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Silva EM,Silva AF, Santos MGM, Costa CS, Santos OC, Alves BO (2022)
Antioxidantes naturais: uma abordagem sobre a inserção no mercado cosmético.
Natureza online 20 (1): 037-048
Submetido em: 06/07/2021 Revisado em: 16/03/2022 Aceito em: 07/04/2022
Antioxidantes Naturais: uma abordagem sobre a inserção no
mercado cosmético
Natural Antioxidants: an approach on the insertion in the cosmetic market
Erika Matias da Silva1*, Adriele Firmino da Silva1, Maria Gisely
Martins dos Santos1, Celso da Silva Costa1, Odarlan Correia dos
Santos1, Bruna Oliveira Alves1
1Universidade Estadual de Alagoas (UEA), Palmeira dos Índios, Alagoas, Brasil.
*Autor para correspondência: erika.matias@outlook.com
Resumo Visando promover um mapeamento dos
trabalhos relacionados à produção e aplicação de
antioxidantes naturais em cosméticos, utilizaram-se
os bancos de dados Periódicos, Pub Med e Scielo,
de forma a avaliar o panorama do estágio atual no
desenvolvimento cientíco e tecnológico nesta área.
A pesquisa demonstrou a liderança da China na
produção cientíca voltada ao tema, sendo a maioria
dos trabalhos publicados na revista Molecules no
ano de 2020. A partir do estudo nas diversas bases,
é notável que o número de artigos publicados
relacionados à área investigada ainda é limitado,
demonstrando a necessidade de mais estudos e
investigações para ampliação do aporte tecnológico
acerca de tal conteúdo
Palavras-chave: Tecnologia Agroecológica,
Agricultura, Sustentabilidade.
Abstract Aiming to promote a mapping of the
works related to the production and application of
natural antioxidants to cosmetics, the Periodicals,
Pub Med and Scielo databases are used, in order to
assess the panorama of the current stage of scientic
and technological development. Most of China’s
leadership in the scientic production of an even
greater number of works published in the journal
Molecular 20. restricting, demonstrating the need for
more studies and studies to contribute technological
contribution of such content.
Keywords: Agroecological technology, Agriculture,
Sustainability.
Introdução
A inovação tecnológica se congura como um
fator competitivo, elevando assim os investimentos
em pesquisa para cosméticos que possuem compostos
que beneciam a saúde do ser humano, ainda mais
quando este também agrega desenvolvimento
sustentável para o planeta (MARTINEZ, 2013).
Neste sentido, a indústria cosmética está em
constante busca por inovação aliada a qualidade
cientíca de produtos com compostos bioativos
atraentes aos seus consumidores, o que impulsiona
a indústria cosmética a desenvolver produtos com
constituintes naturais, principalmente de origem
vegetal (NOBRE, 2019; SOUZA, 2015).
A pele é o órgão mais externo e,
consequentemente, a interface entre o corpo
e o meio ambiente. Assim, é a pele quem está
constantemente exposta à radiação UV, acreditando-
se ser este o maior mediador exógeno de danos (HO;
WU; CHANG, 2019). Estima-se que cerca de 80%
dos sinais visíveis causados no envelhecimento
são provocados pelos raios ultravioletas e pelos
radicais livres formados devido à exposição a
estes (BEZERRA; MILITÃO; DE MORAIS,
2017). A teoria dos radicais livres sugere que no
envelhecimento cutâneo que ocorre ao longo da
vida há acúmulo no organismo de substâncias que
provocam oxidação de proteínas, DNA e lipídeos
gerados pela ação dos radicais livres. Quando a pele
entra em contato com a incidência de raios UVA
e UVB há um aumento da quantidade de radicais
livres, como o ânion superóxido e radical hidroxila,
assim como também os oxidantes não-radicais,
tais como o peróxido de hidrogênio, causando
diminuição da quantidade de enzimas antioxidantes
(CORTE, 2006; MAGALHÃES, 2000).
