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As criptomoedas fortaleceram seus papeis como uma nova classe de ativos e se mostra cada vez mais importante no mercado financeiro. A importância desse estudo se dá uma vez que o Bitcoin e as Altcoins vêm sendo gradualmente afetado de forma positiva ou negativa na mídia, nos meios digitais, e até mesmo por parte dos Bancos Centrais mundiais. Este trabalho buscou apresentar a evolução da moeda até os dias atuais, conceituando os termos criptografia, blockchain e investimento, além disso, mostra a atuação das criptomoedas na economia atual. Adicionalmente o presente estudo buscou identificar como o crescimento da demanda por criptomoedas pode impactar o sistema financeiro e a economia globalizada. A metodologia utilizada foi um levantamento bibliográfico e documental sobre a evolução monetária. Conclui-se, com base na investigação teórica e bibliográfica que o mercado está crescendo, em comparação com moedas tradicionais, tem grandes vantagens.
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As (novas) perspectivas da segurança pública a partir da utilização da Engenharia de Produção.
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil 25 a 27 de Maio de 2022.
Evolução Monetária: Um estudo sobre criptografia e a nova classe
de ativos digitais
Débora Pereira de Mattos (Universidade Veiga de Almeida) deboramattos007@gmail.com
Daiane Rodrigues dos Santos (Universidade Veiga de Almeida/UERJ) daianesantoseco@gmail.com
Alberto Eduardo Besser Freitag (UCAM/CEFET/RJ) alberto.besser@professor.ucam.edu.br
Osvaldo Quintella Jr (UERJ) osvaldoquintellajr@gmail.com
Fabrício da Costa Dias (Universidade Veiga de Almeida) fabricio.dias@uva.br
Resumo
As criptomoedas fortaleceram seus papeis como uma nova classe de ativos e se mostra cada
vez mais importante no mercado financeiro. A importância desse estudo se dá uma vez que o
Bitcoin e as Altcoins m sendo gradualmente afetado de forma positiva ou negativa na
mídia, nos meios digitais, e até mesmo por parte dos Bancos Centrais mundiais. Este trabalho
buscou apresentar a evolução da moeda até os dias atuais, conceituando os termos
criptografia, blockchain e investimento, além disso, mostra a atuação das criptomoedas na
economia atual. Adicionalmente o presente estudo buscou identificar como o crescimento da
demanda por criptomoedas pode impactar o sistema financeiro e a economia globalizada. A
metodologia utilizada foi um levantamento bibliográfico e documental sobre a evolução
monetária. Conclui-se, com base na investigação teórica e bibliográfica que o mercado está
crescendo, em comparação com moedas tradicionais, tem vantagens enormes.
Palavras-chaves: Blockchain; Criptomoedas; Economia.
1. Introdução
A moeda é definida como um intermediário de trocas permitindo que as pessoas negociem
bens e serviços imediatamente, ou seja, ela representa o poder de aquisição, desde o momento
em que é recebida até o momento em que é dada como pagamento de outra transação, por
isso, a mesma caracteriza-se como uma reserva de valor. De acordo com Lopes e Rossetti
(2005), isso ocorre devido à liquidez da moeda e ao grau de incerteza sobre a conversão futura
de outras formas de ativos, a moeda é uma importante fonte de poder de compra.
Ao decorrer do desenvolvimento da sociedade, diversos bens assumiram o papel do dinheiro,
como, por exemplo, ferro, sal, conchas, açúcar, gado, os metais preciosos (ouro e prata)
(METRI, 2007; ECB, 2012). O metalismo acabou sendo substituída por notas (moeda-papel),
que garantiam ao portador o resgate por uma quantidade fixa do metal, facilitando
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consideravelmente as transações econômicas, que não seria mais necessário transportar
metais pesados. Gradualmente, os agentes de depósito começaram a não mais limitar a
emissão de notas à quantidade de ouro em seus cofres, usando, assim, o lastro não integral e
gerando notas com base na confiança do usuário no agente de custódia (moeda corrente).
