ArticlePDF Available

Relação do tabagismo, inatividade física, consumo de álcool e população idosa com a mortalidade por doenças crônicas não transmissíveis: um estudo ecológico com base de dados mundial

Authors:

Abstract and Figures

Introdução: As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) são condições que resultam de uma combinação multifatorial do indivíduo. Representam-se principalmente pelas doenças respiratórias crônicas e cardiovasculares, câncer e diabetes. Relacionam-se a alguns fatores de risco incrementadores da incidência de morbimortalidade tais como tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas, inatividade física e processo natural de envelhecimento. Objetivos: analisar a associação entre tabagismo, inatividade física, envelhecimento e alcoolismo com a mortalidade por DCNT a nível mundial. Materiais e Métodos: Realizou-se um estudo observacional do tipo ecológico, sendo a população estudada composta por regiões mundiais e países, com seus respectivos dados sobre prevalência de mortalidade por DCNT, prevalência de idosos com 65 anos de idade ou mais, de tabagistas, de inativos fisicamente e do consumo de bebidas alcoólicas estimado em litros de álcool per capita. Resultados: Avaliou-se 253 regiões e países disponíveis no banco mundial. A prevalência média (±DP) de mortalidade por DCNT foi 70,2 (±20,2)%. Avaliando a população idosa, percebeu-se que a cada 1% de acréscimo na sua prevalência, nota-se incremento de 2,3% na mortalidade por DCNT (p<0,001). Usando o mesmo parâmetro para o tabagismo, o incremento foi de 1,2% (p<0,001). Para o consumo de álcool, incrementou-se 1,8% (p<0,001). A inatividade física apresentou o menor índice de correlação, aumentando 0,6% nos números de mortalidade por DCNT a cada 1% de prevalência adicional (p<0,001). Conclusão: Assim, todos os fatores de risco obtiveram influência quando relacionados ao desfecho, sendo que a população idosa denotou-se como o maior dos fatores de risco associado a mortalidade por DCNT.
Content may be subject to copyright.
Research, Society and Development, v. 12, n. 3, e14812340643, 2023
(CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v12i3.40643
1
Relação do tabagismo, inatividade física, consumo de álcool e população idosa com a
mortalidade por doenças crônicas não transmissíveis: um estudo ecológico com base
de dados mundial
Relation of smoking, physical inactivity, alcohol consumption and elderly population with mortality
from noncommunicable diseases: a worldwide database ecological study
Relación del tabaquismo, la inactividad física, el consumo de alcohol y la población anciana con la
mortalidad por enfermedades crónicas no transmisibles: un estudio ecológico con una base de datos
mundial
Recebido: 18/02/2023 | Revisado: 25/02/2023 | Aceitado: 26/02/2023 | Publicado: 03/03/2023
Lucas de Oliveira Fernandes
ORCID: https://orcid.org/0000-0003-0180-8215
Universidade do Sul de Santa Catarina, Brasil
E-mail: lucasoliveirafernandes@hotmail.com
Nathan Westphal Teixeira
ORCID: https://orcid.org/0000-0003-2509-2610
Universidade do Sul de Santa Catarina, Brasil
E-mail: teixeiranathan@hotmail.com
Kelser de Souza Kock
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-0117-6142
Universidade do Sul de Santa Catarina, Brasil
E-mail: kelserkock@yahoo.com.br
Resumo
Introdução: As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) são condições que resultam de uma combinação
multifatorial do indivíduo. Representam-se principalmente pelas doenças respiratórias crônicas e cardiovasculares,
câncer e diabetes. Relacionam-se a alguns fatores de risco incrementadores da incidência de morbimortalidade tais
como tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas, inatividade física e processo natural de envelhecimento. Objetivos:
analisar a associação entre tabagismo, inatividade física, envelhecimento e alcoolismo com a mortalidade por DCNT a
nível mundial. Materiais e Métodos: Realizou-se um estudo observacional do tipo ecológico, sendo a população
estudada composta por regiões mundiais e países, com seus respectivos dados sobre prevalência de mortalidade por
DCNT, prevalência de idosos com 65 anos de idade ou mais, de tabagistas, de inativos fisicamente e do consumo de
bebidas alcoólicas estimado em litros de álcool per capita. Resultados: Avaliou-se 253 regiões e países disponíveis no
banco mundial. A prevalência média (±DP) de mortalidade por DCNT foi 70,2 (±20,2)%. Avaliando a população
idosa, percebeu-se que a cada 1% de acréscimo na sua prevalência, nota-se incremento de 2,3% na mortalidade por
DCNT (p<0,001). Usando o mesmo parâmetro para o tabagismo, o incremento foi de 1,2% (p<0,001). Para o
consumo de álcool, incrementou-se 1,8% (p<0,001). A inatividade física apresentou o menor índice de correlação,
aumentando 0,6% nos números de mortalidade por DCNT a cada 1% de prevalência adicional (p<0,001). Conclusão:
Assim, todos os fatores de risco obtiveram influência quando relacionados ao desfecho, sendo que a população idosa
denotou-se como o maior dos fatores de risco associado a mortalidade por DCNT.
Palavras-chave: Fatores de risco; Doença crônica; Estilo de vida sedentário; Tabagismo; Alcoolismo.
Abstract
Introduction: Noncommunicable Diseases (NCDs) are conditions that result from a multifactorial combination of the
individual. They are mainly represented by chronic respiratory and cardiovascular diseases, cancer and diabetes. They
are related to some risk factors that increase the incidence of morbidity and mortality, such as smoking, consumption
of alcoholic beverages, physical inactivity and the natural aging process. Objectives: to analyze the association
between smoking, physical inactivity, aging and alcoholism with NCDs mortality worldwide. Materials and Methods:
An ecological observational study was carried out, with the population studied being composed by world regions and
countries, with their respective data on the prevalence of mortality from NCDs, prevalence of elderly people aged 65
years and over, smokers, physically inactive and consumption of alcoholic beverages estimated in liters of alcohol per
capita. Results: 253 regions and countries available in the world bank were evaluated. The mean prevalence (±SD) of
mortality from NCDs was 70.2 (±20.2)%. Evaluating the elderly population, it was noticed that for every 1% increase
Research, Society and Development, v. 12, n. 3, e14812340643, 2023
(CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v12i3.40643
2
in its prevalence, there is an increase of 2.3% in NCDs mortality (p<0.001). Using the same parameter for smoking,
the increment was 1.2% (p<0.001). For alcohol consumption, there was an increase of 1.8% (p<0.001). Physical
inactivity presented the lowest correlation index, increasing 0.6% in the NCDs mortality numbers for each 1% of
additional prevalence (p<0.001). Conclusion: Thus, all risk factors had an influence when related to the outcome, with
advanced age being denoted as the greatest risk factor associated with mortality from NCDs.
Keywords: Risk factors; Chronic disease; Sedentary lifestyle; Tobacco use disorder; Alcoholism.
Resumen
Introdução: Las enfermedades crónicas no transmisibles (ENT) son afecciones que resultan de una combinación
multifactorial del individuo. Están representadas principalmente por enfermedades crónicas respiratorias y
cardiovasculares, cáncer y diabetes. Están relacionados con algunos factores de riesgo que aumentan la incidencia de
la morbilidad y la mortalidad, como el tabaquismo, el consumo de alcohol, la inactividad física y el proceso natural de
envejecimiento. Objetivos: Analizar la asociación entre el tabaquismo, la inactividad física, el envejecimiento y el
alcoholismo con la mortalidad por ENT en todo el mundo. Materiales y métodos: Se realizó un estudio observacional
de tipo ecológico, y la población de estudio estuvo compuesta por regiones y países del mundo, con sus respectivos
datos de prevalencia de mortalidad por ENT, prevalencia de ancianos de 65 años o más, de fumadores, de inactivos
físicos, y de consumo de bebidas alcohólicas estimado en litros de alcohol per cápita. Resultados: Evaluamos 253
regiones y países disponibles en el banco mundial. A prevalência média DP) de mortalidade por DCNT foi 70,2
(±20,2)%. Evaluando a população idosa, se observou que por cada aumento de 1% na prevalência, se observou um
aumento de 2,3% na mortalidade por DCNT (p<0,001). Utilizando el mismo parámetro para el tabaquismo, el
aumento fue del 1,2% (p<0,001). Para el consumo de alcohol, el aumento fue del 1,8% (p<0,001). La inactividad
física mostró el menor índice de correlación, aumentando 0,6% las cifras de mortalidad por ENT por cada 1%
adicional de prevalencia (p<0,001). Conclusión: Así, todos los factores de riesgo fueron influenciados cuando se
relacionaron con el desenlace, y la población anciana fue señalada como el mayor factor de riesgo asociado a la
mortalidad por ECNT.
