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Crenças e atitudes linguísticas de professores do ensino médio sobre a retomada anafórica de terceira pessoa

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Este trabalho objetivou verificar crenças e atitudes linguísticas de professores de língua portuguesa do ensino médio de uma escola pública de Salvador, Bahia, Brasil, no tocante às convenções linguísticas institucionalizadas, de modo a compreender a valorização ou a rejeição das variedades da língua em uso e refletir sobre o ensino de língua portuguesa materna. A pesquisa norteou-se na abordagem teórica da Sociolinguística (WEINREICH; LABOV; HERZOG, 2006 [1968]; LABOV, 2008 [1972]; GÓMEZ MOLINA, 1998; MORENO FERNÁNDEZ, 2008), optando pela análise qualitativa e descritiva, a partir de testes de atitudes de abordagem direta. Esses testes revelaram crenças dos professores na superioridade da norma padrão e na dualidade certo/ errado, negando a variabilidade própria das línguas. Percebemos que as crenças sobre a língua portuguesa guiam as atitudes dos professores que, ao avaliar textos de alunos, os consideram insuficientes e cheios de erros por não atingirem um ideal de língua. Os docentes também demonstraram conhecimento da diversidade linguística, de gêneros textuais e da tipologia dissertativo-argumentativa. Observamos que enquanto o ensino tradicional tem metodologia clara, considerar a diversidade linguística exige metodologias diversas, o que depende da formação de professores pesquisadores autônomos, que ressignificam seu fazer docente na indissociabilidade da teoria e da prática pedagógica.

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Resumo: Este artigo, de caráter teórico-aplicado, visa, inicialmente, à apresentação da proposta teórico-metodológica da Sociolinguística. Na sequência, os pressupostos sociolinguísticos são correlacionados ao ensino e, com o propósito de verificar a inclusão desses pressupostos em documento oficial que pauta os projetos político-pedagógicos das escolas, analisamos os Parâmetros Curriculares Nacionais. Ao final do artigo, demonstramos a possibilidade de abordar, em sala de aula, habilidades sociolinguísticas. Palavras-chave: Variação e Mudança Linguísticas, Ensino de Língua Portuguesa, Habilidades Sociolinguísticas. Abstract: This paper, theoretical and applied, aimed to present sociolinguistic theory and method. These assumptions are correlated to the education, in order to verify the inclusion of these principles in an official document that governs the political-educational projects in schools. After, we analyze the National Curricular Parameters. At the end, we demonstrate the possibility of addressing in the classroom, sociolinguistic skills.
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bell hooks relaciona as opressões veiculadas pela apologia ao inglês padrão com os usos das variantes da língua inglesa nos Estados Unidos. A autora discute o lugar da linguagem nas relações de poder, especificamente nas hierarquias raciais, e propõe a ressignificação dos usos lingüísticos para a emancipação dos oprimidos.bell hooks relates the oppressions, which are caused by the apology to the standard English, to the uses of the varieties from English language in the USA. The author discusses the place of language in the power relations, specifically in the racial hierarchies, and she proposes the resignification of the linguistic uses aiming at the emancipation of the oppressors.
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RESUMO: O objetivo deste artigo é tecer considerações e reflexões a respeito da mudança de crenças de alunos e de professores sobre ensino e aprendizagem de línguas em Lingüística Aplicada. Para isso, primeiro discorro brevemente sobre o conceito de crenças sobre aprendizagem e ensino de línguas e as tendências mais recentes na sua pesquisa. Em seguida, discuto o conceito de mudança e os fatores relacionados a esse conceito, tais como contexto e ação. Em terceir o lugar , focalizo mais especificamente a mudança de crenças , respondendo às seguintes perguntas: (a) o que é mudança?; (b) é possível mudar as crenças?; c) como? e (d) quais fatores favorecem ou dificultam a mudança de crenças? Concluo com implicações para ensino e aprendizagem e para a pesquisa sobre (mudança das) crenças de ensino e aprendizagem de línguas. PALAVRAS-CHAVE: cr enças; mudança; formação de pr ofessores ABSTRACT: The purpose of this paper is to reflect on changes of beliefs about language teaching and learning on the part of both teachers and students based on recent research in the field of Applied Linguistics. In the first part of the article, I discuss briefly the concept of belief with respect to language learning and teaching and point to recent trends in the specialized literature. In the second section, I examine the notion of change as well as factors related to it, particularly context and action. In the third, I focus specifically on belief change and examine the following questions: (a) What is change?; (b) Is it possible to change beliefs?; (c) If change is possible, how can beliefs be changed?; and (d) What are the factors that favor or hinder changes in beliefs? Finally, I conclude, on one hand, with implications for teaching and learning foreign languages and for research; on the other, with regard to the analysis and change of teacher and learner beliefs.