Pode-se denir a oxidação como qualquer
reação química que envolva a perda de um elétron
a partir de um ·átomo, sendo os radicais livres
particularmente imprescindíveis quando se trata de
retirar elétrons dos ·átomos. Estes podem se originar
de diversas formas no organismo: pela radiação
externa, inclusive a luz ultravioleta, pelos raios X e
os raios gama do material radiativo, sendo que agem
evitando a oxidação de substâncias ativas e matérias-
primas propícias à oxidação (YOUNGSON, 1995).
Quimicamente, antioxidantes são compostos,
em sua grande maioria, fenólicos que têm como
característica principal a capacidade de doar átomos
de hidrogênio e/ou receber elétrons, ou seja, são
agentes redutores, de origem sintética ou natural.
No âmbito industrial, são compostos amplamente
empregados na preservação oxidativa de diversos
tipos de produtos com conteúdo lipídico como: óleos
vegetais, gorduras, cosméticos, entre outros. A função
principal dos antioxidantes é diminuir os danos
causados pela oxidação lipídica, consequentemente,
aumentando o tempo de prateleira desses produtos
(GRIFFITHS, 2016).
Neste contexto, além de fazerem um papel
protetor dentro dos cosméticos, os antioxidantes
também ajudam a conservar os mesmos, uma vez que,
sem um sistema de preservação eciente, o produto
pode sofrer modicações que podem deteriorar e
colocar em causa a saúde do utilizador, gerando um
efeito tóxico que altera as características químicas,
físicas e organolépticas do produto (CARDOZO et
al., 2013). Gerando alterações que podem não afetar
o princípio ativo, mas se manifestam pela mudança
de cor, separação de fases, aparecimento de odor
desagradável e mudanças pH (MATOS; CRUZ, 2019).
Estas modicações surgem, muitas vezes, como
resultado de contaminações por microrganismos que
encontram no produto cosmético um meio nutritivo
para crescerem (RAMOS, 2019).
Os conservantes são importantes para inibir
ou bloquear a contaminação das matérias primas
utilizadas nas preparações cosméticas, garantindo
ao consumidor a segurança do produto desde sua
produção até a chegada às prateleiras (CORRÊA,
2012). Para reforçar a proteção natural contra esses
efeitos, faz-se o uso de compostos exógenos, como
enzimas, antioxidantes e compostos fenólicos,
inibindo assim, as reações oxidativas (AMORIM,
2020).
A indústria de cosméticos simboliza uma
considerável área no mercado mundial, que tende
a evoluir ainda mais, devido à busca universal pela
melhoria da qualidade de vida e de aumento do bem-
estar (FURLANI; NETZ, 2012). A demanda por
produtos naturais tem crescido muito nos últimos
anos, principalmente devido aos conceitos que a eles
são atrelados, em relação à saúde do consumidor e
à preservação do meio ambiente. Além disso, existe
um movimento mundial crescente, no sentido de se
incluir os atributos de produto natural e/ou orgânico
a uma gama cada vez maior de cosméticos por
meio de ingredientes, dentre os quais se encontram
aqueles que possuam ação antimicrobiana, os
chamados conservantes, que são empregados numa
tentativa de manter as propriedades do produto
(COSMETICS; TOILETRIES, 2007). Neste
contexto o presente trabalho tem como objetivo uma
revisão bibliográca acerca do uso de antioxidantes
naturais na indústria de cosméticos.
Material e Métodos
Delineamento do estudo
O Delineamento do estudo baseou-se em
Silva et al. (2022) Antioxidantes naturais: uma abordagem sobre
a inserção no mercado cosmético - ISSN 1806-7409 - www.
naturezaonline.com.br 038
uma revisão bibliográca narrativa, realizada em
03 bases de dados eletrônicas, buscando-se livros,
artigos cientícos, resumos de anais de eventos e
dissertações.
