Content uploaded by Cicero Moraes
Author content
All content in this area was uploaded by Cicero Moraes on Sep 30, 2022
Content may be subject to copyright.
Capítulo 6
Mensuração de Dados
Faciais Ortográcos em
Moldavos e Comparação
com Outras Populações
Cicero Moraes
3D Designer, Arc-Team Brazil, Sinop-MT
Ilie Suharschi
Professor Associado, Departamento de Cirurgia oral e Maxilofacial e
Implantologia Oral Arsenie Gutan, “Nicolae Testemitanu”
Universidade Estatal de Medicina e Farmácia da República da
Moldávia, Chisinau-Moldávia
DOI: https://doi.org/10.6084/m9.figshare.20089754
O presente capítulo tem por objetivo apresentar os resultados de um
estudo efetuado com 35 exames de tomograa computadorizada (CT-
Scan) anônimas de moldavos e comparar os números com estudos
semelhantes efetuados em brasileiros [A23] [A19] e malaios [A13]. O
trabalho procurou investigar estruturas cranianas em projeção mé-
dia ortográca (2D) a m de que funcionassem como preditores para
a dimensão de importantes regiões frontais da face como a posição
das pupilas, linha central dos lábios (ch-ch), asas nasais e a projeção
lateral do nariz, a partir de modelos tridimensionais do crânio.
Atenção: Este material utiliza a seguinte licença Creative Com-
mons: Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0).
87
OrtogOnLineMag 4
6.1 Introdução
Atenção: O presente texto utiliza como template o capítulo Men-
suração de Dados Faciais Ortográcos em Malaios e Comparação
com Brasileiros [A13], incrementado com as novas tomograas
supracitadas. Tal abordagem facilita a concentração de referên-
cias, ao passo que funciona como um documento técnico a ser
traduzido para outros idiomas.
A reconstrução facial forense (RFF) é uma técnica auxiliar de reco-
nhecimento que utiliza um crânio como base para a aproximação de
uma face. Desenvolvida desde o nal do século XIX ainda hoje é fonte
de amplo debate e controvérsia [A31], seja pela diculdade em se de-
nir o que é arte e o que é ciência em tal abordagem, ou a precisão
das regiões anatômicas reais em relação às reconstruídas.
Para resolver parte destes problemas, um dos autores iniciou estu-
dos de projeção complementar de pers de narizes a partir de tomo-
graas de brasileiros, melhorando a assertividade das técnicas em
relação aos métodos de Gerasimov e Prokopec e Ubelaker (Stephan
et al. 2003) [A33], reduzindo signicativamente parte dos erros co-
nhecidos de ambos (Moraes et al. 2021) [A23]. Em seguida também
foi publicado outro material, também utilizando tomograas de bra-
sileiros, focando no posicionamento dos globos oculares nos três ei-
xos (X, Y, Z), o tamanho e posicionamento frontal do nariz, o traçado
frontal da boca (chellion-chellion) e outras abordagens (Moraes et al.
2022) [A19].
Além das mensurações apresentadas no capítulo de Moraes et al.
2022 [A19] os autores mediram também a altura (eixo Z) das orelhas
e a abertura (eixo X) dos olhos dos indivíduos moldavos, malaios e
também dos brasileiros, resultando em um dados separados e reu-
nidos (Merged).
88 Capítulo 6
OrtogOnLineMag 4
6.2 Materiais e Métodos
6.2.1 Mensuração das Estruturas Anatômicas
Figura1: Gráco apresentando todas as medidas e projeções efetuadas no estudo. Ta-
bela com dados pormenorizados: https://bit.ly/3NRw2KW
Ao todo foram levantadas 20 medidas, um ângulo e várias porcen-
tagens de uma medida em relação à outra (Fig. 1). No caso dos ele-
mentos simétricos, os dois lados foram mensurados. O objetivo foi
comparar os dados de um grupo de brasileiros e malaios versus ou-
tro de moldavos e juntar os três em um estudo com o maior n possí-
vel, de modo a analisar se a diferença justica a utilização de tabelas
próprias para ambos.
6.2.2 Projeção Nasal Lateral (Eixo Y)
As primeiras medidas efetuadas seguiram o padrão do estudo publi-
cado por Moraes et al. 2021 [A23] com n=26 (Fig. 2). Para a Aperture
a média foi de 31,2 mm com desvio padrão de 3.2. No estudo com ma-
laios (n=34) a média foi de 28.5, com desvio padrão de 2.6. No estudo
com brasileiros (n=50) a média foi de 30.7, com desvio padrão de 3.7,
ao se fundir os três estudos, resultando em um n=110 os valores não
Materiais e Métodos 89
OrtogOnLineMag 4
Figura2: Medidas nasais, segundo Moraes et al. 2021 [A23]
sofreram grande alteração, sendo a média 30.1mm e o desvio padrão
3.4.
Para a Base efetuada na amostra dos moldavos (n=26) a média foi de
36,9 mm, com desvio padrão de 2,92. Nos malios (n=34) a média havia
sido de 30 mm, com desvio padrão de 3.1. Nos brasileiros (n=50) a mé-
dia havia sido de 34.5 mm, com desvio padrão de 3.1. Cabe aqui uma
observação, nos brasileiros a Base é em média 12.40% maior do que
a aperture, nos caso dos malaios a diferença cai para 5.26%, já nos
moldavos a diferença é maior do que os dois anteriores, fechando
em 15,67%. Ao se juntar os três estudos (n=110) a média da Base foi de
33.5, com desvio padrão de 3.9, no caso da projeção adicional da Base
do nariz a média foi de 11,30%.