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O presente artigo tem como objetivo refletir sobre o ensino de língua portuguesa no Brasil, investigando atitudes linguísticas de professores de escolas da rede pública de Uberaba-MG, mediante o fenômeno variável de concordância verbal. Para isso, serão feitas algumas reflexões a respeito da Teoria da Variação e Mudança Linguística (WEINREICH; LABOV; HERZOG, 2006) e uma revisão teórica acerca dos conceitos de atitudes e avaliações linguísticas (LABOV, 2008 [1972]; LAMBERT, 1967). Com relação à coleta do corpus, foi aplicado um questionário a onze professores, de modo a analisar sua posição diante do fenômeno da concordância e da variação linguística. A partir das respostas foi possível evidenciar que o ensino de língua portuguesa está distante de um ensino reflexivo e de uma pedagogia da variação linguística (FARACO, 2007).
Crenças e atitudes linguísticas: quem fala a língua brasileira? In: Roncarati, Cláudia; Abraçado, Jussara
  • Vanderci Aguilera
  • De Andrade
AGUILERA, Vanderci de Andrade. Crenças e atitudes linguísticas: quem fala a língua brasileira? In: Roncarati, Cláudia; Abraçado, Jussara. (Org.). Português brasileiro II: contato linguístico, heterogeneidade e história. 1. ed. Niterói: Editora Federal Fluminense, 2008.
Nada na língua é por acaso: por uma pedagogia da variação linguística. São Paulo: Parábola Editorial
  • M Bagno
BAGNO, M. Nada na língua é por acaso: por uma pedagogia da variação linguística. São Paulo: Parábola Editorial, 2007.
Não é errado falar assim! Em defesa do português brasileiro
  • M Bagno
BAGNO, M. Não é errado falar assim! Em defesa do português brasileiro. São Paulo: Parábola, 2009.
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira -INEP. Diretoria de Avaliação da Educação Básica -DAEB. Cartilha do participante. A redação do ENEM 2020
  • Brasil. República Federativa Do Brasil
  • Ministério Da Educação
BRASIL. República Federativa do Brasil. Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira -INEP. Diretoria de Avaliação da Educação Básica -DAEB. Cartilha do participante. A redação do ENEM 2020. Brasília -DF: Inep/ MEC,2020. Disponível em: <https://download. inep.gov.br/publicacoes/institucionais/avalia-coes_e_exames_da_educacao_basica/a_reda-cao_do_enem_2020_-_cartilha_do_participante. pdf>. Acesso em: 7 jan. 2022.
Se eu falar você, painho me mata"! tratamento entre pais e filhos em Salvador. Tese (Doutorado em Língua e Cultura)
  • Sandra Carneiro
CARNEIRO, Sandra."Se eu falar você, painho me mata"! tratamento entre pais e filhos em Salvador. Tese (Doutorado em Língua e Cultura).
Doutorado em Linguística) -Instituto de Letras
  • Tese
Tese (Doutorado em Linguística) -Instituto de Letras, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2007.
Variação e sintaxe: clítico acusativo, pronome lexical e categoria vazia no português do Brasil. Dissertação de Mestrado
  • Maria Eugênia Duarte
  • Lamoglia
DUARTE, Maria Eugênia Lamoglia. Variação e sintaxe: clítico acusativo, pronome lexical e categoria vazia no português do Brasil. Dissertação de Mestrado. São Paulo 1986.