Palabras clave: Factores de riesgo; Enfermedad crónica; Estilo de vida sedentario; Tabaquismo; Alcoholismo.
1. Introdução
As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) podem se caracterizar por serem condições duradouras, presentes
na vida diária de quem as possui e que necessitam de uma gestão contínua. (Budreviciute et al., 2020). o resultado de uma
combinação genética, psicológica, ambiental e comportamental do indivíduo, e representam um dos principais desafios de
saúde pública a nível mundial por sua elevada morbimortalidade. As DCNT são responsáveis por 41 milhões de mortes
anualmente, o que equivale a 71% das mortes globais, e algumas delas merecem destaque. (World Health Organization, 2022;
Malta, 2014).
Os principais tipos de DCNT são as doenças cardiovasculares - como Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) e Acidente
Vascular Encefálico (AVE), neoplasias, diabetes e doenças respiratórias crônicas como a Doença Pulmonar Obstrutiva
Crônica (DPOC) e a asma. Pessoas de todos os grupos, regiões e países estão propensas a serem afetadas pelas DCNT, que
estão geralmente associadas ao processo natural de envelhecimento. Porém, o público mais suscetível a adquirir essas doenças
são as populações de baixa renda e de baixo nível educacional por terem acesso reduzido a serviços de saúde e por estarem
mais expostas a outros fatores de risco que provocam e exacerbam essas condições. (World Health Organization, 2022; Malta,
2014; Ministério da Saúde, 2012).
Além do processo natural de envelhecimento, o uso prejudicial do álcool, a inatividade física e o tabagismo são os
principais fatores de risco associados a mortalidade pelas DCNT. (World Health Organization, 2022) Diferente da inatividade
física, grupos socioeconomicamente desfavorecidos estão mais propensos ao tabagismo e ao consumo de bebidas alcóolicas
(Allen et al., 2017), também representam a maior parcela de mortes prematuras por DCNT, que estão fortemente
correlacionadas a tais fatores. Cerca de 15 milhões de mortes anuais por doenças crônicas acontecem na faixa etária entre 30 a
69 anos, sendo que 85% dessas mortes precoces são referidas a essa parcela o prevalecida da sociedade. (World Health
Organization, 2022).
O tabagismo é responsável por mais de 7 milhões de mortes anuais e esse número tende a crescer acentuadamente
Research, Society and Development, v. 12, n. 3, e14812340643, 2023
(CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v12i3.40643
3
nos próximos anos. Dentre os fatores do estilo de vida, o hábito de fumar é o detentor da associação mais forte com o risco de
contrair pelo menos uma DCNT (GBD 2017 Risk Factor Collaborators, 2018; Ng et al., 2020), especialmente as doenças
cardiovasculares e as doenças respiratórias crônicas, sendo ele o principal causador da DPOC. Nos Estados Unidos essa
questão se confirma e, adicionalmente, estudos mostram que a exposição ao fumo passivo em crianças e em adultos está
associada à morbimortalidade por DPOC em não fumantes. (Menezes, et al., 2005; Wheaton et al., 2017).
Outro fator de risco que pode ser associado às doenças crônicas é o alcoolismo, visto que 2,3 bilhões de pessoas
bebem álcool em todo o mundo (World Health Organization, 2018). Por um lado, o uso leve e moderado da substância foi
associado à redução da incidência de doenças crônicas, como doença coronariana e diabetes.(Ng et al., 2020) Por outro viés, o
uso abusivo do mesmo, pode ser prejudicial à saúde tendo maior probabilidade do indivíduo desenvolver mais doenças
crônicas como câncer de pulmão e doenças crônicas do fígado, como cirrose e hepatite alcoólica (sendo responsável por 27%
das mortes relacionadas ao órgão no mundo) (Ng et al., 2020; Rehm et al., 2013; Mokdad et al., 2016).
Inatividade física é o termo usado para se referir à incapacidade de atingir os níveis recomendados de atividade física
para a saúde. (Haileamlak, 2019) Por conseguinte é mais um fator que vai de encontro as DCNT, este hábito agrava o risco de
doenças cardiovasculares (45%) (Booth et al., 2017), diabetes (26%) (Aune et al., 2015) , câncer de mama (25%) (Lynch et al.,
2011) e cólon (27%), (Boyle et al., 2012) além de demência (31%) (Beydoun et al. 2014) e depressão (Schuch et al., 2016).
Atividades físicas conferem diversos benefícios para os portadores, podendo reduzir a incidência de câncer, Vírus da
Imunodeficiência Humana (HIV), hipertensão e Diabetes Mellitus do Tipo 2 (DM2). Ademais, influencia positivamente na
saúde mental, cognitiva e na qualidade do sono, além de reduzir índices de gordura corporal. (Bull et al. 2020)
Considerando que os fatores de risco descritos são importantes e muito comuns no dia a dia de todas as pessoas, nota-
se a relevância deste trabalho para avaliar as DCNT no mundo e comparar com os dados apresentados, para fins de facilitar a
compreensão e correlação dos mesmos. Diante do exposto, o objetivo do trabalho foi analisar a associação entre tabagismo,
inatividade física, envelhecimento e alcoolismo com a mortalidade por doenças crônicas a nível mundial.
2. Metodologia
Foi realizado um estudo observacional de tipo ecológico (Merchán-Hamann & Tauil, 2021). Por se tratar de um
estudo de tipo ecológico, baseado em dados secundários de domínio público, sem a identificação dos participantes, apenas
agregados populacionais como unidade de análise, não foi necessária a submissão e apreciação do projeto pelo Comitê de Ética
em Pesquisa, de acordo com os termos da Resolução CNS 510/2016 Artigo 1º, Parágrafo Único, incisos II, III e V.
A população estudada foi composta por regiões mundiais e países, com suas respectivas prevalências de mortalidade
por DCNT, prevalência de idosos (população com 65 anos de idade ou mais), prevalência de tabagistas, prevalência de inativos
fisicamente e consumo de bebidas alcoólicas com 15 anos de idade ou mais (litros de álcool puro per capita).
A fonte de dados utilizada foi o Global Health Observatory Data Repository, pertencente à Organização Mundial da
Saúde. (World Health Organization, 2022) Os dados coletados foram extraídos de 253 regiões mundiais e países, sendo que
alguns desses não continham informações completas para todas as variáveis estudadas.
Os dados estão disponíveis nos links referenciados a seguir: população idosa (2020)22, em uso decorrente de tabaco
(2020) (The World Bank, 2020), álcool puro consumido per capita (2018) (The World Bank, 2018), inatividade física (2016)
(World Health Organization, 2016) e mortalidade por DCNT (2019) (The World Bank, 2019).
Foram incluídas no estudo estatísticas a nível mundial presentes no banco de dados da Global Health Observatory
Data Repository sobre percentual de população com 65 anos de idade ou mais, percentual de uso decorrente de tabaco em
adultos, total de álcool puro consumido em litros per capita, prevalência de inatividade física entre adultos e percentual de
mortalidade por DNCT.
Research, Society and Development, v. 12, n. 3, e14812340643, 2023
(CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v12i3.40643
4
Os dados foram armazenados em um banco de dados criado com auxílio do software Microsoft Excel, e
posteriormente exportado para o software SPSS 20.0. Os mesmos foram apresentados por meio de números absolutos e
percentuais, medidas de tendência central e dispersão. Foi realizado teste t de Student, análise bivariada e multivariada por
meio de regressão linear, tendo como desfecho a prevalência de mortalidade por DCNT. Foi considerado intervalo de
confiança de 95%, com nível de significância estatística de 5%.