Atenção: Em face da diferença apresentada nos estudos e dada a
importância visual da região, os autores recomendam a projeção
nasal respeitando a porcentagem adicional de cada grupo popu-
lacional.
O Angle Aperture-Base médio nos moldavos (n=26) foi de 51.25º com
90 Capítulo 6
OrtogOnLineMag 4
desvio padrão de 4.69. Nos malaios (n=34) a média foi de 54.4º com
desvio padrão de 5.4. Nos brasileiros (n=50) a média foi de 53.2º com
desvio padrão de 5.4 e na junção dos três estudos (n=110) a média foi
de 53.1º com desvio padrão de 5.3.
Já a distância entre a linha projetada a partir da espinha nasal an-
terior (método Gerasimov) e a columella nos moldavos (n=26) teve
a média de 7.64 mm, com desvio padrão de 1.85. Nos malaios (n=34)
a média foi de 6.1 com desvio padrão de 1.7. Nos brasileiros (n=50)
a média foi de 4.8 com desvio padrão de 1.6 e a junção dos estudos
(n=110) gerou uma média de 5.9 mm, com desvio padrão de 2.1.
6.2.3 Medidas Importantes da Face
Figura3: Medidas efetuadas na face
As demais medições apresentadas a partir daqui seguem o trabalho
de Moraes et al. 2022 [A19] e algumas novas foram mensuradas de
modo a enriquecer os dados acerca das estruturas faciais (Fig. 3).
Tal trabalho deixou clara a importância de espaços chave, que po-
dem ser utilizados como base para a projeção de outros, como por
exemplo a distância entre os pontos orbitais frontomalares (fmo-
fmo), úteis em variadas projeções, dentre elas o posicionamento dos
Materiais e Métodos 91
OrtogOnLineMag 4
globos oculares, a dimensão frontal do nariz (eixo X) e os lábios. Os
pontos seguiram a descrição proposta por Caple e Stephan 2016 [A3].
A distância média fmo-fmo na amostra moldava (n=35) foi de 97.89,
com desvio padrão de 4.69, o que pouco diferiu dos malaios (n=34),
cujo a distância foi de 96.8 mm, com desvio padrão de 4.1 e dos bra-
sileiros (n=50), com média de 95.1 mm e desvio padrão de 4.4. Ao se
juntar os três estudos (n=102) a média resultante foi de 96.6, com
desvio padrão de 4.5.
Duas outras distâncias se mostraram úteis para a projeção dos lá-
bios e da parte frontal do nariz, ainda com mais precisão em rela-
ção aquelas que utilizam os pontos fmo-fmo, trata-se da metade das
distâncias somadas dos forames infraorbitais e mentuais. Sendo as-
sim, a média da distância entre os forames infraorbitais nos molda-
vos (n=26) foi de 51.7, com desvio padrão de 4.4. Nos malaios (n=30)
foi de 51,03 mm, com desvio padrão de 3.8. Nos brasileiros (n=33)
a média foi de 49.5, com desvio padrão de 4.9 e a junção dos estu-
dos (n=89) resultou em uma média de 51.6, com desvio padrão de 4.6.
Em relação à distância entre os forames mentuais, a média entre os
moldavos (n=35), foi de 46,6 mm e o desvio padrão de 2.7. Entre os
malaios,(n=10), a média foi de 47.9 mm, com desvio padrão de 2.7. A
amostra dos brasileiros (n=33) teve a média de 45.3, com desvio pa-
drão de 3.1. Ao se juntar todos os casos (n=78) a média foi de 45.8,
com desvio padrão de 2.9.
6.2.4 Posicionamento Tridimensional do Globo Ocular
Pela complexidade estrutural da região, o posicionamento do globo
ocular dentro da órbita foi dividido em 3 etapas, correspondendo aos
eixos X, Z e Y. A ordem respeita os passos para o posicionamento da
estrutura no espaço tridimensional.
Inicialmente foram levantadas as distâncias entre os centros dos
globos oculares (pu-pu). Nos moldavos (n=35) a média foi de 64.1 mm,
com desvio padrão de 3.9. Nos malaios (n=34) a média foi de 64.4 mm,
com desvio padrão de 3.4. Nos brasileiros (n=33) a média foi de 62.6
mm, com desvio padrão de 3.6 e ao se juntar os estudos (n=102) a
média resultante foi de 63.7 mm, com desvio padrão de 3.7.
A distância entre o ponto fmo e centro da órbita (orb side-center)
92 Capítulo 6
OrtogOnLineMag 4
nos moldavos (n=35), foi de 16,9 mm, com desvio padrão de 1.2. Nos
malaios (n=34) foi de 16.2, com desvio padrão de 1. Nos brasileiros
(n=33) a média foi de 16.4 com desvio padrão de 1.1 e a junção dos
estudos (n=102) resultou uma média de 16.5 com desvio padrão de
1.1.