Clítico acusativo, pronome lexical e categoria vazia no português do Brasil
  • Maria Eugênia Duarte
  • Lamoglia
DUARTE, Maria Eugênia Lamoglia. Clítico acusativo, pronome lexical e categoria vazia no português do Brasil. In: TARALLO, Fernando. (Org.) Fotografias sociolinguísticas. Campinas: UNI-CAMP/Pontes, 1989. p.19-33.
Norma culta brasileira: desatando alguns nós
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FARACO, C. A. Norma culta brasileira: desatando alguns nós. São Paulo Editorial, 2008.
Pedagogia da Variação: língua, diversidade e ensino. 1.ed. São Paulo: Parábola Editorial
  • Ana Zilles
  • Maria
ZILLES, Ana Maria. Pedagogia da Variação: língua, diversidade e ensino. 1.ed. São Paulo: Parábola Editorial, 2015.
Como elaborar projetos de pesquisa
  • Antonio Gil
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GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2002.
Actitudes lingüísticas en una comunidad bilingüe y multilectal. València: Facultat de Filologia
  • Gómez Molina
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GÓMEZ MOLINA, José R. Actitudes lingüísticas en una comunidad bilingüe y multilectal. València: Facultat de Filologia, Universitat de València, 1998. Disponível em: <http://books.
Ler e escrever: estratégias de produção textual
  • Vanda Elias
  • Maria
ELIAS, Vanda Maria. Ler e escrever: estratégias de produção textual. São Paulo: Contexto, 2009.
Um cruzeiro na fala de Salvador: a retomada anafórica do objeto direto de terceira pessoa
  • Cláudia Norete Luz
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LUZ, Cláudia Norete Novais. Um cruzeiro na fala de Salvador: a retomada anafórica do objeto direto de terceira pessoa. In: Anais… VI Congresso Internacional da Abralin. João Pessoa: Idéia, 2009a, p. 760-769. Disponível em: <http:// www.leffa.pro.br/tela4/Textos/Textos/Anais/ ABRALIN_2009/PDF/Cláudia%20Norete%20
Velejando sobre as águas da retomada anafórica do objeto direto: um cruzeiro na fala em Salvador. Dissertação (Mestrado em Estudo da Linguagem)
  • Cláudia Norete Luz
  • Novais
LUZ, Cláudia Norete Novais. Velejando sobre as águas da retomada anafórica do objeto direto: um cruzeiro na fala em Salvador. Dissertação (Mestrado em Estudo da Linguagem). Universidade do Estado da Bahia, Salvador, 2009b.
A realização do objeto direto de terceira pessoa em cadeia anafórica no português do Brasil
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MALVAR, Elisabete da Silva. A realização do objeto direto de terceira pessoa em cadeia anafórica no português do Brasil. Dissertação de Mestrado. Brasília: UNB, 1992.
Qualificação e o futuro do emprego
  • Antonio Olivieri
  • Carlos
OLIVIERI, Antonio Carlos. Educação. Banco de redações. Qualificação e o futuro do emprego. Redações corrigidas. Fev./2020. UOL. Disponível em: <https://educacao.uol.com.br/bancoderedacoes/propostas/qualificacao-e-o-futuro-do-emprego.htm >. Acesso em: 20 nov. 2021.
Perceptions and Attitudes of Individuals
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PICKENS, Jeffrey. Perceptions and Attitudes of Individuals. In: N. Borkowski (Eds.). Organizational Behavior in Health Care. NY: Jones & Barlett Publishing/AJN, American Journal of Nursing: v. 106(1), p. 51-57, January 2006.
Por que (não) ensinar gramática na escola. Campinas, SP: Mercado de Letras: Associação de Leitura do Brasil
  • Sírio Possenti
POSSENTI, Sírio. Por que (não) ensinar gramática na escola. Campinas, SP: Mercado de Letras: Associação de Leitura do Brasil, 1996.