3. Resultados
Na presente pesquisa foram avaliadas variáveis de 253 regiões e países disponíveis no banco mundial, sendo que
apenas 136 continham dados de todos os cinco fatores de risco discutidos no trabalho. Com relação ao tabagismo, foram
obtidos dados de 210 regiões e países e o menor índice se apresentou em Gana (3,5%) e o maior índice em Nauru (48,5%).
Dados mais recentes demonstram que, em média, 20,2% da população mundial adulta está em uso decorrente do tabaco
(revelando decréscimo de cerca de 0,4% em relação ao ano anterior), como demonstrado na Figura 1.
Research, Society and Development, v. 12, n. 3, e14812340643, 2023
(CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v12i3.40643
5
Figura 1 Prevalência dos fatores de risco ilustrados no mapa-múndi. Uso decorrente de tabaco em adultos no ano de 2020;
total de álcool puro consumido, em litros, per capita na população com 15 anos ou mais no ano de 2018; população mundial
com 65 anos ou mais no ano de 2020; atividade física insuficiente dentre adultos com 18 anos de idade ou mais no ano de
2016.
Fonte: Adaptado do Banco Mundial.
Dados sobre o consumo total de álcool puro per capita em litros (L) foram extraídos de 235 regiões e países, sendo
Research, Society and Development, v. 12, n. 3, e14812340643, 2023
(CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v12i3.40643
6
que o país que apresentou menor índice foi o Kuwait (0,003L) e o maior índice foi percebido em Seychelles (20,5L). Em
média, a população mundial acima de 15 anos de idade ingere 5,9L de álcool puro por ano, como demonstrado na Figura 1.
A Figura 1 demonstra dados de 240 países sobre o percentual da população idosa (com 65 anos de idade ou mais. O
país com a menor prevalência de idosos foi o Emirados Árabes Unidos (1,2%), enquanto a maior longevidade foi revelada pelo
Japão (28,3%). Observa-se que 9,1% da população mundial é composta por idosos, como demonstrado na Figura 1.
A inatividade física foi estimada por dados verificados em 156 países, analisando a população com 18 anos de idade
ou mais. A nação que mais se mostrou inativa fisicamente foi o Kuwait (67%), em contrapartida a população mais ativa
fisicamente foi observada em Uganda (5,5%). Com isso, tem-se que 28,4% da população mundial com 18 anos de idade ou
mais é considerada fisicamente inativa, conforme a Figura 1.
No que se refere a mortalidade relacionada às DCNT, foram extraídos dados de 231 nações ao longo do globo. O país
que apresentou o menor indicador foi Chade (26,9%), e o país com a maior relação observada foi a Macedônia do Norte
(96,1%). Em média, 70% da população mundial morre por doenças crônica não transmissíveis, corroborado na Figura 2.
Figura 2 Taxa de mortalidade mundial por DCNT no ano de 2019.
Fonte: Adaptado do Banco Mundial (2019).
Comparando a prevalência dos fatores de risco nos países e regiões do mundo com a prevalência de mortalidade por
DCNT acima de 60%, pode-se observar diferença significativa em todos os fatores de risco analisados (Tabela 1).
Research, Society and Development, v. 12, n. 3, e14812340643, 2023
(CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v12i3.40643
7
Tabela 1 Comparação dos fatores de risco de países e regiões com mortalidade por DCNT ≥60% e <60%.
n
Óbito
Média
DP
p
Tabagismo (%)
55
<60%
12,9
6,5
150
≥60%
22,6
8,2
<0,001
Idosos (%)
63
<60%
3,2
0,7
167
≥60%
11,1
6,1
<0,001
Consumo de álcool per capita (litros/ano)
63
<60%
4,5
3,3
167
≥60%
6,5
4,0
<0,001
Inatividade física (%)
40
<60%
21,5
9,1
110
≥60%
30,7
10,4
<0,001
Fonte: Elaborado pelos autores (2022).
Ao relacionar a prevalência dos fatores de risco com a prevalência de mortalidade por DCNT, foi observado
correlação positiva e significativa. Nota-se forte correlação com idade acima de 65 anos e tabagismo. E uma correlação
moderada do mesmo contexto quando a inatividade física e o consumo de álcool estão em questão. A cada acréscimo de 1% na
prevalência de idosos, aumenta 2,3% de mortalidade por DCNT. Enquanto isso, a cada 1% de aumento da prevalência mundial
do uso decorrente de tabaco, observa-se incremento de 1,2% na mortalidade por DCNT. A inatividade física se apresentou
como o fator de risco com o menor impacto na mortalidade por DCNT dentre os estudados, apresentando 0,6% de aumento na
mortalidade a cada 1% adicional de inativos fisicamente, observado na Figura 3.
Figura 3 Gráfico de regressão linear demonstrando correlação de cada fator de risco com a mortalidade por DCNT.
Research, Society and Development, v. 12, n. 3, e14812340643, 2023
(CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v12i3.40643
8
Fonte: Elaborado pelos autores (2022).
Na análise multivariada, onde os fatores de risco estão sendo comparados simultaneamente com a mortalidade por
DCNT, os modelos demonstraram associações significativas dessas condições. Importante ressaltar que o consumo de álcool
apresenta associação inversa em alguns modelos. Também, deve-se comentar que quando retirada a inatividade física do
conjunto dessa análise, nota-se que o nível de associação permanece o mesmo, ratificando a demonstração presente na Figura
3. A idade maior ou igual a 65 anos foi tida como o fator de risco de maior relevância em todos os cenários ponderados, de
acordo com a Tabela 2.
Tabela 2 Gráfico de regressão multivariada demonstrando quatro cenários de correlação entre os fatores de risco e a
mortalidade por DCNT.
Modelos
Variáveis
β (IC 95%)
p
1
Tabagismo (%)
0,684 (0,431-0,937)
<0,001
n=136
Idosos (%)
1,911 (1,444-2,377)
<0,001
R2=0,651
Consumo de álcool per capita (litros/ano)
-0,641 (-1,292-0,01)
0,054
r=0,807
Inatividade física (%)
0,268 (0,057-0,48)
0,013
2
Tabagismo (%)
0,723 (0,470-0,975)
<0,001
n=136
Idosos (%)
1,613 (1,254-1,971)
<0,001
R2=0,641
Inatividade física (%)
0,319 (0,112-0,526)
<0,001
r=0,801
3
Tabagismo (%)
0,588 (0,379-0,796)
<0,001
n=204
Consumo de álcool per capita (litros/ano)
-1,093 (-1,667--0,519)
<0,001
R2=0,650
Idosos (%)
2,393 (2,014-2,771)
<0,001
r=0,807
4
Tabagismo (%)
1,14 (0,865-1,414)
<0,001
n=137
Consumo de álcool per capita (litros/ano)
1,088 (0,488-1,689)
<0,001
R2=0,481
Inatividade física (%)
0,636 (0,404-0,868)
<0,001
r=0,693
Fonte: Elaborado pelos autores (2022).
Research, Society and Development, v. 12, n. 3, e14812340643, 2023
(CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v12i3.40643
9
4. Discussão
Dentre os principais achados do presente estudo podem ser destacados as correlações positivas e significativas entre
prevalência de população idosa, tabagismo, inatividade física e consumo de álcool com a prevalência de mortalidade por
DCNT. No entanto, na análise multivariada, observou-se um certo fator protetivo das bebidas alcoólicas quando consumidas
em pequena ou moderada quantidade, reduzindo as chances de morbimortalidade por DCNT.