A partir do momento em que os governos e bancos centrais tiveram controle da moeda,
começaram a interferir na disponibilidade e circulação da mesma. Iniciando o processo de
autoridade monetária doméstica, por meio da impressão de mais dinheiro ou pela redução dos
juros, fazendo com que a circulação do papel moeda aumente, assim como a sua oferta e
como consequência o seu valor cai ou seja, o dinheiro passa a valer menos, criando
distorções de preços (PELLINI, 2019).
Segundo Ulrich (2014), criptomoeda é uma forma de dinheiro, assim como o dólar americano
ou o euro, exceto que é puramente digital e não é emitida por nenhum governo, com uma
tecnologia inovadora, seu valor é determinado pela liberdade individual no mercado. para
transações online, é um método de pagamento ideal, rápido, barato e seguro.
Nesse contexto, a mais famosa das criptomoedas, o Bitcoin, pode ser entendido como a
primeira criptomoeda descentralizada da história. Cujo sistema de pagamento online é
baseado em protocolo de código aberto, onde qualquer pessoa pode acessá-lo e sugerir
modificações que julgue pertinente. Diante do que foi citado, este estudo tem o intuito de
fazer uma revisão literária, definir conceitos pertinentes às criptomoedas demostrando o
mercado.
2. Revisão da Literatura
Com o crescimento e popularização da internet, no final do século XX, aconteceu uma
revolução ao qual permitiu que houvesse trocas diretas de dados e informações, à distância.
Tal inovação revolucionou a forma de pensar e de fazer as coisas, não necessitando de
intermediários para prestar os serviços de transferência de dados e informações (MEIRA
et.al.,2019). Como se pode notar na Figura 1, os estágios da moeda desde os primórdios a
atualidade.
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Figura 1: Estágios da moeda
Fonte: Adaptado de Padilha (2017)
Percebe-se através da Figura 1, a evolução da moeda através do tempo. Contudo, seu
propósito continua o mesmo, promover relações entre os agentes da economia, a sua
importância está diretamente relacionada à natureza organizacional social do capitalismo. A
definição das características capitalistas de produção prova que o dinheiro é uma relação
social (MOLLO, 2004). A moeda não é apenas essencial para o equilíbrio econômico de um
país, mas também para as relações comerciais entre os países.
As soluções de troca de dados ponto a ponto são desenvolvidas na World Wide Web para
canais a fim de obter tais informações e troca de dados diretamente do computador do
remetente para o computador do destinatário, sem a necessidade de estudar os aspectos legais
de tais trocas peer-to-peer (P2P), normalmente chamado de torrent na Internet. Esse tipo de
troca direta de dados entre as pessoas deu origem ao desejo na internet de que ela pudesse ser
estendida a sistemas de pagamento ou moedas digitais. Mas, para isso acontecer era preciso
que houvesse segurança a fim de evitar fraudes como: o dobro de taxas usando a mesma
moeda digital ou roubo de moedas em um "ataque de hacker" (GARCIA, 2014).
A revolução digital que começou com o surgimento da internet, entrou em um novo estágio
de desenvolvimento com o advento do blockchain. A pré-blockchain possuía uma função de
informação, que pode simplesmente conectar provedores de informações com os
consumidores que a utilizam, e a nova blockchain inaugurou um período de valor na Internet,
que a reformulará por meio de maior transparência e confiabilidade dos modelos de negócios
existentes (TAPSCOTT; TAPSCOTT, 2016).
De acordo com Santos et. al. (2020), A tecnologia blockchain fornece transparência,
segurança, inviolabilidade e eficiência de custos, para registrar todas as informações,
incluindo transações de ativos valiosos e legais. Nessa tecnologia, cada operação é verificada,
confirmada e registrada no bloco pelos mineradores que recebem moedas digitais como
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recompensa (VRANKEN, 2017). Uma das principais vantagens dessa tecnologia é a
segurança. O conteúdo que começou com moeda digital pode ser usado para qualquer tipo de
transação online, até para assinar contratos digitais, que podem alterar a forma de registro de
informações e transações.
