for eight weeks, while the training groups completed an eight weeks HIIT program. Data were analyzed using two-way repeated measures analysis. Results: There was no significant difference in distance walked and VO2max between the four groups at both time points. However, significant differences were observed in HRmax and blood lactate levels among the groups (p<0.05). HRmax and blood lactate of the supplement and training group were significantly lower than the other three groups, and blood lactate of the supplement group was also significantly lower than the control group (p<0.05). Additionally, the supplement and training group had significantly increased distance walked and VO2max compared to the control and training with placebo group, and the supplement group compared to the control group (p<0.05). Conclusion: The combination of HIIT and beta-alanine supplementation had a more pronounced effect on cardiorespiratory performance and blood lactate levels in active women compared to either intervention alone.
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The dipeptide carnosine is a physiologically important molecule in the human body, commonly found in skeletal muscle and brain tissue. Beta-alanine is a limiting precursor of carnosine and is among the most used sports supplements for improving athletic performance. However, carnosine, its metabolite N-acetylcarnosine, and the synthetic derivative zinc-L-carnosine have recently been gaining popularity as supplements in human medicine. These molecules have a wide range of effects—principally with anti-inflammatory, antioxidant, antiglycation, anticarbonylation, calcium-regulatory, immunomodulatory and chelating properties. This review discusses results from recent studies focusing on the impact of this supplementation in several areas of human medicine. We queried PubMed, Web of Science, the National Library of Medicine and the Cochrane Library, employing a search strategy using database-specific keywords. Evidence showed that the supplementation had a beneficial impact in the prevention of sarcopenia, the preservation of cognitive abilities and the improvement of neurodegenerative disorders. Furthermore, the improvement of diabetes mellitus parameters and symptoms of oral mucositis was seen, as well as the regression of esophagitis and taste disorders after chemotherapy, the protection of the gastrointestinal mucosa and the support of Helicobacter pylori eradication treatment. However, in the areas of senile cataracts, cardiovascular disease, schizophrenia and autistic disorders, the results are inconclusive.
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RESUMO: A beta-alanina é um aminoácido precursor de carnosina e que recebe atenção nas publicações científicas como um suplemento capaz de melhorar a performance esportiva. A suplementação de beta-alanina proporciona um aumento dos estoques musculares de carnosina, o que resulta em um tamponamento eficaz, especialmente em exercícios de alta intensidade. Sendo assim, o presente estudo teve como objetivo realizar uma revisão sistemática sobre o efeito da suplementação de beta-alanina na performance esportiva. Após definição dos critérios de inclusão e exclusão, 24 estudos recentes randomizados e controlados por placebo foram incluídos nessa revisão sistemática. Destes, 18 apresentaram resultados positivos da suplementação desse aminoácido na performance. Em nosso estudo, podemos concluir que a suplementação de beta-alanina pode contribuir com a performance esportiva, especialmente em atividades de alta intensidade e curta duração. A suplementação crônica de beta-alanina com doses variando principalmente entre 2,4 e 6,4 gramas por dia, por 4 a 12 semanas, mostrou-se eficaz na performance. Apesar de diversos estudos relacionados à eficácia da utilização da beta-alanina e o efeito tamponante da carnosina muscular, mais estudos são necessários, para avaliar as diferentes respostas que podem acontecer, especialmente considerando as diferenças entre homens e mulheres, faixas etárias diversas, tipos de exercícios, doses e durações diferentes. ABSTRACT: Beta-alanine supplementation on exercise performance: a systematic review Beta-alanine is an amino acid precursor of carnosine and that receives attention in scientific publications as a supplement for improving sports performance. Beta-alanine supplementation provides an increase in muscle carnosine stores, which results in effective buffering, especially in high-intensity exercise. Therefore, the present study aimed to carry out a systematic review of the effect of beta-alanine supplementation on sports performance. After defining the inclusion and exclusion criteria, 24 randomized, placebo-controlled studies were included in this systematic review. Of these, 18 showed positive results from the supplementation of this amino acid on performance. In our study, we can conclude that beta-alanine supplementation can contribute to sports performance, especially in high intensity and short duration activities. Chronic beta-alanine supplementation with doses ranging mainly between 2.4 and 6.4 grams per day, for 4 to 12 weeks, has been shown to be effective in terms of performance. Despite several studies related to the effectiveness of beta-alanine use and the buffering effect of muscle carnosine, more studies are needed to assess the different responses that can occur, especially considering the differences between men and women, age groups different types of exercises, different doses, and durations.