O estudo comparou as distâncias pu-pu vs fmo-fmo (% pu vs fmo), o
resultado médio entre os moldavos (n=35) foi de 65,5%, com desvio
padrão de 2. Nos malaios (n=34) foi de 66,6% com desvio padrão de
1.9. Entre os brasileiros (n=33) a média foi de 65.8% com desvio pa-
drão de 1.5 e ao se juntar os estudos (n=102) a média resultante foi de
65.9% com desvio padrão de 1.8.
Relacionado ao posicionamento no eixo Z (orb Z), foi traçada uma li-
nha a partir da intersecção do limite lateral, ou seja, a linha repre-
sentando o espaço anteriormente abordado e medido o espaço de
cima para baixo, até o centro do globo ocular. Nos moldavos (n=35),
a média foi de 15,2 mm, com desvio padrão de 1.5. Nos malaios (n=34),
a média foi de 15.4 mm, com desvio padrão de 1.3. Nos brasileiros
(n=33) a média foi de 15.5 mm, com desvio padrão de 1.5 e ao se jun-
tar os estudos (n=107) a média foi de 15.4 mm, com desvio padrão de
1.5.
Para o posicionamento no eixo Y (orb Y), foi mensurada uma média
entre uma linha reta que tangenciava a aresta da região infraorbi-
tária e a pupila (pu). A média da distância entre os moldavos (n=35)
foi de 5.4 mm, com desvio padrão de 1.9. Nos malaios (n=34) a média
foi de 6.3 mm, com desvio padrão de 3. Nos brasileiros (n=33) a mé-
dia foi de 5.6 mm, com desvio padrão de 2.5 e ao se juntar os estudos
(n=102) a média foi de 5.8, com desvio padrão de 2.5.
Outra medida foi levantada, de modo a melhorar o posicionamento
do globo ocular no eixo Y, mensurando o espaço entre o canino e a
pupila ((13-23)-pu). No caso dos moldavos (n=35), a média foi de -
0.01 mm (levemente para trás dos caninos), com desvio padrão de
3.7. Nos malaios (n=18), a média foi de 1.9 mm à frente dos caninos,
com desvio padrão de 4.3. Entre os brasileiros (n=33) a média foi de
1.3 mm à frente dos caninos, com desvio padrão de 3 e ao se juntar
os dois estudos (n=86), a média foi de 0.9 mm à frente dos caninos,
com desvio padrão de 3.7.
Materiais e Métodos 93
OrtogOnLineMag 4
6.2.5 Medida e Projeção da Boca (ch-ch)
A distância entre os chellions (ch-ch)gura entre uma das mais im-
portantes para a projeção frontal da face. Ainda que este material
não explore as alturas dos lábios superior e inferior, os dados a se-
guir apresentados são de grande valia para uma aproximação mais
coerente com a estrutura real do rosto.
Na amostra moldava (n=34), a média da distância ch-ch foi de 49,4
mm, com desvio padrão de 3.5. Nos malaios (n=19), a média da dis-
tância foi de 49.3 mm, com desvio padrão de 3.5. No caso dos brasilei-
ros (n=33) a média doi de 47.7, com desvio padrão de 5 e ao se juntar
os estudos (n=89) obteve-se uma média de 48.7, com desvio padrão
de 4.2.
Ao se calcular a metade da soma dos forames infraorbitais e men-
tuais (Forames AV) versus a distância médias dos lábios chega-se a
resultados muito próximos uns dos outros. No caso dos moldavos,
o resultado confrontado do ch-ch (n=35) foi de 49.4 mm vs 48.8 mm
do Forames AV (n=26). Nos malaios o resultado foi de ch-ch (n=19) de
49.3 mm versus 51 mm do Forames AV (n=9). Em relação aos brasi-
leiros temos o ch-ch (n=33) de 47.7 mm versus 47.4 mm do Forames
AV (n=33). Ao se juntar os estudos observa-se o ch-ch (n=89) de 48.7
mm versus 48.4 mm do Forames AV (n=68). Neste caso, um n maior
resultou em uma compatibilidade maior.
Uma outra forma de se projetar a linha horizontal da boca é através
da porcentagem do ch-ch em relação ao fmo-fmo (% ch vs fmo). Nos
moldavos (n=34), o espaço ch-ch representa 50.5% do espaço fmo-
fmo, com desvio padrão de 3.2. Nos malaios (n=19) o espaço ch-ch
representa 50,7% do espaço fmo-fmo, com desvio padrão de 3.3. En-
tre os brasileiros (n=33), o espaço representa 50.2%, com desvio pa-
drão de 4 e ao se juntar os estudos (n=86), o espaço representa 50.4,
com desvio padrão de 3.5.
94 Capítulo 6
OrtogOnLineMag 4
6.2.6 Medidas e Posicionamento Frontal do Nariz
O nariz, a exemplo dos olhos, também é uma estrutura complexa,
que demanda vários passos em eixos diferentes para um posiciona-
mento coerente com as estatísticas anatômicas. A projeção do perl
do nariz foi anteriormente abordada, neste tópico serão apresenta-
das medidas relacionadas ao posicionamento frontal.
A distância entre os alares (al-al) nos moldavos (n=35), foi de 36.1
mm, com desvio padrão de 4.2. Nos malaios (n=33) a média foi de
41.9 mm, com desvio padrão de 3.9. Nos brasileiros (n=33) a média foi
de 36.6, com desvio padrão de 4.6 e ao se juntar os estudos (n=102) a
média foi de 38.2 mm, com desvio padrão de 5.