O Bitcoin é a aplicação de sucesso da blockchain e é a primeira criptomoeda global
descentralizada. Com o avanço dessa tecnologia, a expansão do seu potencial disruptivo por
meio de diferentes modelos de negócios e tokens, descentralizando não apenas moedas, mas
também outros ativos negociáveis (TAPSCOTT; TAPSCOTT, 2016).
Satoshi Nakamoto, o criador anônimo da rede, enviou 10 BTC para o cientista da computação
Hal Finney. Essa transação provou que o era realmente eficaz como rede de moedas, abrindo
caminho para o crescimento futuro. Isso aconteceu após Nakamoto começar a rodar a rede
Bitcoin em seu sistema de computador (NASCIMENTO, 2021).
No dia 22 de maio de 2010, foi registrada a primeira transação de “impacto”, ainda de
maneira informal, Laszlo Hanyecz pagou o inglês Jeremy Sturdivant pela compra e entrega de
duas pizzas grandes em sua casa, nos Estados Unidos. Na época, o valor transferido era
equivalente a US$ 41. Sete anos depois, o total de Bitcoins transferido foi a US$ 20 milhões,
uma valorização de mais de 500.000%. Essa compra das pizzas representa a primeira vez que
as moedas virtuais foram convertidas em produtos reais (CANALTECH, 2017).
Atualmente, os bancos decidem ou não se aceitam correntistas potenciais e concedem
empréstimos a pessoas físicas ou a projetos com base na análise de crédito realizada. Ao
contrário, o blockchain o rejeita ou avalia os usuários com base em suas recomendações
financeiras, profissionais e pessoais. Isso depende da própria rede, que tem poder de decisão
descentralizado e pode gerar neutralidade. O resultado desse fato é a simplificação e
democratização da aquisição de capital (TALARICO; MARTINS, 2019).
3. Criptografia
A palavra criptografia é derivada de duas palavras gregas - kryptós e gráphein - que
significam “ocultos / "escondido" e "escrito", respectivamente. Ou seja, é a ciência que estuda
a segurança da informação. Envolve em pegar um dado e embaralhá-la de forma que apenas
os destinatários possam entender o processo, denominado encriptação, e o de desembaralhar é
descriptação, ambas executadas por técnicas matemáticas (KASPERSKY, 2019).
Katz e Lindell (2007) definem a criptografia moderna como uma pesquisa de métodos
matemáticos para a proteção das informações digitais, agrupamentos e processamento
distribuídos para conter ataques inimigos. A Figura 2 fornece uma maneira simples de
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entender o que é criptografia, essa técnica tem sido usada por séculos, o imperador romano
Júlio César que usou um método simples de encriptação em suas cartas nos períodos de
guerra.
Figura 2 - Caesar Cipher
Fonte: Simões (2017).
Existem dois métodos de criptografia que podem ser usados para encriptar, a saber, o método
simétrico e o assimétrico. No simétrico, uma chave de codificação é utilizada pelas partes
interessadas que querem transmitir mensagens ou dados com segurança. Sendo capaz de
acessar essa chave de forma extremamente segura para que não haja interferência externa,
como hackers (BARAKAT; EDER; HANKE, 2018).
Para métodos assimétricos, duas chaves serão dispostas para realizar a criptografia. Sendo
uma delas nominada pública e a outra privada, que ainda é uma chave individual. Ambas
desempenham funções de forma inter-relacionada e constante (BARAKAT; EDER; HANKE,
2018).
Julian Assange (2012) provou em seu livro "Cypherpunk: Liberdade e o Futuro da Internet",
que o termo criptografia se refere à prática de comunicação com códigos e é "escrita secreta".
Nele, o autor explica como o grupo Cypherpunk faz uso da tecnologia de criptografia para
defender a liberdade e trazer mudanças sociais e políticas na internet. Os membros do grupo
irão mais tarde incitar as ideias de Nakamoto.