As pesquisas foram realizadas pelo método
de busca combinada (avançada) na primeira página
(front page) em todas as bases escolhidas, utilizando
termos característicos ao tema que foi trabalhado.
Sendo feitas quatro etapas de ltragem de resultados,
onde a primeira consistiu no uso dos termos 1,
havendo um segundo ltro com a combinação dos
termos 1 e 2, no terceiro ltro se fez o uso dos termos
1, 2 e 3 e na quarta etapa de ltragem utilizou-se o
termo 4, onde todos os números de artigos retornados
estão descritos na Tabela 1.
Os termos utilizados para realizar as pesquisas
foram os mesmos em todas as bases de dados, sendo
necessária a realização de buscas com as palavras-
chave em língua inglesa e portuguesa uma vez que
os radicais não se igualam nos dois idiomas. Os
termos usados para as buscas em português foram:
(antioxid*); (cosmétic*); (natur); (ativid* or aplic*)
e (antioxid*); (natur*); (cosmetic*); (activit* or
appli*), para buscas na língua inglesa.
Fontes de informação
As buscas foram feitas por meio das bases de
dados Scielo (Scientic Eletronic Library Online),
Portal Periódicos da CAPES (Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e
PubMed, as línguas utilizadas na pesquisa foram
português e inglês e as buscas foram realizadas entre
os meses de Dezembro de 2020 e Fevereiro de 2021.
Os termos foram pesquisados separadamente como
descritos no tópico anterior.
Critérios de inclusão e exclusão de referências
Após a realização das buscas procedeu-se a
uma análise individual dos trabalhos encontrados,
de modo a identicar aqueles que apresentassem em
seu conteúdo a temática de antioxidantes naturais
para o mercado cosmético, denominando-se este
grupo como “trabalhos de interesse”, sendo excluído
qualquer material que não tivesse como discussão
central o tema em estudo ou que apenas trouxesse
a possibilidade do uso do antioxidante natural sem
qualquer especicação. Todos os estudos de interesse
encontrados, foram levados em consideração mesmo
com um tempo cronológico de publicação mais
avançado.
Resultados e Discussão
A análise dos trabalhos de interesse
publicados nas bases de dados escolhidas demonstra
que são poucos os artigos que trazem discussões
voltadas somente para o mercado cosmético
(GONZALEZ MINERO; BRAVO DIAZ, 2017;
KOCH et al., 2019). Além disso, é perceptível o
quão variados os antioxidantes naturais podem ser.
A tendência de utilização de princípios ativos de
origem natural em cosméticos deve-se ao fato destes
propiciarem benefícios à saúde, como por exemplo
a redução do estresse oxidativo, neutralizando os
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Tabela 1. Pesquisa por combinações de palavras-chave nas bases de dados selecionadas.
Palavras-chave utilizadas
Artigos totais
Artigos de
interesse
Periódicos
Scielo
PubMed
Antioxidant*
-
-
-
751.255
5.776
160.683
-
Antioxidant*
Cosmétic*
-
-
28.093
99
1.389
9
Antioxidant*
Cosmetic*
-
-
20.008
477
1.351
-
Antioxidant*
Cosmétic*
Natur*
-
21.899
-
459
-
Antioxidant*
Cosmetic*
Natur*
-
21.000
30
444
247*
Antioxidant*
Cosmétic*
Natur*
Ativid* or
Aplic*
78
-
-
5
Antioxidant*
Cosmetic*
Natur*
Activit* or
Appli*
12.049
-
366
118
Fonte: Autores (2020)
radicais livres que resultam de processos oxidativos
intracelulares (SOUZA, 2015). São citadas frutas
como goiaba (MILANI et al., 2018; CHIARI-
ANDREO et al., 2017), caqui (KASHIF; AKHTAR;
MUSTAFA, 2017), goji berry (LEITE et al., 2019),
melão (GRIFFIN et al., 2017), maracujá (MARUKI-
UCHIDA et al., 2013); legumes como a cebola
(SALAMON et al., 2019); plantas medicinais
como Ocimum basilicum (AVETISYAN et al.,
2017), Vellozia squamata (QUINTAO et al., 2013),
Glycyrrhiza glabra (PASTORINO et al., 2018), Aloe
vera (HES et al., 2019), Nicotiana tabacum (RU et
al., 2012); mel ou quaisquer derivados (XI et al.,
2018; KUREK-GÓRECKA et al., 2020); cactos
(JORGE et al., 2013); além de algas marinhas
(EL-SHENODY; ASHOUR; GHOBARA, 2019;
PANGESTUTI; SIAHAAN; KIM, 2018; NISHIDA
et al., 2020; MESSYASZ et al., 2018).