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Purpose Previous studies have suggested that beta-alanine supplementation may benefit exercise performance, but current evidence regarding its effects on body composition remains unclear. This systematic review and meta-analysis aimed to investigate the effects of beta-alanine supplementation on body composition indices. Methods Online databases, including PubMed/Medline, Scopus, Web of Science, and Embase, were searched up to April 2021 to retrieve randomized controlled trials (RCTs), which examined the effect of beta-alanine supplementation on body composition indices. Meta-analyses were carried out using a random-effects model. The I2 index was used to assess the heterogeneity of RCTs. Results Among the initial 1413 studies that were identified from electronic databases search, 20 studies involving 492 participants were eligible. Pooled effect size from 20 studies indicated that beta-alanine supplementation has no effect on body mass (WMD: −0.15 kg; 95% CI: −0.78 to 0.47; p = 0.631, I2 = 0.0%, p = 0.998), fat mass (FM) (WMD: −0.24 kg; 95% CI: −1.16 to 0.68; p = 0.612, I2 = 0.0%, p = 0.969), body fat percentage (BFP) (WMD: −0.06%; 95% CI: −0.53 to 0.40; p = 0.782, I2 = 0.0%, p = 0.936), and fat-free mass (FFM) (WMD: 0.05 kg; 95% CI: −0.71 to 0.82; p = 0.889, I2 = 0.0%, p = 0.912). Subgroup analyses based on exercise type (resistance training [RT], endurance training [ET], and combined training [CT]), study duration (
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Beta-alanine supplementation (BA) has a positive impact on physical performance. However, evidence showing a benefit of this amino acid in aerobic-anaerobic transition zones is scarce and the results controversial. The aim of this systematic review and meta-analysis is to analyze the effects of BA supplementation on physical performance in aerobic-anaerobic transition zones. At the same time, the effect of different dosages and durations of BA supplementation were identified. The search was designed in accordance with the PRISMA ® guidelines for systematic reviews and meta-analyses and performed in Web of Science (WOS), Scopus, SPORTDiscus, PubMed, and MEDLINE between 2010 and 2020. The methodological quality and risk of bias were evaluated with the Cochrane Collaboration tool. The main variables were the Time Trial Test (TTT) and Time to Exhaustion (TTE) tests, the latter separated into the Limited Time Test (LTT) and Limited Distance Test (LDT). The analysis was carried out with a pooled standardized mean difference (SMD) through Hedges' g test (95% CI). Nineteen studies were included in the systematic review and meta-analysis, revealing a small effect for time in the TTT (SMD, −0.36; 95% CI, −0.87-0.16; I 2 = 59%; p = 0.010), a small effect for LTT (SMD, 0.25; 95% CI, −0.01-0.51; I 2 = 0%; p = 0.53), and a large effect for LDT (SMD, 4.27; 95% CI, −0.25-8.79; I 2 = 94%; p = 0.00001). BA supplementation showed small effects on physical performance in aerobic-anaerobic transition zones. Evidence on acute supplementation is scarce (one study); therefore, exploration of acute supplementation with different dosages and formats on physical performance in aerobic-anaerobic transition zones is needed.
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Beta-alanine (BA) supplementation increases muscle carnosine content (MCarn), and has many proven, and purported, ergogenic, and therapeutic benefits. Currently, many questions on the nature of the MCarn response to supplementation are open, and the response to these has considerable potential to enhance the efficacy and application of this supplementation strategy. To address these questions, we conducted a systematic review with Bayesian-based meta-analysis of all published aggregate data using a dose response (Emax) model. Meta-regression was used to consider the influence of potential moderators (including dose, sex, age, baseline MCarn, and analysis method used) on the primary outcome. The protocol was designed according to PRISMA guidelines and a three-step screening strategy was undertaken to identify studies that measured the MCarn response to BA supplementation. Additionally, we conducted an original analysis of all available individual data on the MCarn response to BA supplementation from studies conducted within our lab (n = 99). The Emax model indicated that human skeletal muscle has large capacity for non-linear MCarn accumulation, and that commonly used BA supplementation protocols may not come close to saturating muscle carnosine content. Neither baseline values, nor sex, appeared to influence subsequent response to supplementation. Analysis of individual data indicated that MCarn is relatively stable in the absence of intervention, and effectually all participants respond to BA supplementation (99.3% response [95%CrI: 96.2–100]).