3.1. Blockchain
Blockchain é um livro de registro de todas as transações Bitcoin que ocorreram desde sua
criação até o presente. Recebeu esse nome porque sua estrutura é semelhante a "corrente de
blocos" interconectados, que juntos contam toda a história das transações realizadas. Cada
bloco conterá um conjunto de transações criptografadas para transferir criptomoeda de um
usuário para outro. É esta interligação entre os módulos que confere robustez e segurança ao
sistema. O objetivo é armazenar um conjunto de informações da transação no bloco na forma
de registros de hora e data, e essas informações são vinculadas ao anterior. Esses blocos
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dependem uns dos outros e formam uma cadeia de blocos. Uma vez conectados entre si, as
informações contidas não podem ser alteradas (TALARICO; MARTINS, 2019).
Portanto, para proteger a integridade do livro-razão, o sistema usa um valor hash exclusivo
para proteger cada bloco. O hash é gerado com base nas informações do sistema e na chave
do proprietário, e deve atender ao padrão fornecido pela taxa de hash definida pelo sistema.
Somente quando um hash válido é encontrado, o novo bloco que registra a transação mais
recente será confirmado e adicionado ao blockchain (NAKAMOTO, 2008). Como pode ser
visto na Figura 3.
Figura 3- Passo a passo simplificado da blockchain
Fonte: LAMOUNIER, 2018.
De acordo com Swan (2015), o desenvolvimento da tecnologia de blockchain é dividido em
três etapas. Blockchain 1.0, a inovação ocorreu no sistema monetário existente e foi observada
nos serviços de pagamento e remessa usando criptomoeda. Blockchain 2.0, os contratos
autônomos podem ser implementados na forma de contratos inteligentes (Smart Contracts),
que podem predefinir o conteúdo e as condições de execução automaticamente quando essas
condições forem atendidas, sem a necessidade de terceiros, como aqueles prestados pela
plataforma Ethereum (BUTERIN, 2014).
O surgimento de contratos inteligentes comprova a aplicabilidade do blockchain como
plataforma online. Além da Bitcoin, a plataforma também suporta todos os tipos de transações
(REYNA, et. al., 2018). O Blockchain 3.0 é o palco onde a tecnologia é amplamente
difundida e aplicada em outras áreas além da financeira. Está se desenvolvendo rapidamente
em termos de escalabilidade e desempenho do sistema. Nesse sentido, Diedrich (2016)
apontou que para sua aplicação, modelos de negócios reais, devem-se priorizar o
desenvolvimento de tecnologia e, considerando o crescimento exponencial da tecnologia da
informação, espera-se que em breve se torne aparente o progresso tecnológico.
Talvez o importante não seja a moeda, mas a tecnologia que o suporta, porque mesmo que o
Bitcoin falhe e desapareça no futuro, a tecnologia continuará existindo. Espera-se que o
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blockchain crie um novo sistema econômico e mude completamente a forma de comunicação
(SWAN, 2015; TAPSCOTT; TAPSCOTT, 2016).
3.2. Criptomoedas
Em 2008, houve uma crise econômica global, também conhecida como crise das hipotecas
subprime. No sistema financeiro moderno, esta crise foi destacada por ter sido a maior,
começou devido à incapacidade de algumas empresas, que faziam grandes quantidades de
empréstimos irresponsáveis, denominados de subprime (BURNISKE; TATAR, 2019).
O uso da criptomoeda e a expansão do uso da tecnologia blockchain estão causando grandes
mudanças no mundo financeiro do culo XXI. O uso de um novo tipo de tecnologia
descentralizada que pode gerar criptomoeda baseada na blockchain tornou-se o principal
desafio atualmente assumido por grandes empresas financeiras e comerciais (como IBM,
Google, Apple, Microsoft, Samsung e Amazon). No interesse do roubo e do governo dos
banqueiros, o mercado financeiro representa o capitalismo como uma aposta alavancada em
um futuro não controlado e não regulamentado.
Segundo Calado e Antogiovanni (2019), a criptografia é dividida em três categorias básicas:
(i) tokens criptografados (Bitcoin, Litecoin, Bitcoin Cash) usados como meio de troca, (ii)
utilizados como uma das plataformas de acesso (Ethereum (ETH) e Ripple) e (iii) títulos
mobiliários - a vantagem de usar esses tokens é que eles são fáceis de negociar.