Vários autores têm associado os efeitos
benécos, à saúde do homem, do consumo regular
de frutas, vegetais e grãos à presença de substâncias
antioxidantes, como os compostos fenólicos, a
vitamina C e os carotenóides (VASCONCELOS et
al., 2006; KIM et al., 2007; PIENIZ et al., 2009).
Estudos in vivo baseados em uma dieta antioxidante
incluem dentre algumas substâncias naturais o ácido
ascórbico como agente de proteção contra danos
oxidativos ao organismo (ASSUMPÇÃO, 2014).
Muitos trabalhos demonstram que as
frutas são ricas em muitos nutrientes e compostos
antioxidantes, e que esses constituintes se concentram
majoritariamente nas cascas e sementes (COSTA et
al., 2000; MELO et al., 2008; ABRAHÃO et al.,
2010). Sementes de maracujá foram descritas como
fontes ricas de fenólicos (classe de compostos com
atividade antioxidante já descrita), além de ter se
atribuído uma capacidade de clarear superfícies ao
extrato metanólico dessas sementes (LOURITH;
KANLAYAVATTANAKUL, 2013). A caracterização
bioquímica de subprodutos, cascas e sementes
de melão, também passaram por uma avaliação
de polifenóis totais, orto-difenóis, avonóides
e conteúdo de taninos. Além disso, a atividade
antioxidante foi avaliada a m de compreender os
benefícios potenciais como antioxidantes naturais.
No geral, o extrato da casca revelou as maiores
atividades de eliminação e redução do radical, além
disso, apresentou maior conteúdo polifenólico do
que o extrato da semente, conforme revelado pelas
análises cromatográcas e espectrofotométricas.
Os resultados do presente estudo indicam que os
resíduos de melão são uma boa fonte de toquímicos
naturais úteis para diversos ns, como a aplicação
no mercado cosmético, por exemplo (VELLA;
CAUTELA; LARATTA, 2019).
Resíduos descartados após o processamento
das frutas também é um objeto de estudo. Matos e
colaboradores (2019), estudaram os extratos obtidos
a partir de bagaço de uva e borras de vinho, foram
caracterizados quanto a atividade antioxidante por
meio químico e celular, sendo os extratos de borras
de vinho ricos em conteúdo de fenólicos. Além
disso, foi avaliada sua capacidade inibitória para
enzimas especícas envolvidas no envelhecimento
da pele (elastase; MMP-1; tirosinase), os resultados
conrmam que os uxos de resíduos de vinicação
são fontes valiosas de ingredientes naturais com
potencial para aplicações cosmecêuticas. Os
subprodutos do processamento da goiaba também
são boas fontes de toquímicos. Milani et al. (2018),
vericaram a capacidade de aditivação in vitro e a
ecácia fotoprotetora do extrato do subproduto de
goiaba em função de sua incorporação em formulações
cosméticas, comparando-o com um produto padrão.