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Carnosine is an abundant histidine-containing dipeptide in human skeletal muscle and formed by beta-alanine and L-histidine. It performs various physiological roles during exercise and has attracted strong interest in recent years with numerous investigations focused on increasing its intramuscular content to optimize its potential ergogenic benefits. Oral beta-alanine ingestion increases muscle carnosine content although large variation in response to supplementation exists and the amount of ingested beta-alanine converted into muscle carnosine appears to be low. Understanding of carnosine and beta-alanine metabolism and the factors that influence muscle carnosine synthesis with supplementation may provide insight into how beta-alanine supplementation may be optimized. Herein we discuss modifiable factors that may further enhance the increase of muscle carnosine in response to beta-alanine supplementation including, (i) dose; (ii) duration; (iii) beta-alanine formulation; (iv) dietary influences; (v) exercise; and (vi) co-supplementation with other substances. The aim of this narrative review is to outline the processes involved in muscle carnosine metabolism, discuss theoretical and mechanistic modifiable factors which may optimize the muscle carnosine response to beta-alanine supplementation and to make recommendations to guide future research.
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β-Alanine supplementation is one of the world's most commonly used sports supplements, and its use as a nutritional strategy in other populations is ever-increasing, due to evidence of pleiotropic ergogenic and therapeutic benefits. Despite its widespread use, there is only limited understanding of potential adverse effects. To address this, a systematic risk assessment and meta-analysis was undertaken. Four databases were searched using keywords and Medical Subject Headings. All human and animal studies that investigated an isolated, oral, β-alanine supplementation strategy were included. Data were extracted according to 5 main outcomes, including 1) side effects reported during longitudinal trials, 2) side effects reported during acute trials, 3) effect of supplementation on circulating health-related biomarkers, 4) effect of supplementation on skeletal muscle taurine and histidine concentration, and 5) outcomes from animal trials. Quality of evidence for outcomes was ascertained using the Grading of Recommendations Assessment Development and Evaluation (GRADE) framework, and all quantitative data were meta-analyzed using multilevel models grounded in Bayesian principles. In total, 101 human and 50 animal studies were included. Paraesthesia was the only reported side effect and had an estimated OR of 8.9 [95% credible interval (CrI): 2.2, 32.6] with supplementation relative to placebo. Participants in active treatment groups experienced similar dropout rates to those receiving the placebo treatment. β-Alanine supplementation caused a small increase in circulating alanine aminotransferase concentration (effect size, ES: 0.274, CrI: 0.04, 0.527), although mean data remained well within clinical reference ranges. Meta-analysis of human data showed no main effect of β-alanine supplementation on skeletal muscle taurine (ES: 0.156; 95% CrI: −0.38, 0.72) or histidine (ES: −0.15; 95% CrI: −0.64, 0.33) concentration. A main effect of β-alanine supplementation on taurine concentration was reported for murine models, but only when the daily dose was ≥3% β-alanine in drinking water. The results of this review indicate that β-alanine supplementation within the doses used in the available research designs, does not adversely affect those consuming it.
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β-alanine supplementation has been shown to increase muscle carnosine levels and exercise performance. However, its effects on muscle recovery from resistance exercise (RE) remains unknown. The purpose of this study was to investigate the effects of β-alanine supplementation on muscle function during recovery from a single session of high-intensity RE. Twenty-four untrained young adults (22.1 ± 4.6 years old) were assigned to 1 of 2 groups (N = 12 per group): a placebo-supplement group (4.8 g/day) or an β-alanine-supplement group (4.8 g/day). The groups completed a single session of high-intensity RE after 28 days of supplementation and were then evaluated for muscle function on the 3 subsequent days (at 24, 48, and 72 h postexercise) to assess the time course of muscle recovery. The following indicators of muscle recovery were assessed: number of repetitions until failure, rating of perceived exertion, muscle soreness, and blood levels of creatine kinase (CK). Number of repetitions until failure increased from 24 h to 48 h and 72 h of recovery (time, P < 0.01), with no difference between groups. There was a significant increase in rating of perceived exertion among the sets during the RE session (time, P < 0.01), with no difference between the groups. No difference was observed over time and between groups in rating of perceived exertion in the functional tests during recovery period. Blood CK levels and muscle soreness increased at 24 h postexercise and then progressively declined at 48 and 72 h postexercise, respectively (time, P < 0.05), with no difference between groups. In conclusion, our data indicate that β-alanine supplementation does not improve muscle recovery following a high-intensity RE session in untrained young adults.