Os ativos criptografados abriram um mercado potencial que não apenas incorpora pessoas
físicas ao sistema financeiro, mas também possibilita novas e inovadoras formas de
financiamento de projetos, além das ferramentas tradicionais do mercado de capitais
(TALARICO; MARTINS, 2019).
Maior parte dos criptoativos tem limites máximos de produção. Isso significa que a oferta
destes ativos diminuirá com o tempo e, em outros casos, aumentará o preço (inflação). No
entanto, ao contrário das moedas fiduciárias centralizadas, as criptomoedas são únicas porque
sua programação de recompensas é pública. Portanto, todas as expectativas foram absorvidas
pelo mercado e, logo, a oferta reduzida não deve afetar o preço da tecnologia de criptografia
(SOVBETOV, 2018).
3.2.1 Vantagens e Desvantagens
As duas principais vantagens de usar criptomoedas são os baixos custos e a velocidade de
transação. Conforme mencionado por Brito e Castillo (2013), devido ao fato de não ter
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terceiros, a transação é mais barata e rápida do que o pagamento eletrônico tradicional. Na
verdade, em cerca de dez minutos, com pouca ou nenhuma taxa pode-se efetuar transações de
Portugal para os Estados Unidos sem a taxa de câmbio, que a pessoa que recebeu, ganhará
na moeda digital (BTC, ETH e outras).
Outra vantagem segundo Ulrich (2014) é que a moeda é uma arma potencial contra a pobreza
e a opressão. Isso ocorre porque apresenta um potencial para melhorar a qualidade de vida de
indivíduos mais pobres e fornecer mais acesso a serviços básicos sobre finanças. Segundo o
autor, é o que ocorre nos países em desenvolvimento, onde os serviços bancários tradicionais
em áreas pobres têm encontrado alguns obstáculos operacionais.
Uma desvantagem que os criptoativos apresentam é a alta volatilidade. Essa flexibilidade
pode ser explicada por ajustes de preços semelhantes às bolhas especulativas tradicionais.
Devido ao excesso de notícias otimistas levam ao aumento da demanda e até mesmo
atingindo um ponto de inflexão, fazendo com que os preços despenquem (ULRICH, 2014).
Outro ponto relacionado que precisa ser enfatizado é a questão das violações de segurança.
Precisamente por ser uma moeda digital, existem desafios para suprimir invasões e ataques à
rede. Além disso, Ulrich (2014) destacou que as pessoas precisam ter cuidado para não perder
ou apagar seus arquivos, pois uma vez perdidos os arquivos digitais, também se perde
dinheiro, assim como às moedas fiduciárias.
Van der Laan (2014) cita uma situação de possível ameaça da criptomoeda que parece estar
longe de ocorrer, o autor apontou que a moeda virtual não constitui uma entidade física e não
representam riscos na economia pelo fato de seu sistema de pagamento operar basicamente
em uma comunidade virtual específica e não se estende à economia real. Porém, se as moedas
virtuais atingirem uma escala, pode causar consideráveis perdas econômicas e afetar o
mercado financeiro, gerando riscos sistêmicos. Esta situação exigirá regulamentação para
proteger a economia. Além dos riscos que podem afetar a eficácia e eficiência da política
monetária, caso atinja tal grau, o aumento do uso de moedas virtuais levará à diminuição do
uso de moedas soberanas, enfraquecendo a influência da política monetária.
3.2.2 Criptomoedas como meio de investimento
O investimento no mercado de criptomoedas está se tornando cada vez mais interessante. De
acordo com Scott (2016) esses ativos possuem potencial de ser uma moeda corrente, ou seja,
Bitcoin como dinheiro no seu sentido tradicional. Para Chuen, Guo e Wang (2017), o
mercado é afetado pelo fator sentimento do investidor. Esse sentimento de mercado tem
efeitos fortes que são difíceis de avaliar, por exemplo, com base na demanda, esse sentimento
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não aumenta ou diminui o valor igualmente. Acontece que a tecnologia é tão poderosa que,
além das criptomoedas, outros criptoativos estão surgindo. Esses representam toda uma classe
de investimentos envolvendo criptocommodities (criptomercadorias), criptotokens além das
criptomoedas. Essa nomenclatura torna possível referir-se a todos os ativos no mundo
criptográfico com uma palavra (FRANCO; BAZAN, 2018).