O extrato apresentou sinergia com o ltro químico
UV, potencializando o fator de proteção solar do
tocosmético em 17,99%. Além disso, foi possível
evidenciar sua atividade antioxidante e a presença de
metabólitos secundários como fenóis e avonóides,
sendo possível armar que o extrato de subprodutos
agroindustriais da goiaba apresenta potencial para
ser estudado e reaproveitado, aplicando-se no
desenvolvimento de produtos inovadores voltados
aos cuidados fotoprotetores.
Uma parcela considerável dos artigos
apurados traz discussões acerca do uso de algas
marinhas o que pode ser relacionado ao fato de que
as algas marinhas são conhecidas por conter uma
grande variedade de compostos bioativos, muitos
dos quais têm aplicações comerciais nas indústrias
farmacêutica, médica, cosmética, nutracêutica,
alimentícia e agrícola. Os antioxidantes naturais,
encontrados em muitas algas, são importantes
compostos bioativos que desempenham um papel
importante contra várias doenças e processos de
envelhecimento por meio da proteção das células
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contra o dano oxidativo. Zielinski e colaboradores
(2020), por exemplo, identicaram um importante
teor de polifenóis nos extratos hidrofílicos da
biomassa de Chlorella vulgaris quando testado o
extrato aquoso da espécie frente ao DPPH para
a determinação da atividade antioxidante, os
resultados armam que a espécie de microalga é um
potente antioxidante natural.
LI et al. (2019), em seus estudos sobre a
espécie Laurencia undulata, isolou a molécula
5-hidroximetil-2-furfural (5-HMF) e os resultados
demonstraram que o 5-HMF pode ser desenvolvido
como um novo antioxidante natural marinho ou
um potencial precursor para aplicações práticas
nos campos alimentar, cosmético e farmacêutico.
Kelman et al. (2012), estudaram 37 amostras
de algas, am de testar a antioxidante total dos
extratos orgânicos, das algas testadas, o extrato de
Turbinaria ornata foi considerado o mais ativo. O
fracionamento deste extrato guiado por bioensaios
levou ao isolamento de uma variedade de diferentes
carotenóides como princípios ativos, o principal
composto antioxidante bioativo foi identicado
como o carotenóide fucoxantina. Tenorio-Rodriguez
et al. (2017), ao trabalharem com extratos de 17
macroalgas mexicanas, observaram que entre estes,
Eisenia arborea, Padina concrecense Cystoseira
osmundacea exibiram as atividades de eliminação
de radicais mais fortes, indicando um importante
potencial antioxidante, sendo atribuído tal atividade,
à presença de polifenóis.
Outro produto que vem sendo muito
trabalhado é o mel, assim como seus derivados e
produtos similares (CORNARA et al., 2017). Xi e
colaboradores 2018, armam que cerca de 70% das
substâncias do pólen de abelha são biologicamente
ativas, como proteínas, carboidratos, lipídios e
ácidos graxos, compostos fenólicos, vitaminas e
bioelementos. Como um produto apícola natural,
o pólen de abelha pode efetivamente melhorar os
mecanismos de proteção contra o envelhecimento
da pele, ressecamento da pele, radiação ultravioleta
B, dano oxidativo, inamatório e melanogênese,
que estão envolvidos em uma ampla gama de efeitos
negativos na pele humana, portanto, têm chamado
a atenção para aplicações cosméticas e de saúde,
sendo uma ótima matéria prima para a produção de
cosméticos.
Com a grande demanda de cosméticos, surge a
necessidade de exploração das mais diversicadas
fontes de produtos antioxidantes, neste sentido,
o ginseng vermelho (uma espécie de raízes secas
utilizadas na medicina popular chinesa), foi estudado
e constatou-se que é um potente antioxidante, uma
vez que ajuda a proteger da morte celular induzida
por UVB, aumenta a hidratação da pele e previne
rugas, sendo utilizado na indústria cosmética (KIM
et al., 2020). Outra descoberta importante para o
mercado de antioxidantes cosméticos é o goji berry,
popularmente conhecido como “fruta milagrosa”,
que tem um excelente potencial antioxidante e
pode ser usado no tratamento de doenças de pele
associadas ao envelhecimento, a fruta ajudou na
melhor absorção de produtos cosméticos para a pele
(LEITE et al., 2019).