Uma medida importante para a projeção do nariz é a distância entre
os caninos (Teeth 13-23), nos moldavos (35), a média foi de 34.4 mm,
com desvio padrão de 2.5. Nos malaios (n=19) apresentou uma média
de 34.4 mm, com desvio padrão de 2.2. Nos brasileiros (n=33) a média
foi de 34.8 mm, com desvio padrão de 2.7 e ao se juntar os estudos
(n=87), a média resultante foi de 34.5 mm, com desvio padrão de 2.5.
Com as duas séries disponíveis, a etapa seguinte consistiu em le-
vantar a porcentagem que representa a distância al-al em relação
a soma das distâncias entre os forames infraorbitais com a distân-
cia entre os caninos (% al vs InfrCan). Nos moldavos (n=26), a média
foi de 42.3%, com desvio padrão de 3.8. Nos malaios (n=17) a média foi
de 48%, com desvio padrão de 4.3. Entre os brasileiros (n=33) a mé-
dia foi de 43.4%, com desvio padrão de 4.2 e ao se juntar os estudos
(n=76), a média foi de 44%, com desvio padrão de 4.6.
Outra abordagem baseada na projeção a partir de estruturas dife-
rentes, utiliza a comparação da distância al-al versus a fmo-fmo,
muito útil em casos onde faltam os forames ou os caninos. Nos mol-
davos (n=35), a média foi de 36.9%, com desvio padrão de 3.4. Nos ma-
laios (n=34), a média foi de 43.3%, com desvio padrão de 3.8. No caso
dos brasileiros (n=33), a média foi de 38.4% com desvio padrão de 4.1 e
ao se juntar os estudos (n=102), a média resultante foi de 39.5%, com
desvio padrão de 4.7.
Materiais e Métodos 95
OrtogOnLineMag 4
Atenção: Em face da diferença apresentada nos estudos e dada a
importância visual da região, os autores recomendam a projeção
nasal frontal respeitando a porcentagem de cada grupo popula-
cional.
Os dados acima posicionam as asas no eixo X, depois da projeção la-
teral que auxilia o dimensionamento no eixo Y, falta o eixo Z. Para tal
mensurou-se a distância do ponto nasoespinale até a base das asas
nasais (ns-ac). Nos moldavos (n=35), a média foi de 4.5 mm, com des-
vio padrão de 2. Nos malaios (n=34) a média foi de 5 mm, com desvio
padrão de 2.3. Nos brasileiros (n=33), a média foi de 4.5 mm, com des-
vio padrão de 2.1 e ao se juntar os estudos (n=102) a média foi de 4.7
mm, com desvio padrão de 2.1.
6.2.7 Medida da Abertura das Pálpebras (Eye)
Nos moldavos (n=35), a média foi de 28.7 mm, com desvio padrão de
1.7. Nos malaios (n=34), a média foi de 29 mm, com desvio padrão de
1.7. O levantamento nos brasileiros (n=33) resultou em uma média de
28.3 mm, com desvio padrão de 1.7e a junção dos estudos (n=102) por
sua vez, resultou em uma média de 28.7 mm, com desvio padrão de
1.7.
Ao se comparar a distância da abertura das pálpebras (Eye AV) com
a distância fmo-fmo, no caso dos moldavos (n=35), resultou em uma
média de 29.3%, com desvio padrão de 1.4. Nos malaios (n=34) a mé-
dia foi de 30%, com desvio padrão de 1.6, nos brasileiros (n=33) a mé-
dia foi de 29.8%, com desvio padrão de 1.8 e ao se juntar os estudos
(n=102), a média resultante foi de 29.7%, com desvio padrão de 1.6.
96 Capítulo 6
OrtogOnLineMag 4
6.2.8 Medida das Orelhas
Reconstruir as orelhas pode ser um grande desao, uma vez que o
crânio apresenta apenas o meato acústico externo na região anatô-
mica. Além disso, a orelha costuma ser um elemento secundário na
aproximação facial, uma vez que o interesse dos observadores cos-
tuma se concentrar na porção frontal da face.
A distância média da altura das orelhas nos moldavos (n=25), foi de
58.5 mm, com desvio padrão de 5.9. Nos malaios (n=29) foi de 58.3
mm, com desvio padrão de 5.1. Nos brasileiros (n=29), a média foi de
57.7, com desvio padrão de 4.6 e ao se juntar os dados (n=74), a média
resultante foi de 58.4 mm, com desvio padrão de 5.3.
Já a comparação entre a altura da orelha versus a distância fmo-fmo,
resultou nos moldavos (n=25) em uma média de 59.5%, com desvio
padrão de 5.8. Nos malaios (n=29) em uma média de 60.7% , com des-
vio padrão de 5.8, nos brasileiros (n=20) uma média de 61.6%, com
desvio padrão de 5.6 e ao se juntar os estudos (n=74) resultou em uma
média de 60.5%, com desvio padrão de 5.8.
6.2.9 Outras Medidas
Outras duas medidas foram elencadas devido às suas compatibilida-
des com outras regiões do crânio, a distância entre as cristas ósseas
na cervical dos dentes molares 17 e 27 (emc²-emc²) e a distância entre
os pontos mais extremos do gônio frontalmente (go-go).