A proliferação de criptoativos levou à formação de novos mercados comerciais e novas
oportunidades de investimento. Por se tratar de um comércio emergente, a volatilidade sempre
foi alta, o que oferece uma grande oportunidade de lucro, mas o risco é alto. Uma das medidas
do sucesso deles é o conceito de market cap - ou capitalização de mercado - emprestado do
mercado de ações: neste caso, o conceito representa uma estimativa da capitalização de
mercado da empresa, correspondendo ao total das ações negociáveis, levando-se em
consideração as cotações à vista em um determinado momento, o valor das ações em
circulação é o mesmo (MACIEL, 2018).
4. Conclusão
Desde 2009, o mercado financeiro testemunhou o crescimento exponencial de popularidade
dos criptoativos, com mistérios e suspeitas. As características das criptomoedas as tornam
fundamentalmente diferentes das moedas fiduciárias. Essas emissões são atividades altamente
concentradas, geralmente supervisionadas pelo banco central do país. No entanto, o valor da
criptomoeda depende do valor que os investidores estão dispostos a pagar (SOVBETOV,
2018).
Este trabalho analisou o processo do desenvolvimento do dinheiro à medida que a sociedade
se tornou mais complexa e o número de agentes aumentam. Com a especialização do trabalho,
a moeda tornou-se um meio de troca amplamente aceito que transforma a produção em
necessidades diárias. Após séculos de uso, de especiarias e metais, até as notas padronizadas e
a uma das mais recentes inovações que é a proposta de conversão do dinheiro em ativos
digitais, as famosas criptomoedas.
O mercado está crescendo, porque em comparação com moedas tradicionais, tem essas
vantagens enormes. Portanto, quando se trata de criptomoeda, não existem apenas Bitcoins,
mas também várias outras altcoins que se tornaram cada vez mais poderosas ao longo do
tempo. Essas moedas provavelmente serão mais poderosas do que o próprio Bitcoin no futuro.
Porém, é importante ressaltar que a criptomoeda é um método de investimento, sim, para
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quem deseja obter resultados no curto prazo, as configurações arrojadas são adequadas, pois
no longo prazo as configurações conservadoras e moderadas são adequadas.
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VAN DER LAAN, C. R. É Crível uma Economia Monetária Baseada em Bitcoins? Limites à disseminação de
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VRANKEN, H., Sustainability of bitcoin and blockchains. Current Opinion in Environmental
Sustainability, 2017.
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O presente artigo discorre sobre as transformações ocasionadas no mercado financeiro global com a introdução dos criptoativos. A partir da revolução em que a sociedade se encontra, uma era da "internet do dinheiro" e não mais apenas do "dinheiro de internet", pretendeu-se apurar a dinâmica do sistema financeiro atual em cheque com o novo modelo de economia digital, chamado economia do tokens (Token Economy). O objetivo desse artigo é apresentar as novas formas de investimento, propostas por esse modelo, apontando como os tokens são instrumentos de captação de capital para diversos tipos de projetos realizados através dos ICO's-Initial Coin Offerings e posteriormente os STO's-Security Token Offerings, buscando apontar as características de cada oferta. Por mais que esses investimentos estejam desenhados de forma abstrata, estão ganhando rapidamente o interesse dos economistas de diversos países, como por exemplo, Estados Unidos e Brasil. Em conjunto, diversos autores apresentam pontos de vista quanto à agilidade e os menores custos agregados em cada oferta. A partir desse ponto, foi possível conectar diferentes conceitos e opiniões a fim de apresentar esse novo mundo tecnológico que acompanha os criptoativos e a economia dos tokens.