Os estudos revelam que várias classes
de compostos químicos podem ser responsáveis
pela atividade antioxidante de uma dada espécie,
compostos típicos que possuem atividade
antioxidante incluem a classe de fenóis, ácidos
fenólicos e seus derivados, avonóides, tocoferóis,
fosfolipídios, aminoácidos, ácido fítico, ácido
ascórbico, pigmentos e esteróis (ROESLER et al.,
2007). Dentre os quais se destacam os polifenóis
(MARTINEZ-VALVERDE, PERIAGO, ROS,
2000).
Algumas espécies de plantas são notáveis
pela ampla gama de constituintes biologicamente
ativos em seus tecidos. Tsai; Lin (2019), investigaram
as propriedades de extratos de sementes de
Camellia oleifera Abel os resultados revelaram que
os extratos possuem eciência de eliminação de
DPPH e a análise toquímica comprova a presença
de polifenóis e avonóides, desta forma, exibem
excelente potencial para aplicação em produtos
como sabonetes, xampus, condicionadores de
cabelo, produtos para a pele, cosméticos e loções de
proteção solar. Mikucka; Zielińska (2020), discutem
sobre os aspectos acerca da vinhaça de destilaria,
mostrando que este material é uma fonte valiosa de
polissacarídeos e ácidos graxos voláteis, bem como
antioxidantes naturais, incluindo polifenóis e outros
compostos bioativos de interesse para as indústrias
farmacêutica, cosmética e alimentícia.
Um termo bem presente dentro dos
trabalhos apurados é “fotoprotetor”, o que indica
Silva et al. (2022) Antioxidantes naturais: uma abordagem sobre
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a preocupação em encontrar fontes naturais para o
desenvolvimento de protetores solar ou produtos
de tal gênero. O efeito protetor exercido por estes
materiais é atribuído à presença de toquímicos
com ação antioxidante em sua composição (KAUR,
KAPOOR, 2002). Estudos sobre a irradiação
ultravioleta (comumente considerada a principal
causa do fotoenvelhecimento cutâneo), revelaram
o comportamento dos metabólitos secundários
biossintetizados em células vegetais em resposta
à irradiação UV, como fenilpropanóides e seus
metabólitos glicosilados, agliconas, avonóides
glicosilados e ácidos leontopódicos, possuem a
melhor promessa para a prevenção tópica natural
completa de fotoenvelhecimento e rejuvenescimento
da pele fotoenvelhecida (KOSTYUK et al., 2018).
As algas marinhas têm recebido grande
atenção como agentes fotoprotetores naturais devido
às suas substâncias bioativas únicas e exclusivas, que
foram adquiridas como uma adaptação ao ambiente
marinho extremo, combinadas com uma gama de
parâmetros físicos. Essas substâncias fotoprotetoras
incluem aminoácidos semelhantes a micosporina,
polissacarídeos sulfatados, carotenóides e polifenóis.
As substâncias fotoprotetoras de algas marinhas
exibem uma ampla gama de atividades biológicas,
como absorção de ultravioleta (UV), antioxidante,
inibidores de metaloproteinase de matriz,
antienvelhecimento e atividades imunomodulatórias.
Consequentemente, tais substâncias bioativas únicas
derivadas de algas marinhas têm sido consideradas
como tendo potencial para uso em cuidados com
a pele, cosméticos e produtos farmacêuticos
(PANGESTUTI; SIAHAAN; KIM, 2018).