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Background: β-Alanine (BA) is a non-essential amino acid that has been shown to enhance exercise performance. The purpose of this investigation was to determine if BA supplementation improved the adaptive response to five weeks of a resistance training program. Methods: Thirty healthy, strength-trained individuals were randomly assigned to the experimental groups placebo (PLA) or BA. Over 5 weeks of strength training, subjects in BA took 6.4 g/day of BA as 8 × 800 mg doses each at least 1.5 h apart. The training program consisted of 3 sessions per week in which three different leg exercises were conducted as a circuit (back squat, barbell step ups and loaded jumping lunges). The program started with 3 sets of 40 s of work per exercise and rest periods between sets of 120 s in the first week. This training volume was then gradually built up to 5 sets of 20 s work/60 s rest in the fifth week. The work load during the program was set by one of the authors according to the individual's perceived effort the previous week. The variables measured were average velocity, peak velocity, average power, peak power, and load in kg in a back squat, incremental load, one-repetition maximum (1RM) test. In addition, during the rest period, jump ability (jump height and power) was assessed on a force platform. To compare data, a general linear model with repeated measures two-way analysis of variance was used. Results: Significantly greater training improvements were observed in the BA group versus PLA group (p = 0.045) in the variables average power at 1RM (BA: 42.65%, 95% CI, 432.33, 522.52 VS. PLA: 21.07%, 95% CI, 384.77, 482.19) and average power at maximum power output (p = 0.037) (BA: 20.17%, 95% CI, 637.82, 751.90 VS. PLA; 10.74%, 95% CI, 628.31, 751.53). The pre- to post training average power gain produced at 1RM in BA could be explained by a greater maximal strength gain, or load lifted at 1RM (p = 0.014) (24 kg, 95% CI, 19.45, 28.41 VS. 16 kg, 95% CI, 10.58, 20.25) and in the number of sets executed (p = 0.025) in the incremental load test (BA: 2.79 sets, 95% CI, 2.08, 3.49 VS. PLA: 1.58 sets, 95% CI, 0.82, 2.34). Conclusions: β-Alanine supplementation was effective at increasing power output when lifting loads equivalent to the individual's maximal strength or when working at maximum power output. The improvement observed at 1RM was explained by a greater load lifted, or strength gain, in response to training in the participants who took this supplement.
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Muscle Carnosine (M‐Carn) synthesis is limited by the availability of ?‐Alanine ( ?‐Ala) but can be increased by supplementation with ?‐Ala. This is of interest to athletes since increased levels of muscle M‐Carn have previously been shown to improve exercise performance. Above 10mg/kg bwt, however, ?‐Ala in solution or rapidly‐dissolving capsules causes symptoms of paraesthesia, despite the amount being less than that available from normal meat ingestion. PURPOSE To investigate the change in M‐Carn in subjects supplemented with a controlled‐release ?‐Ala formulation. METHOD Seven males received 2x800mg ?‐Ala controlled release tablets, 4/d for 4w. Controlled release tablets were Carnosyn(tm) supplied by Collegiate Sports Nutrition. A muscle biopsy from the vastus lateralis was taken at 0 and 4w, and 3 and 6w post supplementation. No control group was included as several previous studies have demonstrated no change in M‐Carn without ?‐Ala supplementation. RESULTS Subjects did not experience paraesthesia. Mean (±SD) M‐Carn at 0 and 4w, and, 3 and 6w post supplementation were 25.9±4.3, 41.3±5.5, 38.3±6.7 and 35.4±5.5 mmol.kg ⁻¹ dry muscle. Post supplementation M‐Carn declined via first‐order kinetics with a half‐life (t½) determined to be 8.6w. CONCLUSION The controlled release ?‐Ala formulation was effective in raising M‐Carn. Following supplementation, levels of M‐Carn declined slowly with a t½ ~9w.