Nos moldavos (n=31) a distância média entre os pontos emc²-emc² foi
de 61.6 mm, com desvio padrão de 5.1. Nos malaios (n=18) a distância
média foi de 65.3 mm, com desvio padrão de 3.6, já nos brasileiros
(n=33) a distância média dois de 61.4 mm, com desvio padrão de 4.1.
Ao se juntar os estudos (n=82) a média foi de 62.3 mm, com desvio
padrão de 4.6. A distância em questão se mostrou muito próxima
daquela entre os centro dos olhos (pu-pu), sendo 62.3 mm a primeira
e 63.7 mm a segunda, quando se isola a média dos estudos reunidos.
Nos moldavos (n=35) a distância entre os pontos go-go, foi de 98.4,
com desvio padrão de 6.1. Nos malaios foi de 97.4 mm, com desvio
padrão de 3.5, nos brasileiros (n=33) a medida foi de 95.1 mm, com
Materiais e Métodos 97
OrtogOnLineMag 4
desvio padrão de 6.5. Ao se juntar os estudos (n=86) a média foi de
96.9 mm, com desvio padrão de 6. A distância em questão se mos-
trou a mesma distância dos pontos fmo-fmo, sendo a primeira com
ambas 96.9 mm e a segunda com 96.6 mm, quase a mesma, quando
se isola a média dos estudos reunidos.
6.2.10 Como Utilizar as Medidas em uma Aproximação
Facial Forense
Os dados apresentados neste capítulo podem ser utilizados como
complementação em uma aproximação facial forense.
Para o traçado lateral do nariz em modo texto, acesse o link: http:
//ortogonline.com/doc/pt_br/OrtogOnLineMag/3/NarizProjecao.
html#reconstruindo-a-regiao-do-nariz-no-forensiconblender
Para o traçado lateral do nariz em videoaula, acesse o link:
https://www.youtube.com/watch?v=F205kLQ–Oo27
Para os traçados majoritariamente frontais, acesse o link:
http://ortogonline.com/doc/pt_br/OrtogOnLineMag/4/Projecoes.
html#proposta-de-protocolo-para-tracados-frontais-da-face
6.3 Conclusão
Embora haja uma pequena diferença na média de algumas medidasa
se notar na projeção lateral e frontal do nariz, tais números se en-
contram dentro do desvio padrão de ambas as populações. O mesmo
pode ser dito em relação a projeções baseadas na porcentagem de
distâncias. Ao se juntar os estudos o número de exames aumentou
signicativamente, dando mais robustez aos dados, indicando a pos-
sibilidade de uma projeção “universal” para a aproximação facial fo-
rense baseada em tal abordagem. É evidente também que mais men-
surações precisam ser efetuadas em populações diferentes, de modo
a aumentar ainda mais a robustez, ou indicar adaptações para popu-
lações especícas.
27 https://www.youtube.com/watch?v=F205kLQ--Oo
98 Capítulo 6
OrtogOnLineMag 4
6.4 Agradecimentos
Ao Dr. Davi Sandes Sobral por ceder a tomograa utilizada na ima-
gem didática.
Agradecimentos 99
Referências Bibliográcas
[A1] Johari Yap Abdullah, Mokhtar Saidin, Zainul Ahmad Ra-
jion, Helmi Hadi, Norshahidan Mohamad, Cicero Moraes,
and Jafri Malin Abdullah. Using 21st-century technologies
to determine the cognitive capabilities of a 11,000-year-
old perak man who had brachymesophalangia type a2.
Feb 2021. URL: http://dx.doi.org/10.21315/mjms2021.28.1.1,
doi:10.21315/mjms2021.28.1.139 .
[A2] Lane Anderson Beck. Standards for data collection from hu-
man skeletal remains. edited by jane e. buikstra and dou-
glas h. ubelaker. 272 pp. fayetteville: arkansas archeologi-
cal survey research series no. 44, 1994. American journal
of human biology: the ocial journal of the Human Bi-
ology Council, 7(5):672–672, 1995. URL: http://dx.doi.org/10.
1002/ajhb.1310070519,doi:10.1002/ajhb.131007051940.
[A3] Jodi Caple and Carl N. Stephan. A standardized nomen-
clature for craniofacial and facial anthropometry. Dec
2015. URL: http://dx.doi.org/10.1007/s00414-015-1292-1,
doi:10.1007/s00414-015-1292-141 .
[A4] Pedro Da-Gloria, Walter Alves Neves, and Mark Hubbe. His-
tória das pesquisas bioarqueológicas em lagoa santa, mi-
nas gerais, brasil. Dec 2017. URL: http://dx.doi.org/10.1590/1981.
81222017000300014,doi:10.1590/1981.8122201700030001442.
[A5] S. De Greef, P. Claes, D. Vandermeulen, W. Mollemans, P. Su-
etens, and G. Willems. Large-scale in-vivo caucasian facial
sotissue thickness database for craniofacial reconstruc-
tion. May 2006. URL: http://dx.doi.org/10.1016/j.forsciint.2006.
02.034,doi:10.1016/j.forsciint.2006.02.03443.
39 https://doi.org/10.21315/mjms2021.28.1.1
40 https://doi.org/10.1002/ajhb.1310070519
41 https://doi.org/10.1007/s00414-015-1292-1
42 https://doi.org/10.1590/1981.81222017000300014
43 https://doi.org/10.1016/j.forsciint.2006.02.034
115
OrtogOnLineMag 4
[A6] Rachel de Queiroz. O santo vicente. Revista “O Cruzeiro”, Ano
XXXII, Nº 050, de 24/09/1960, p. 166.