A análise dos artigos de interesse também
possibilitou uma coleta de dados importantes sobre
o estado da arte do tema estudado. A China ganha
destaque quanto à quantidade de artigos publicados
(Figura 1), e esse resultado pode ser justicado
devido a imensa cultura medicinal tradicional
chinesa, o que inuencia a preferência das pessoas
por diferentes produtos derivados da natureza. Vale
ressaltar que o mercado de cosméticos na China
é desmesurado, o que reete o papel crucial que
desempenha neste setor. O crescimento econômico
do país conduziu a uma melhoria da qualidade de vida
que, por sua vez, gerou um aumento do consumo de
produtos cosméticos e, por consequência, despertou
um crescente interesse das companhias cosméticas
no mercado chinês (SILVA, 2015).
O Brasil também se destaca quanto a
quantidade signicativa de artigos. Dentre os
principais fatores que justicam o franco crescimento
do setor cosmético brasileiro, pode-se destacar: a
pesquisa e o desenvolvimento de novos produtos
e insumos que melhor atendam às necessidades
e expectativas dos consumidores brasileiros; o
desenvolvimento e a utilização de tecnologias de
ponta, que proporcionam a obtenção de novos e
mais ecazes insumos, melhora na produtividade
de produtos cosméticos e aumento no volume de
produção; e a obtenção de insumos e produtos nais
pautados na sustentabilidade, ambiental e humana,
promovendo a produção de produtos cosméticos
com menor impacto ambiental e geração de resíduos
reduzida, além do incremento na segurança de
uso (ISAAC, 2016). O setor brasileiro de Higiene
Pessoal, Cosmética e Perfumaria tem apresentado,
nas duas últimas décadas, um crescimento acelerado,
registrando um aumento médio deacionado de 10%
nos últimos 19 anos, tendo, porém, sofrido retração
em 2015 (ABIHPEC, 2015). E neste contexto, em
que o mercado cosmético se mostra promissor, os
cosméticos sustentáveis apresentam uma importância
fundamental, principalmente devido ao fato de o
Brasil possuir uma vasta extensão toecológica,
biomas variados e distintos em constituição e arranjo
(ABIHPEC, 2015).
Este cenário proporciona um promissor
berço tecnológico no desenvolvimento de produtos
cosméticos de origem vegetal, que, além de
inovadores e pioneiros, possuem matéria-prima
abundante em todo território nacional, o que garante
vantagem competitiva na conquista do mercado
exportador e o desenvolvimento de produtos
nacionais, com grande potencial de penetração no
mercado internacional, principalmente os produtos
cosméticos certicados (SANTOS, 2019). Estudos
realizados por Zucco; Sousa; Romeiro (2020),
apontam que a indústria de cosméticos caracteriza-
se pela necessidade contínua de pesquisas de novos
insumos e inovação em toda cadeia produtiva.
Os dados observados na gura 2 mostram
os resultados referentes à publicação de artigos nos
anos de 2010 a 2020. O ano que se destaca com maior
quantidade de publicações é 2020 o mesmo ano
Silva et al. (2022) Antioxidantes naturais: uma abordagem sobre
a inserção no mercado cosmético - ISSN 1806-7409 - www.
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em que a OMS (Organização Mundial da Saúde),
declarou estado de pandemia por conta da Covid-19.
Período esse em que muitos pesquisadores estiveram
reclusos e com isso, puderam produzir escrever
e publicar mais contribuições para a comunidade
cientíca.
Levando em conta que a China obteve o
maior número de artigos considerados como de
interesse, nos últimos anos, o mercado cosmético do
país experimentou um grande crescimento, sendo um
mercado de consumo gigantesco e se tornado mais
expressivo a cada dia (SILVA, 2015). Além disso,
o mercado de cosméticos naturais tem crescido já
há alguns anos e tende a continuar crescendo cada
vez mais. De acordo com um estudo da Grand
View Research, este mercado, a nível global, deve
atingir o valor de 48 bilhões de dólares até 2025,
um aumento de 5,01% em comparação a 2019
(DOMANI, 2020). Acredita-se que este movimento
se dá por uma preocupação atual, especialmente das
novas gerações, com os ingredientes que são usados
nos produtos que são consumidos. No mercado
de cosméticos, isso envolve tanto os impactos
ambientais que os ingredientes usados podem trazer
quanto a preocupação com o que entrará em contato
direto com a pele de quem consome (GORDOBIL et
al., 2020).