As DCNT são condições que merecem destaque, tanto para o indivíduo acometido e seu círculo social, quanto para os
órgãos governamentais gestores da saúde pública, visto que estão diretamente associadas à senioridade e ao estilo de vida. A
relevância se dá pelo fato de que doenças como o câncer, diabetes, cardiopatias e doenças crônicas respiratórias compõem uma
maior morbidade e taxa mortalidade do que todas as outras causas combinadas (Global status report on noncommunicable
diseases, 2014). A variável de maior preponderância foi a população com 65 anos ou mais, em correlação mais vinculada com
óbitos mundiais por DCNT. Isso provavelmente pode ser explicado pelo fato do processo de envelhecimento natural se
caracterizar por uma série de fatores que, em geral, causam inflamações crônicas. Com a idade, citocinas marcadoras
inflamatórias que geram grande suscetibilidade a doenças crônicas, disfunções e fragilidades aumentam por conta da
senescência celular, estresse oxidativo pela disfunção mitocondrial, desregulação de células imunes e mudanças na composição
da microbiota. Dessa maneira, a inflamação relacionada a idade se torna um grande fator de risco para doenças crônicas renais,
diabetes mellitus, câncer, doenças cardiovasculares, demência, depressão, dentre outras (Ferrucci et al., 2018).
Alguns achados do trabalho ratificam a informação de que o idoso é hegemônico dentre todos os fatores de risco. A
nível mundial, a Macedônia do Norte foi vista como o país com o maior índice de mortalidade por DCNT (96,1%), tendo uma
das mais significativas prevalências de população com 65 anos ou mais no ano de 2020 (14,4%). Em contrapartida, Chade, que
foi a nação detentora da menor taxa de mortalidade por DCNT (27,9%), possui uma taxa de população idosa bem reduzida
(2,4%) no mesmo ano. Além disso, a expectativa de vida desse país é de 55 anos, o que torna a população menos propensa a
chegar em idades mais avançadas e de evoluir com DCNT (United Nations, 2022). Essas informações harmonizam-se com os
resultados do trabalho que demonstraram um aumento de 2,3% da prevalência de óbito por DCNT a cada 1% de incremento da
população 65 anos.
Um estudo feito com mulheres da Índia avaliou a correlação entre o uso do tabaco e consumo de álcool com as
chances de desenvolver DCNT (Mishra et al., 2022). Nesse estudo, foi averiguado que as mulheres fumantes de tabaco têm
16% mais chances de ter DCNT comparado às não fumantes. Mulheres que consomem álcool, de forma isolada, apresentaram
20% mais chances de ter DCNT do que as mulheres que não fazem o uso do mesmo. De forma combinada, constata-se que
mulheres que fumam tabaco e consomem álcool possuem 42% mais chances de terem DCNT do que àquelas que não possuem
nenhum desses hábitos.
O hábito de fumar ficou situado como o segundo maior fator de risco, tendo enfoque nas doenças respiratórias
crônicas e cardiovasculares. Pondera-se que 20,6% da população adulta mundial esteve em uso decorrente de tabaco no ano de
2019, o que contribuiu, em grande escala, para 70% de todas as mortes registradas no mesmo ano, que foram relacionadas às
DCNT. De acordo com análises do presente estudo, o aumento de 1% na prevalência de tabagistas incrementa 1,2 % a
prevalência de falecer por DCNT. Existe uma correlação apontando que a parcela menos favorecida socioeconomicamente dos
países desenvolvidos (que mostraram maior prevalência de tabagistas) está mais propensa a iniciar o hábito de fumar, consumir
maior quantidade de tabaco, ter dificuldade em parar de fumar, sofrer mais com efeitos adversos de saúde e morrer mais cedo
do que grupos mais avantajados (Allen et al., 2017). Níveis socioeconômico e educacional influenciam no desfecho da maioria
das variáveis analisadas. Populações residindo em países e regiões com maior poder aquisitivo tendem a um menor consumo
de tabaco e maiores índices de inatividade física e consumo de bebidas alcoólicas quando comparadas aos países e regiões de
baixa renda e média-baixa renda, onde o risco de morte prematura por DCNT é de 1,5 vezes maior (#Allen et al., 2017).
Research, Society and Development, v. 12, n. 3, e14812340643, 2023
(CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v12i3.40643
10
O papel do álcool foi relacionado como um dos quatro maiores fatores de risco de DCNT, junto com o uso do tabaco,
dieta desbalanceada e a falta de exercício físico (Global status report on noncommunicable diseases, 2014). Dentre as DCNT, o
álcool foi associado especialmente ao câncer, doenças cardiovasculares e doenças hepáticas (Parry et al., 2011). No presente
estudo, infere-se que o consumo abusivo de álcool tem influência direta sobre as DCNT, no valor de beta, quando a variável é
observada individualmente, revela-se que a cada acréscimo de 1 litro/ano de consumo de álcool aumenta 1,85 % a mortalidade
por DCNT. Em contrapartida, quando o consumo é executado de forma leve a moderada, o álcool serve como fator protetivo,
podendo reduzir as chances em até 10% de desencadear doenças cardiovasculares, de forma semelhante à prática regular de
exercícios físicos, como exposto no estudo de Yusuf et al. (2004), da mesma maneira que foi demonstrado na análise
multivariada do estudo.
A atividade física é uma medida natural de prevenção contra diferentes tipos de DCNT e serve como um catalisador
para o corpo humano, aprimorando a performance corporal, principalmente o sistema imune (Saqib et al., 2020; Bray et al.,
2012). Um estudo conduzido por Manton (1988) inferiu que manter a atividade física no estilo de vida aumenta a saúde
cardiovascular através da melhora da função vasodilatadora do endotélio, redução de disfunção diastólica e da gordura
abdominal acumulada. Ser ativo fisicamente é considerado um fator que desacelera a patogênese diabética, tendo um papel
fundamental na prevenção do desenvolvimento dessa doença e da obesidade.
Atualmente, é aceito que um estilo de vida pouco saudável promove um estado de inflamação crônica de baixo grau
que está ligada à progressão da doença crônica. A carência de uma vida ativa fisicamente faz com que células imunes do tecido
conjuntivo se desregulem, gerando fibrose gradativa dos tecidos (Huston, 2022). Por mais que seus malefícios sejam
amplamente compreendidos, a inatividade física apresentou a menor correlação com mortes por DCNT dentre os fatores de
risco do presente estudo. Adultos com 18 anos de idade ou mais em vigência de um estilo de vida sedentário são detentores de
65% mais chances de morrerem por alguma DCNT. Considerando os dados de inatividade física mundial em 2016, infere-se
que o país mais inativo fisicamente (Kuwait) relatou 79% das mortes por DNCT após 3 anos do levantamento desses dados.
Por outro panorama, Uganda, o país mais ativo fisicamente, demonstrou apenas 35% das mortes relacionadas por DCNT no
mesmo período. Mais um fator que comprova esse dado é o fato de que Uganda apresenta apenas 2% de sua população
composta por idosos, o que ameniza o principal fomentador das DCNT. No presente estudo foi observado que o incremento de
1% de inatividade física eleva em 0,6% a mortalidade por DCNT.
Dentre as limitações do estudo, tendo em vista o delineamento ecológico, é que a relação entre o fator de exposição e
o evento não pôde estar ocorrendo a nível do indivíduo, e sim por conglomerados. Os dados foram extraídos de diferentes
fontes e anos, que podem comprometer a qualidade da informação. Também há a impossibilidade de avaliar a causalidade.
5. Considerações Finais
Todas as variáveis do estudo obtiveram correlação positiva quando relacionadas à mortalidade por DCNT, mostrando-
se semelhante aos trabalhos pré-existentes na literatura que possuem o mesmo enfoque. Idosos com 65 anos de idade ou mais
se apresentaram como o maior dos fatores de risco, tendo 2,3% mais chance de óbito a cada incremento de 1% na prevalência.
O tabagismo foi a segunda maior correlação, seguida do uso prejudicial de álcool e da inatividade física.
Quando feito uma análise multivariada todas os fatores de risco mostraram-se associados, contudo, o consumo do
álcool revelou um fator protetivo à mortalidade por DCNT.