[A7] Michael E. Habicht, Cicero Moraes, Elena Varotto, Vero-
nica Papa, Isabella Aquila, Pietrantonio Ricci, and Fran-
cesco M. Galassi. Kv55-akhenaton: reassessment of the
anthropological literature and a novel facial reconstruc-
tion. 2021. URL: http://dx.doi.org/10.13140/RG.2.2.30765.41442,
doi:10.13140/RG.2.2.30765.4144244 .
[A8] Joseph T. Hefner. Cranial nonmetric variation and estimating
ancestry. Sep 2009. URL: http://dx.doi.org/10.1111/j.1556-4029.
2009.01118.x,doi:10.1111/j.1556-4029.2009.01118.x45.
[A9] John Hilinski. Droopy nasal tip rhinoplasty. 2017.
URL: https://www.drhilinski.com/rhinoplasty-tutorial/
droopy-nasal-tip-rhinoplasty/.
[A10] Aaron M. Kosins, Val Lambros, and Rollin K. Daniel. The
plunging tip. Jan 2014. URL: http://dx.doi.org/10.1177/
1090820X13515482,doi:10.1177/1090820x1351548246.
[A11] Francesco M. Galassi, Michael E. Habicht, Cicero Moraes, and
Varotto Elena. The alleged skull of sophocles: anthropologi-
cal and paleopathological confutation of a 19th century myth.
2020. URL: https://bit.ly/3F0dCTz.
[A12] Jamerson Miléski. O mais caridoso santo católico terá sua face
reconstruída pela ciência. 2016. GC Notícias. URL: https://bit.
ly/3f3zkv6.
[A13] Cicero Moraes, Johari Yap Abdullah, and Jafri Malin Abdul-
lah. Mensuração de dados faciais ortográcos em malaios
e comparação com brasileiros. 2022. URL: https://figshare.
com/articles/book/Mensura_o_de_Dados_Faciais_Ortogr_
ficos_em_Malaios_e_Compara_o_com_Brasileiros/20000720,
doi:10.6084/M9.FIGSHARE.2000072047.
[A14] Cicero Moraes and Paulo Eduardo Miamoto Dias. Manual
de Reconstrução Facial 3D Digital: Aplicações com Código
44 https://doi.org/10.13140/RG.2.2.30765.41442
45 https://doi.org/10.1111/j.1556-4029.2009.01118.x
46 https://doi.org/10.1177/1090820x13515482
47 https://doi.org/10.6084/M9.FIGSHARE.20000720
116 Referências Bibliográcas
OrtogOnLineMag 4
Aberto e Soware Livre. Expressão Gráca, 2020. URL:
https://figshare.com/articles/book/Manual_de_Reconstru_o_
Facial_3D_Digital_Aplica_es_com_C_digo_Aberto_e_Software_
Livre/12894947/1,doi:10.6084/M9.FIGSHARE.12894947.V148.
[A15] Cicero Moraes, Rodrigo Dornelles, and Everton
da Rosa. OrtogOnBlender - O que é e Aspectos Téc-
nicos. 2020. URL: https://figshare.com/articles/book/
OrtogOnBlender_-_O_que_e_Aspectos_T_cnicos/12923729,
doi:10.6084/m9.gshare.12923729.v149.
[A16] Cicero Moraes, Rodrigo Dornelles, and Everton da Rosa.
Sistema de Reconstrução de Tomograa Computa-
dorizada Baseado no Slicer 3D e no DicomToMesh. 1
2021. URL: https://figshare.com/articles/book/Sistema_
de_Reconstru_o_de_Tomografia_Computadorizada_
Baseado_no_Slicer_3D_e_no_DicomToMesh/13513890,
doi:10.6084/m9.gshare.13513890.v150.
[A17] Cicero Moraes, Rodrigo Dornelles, and Everton da Rosa.
Protocolo de fotogrametria da face. Sep 2020. URL: https:
//figshare.com/articles/book/Protocolo_de_Fotogrametria_
da_Face/12923801/1,doi:10.6084/m9.gshare.12923801.v151 .
[A18] Cicero Moraes, Marcos Graf, Rodrigo Dornelles, and Ever-
ton da Rosa. Reconstrução de Voxel Data no OrtogOn-
Blender. 1 2021. URL: https://figshare.com/articles/book/
Reconstru_o_de_Voxel_Data_no_OrtogOnBlender/13670134,
doi:10.6084/m9.gshare.13670134.v152.
[A19] Cicero Moraes, Richard Gravalos, Carla Reis Machado,
Israel CHILVARQUER, Janaina Curi, and Thiago Leite Be-
aini. Investigação de preditores anatômicos para o po-
sicionamento dos globos oculares, asas nasais, proje-
ção dos lábios e outros a partir da estrutura do crânio.
2022. URL: https://figshare.com/articles/book/Investiga_
o_de_Preditores_Anat_micos_para_o_Posicionamento_
48 https://doi.org/10.6084/M9.FIGSHARE.12894947.V1
49 https://doi.org/10.6084/m9.figshare.12923729.v1
50 https://doi.org/10.6084/m9.figshare.13513890.v1
51 https://doi.org/10.6084/m9.figshare.12923801.v1
52 https://doi.org/10.6084/m9.figshare.13670134.v1
Referências Bibliográcas 117
OrtogOnLineMag 4
dos_Globos_Oculares_Asas_Nasais_Proje_o_dos_L_bios_
e_Outros_a_partir_da_Estrutura_do_Cr_nio/19686294,
doi:10.6084/M9.FIGSHARE.1968629453.