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The subject of this work are the Cryptocurrencies as actual currencies or as financial assets. The study proposes a comparative analysis between the cryptocurrencies, the traditional currencies and the most relevant financial assets. The principal objective is to comprehend what are these digital currencies, and if they can be classified as an actual currency or as a financial asset, or even as a speculative bubble. This work starts with a theoretical base, to provide a comprehensive overview over the main cryptocurrencies characteristics and present the consolidate academic knowledge about currencies and traditional financial assets. A comparative analysis will be made in order to conclude in which species of assets the cryptocurrencies can be classified and present a possible future scenario to this digital novelty.
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This paper examines factors that influence prices of most common five cryptocurrencies such Bitcoin, Ethereum, Dash, Litecoin, and Monero over 2010-2018 using weekly data. The study employs ARDL technique and documents several findings. First, cryptomarket-related factors such as market beta, trading volume, and volatility appear to be significant determinant for all five cryptocurrencies both in short- and long-run. Second, attractiveness of cryptocurrencies also matters in terms of their price determination, but only in long-run. This indicates that formation (recognition) of the attractiveness of cryptocurrencies are subjected to time factor. In other words, it travels slowly within the market. Third, SP500 index seems to have weak positive long-run impact on Bitcoin, Ethereum, and Litcoin, while its sign turns to negative losing significance in short-run, except Bitcoin that generates an estimate of -0.20 at 10% significance level. Lastly, error-correction models for Bitcoin, Etherem, Dash, Litcoin, and Monero show that cointegrated series cannot drift too far apart, and converge to a long-run equilibrium at a speed of 23.68%, 12.76%, 10.20%, 22.91%, and 14.27% respectively.
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Bitcoin is the world’s first completely decentralized digital currency. This paper will provide a short introduction to the Bitcoin network, including its properties, operations, and pseudonymous character. It will describe the benefits of allowing the Bitcoin network to develop and innovate, while highlighting issues of concern for consumers, policymakers, and regulators. It will describe the current regulatory landscape and explore other potential regulations that could be promulgated. The paper will conclude by providing policy recommendations that will assuage policymakers’ common concerns while allowing for innovation within the Bitcoin network.
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Bitcoin is an electronic currency that has become increasingly popular since its introduction in 2008. Transactions in the bitcoin system are stored in a public transaction ledger (‘the blockchain’), which is stored in a decentralized, peer-to-peer network. Bitcoin provides decentralized currency issuance and transaction clearance. The security of the blockchain depends on a compute-intensive algorithm for bitcoin mining, which prevents double spending of bitcoins and tampering with confirmed transactions. This ‘proof-of-work’ algorithm is energy demanding. How much energy is actually consumed, is subject of debate. We argue that this energy consumption currently is in the range of 100–500 MW. We discuss the developments in bitcoin mining hardware. We also briefly outline alternative schemes that are less energy demanding. We finally look at other blockchain applications, and argue that also here energy consumption is not of primary concern.
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A purely peer-to-peer version of electronic cash would allow online payments to be sent directly from one party to another without going through a financial institution. Digital signatures provide part of the solution, but the main benefits are lost if a trusted third party is still required to prevent double-spending. We propose a solution to the double-spending problem using a peer-to-peer network. The network timestamps transactions by hashing them into an ongoing chain of hash-based proof-of-work, forming a record that cannot be changed without redoing the proof-of-work. The longest chain not only serves as proof of the sequence of events witnessed, but proof that it came from the largest pool of CPU power. As long as a majority of CPU power is controlled by nodes that are not cooperating to attack the network, they'll generate the longest chain and outpace attackers. The network itself requires minimal structure. Messages are broadcast on a best effort basis, and nodes can leave and rejoin the network at will, accepting the longest proof-of-work chain as proof of what happened while they were gone.
Liberdade e o futuro da internet. São Paulo: Bointempo Editorial
  • J Assange
ASSANGE, J. et al. CYPHERPUNKS: Liberdade e o futuro da internet. São Paulo: Bointempo Editorial, 2012.
A next generation smart contract and decentralized application platform
  • V Buterin
BUTERIN, V., A next generation smart contract and decentralized application platform [White Paper].