Research, Society and Development, v. 12, n. 3, e14812340643, 2023
(CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v12i3.40643
11
Referências
Allen, L., Cobiac, L., & Townsend, N. (2017). Quantifying the global distribution of premature mortality from non-communicable diseases. Journal of public
health (Oxford, England), 39(4), 698703. https://doi.org/10.1093/pubmed/fdx008.
Allen, L., Williams, J., Townsend, N., Mikkelsen, B., Roberts, N., Foster, C., & Wickramasinghe, K. (2017). Socioeconomic status and non-communicable
disease behavioural risk factors in low-income and lower-middle-income countries: a systematic review. The Lancet. Global health, 5(3), e277e289.
https://doi.org/10.1016/S2214-109X(17)30058-X.
Aune, D., Norat, T., Leitzmann, M., Tonstad, S., & Vatten, L. J. (2015). Physical activity and the risk of type 2 diabetes: a systematic review and dose-
response meta-analysis. European journal of epidemiology, 30(7), 529542. https://doi.org/10.1007/s10654-015-0056-z
Beydoun, M. A., Beydoun, H. A., Gamaldo, A. A., Teel, A., Zonderman, A. B., & Wang, Y. (2014). Epidemiologic studies of modifiable factors associated
with cognition and dementia: systematic review and meta-analysis. BMC public health, 14, 643. https://doi.org/10.1186/1471-2458-14-643
Booth, F. W., Roberts, C. K., Thyfault, J. P., Ruegsegger, G. N., & Toedebusch, R. G. (2017). Role of Inactivity in Chronic Diseases: Evolutionary Insight and
Pathophysiological Mechanisms. Physiological reviews, 97(4), 13511402. https://doi.org/10.1152/physrev.00019.2016
Boyle, T., Keegel, T., Bull, F., Heyworth, J., & Fritschi, L. (2012). Physical activity and risks of proximal and distal colon cancers: a systematic review and
meta-analysis. Journal of the National Cancer Institute, 104(20), 15481561. https://doi.org/10.1093/jnci/djs354
Bray, F., Jemal, A., Grey, N., Ferlay, J., & Forman, D. (2012). Global cancer transitions according to the Human Development Index (2008-2030): a
population-based study. The Lancet. Oncology, 13(8), 790801. https://doi.org/10.1016/S1470-2045(12)70211-5
Budreviciute, A., Damiati, S., Sabir, D. K., Onder, K., Schuller-Goetzburg, P., Plakys, G., Katileviciute, A., Khoja, S., & Kodzius, R. (2020). Management and
Prevention Strategies for Non-communicable Diseases (NCDs) and Their Risk Factors. Frontiers in public health, 8, 574111.
https://doi.org/10.3389/fpubh.2020.574111
Bull, F. C., Al-Ansari, S. S., Biddle, S., Borodulin, K., Buman, M. P., Cardon, G., Carty, C., Chaput, J. P., Chastin, S., Chou, R., Dempsey, P. C., DiPietro, L.,
Ekelund, U., Firth, J., Friedenreich, C. M., Garcia, L., Gichu, M., Jago, R., Katzmarzyk, P. T., Lambert, E., Willumsen, J. F. (2020). World Health
Organization 2020 guidelines on physical activity and sedentary behaviour. British journal of sports medicine, 54(24), 14511462.
https://doi.org/10.1136/bjsports-2020-102955
Ferrucci, L., & Fabbri, E. (2018). Inflammageing: chronic inflammation in ageing, cardiovascular disease, and frailty. Nature reviews. Cardiology, 15(9), 505
522. https://doi.org/10.1038/s41569-018-0064-2
GBD 2017 Risk Factor Collaborators (2018). Global, regional, and national comparative risk assessment of 84 behavioural, environmental and occupational,
and metabolic risks or clusters of risks for 195 countries and territories, 1990-2017: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2017. Lancet
(London, England), 392(10159), 19231994. https://doi.org/10.1016/S0140-6736(18)32225-6
Global status report on noncommunicable diseases 2014. (2014)“Attaining the nine global noncommunicable diseases targets; a shared responsibility.
https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/148114/9789241564854_eng.pdf
Haileamlak A. (2019). Physical Inactivity: The Major Risk Factor for Non-Communicable Diseases. Ethiopian journal of health sciences, 29(1), 810.
https://doi.org/10.4314/ejhs.v29i1.1
Huston P. (2022). A Sedentary and Unhealthy Lifestyle Fuels Chronic Disease Progression by Changing Interstitial Cell Behaviour: A Network Analysis.
Frontiers in physiology, 13, 904107. https://doi.org/10.3389/fphys.2022.904107
Lynch, B. M., Neilson, H. K., & Friedenreich, C. M. (2011). Physical activity and breast cancer prevention. Recent results in cancer research. Fortschritte der
Krebsforschung. Progres dans les recherches sur le cancer, 186, 1342. https://doi.org/10.1007/978-3-642-04231-7_2
Malta, D., C. (2014) Chronic non-communicable diseases, a major challenge facing contemporary society. Cien Saude Colet,19(1):44.
https://doi.org/10.1590/1413-81232014191.0084
Manton K. G. (1988). The global impact of noncommunicable diseases: estimates and projections. World health statistics quarterly. Rapport trimestriel de
statistiques sanitaires mondiales, 41(3-4), 255266. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/3232413/
Menezes, A. M., Perez-Padilla, R., Jardim, J. R., Muiño, A., Lopez, M. V., Valdivia, G., Montes de Oca, M., Talamo, C., Hallal, P. C., Victora, C. G., &
PLATINO Team (2005). Chronic obstructive pulmonary disease in five Latin American cities (the PLATINO study): a prevalence study. Lancet (London,
England), 366(9500), 18751881. https://doi.org/10.1016/S0140-6736(05)67632-5
Merchán-Hamann, E.; & Tauil, P. L. (2021). Proposta de classificação dos diferentes tipos de estudos epidemiológicos descritivos Epidemiol. Serv. Saude.
30(1),e2018126. https://doi.org/10.1590/s1679-49742021000100026
Ministério da Saúde (BR) (2012). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Atenção Básica / Ministério da
Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Brasília: Ministério da Saúde.
Mishra, V. K., Srivastava, S., Muhammad, T., & Murthy, P. V. (2022). Relationship between tobacco use, alcohol consumption and non-communicable
diseases among women in India: evidence from National Family Health Survey-2015-16. BMC public health, 22(1), 713. https://doi.org/10.1186/s12889-022-
13191-z
Mokdad, A. H., Forouzanfar, M. H., Daoud, F., Mokdad, A. A., El Bcheraoui, C., Moradi-Lakeh, M., Kyu, H. H., Barber, R. M., Wagner, J., Cercy, K.,
Kravitz, H., Coggeshall, M., Chew, A., O'Rourke, K. F., Steiner, C., Tuffaha, M., Charara, R., Al-Ghamdi, E. A., Adi, Y., Afifi, R. A., Murray, C. J.