[A20] Cicero Moraes, Hugo Matos Pereira, João Filipe Requicha,
Lara Alves, Graça Alexandre-Pires, Sandra de Jesus, Silvia
Guimarães, Catarina Ginja, Cleia Detry, Miguel Ramalho, and
Ana Elisabete Pires. The facial reconstruction of a mesolithic
dog, muge, portugal. May 2022. URL: http://dx.doi.org/10.3390/
app12104867,doi:10.3390/app1210486754.
[A21] Cicero Moraes, Everton da Rosa, and Rodrigo Dornelles.
Protocolo simples de fotogrametria para crânios. Sep
2020. URL: https://figshare.com/articles/book/Protocolo_
Simples_de_Fotogrametria_para_Cr_nios/12923099/1,
doi:10.6084/m9.gshare.12923099.v155.
[A22] Cicero Moraes, Davi Sobral, Daniele Walter Duarte, Ga-
briel Zorron Cavalcanti, Rodrigo Salazar-Gamarra, and
Rodrigo Dornelles. Protocolo complementar para melhor re-
solução do nariz em fotogrametria 3d. Sep 2020. URL: https://
figshare.com/articles/book/Protocolo_Complementar_para_
Melhor_Resolu_o_do_Nariz_em_Fotogrametria_3D/13010300/1,
doi:10.6084/m9.gshare.13010300.v156.
[A23] Cicero Moraes, Davi Sandes Sobral, Anderson Mamede,
and Thiago Leite Beaini. Sistema Complementar de
Projeção Nasal em Reconstruções/Aproximações Faci-
ais Forenses.gshare, 2021. URL: https://figshare.com/
articles/book/Sistema_Complementar_de_Proje_o_Nasal_
em_Reconstru_es_Aproxima_es_Faciais_Forenses/17209379,
doi:10.6084/M9.FIGSHARE.1720937957.
[A24] Cicero Moraes and Ilie Suharschi. Mensuração de da-
dos faciais ortográcos em moldavos e comparação
53 https://doi.org/10.6084/M9.FIGSHARE.19686294
54 https://doi.org/10.3390/app12104867
55 https://doi.org/10.6084/m9.figshare.12923099.v1
56 https://doi.org/10.6084/m9.figshare.13010300.v1
57 https://doi.org/10.6084/M9.FIGSHARE.17209379
118 Referências Bibliográcas
OrtogOnLineMag 4
com outras populações. 2022. URL: https://figshare.com/,
doi:10.6084/m9.gshare.2008975458.
[A25] J. Víctor Moreno-Mayar, Lasse Vinner, Peter de Barros Damga-
ard, Constanza de la Fuente, Jerey Chan, Jerey P. Spence,
Morten E. Allento, Tharsika Vimala, Fernando Racimo, Tho-
maz Pinotti, Simon Rasmussen, Ashot Margaryan, Miren Ira-
eta Orbegozo, Dorothea Mylopotamitaki, Matthew Wooller,
Clement Bataille, Lorena Becerra-Valdivia, David Chivall, Da-
niel Comeskey, Thibaut Devièse, Donald K. Grayson, Len Ge-
orge, Harold Harry, Verner Alexandersen, Charlotte Primeau,
Jon Erlandson, Claudia Rodrigues-Carvalho, Silvia Reis, Mu-
rilo Q. R. Bastos, Jerome Cybulski, Carlos Vullo, Flavia Mo-
rello, Miguel Vilar, Spencer Wells, Kristian Gregersen, Kas-
per Lykke Hansen, Niels Lynnerup, Marta Mirazón Lahr, Kurt
Kjær, André Strauss, Marta Alfonso-Durruty, Antonio Salas,
Hannes Schroeder, Thomas Higham, Ripan S. Malhi, Jerey T.
Rasic, Luiz Souza, Fabricio R. Santos, Anna-Sapfo Malaspinas,
Martin Sikora, Rasmus Nielsen, Yun S. Song, David J. Meltzer,
and Eske Willerslev. Early human dispersals within the ame-
ricas. Dec 2018. URL: http://dx.doi.org/10.1126/science.aav2621,
doi:10.1126/science.aav262159.
[A26] David Navega, Catarina Coelho, Ricardo Vicente, Maria Teresa
Ferreira, Soa Wasterlain, and Eugénia Cunha. Ancestrees:
ancestry estimation with randomized decision trees. Jul
2014. URL: http://dx.doi.org/10.1007/s00414-014-1050-9,
doi:10.1007/s00414-014-1050-960.
[A27] Walter A. Neves, Joseph F. Powell, Andre Prous, Erik G. Ozolins,
and Max Blum. Lapa vermelha iv hominid 1: morpholo-
gical anities of the earliest known american. Dec 1999.
URL: http://dx.doi.org/10.1590/S1415-47571999000400001,
doi:10.1590/s1415-4757199900040000161.