Na gura 3 observa-se que a revista com mais
Silva et al. (2022) Antioxidantes naturais: uma abordagem sobre
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Figura 1. Relação de países com maior quantidade de artigos publicados de acordo com as buscas nas respectivas bases de dados Periódicos,
Pubmed e Scielo.
Fonte: Autores (2020)
Figura 2. Relação dos anos com maior quantidade de artigos publicados de acordo com as buscas nas respectivas bases de dados Periódicos
capes, Pubmed e Scielo.
Fonte: Autores (2020)
artigos publicados sobre antioxidantes naturais para
cosméticos é a Molecules, seguida por Antioxidants
e Marine Drugs. Esse resultado é relacionável ao
escopo da revista, visto que ambas possuem um
escopo voltado para avaliação de extratos naturais e
toquímica, além de estudarem atividades isoladas
(neste caso, atividade antioxidante).
Além de enfatizar o interesse no crescente
uso para substituir os antioxidantes sintéticos em
cosméticos, levando-se em consideração as atuais
preocupações sobre possíveis efeitos adversos na
saúde. Ferro (2006) arma que muitas empresas
têm procurado integrar os princípios e práticas do
desenvolvimento sustentável em seu contexto de
negócio, conciliando as dimensões econômica,
social e ambiental. O consumo consciente e
sustentabilidade são temas intimamente relacionados
uma vez que o meio ambiente é assunto de discussão
em muitos campos, à medida que a indústria de
cosméticos continua a crescer, o desenvolvimento
de novos cosméticos visa sanar a necessidade do
mercado. Assim, os dados observados possibilitam
pontuar e enfatizar a importância de ampliar as
discussões acerca dos antioxidantes naturais para o
mercado cosmético.
Considerações Finais
Apesar de alguns estudos focarem no
desenvolvimento de antioxidantes especícos para
a indústria cosmética, o número de trabalhos nesse
sentido é muito pequeno dada a crescente demanda
desses produtos. A maioria dos trabalhos citam
antioxidantes ainda não implementados, o que pode
ser mudado com o aprofundamento das pesquisas.
Embora a diversidade de produtos naturais testados
para a atividade antioxidante, é sempre válido o estudo
das mais variadas espécies de plantas e quaisquer
outros materiais que possam ser utilizados neste
campo. Uma parcela dos artigos investiga a atividade
fotoprotetora de suas amostras, o que é válido
dado a importância desses produtos no mercado.
A China possui o maior número estudos
desenvolvidos e quanto ao ano de publicação, 2020
ganha destaque, o que foi relacionado a fatores como
expansão populacional e políticas públicas adotadas
pelo país. As revistas Molecules e Antioxidants
são as responsáveis pelo maior número de artigos
publicados, resultado que pode ser relacionado
ao tipo de conteúdo que tais revistas trabalham.
Neste sentido, um caminho para futuras
pesquisas deve ser desenvolver antioxidantes que
sejam minuciosamente desenvolvidos apenas
para a inserção em cosméticos. A busca por
esses materiais deve ser iniciada pela avaliação
dos compostos presentes no material, visto que
algumas classes indicam um caminho assertivo,
como é o caso dos polifenóis e no que se refere a
Silva et al. (2022) Antioxidantes naturais: uma abordagem sobre
a inserção no mercado cosmético - ISSN 1806-7409 - www.
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Figura 3. Relação das revistas com maior quantidade de artigos publicados de acordo com as buscas nas respectivas bases de dados periódicos
capes, pubmed e scielo.
Fonte: Autores (2020)
aplicação, deve-se abrangi mais áreas cosméticas,
como maquiagem e produtos antienvelhecimento.
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