(2016). Global burden of diseases, injuries, and risk factors for young people's health during 1990-2013: a systematic analysis for the Global Burden of
Disease Study 2013. Lancet (London, England), 387(10036), 23832401. https://doi.org/10.1016/S0140-6736(16)00648-6
Research, Society and Development, v. 12, n. 3, e14812340643, 2023
(CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v12i3.40643
12
Ng, R., Sutradhar, R., Yao, Z., Wodchis, W. P., & Rosella, L. C. (2020). Smoking, drinking, diet and physical activity-modifiable lifestyle risk factors and
their associations with age to first chronic disease. International journal of epidemiology, 49(1), 113130. https://doi.org/10.1093/ije/dyz078
Parry, C. D., Patra, J., & Rehm, J. (2011). Alcohol consumption and non-communicable diseases: epidemiology and policy implications. Addiction (Abingdon,
England), 106(10), 17181724. https://doi.org/10.1111/j.1360-0443.2011.03605.x
Rehm, J., Samokhvalov, A. V., & Shield, K. D. (2013). Global burden of alcoholic liver diseases. Journal of hepatology, 59(1), 160168.
https://doi.org/10.1016/j.jhep.2013.03.007
Saqib, Z. A., Dai, J., Menhas, R., Mahmood, S., Karim, M., Sang, X., & Weng, Y. (2020). Physical Activity is a Medicine for Non-Communicable Diseases:
A Survey Study Regarding the Perception of Physical Activity Impact on Health Wellbeing. Risk management and healthcare policy, 13, 29492962.
https://doi.org/10.2147/RMHP.S280339
Schuch, F. B., Vancampfort, D., Richards, J., Rosenbaum, S., Ward, P. B., & Stubbs, B. (2016). Exercise as a treatment for depression: A meta-analysis
adjusting for publication bias. Journal of psychiatric research, 77, 4251. https://doi.org/10.1016/j.jpsychires.2016.02.023
The World Bank (2018). Total alcohol consumption per capita (liters of pure alcohol, projected estimates, 15+ years of age). Worldbank.org.
https://data.worldbank.org/indicator/SH.ALC.PCAP.LI?end=2018&start=2018
The World Bank (2019). Cause of death, by non-communicable diseases (% of total). Worldbank.org.
https://data.worldbank.org/indicator/SH.DTH.NCOM.ZS?view=chart
The World Bank (2020). Population ages 65 and above (% of total population). Worldbank.org.
https://data.worldbank.org/indicator/SP.POP.65UP.TO.ZS?start=2020&view=chart
The World Bank (2020). Prevalence of current tobacco use (% of adults). Worldbank.org. https://data.worldbank.org/indicator/SH.PRV.SMOK
United Nations. (2022)
World Population Prospects 2022 Summary of Results. https://www.un.org/development/desa/pd/content/World-Population-Prospects-2022
Wheaton, A. G., Liu, Y., Croft, J. B., Vanfrank, B., Croxton, T. L., Punturieri A., et al. (2017) Morbidity and Mortality Weekly Report Chronic Obstructive
Pulmonary Disease and Smoking Status-United States, 2017. Centers for Disease Control and Prevention.
https://www.cdc.gov/mmwr/cme/conted_info.html#weekly.
World Health Organization (WHO). (2016). Prevalence of insufficient physical activity among adults. https://apps.who.int/gho/data/view.main.2463?lang=en
World Health Organization (WHO). (2018). Global status report on alcohol and health 2018. Geneva, World Health Organization.
https://www.who.int/publications/i/item/9789241565639
World Health Organization (WHO). (2022) Global Health Observatory Data Repository. https://www.who.int/data/gho
World Health Organization (WHO). (2022). Noncommunicable diseases. Geneva, World Health Organization. https://www.who.int/news-room/fact-
sheets/detail/noncommunicable-diseases
Yusuf, S., Hawken, S., Ounpuu, S., Dans, T., Avezum, A., Lanas, F., McQueen, M., Budaj, A., Pais, P., Varigos, J., Lisheng, L., & INTERHEART Study
Investigators (2004). Effect of potentially modifiable risk factors associated with myocardial infarction in 52 countries (the INTERHEART study): case-
control study. Lancet (London, England), 364(9438), 937952. https://doi.org/10.1016/S0140-6736(04)17018-9
... Estimase que o uso de álcool esteja relacionado a parte do índice da população brasileira acometida pelas DCVs ocasionando danos irreversíveis para a saúde. Ressalta-se que doses elevadas podem provocar lesões cardíacas que podem ocasionar arritmias e outros problemas como trombos e derrames no sistema cardiovascular(CARDOSO et al., 2020; BARROSO et al., 2020;FERNANDES;TEIXEIRA;KOCK, 2023).Corroborando aos achados, estudos apontam um maior risco de doença coronariana associado ao padrão de uso do álcool (FERNANDES; TEIXEIRA; KOCK, 2023). Salienta-se que o tabagismo é um dos principais fatores de riscos para doenças arteriais coronarianas e aterosclerose dos membros inferiores, independente do grupo étnico, sexo e idade. ...
... Estimase que o uso de álcool esteja relacionado a parte do índice da população brasileira acometida pelas DCVs ocasionando danos irreversíveis para a saúde. Ressalta-se que doses elevadas podem provocar lesões cardíacas que podem ocasionar arritmias e outros problemas como trombos e derrames no sistema cardiovascular(CARDOSO et al., 2020; BARROSO et al., 2020;FERNANDES;TEIXEIRA;KOCK, 2023).Corroborando aos achados, estudos apontam um maior risco de doença coronariana associado ao padrão de uso do álcool (FERNANDES; TEIXEIRA; KOCK, 2023). Salienta-se que o tabagismo é um dos principais fatores de riscos para doenças arteriais coronarianas e aterosclerose dos membros inferiores, independente do grupo étnico, sexo e idade. ...
... Estimase que o uso de álcool esteja relacionado a parte do índice da população brasileira acometida pelas DCVs ocasionando danos irreversíveis para a saúde. Ressalta-se que doses elevadas podem provocar lesões cardíacas que podem ocasionar arritmias e outros problemas como trombos e derrames no sistema cardiovascular(CARDOSO et al., 2020; BARROSO et al., 2020;FERNANDES;TEIXEIRA;KOCK, 2023).Corroborando aos achados, estudos apontam um maior risco de doença coronariana associado ao padrão de uso do álcool (FERNANDES; TEIXEIRA; KOCK, 2023). Salienta-se que o tabagismo é um dos principais fatores de riscos para doenças arteriais coronarianas e aterosclerose dos membros inferiores, independente do grupo étnico, sexo e idade. ...
Article
Objetivo: Analisar os fatores de risco para doenças cardiovasculares de usuários de unidades básicas de saúde. Método: Trata-se de uma estudo descritivo, transversal, com abordagem quantitativa. A amostra foi definida a partir do número de usuários cadastrados em duas unidades básicas de saúde no município de João Pessoa-PB. Participaram da pesquisa 180 usuários. Resultados: Destaca-se que 60% eram mulheres. Referente à idade, 64,4% tinham entre 30 e 59 anos. 42,8% cursaram o ensino médio e 32,2% ensino superior, evidenciando um grau de escolaridade satisfatório. Ilustra-se a prevalência de fatores de riscos para doenças cardiovasculares nas variáveis nível de estresse, índice de massa corporal (sobrepeso e obesidade), ausência de atividade física, alimentação não saudável e hereditariedade. Conclusão: Espera-se que os profissionais das unidades básicas de saúde reforcem as orientações para a prevenção de fatores de risco e implementem atividades educativas a fim de orientar hábitos saudáveis para minimizar riscos.
Article
Full-text available
Las Enfermedades Crónicas no Transmisible son enfermedades de larga duración como cardiovasculares, diabetes, respiratorias y cáncer, influenciadas por factores como tabaquismo y mala alimentación. Estas enfermedades causan alta morbilidad y mortalidad, sobrecargando los sistemas de salud, especialmente en países de ingresos medios y bajos. Este estudio es una investigación narrativa cualitativa. Las ECNT han aumentado significativamente en países de ingresos medios y bajos debido a factores de riesgo modificables como el tabaquismo y la mala alimentación. Estas enfermedades representan un gran desafío para los sistemas de salud debido a sus altos costos y necesidad de recursos continuos. La promoción de la salud y la educación son claves para prevenir las ECNT, junto con políticas públicas que fomenten hábitos saludables. Programas de cesación del tabaquismo y campañas de ejercicio físico son ejemplos de intervenciones exitosas. Las ECNT representan un desafío global, destacando la necesidad de intervenciones eficaces y sostenibles. La colaboración entre todos los sectores y el uso de tecnologías innovadoras son esenciales para el éxito de las estrategias de prevención y manejo.