[A28] Roberta Richard Pinto, Sérgio Mendonça De Almeida, Rebecka
Borges Da Nóbrega Chaves, Olivia Alexandre De Carvalho,
Marcos Paulo Salles Machado, and Cicero Moraes. Recons-
58 https://doi.org/10.6084/m9.figshare.20089754
59 https://doi.org/10.1126/science.aav2621
60 https://doi.org/10.1007/s00414-014-1050-9
61 https://doi.org/10.1590/s1415-47571999000400001
Referências Bibliográcas 119
OrtogOnLineMag 4
trução Facial Forense de um Crânio Arqueológico com o
ForensicOnBlender.gshare, 2020. URL: https://figshare.
com/articles/book/Reconstru_o_Facial_Forense_de_um_
Cr_nio_Arqueol_gico_com_o_ForensicOnBlender/12943418,
doi:10.6084/M9.FIGSHARE.1294341862.
[A29] Cosimo Posth, Nathan Nakatsuka, Iosif Lazaridis, Pontus Sko-
glund, Swapan Mallick, Thiseas C. Lamnidis, Nadin Rohland,
Kathrin Nägele, Nicole Adamski, Emilie Bertolini, Nasreen
Broomandkhoshbacht, Alan Cooper, Brendan J. Culleton, Ti-
ago Ferraz, Matthew Ferry, Anja Furtwängler, Wolfgang Haak,
Kelly Harkins, Thomas K. Harper, Tábita Hünemeier, Ann Ma-
rie Lawson, Bastien Llamas, Megan Michel, Elizabeth Nelson,
Jonas Oppenheimer, Nick Patterson, Stephan Schiels, Jakob
Sedig, Kristin Stewardson, Sahra Talamo, Chuan-Chao Wang,
Jean-Jacques Hublin, Mark Hubbe, Katerina Harvati, Amalia
Nuevo Delaunay, Judith Beier, Michael Francken, Peter Kau-
licke, Hugo Reyes-Centeno, Kurt Rademaker, Willa R. Trask,
Mark Robinson, Said M. Gutierrez, Keith M. Prufer, Domingo C.
Salazar-García, Eliane N. Chim, Lisiane Müller Plumm Gomes,
Marcony L. Alves, Andersen Liryo, Mariana Inglez, Rodrigo E.
Oliveira, Danilo V. Bernardo, Alberto Barioni, Veronica Weso-
lowski, Nahuel A. Scheier, Mario A. Rivera, Claudia R. Plens,
Pablo G. Messineo, Levy Figuti, Daniel Corach, Clara Scabuzzo,
Sabine Eggers, Paulo DeBlasis, Markus Reindel, César Méndez,
Gustavo Politis, Elsa Tomasto-Cagigao, Douglas J. Kennett, An-
dré Strauss, Lars Fehren-Schmitz, Johannes Krause, and David
Reich. Reconstructing the deep population history of central
and south america. Nov 2018. URL: http://dx.doi.org/10.1016/j.
cell.2018.10.027,doi:10.1016/j.cell.2018.10.02763.
[A30] Shiri Shinan-Altman and Perla Werner. Subjective age
and its correlates among middle-aged and older adults.
International journal of aging & human development, 88(1):3–
21, 2019. URL: http://dx.doi.org/10.1177/0091415017752941,
doi:10.1177/009141501775294164.
62 https://doi.org/10.6084/M9.FIGSHARE.12943418
63 https://doi.org/10.1016/j.cell.2018.10.027
64 https://doi.org/10.1177/0091415017752941
120 Referências Bibliográcas
OrtogOnLineMag 4
[A31] C.N. Stephan. Anthropological facial ‘reconstruction’ – re-
cognizing the fallacies, ‘unembracing’ the errors, and reali-
zing method limits. Oct 2003. URL: http://dx.doi.org/10.1016/
s1355-0306(03)71776-6,doi:10.1016/s1355-0306(03)71776-665.
[A32] Carl N. Stephan. Facial approximation-from facial reconstruc-
tion synonym to face prediction paradigm. Journal of foren-
sic sciences, 60(3):566–571, 2015. URL: http://dx.doi.org/10.1111/
1556-4029.12732,doi:10.1111/1556-4029.1273266.
[A33] Carl N. Stephan, Maciej Henneberg, and Wayne Sampson. Pre-
dicting nose projection and pronasale position in facial ap-
proximation: a test of published methods and proposal of
new guidelines. Oct 2003. URL: http://dx.doi.org/10.1002/ajpa.
10300,doi:10.1002/ajpa.1030067.
[A34] Paulete Vanrell. Odontologia legal e antropologia forense.
Guanabara Koogan, 2009. ISBN 9788527715485.
[A35] Caroline Wilkinson. Forensic Facial Reconstruction. Cam-
bridge University Press, 2008. ISBN 9780521090124.
[A36] Sonja Windhager, Philipp Mitteroecker, Ivana Rupić, Tomis-
lav Lauc, Ozren Polašek, and Katrin Schaefer. Facial aging tra-
jectories: a common shape pattern in male and female faces
is disrupted aer menopause. American journal of physical
anthropology, 169(4):678–688, 2019. URL: http://dx.doi.org/10.
1002/ajpa.23878,doi:10.1002/ajpa.2387868.
65 https://doi.org/10.1016/s1355-0306(03)71776-6
66 https://doi.org/10.1111/1556-4029.12732
67 https://doi.org/10.1002/ajpa.10300
68 https://doi.org/10.1002/ajpa.23878
Referências Bibliográcas 121