Article
Full-text available
Managing chronic diseases, such as heart disease, stroke, diabetes, chronic lung disease and Alzheimer’s disease, account for a large proportion of health care spending, yet they remain in the top causes of premature mortality and are preventable. It is currently accepted that an unhealthy lifestyle fosters a state of chronic low-grade inflammation that is linked to chronic disease progression. Although this is known to be related to inflammatory cytokines, how an unhealthy lifestyle causes cytokine release and how that in turn leads to chronic disease progression are not well known. This article presents a theory that an unhealthy lifestyle fosters chronic disease by changing interstitial cell behavior and is supported by a six-level hierarchical network analysis. The top three networks include the macroenvironment, social and cultural factors, and lifestyle itself. The fourth network includes the immune, autonomic and neuroendocrine systems and how they interact with lifestyle factors and with each other. The fifth network identifies the effects these systems have on the microenvironment and two types of interstitial cells: macrophages and fibroblasts. Depending on their behaviour, these cells can either help maintain and restore normal function or foster chronic disease progression. When macrophages and fibroblasts dysregulate, it leads to chronic low-grade inflammation, fibrosis, and eventually damage to parenchymal (organ-specific) cells. The sixth network considers how macrophages change phenotype. Thus, a pathway is identified through this hierarchical network to reveal how external factors and lifestyle affect interstitial cell behaviour. This theory can be tested and it needs to be tested because, if correct, it has profound implications. Not only does this theory explain how chronic low-grade inflammation causes chronic disease progression, it also provides insight into salutogenesis, or the process by which health is maintained and restored. Understanding low-grade inflammation as a stalled healing process offers a new strategy for chronic disease management. Rather than treating each chronic disease separately by a focus on parenchymal pathology, a salutogenic strategy of optimizing interstitial health could prevent and mitigate multiple chronic diseases simultaneously.
Article
Full-text available
Background Based on an increased prevalence of diabetes, asthma and hypertension among women in reproductive age, understanding the risk factors of non-communicable diseases (NCDs) is crucial to inform policy and program interventions to address the problem. In this study, we empirically assessed the associations of behavioural factors such as alcohol consumption and tobacco use and a variety of socioeconomic characteristics with prevalence of NCDs in adult women. Methods The data were derived from the National Family Health Survey conducted in 2015–16. The effective sample size for the present paper was 699,686 women aged 15–49 years in India. Descriptive statistics along with bivariate analysis were conducted to find the preliminary results. Additionally, multivariable logistic regression analysis was conducted to find the relationship between NCDs and behavioural factors such as alcohol consumption and tobacco use. Moreover, population attributable risk was estimated in the present study. Results It was revealed that 15.9% of women had any of the NCDs. A proportion of 0.8% of women smoked tobacco whereas 5.5% of women consumed smokeless tobacco. Also, a proportion of 1.2% of women consumed alcohol in the current study. The odds of having NCDs among women who smoked tobacco, consumed smokeless tobacco and consume alcohol were 16, 8 and 20% significantly higher than the odds of having NCDs among women who did not smoke tobacco, consume smokeless tobacco and consume alcohol respectively. The population attributable risk of having NCDs was 1.8% ( p < 0.001) for women who smoked, 0.8% ( p < 0.001) for women who consumed smokeless tobacco and 2.2% ( p < 0.001) for women who consumed alcohol. Besides, the odds of having NCDs among overweight and obese women were 2.25 and 3.60 times greater than the odds of having NCDs among women who were underweight. Conclusion The findings revealed that smoking and using smokeless tobacco and alcohol consumption were risk factors of NCDs in women. The findings also alarm the focus of maternal and child health programs on NCDs’ risk factors like maternal obesity, due to their adverse health consequences on their children too. Also, the coexistence of higher levels of tobacco use and alcohol consumption requires different strategies to address the vulnerability of women towards NCDs, including screening and early detection of NCDs especially among those who smoke or chew tobacco and consume alcohol.
Article
Full-text available
Background: A modifiable risk factor for many diseases is physical inactivity. In this modern era, physical activity is acknowledged as a vital strategy to promote good health. According to the WHO, regular physical activity has various benefits for psycho-physical health. Decreased physical inactivity is happening in China due to the increased participation of the Chinese population in physical activity. The human body needs a specific level of physical activity to maintain good health. Objective: The main aim of the present study was to assess the Chinese people’s under- standing of physical activity and participation in physical activity as a preventive measure against different diseases. Methods: The present study was exploratory and conducted in the Kunshan county-level city in Jiangsu Province, China. A well-designed questionnaire was used to collect the data from the survey participants. A total of 3390 residents were selected from 1300 households through a simple random sampling technique. The collected data were analyzed through SPSS software. Both univariate and bivariate analysis were performed. Results: The survey results showed that the majority of women are participating in physical activity. Most of the Kunshan people participate in physical activity one time or more than one time per week. They perform 30–60 minutes of moderate-intensity physical activity to improve physical fitness, recreation, and disease prevention. Fitness walking is the most common type of physical activity among Kunshan people, and most of them participate in physical activity at night. Wilcoxon signed-rank test indicated that post-test ranks are statistically higher than pre-test ranks (P<0.0039, 0.0039, 0.0039, 0.0020, 0.0001, 0.0156, 0.0313). Conclusion: The study results showed that physical activity plays a catalyst role in improving human health on a natural path. It reduces the risk factor of non-communicable diseases and promotes general wellbeing. These findings show that physical activity level increases in Chinese society as more people participate in physical activity for health-being.
Preprint
Full-text available
Resumo A categoria dos estudos epidemiológicos descritivos é tema relevante, uma vez que existem inconsistências na literatura quanto a sua nomenclatura e classificação. Foram revistos livros de textos acadêmicos de epidemiologia, 19 estrangeiros e seis nacionais, sendo o critério principal tê-los disponíveis para revisão detalhada dos capítulos de epidemiologia descritiva e tipos de estudo. Em 11 livros, os autores dão prioridade aos estudos analíticos. Doze textos estrangeiros e dois brasileiros incluem estudos descritivos, apesar de a maioria não explicitar uma categoria específica com esse nome. Propõe-se uma classificação com base nas respostas a questões norteadoras de pesquisa, incluindo os seguintes tipos de estudos: relato de caso, série de casos, coorte clínica, estudo de prevalência, estudo de incidência (coorte) e estudo ecológico descritivo. Discutem-se as potencialidades do seu uso, a implementação de novos métodos de análise e sua relevância na vigilância à saúde.
Article
Full-text available
Objectives To describe new WHO 2020 guidelines on physical activity and sedentary behaviour. Methods The guidelines were developed in accordance with WHO protocols. An expert Guideline Development Group reviewed evidence to assess associations between physical activity and sedentary behaviour for an agreed set of health outcomes and population groups. The assessment used and systematically updated recent relevant systematic reviews; new primary reviews addressed additional health outcomes or subpopulations. Results The new guidelines address children, adolescents, adults, older adults and include new specific recommendations for pregnant and postpartum women and people living with chronic conditions or disability. All adults should undertake 150–300 min of moderate-intensity, or 75–150 min of vigorous-intensity physical activity, or some equivalent combination of moderate-intensity and vigorous-intensity aerobic physical activity, per week. Among children and adolescents, an average of 60 min/day of moderate-to-vigorous intensity aerobic physical activity across the week provides health benefits. The guidelines recommend regular muscle-strengthening activity for all age groups. Additionally, reducing sedentary behaviours is recommended across all age groups and abilities, although evidence was insufficient to quantify a sedentary behaviour threshold. Conclusion These 2020 WHO guidelines update previous WHO recommendations released in 2010. They reaffirm messages that some physical activity is better than none, that more physical activity is better for optimal health outcomes and provide a new recommendation on reducing sedentary behaviours. These guidelines highlight the importance of regularly undertaking both aerobic and muscle strengthening activities and for the first time, there are specific recommendations for specific populations including for pregnant and postpartum women and people living with chronic conditions or disability. These guidelines should be used to inform national health policies aligned with the WHO Global Action Plan on Physical Activity 2018–2030 and to strengthen surveillance systems that track progress towards national and global targets.
Article
Full-text available
Non-communicable diseases (NCDs) are of increasing concern for society and national governments, as well as globally due to their high mortality rate. The main risk factors of NCDs can be classified into the categories of self-management, genetic factors, environmental factors, factors of medical conditions, and socio-demographic factors. The main focus is on the elements of self-management and to reach a consensus about the influence of food on risk management and actions toward the prevention of NCDs at all stages of life. Nutrition interventions are essential in managing the risk of NCDs. As they are of the utmost importance, this review highlights NCDs and their risk factors and outlines several common prevention strategies. We foresee that the best prevention management strategy will include individual (lifestyle management), societal (awareness management), national (health policy decisions), and global (health strategy) elements, with target actions, such as multi-sectoral partnership, knowledge and information management, and innovations. The most effective preventative strategy is the one that leads to changes in lifestyle with respect to diet, physical activities, cessation of smoking, and the control of metabolic disorders.
Article
Full-text available
Background: This study examined the incidence of a person's first diagnosis of a selected chronic disease, and the relationships between modifiable lifestyle risk factors and age to first of six chronic diseases. Methods: Ontario respondents from 2001 to 2010 of the Canadian Community Health Survey were followed up with administrative data until 2014 for congestive heart failure, chronic obstructive respiratory disease, diabetes, lung cancer, myocardial infarction and stroke. By sex, the cumulative incidence function of age to first chronic disease was calculated for the six chronic diseases individually and compositely. The associations between modifiable lifestyle risk factors (alcohol, body mass index, smoking, diet, physical inactivity) and age to first chronic disease were estimated using cause-specific Cox proportional hazards models and Fine-Gray competing risk models. Results: Diabetes was the most common disease. By age 70.5 years (2015 world life expectancy), 50.9% of females and 58.1% of males had at least one disease and few had a death free of the selected diseases (3.4% females; 5.4% males). Of the lifestyle factors, heavy smoking had the strongest association with the risk of experiencing at least one chronic disease (cause-specific hazard ratio = 3.86; 95% confidence interval = 3.46, 4.31). The lifestyle factors were modelled for each disease separately, and the associations varied by chronic disease and sex. Conclusions: We found that most individuals will have at least one of the six chronic diseases before dying. This study provides a novel approach using competing risk methods to examine the incidence of chronic diseases relative to the life course and how their incidences are associated with lifestyle behaviours.
Article
Full-text available
Cigarette smoking is the leading cause of chronic obstructive pulmonary disease (COPD) in the United States; however, an estimated one fourth of adults with COPD have never smoked (1). CDC analyzed state-specific Behavioral Risk Factor Surveillance System (BRFSS) data from 2017, which indicated that, overall among U.S. adults, 6.2% (age-adjusted) reported having been told by a health care professional that they had COPD. The age-adjusted prevalence of COPD was 15.2% among current cigarette smokers, 7.6% among former smokers, and 2.8% among adults who had never smoked. Higher prevalences of COPD were observed in southeastern and Appalachian states, regardless of smoking status of respondents. Whereas the strong positive correlation between state prevalence of COPD and state prevalence of current smoking was expected among current and former smokers, a similar relationship among adults who had never smoked suggests secondhand smoke exposure as a potential risk factor for COPD. Continued promotion of smoke-free environments might reduce COPD among both those who smoke and those who do not.
Article
Full-text available
Background The Global Burden of Diseases, Injuries, and Risk Factors Study (GBD) 2017 comparative risk assessment (CRA) is a comprehensive approach to risk factor quantification that offers a useful tool for synthesising evidence on risks and risk–outcome associations. With each annual GBD study, we update the GBD CRA to incorporate improved methods, new risks and risk–outcome pairs, and new data on risk exposure levels and risk–outcome associations. Methods We used the CRA framework developed for previous iterations of GBD to estimate levels and trends in exposure, attributable deaths, and attributable disability-adjusted life-years (DALYs), by age group, sex, year, and location for 84 behavioural, environmental and occupational, and metabolic risks or groups of risks from 1990 to 2017. This study included 476 risk–outcome pairs that met the GBD study criteria for convincing or probable evidence of causation. We extracted relative risk and exposure estimates from 46 749 randomised controlled trials, cohort studies, household surveys, census data, satellite data, and other sources. We used statistical models to pool data, adjust for bias, and incorporate covariates. Using the counterfactual scenario of theoretical minimum risk exposure level (TMREL), we estimated the portion of deaths and DALYs that could be attributed to a given risk. We explored the relationship between development and risk exposure by modelling the relationship between the Socio-demographic Index (SDI) and risk-weighted exposure prevalence and estimated expected levels of exposure and risk-attributable burden by SDI. Finally, we explored temporal changes in risk-attributable DALYs by decomposing those changes into six main component drivers of change as follows: (1) population growth; (2) changes in population age structures; (3) changes in exposure to environmental and occupational risks; (4) changes in exposure to behavioural risks; (5) changes in exposure to metabolic risks; and (6) changes due to all other factors, approximated as the risk-deleted death and DALY rates, where the risk-deleted rate is the rate that would be observed had we reduced the exposure levels to the TMREL for all risk factors included in GBD 2017. Findings In 2017, 34·1 million (95% uncertainty interval [UI] 33·3–35·0) deaths and 1·21 billion (1·14–1·28) DALYs were attributable to GBD risk factors. Globally, 61·0% (59·6–62·4) of deaths and 48·3% (46·3–50·2) of DALYs were attributed to the GBD 2017 risk factors. When ranked by risk-attributable DALYs, high systolic blood pressure (SBP) was the leading risk factor, accounting for 10·4 million (9·39–11·5) deaths and 218 million (198–237) DALYs, followed by smoking (7·10 million [6·83–7·37] deaths and 182 million [173–193] DALYs), high fasting plasma glucose (6·53 million [5·23–8·23] deaths and 171 million [144–201] DALYs), high body-mass index (BMI; 4·72 million [2·99–6·70] deaths and 148 million [98·6–202] DALYs), and short gestation for birthweight (1·43 million [1·36–1·51] deaths and 139 million [131–147] DALYs). In total, risk-attributable DALYs declined by 4·9% (3·3–6·5) between 2007 and 2017. In the absence of demographic changes (ie, population growth and ageing), changes in risk exposure and risk-deleted DALYs would have led to a 23·5% decline in DALYs during that period. Conversely, in the absence of changes in risk exposure and risk-deleted DALYs, demographic changes would have led to an 18·6% increase in DALYs during that period. The ratios of observed risk exposure levels to exposure levels expected based on SDI (O/E ratios) increased globally for unsafe drinking water and household air pollution between 1990 and 2017. This result suggests that development is occurring more rapidly than are changes in the underlying risk structure in a population. Conversely, nearly universal declines in O/E ratios for smoking and alcohol use indicate that, for a given SDI, exposure to these risks is declining. In 2017, the leading Level 4 risk factor for age-standardised DALY rates was high SBP in four super-regions: central Europe, eastern Europe, and central Asia; north Africa and Middle East; south Asia; and southeast Asia, east Asia, and Oceania. The leading risk factor in the high-income super-region was smoking, in Latin America and Caribbean was high BMI, and in sub-Saharan Africa was unsafe sex. O/E ratios for unsafe sex in sub-Saharan Africa were notably high, and those for alcohol use in north Africa and the Middle East were notably low. Interpretation By quantifying levels and trends in exposures to risk factors and the resulting disease burden, this assessment offers insight into where past policy and programme efforts might have been successful and highlights current priorities for public health action. Decreases in behavioural, environmental, and occupational risks have largely offset the effects of population growth and ageing, in relation to trends in absolute burden. Conversely, the combination of increasing metabolic risks and population ageing will probably continue to drive the increasing trends in non-communicable diseases at the global level, which presents both a public health challenge and opportunity. We see considerable spatiotemporal heterogeneity in levels of risk exposure and risk-attributable burden. Although levels of development underlie some of this heterogeneity, O/E ratios show risks for which countries are overperforming or underperforming relative to their level of development. As such, these ratios provide a benchmarking tool to help to focus local decision making. Our findings reinforce the importance of both risk exposure monitoring and epidemiological research to assess causal connections between risks and health outcomes, and they highlight the usefulness of the GBD study in synthesising data to draw comprehensive and robust conclusions that help to inform good policy and strategic health planning.