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Economia e Desenvolvimento Local

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O Núcleo de Desenvolvimento Regional (NDR) da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), Campus de Toledo, integra os Programas de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional e Agronegócio (PGDRA), Pós-Graduação em Economia (PGE), Colegiado de Ciências Econômicas e está vinculado, academicamente, ao Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA). O objetivo do NDR é, dentre outros, produzir estudos e pesquisas sobre desenvolvimento regional, logística, agronegócio, estudos populacionais, distribuição das atividades econômicas e outras atividades ligadas ao desenvolvimento econômico territorial, regional e local. O NDR já publicou dois livros correlatos a essa discussão (“Economia e Desenvolvimento Regional” e “Economia e Desenvolvimento Territorial”). Neste livro, a trilogia é completada com o tema Economia e Desenvolvimento Local, onde os seus capítulos são, fundamentalmente, resultados de pesquisas do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional e Agronegócio, o PGDRA: foram teses, dissertações, estudos e pesquisas teóricos e empíricos do PGDRA e de parceiros de pesquisa do programa, todos com temas relacionados, direta ou indiretamente, ao desenvolvimento local. Os autores e autoras são de diversas Instituições de Ensino Superior (IES), regionais, nacionais e internacionais, com formações distintas, o que traz uma análise interdisciplinar para discutir a temática do desenvolvimento local. O desenvolvimento local possui muitas características, uma vez que leva em consideração as particularidades regionais e estas são múltiplas; e se diferenciam muito entre regiões e territórios. Esse é o objetivo deste livro, em que nos seus 17 capítulos, são apresentadas diferentes possibilidades de estudos sobre desenvolvimento local, seja numa discussão teórica ou metodológica, ou no estudo empírico a respeito do desenvolvimento local. Características como a existência de articulação entre políticas locais de desenvolvimento e atores locais (Capítulo 1); a existência de economia solidaria ou economia criativa (Capítulo 2); a existência de determinados setores econômicos, como as universidades e como elas influenciam no processo de desenvolvimento local (Capítulo 3); ou as características gerais do processo de desenvolvimento local em si (Capítulo 4), estão todos contemplados nesse livro. O Brasil é um país onde o setor rural possui grande participação na geração de empregos e de renda, mas não são todas as regiões em que esse setor consegue gerar desenvolvimento local. É nesse contexto que a estrutura agrária/fundiária é discutida, juntamente com a continuidade da propriedade rural (Capítulo 5) e a ruralidade em si, no processo de desenvolvimento local (Capítulo 6). A forma como as comunidades se articulam e geram laços de confiança e solidariedade entre os seus habitantes também são grandes influenciadores do desenvolvimento local. São elementos analisados nos estudos sobre ações coletivas e o impulsionamento do empreendedorismo (Capítulo 7), na análise sobre o capital social no processo de desenvolvimento local (Capítulo 8), e sobre incentivos e desafios das ações coletivas e desenvolvimento local (Capítulo 9). Diferentes setores podem ser impulsionadores do processo de desenvolvimento local. Por exemplo, os elementos geográficos naturais podem ser o foco de políticas públicas, no fomento de setores ou cadeias produtivas potenciais. Essa possibilidade é apresentada na análise sobre a contribuição do turismo para o desenvolvimento econômico local (Capítulo 10). A relação com as políticas e as organizações (Capítulo 11), bem como o entendimento e conhecimento dos fatores endógenos e exógenos influenciadores do processo de desenvolvimento (Capítulo 12) também devem ser identificados e utilizados no planejamento do desenvolvimento local. Dessa forma, pode-se considerar que o desenvolvimento local é um processo dinâmico e evolutivo. Planejar o desenvolvimento local é algo relativamente novo (adotado a partir dos anos 1970), e existem diferentes experiências nacionais e internacionais que devem ser estudadas e conhecidas, para subsidiar sua possível adaptação à novos locais (Capítulo 13). Assim, o papel de determinadas infraestruturas, como a do saneamento básico (Capítulo 14); o cooperativismo como forma de organização social e econômica (Capítulo 15); as iniciativas de governança regional, como o exemplo do consolidado Programa Oeste em Desenvolvimento (Capítulo 16); e a forma como a tecnologia, inovação e desenvolvimento influencia em determinados setores, como no caso da agroindústria canavieira (Capítulo 17); são todos apresentados como forma de estudos teóricos/empíricos e sua relação com o desenvolvimento local. Espera-se que todos esses capítulos possam agregar à discussão sobre desenvolvimento local não somente na perspectiva econômica, mas ressaltando a importância em se conhecer todos os elementos constituintes e caracterizadores de uma localidade para, assim, ser possível planejar, crescer e desenvolver os mais diferentes locais.
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Article
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CRUZ, A. C.; MALACOSKI, F. C. F.; SHIKIDA, P. F. A. Fatores de insucesso das agroindústrias canavieiras nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. Revista de Economia Mackenzie, São Paulo, vol. 16, n. 1, p. 84-104, Jan./Jun. 2019. A agroindústria canavieira no Brasil vem enfrentando uma série de desafios impostos pela desregulamentação setorial. Em um cenário mais concorrencial, as empresas normalmente apresentam diferentes performances, sobretudo em momentos de crise. Este artigo objetiva identificar os fatores de insucesso das agroindústrias canavieiras adotando como estratégia de pesquisa a abordagem multicaso. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas estruturadas com representantes do setor nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. Como corolário, identificou-se que a falta de recursos financeiros, fluxo de caixa inadequado, alto custo dos empréstimos e de produção agrícola, além do controle do preço de gasolina, são os principais fatores que contribuem para o recente insucesso dessas empresas nos estados selecionados.
Chapter
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O desenvolvimento regional é caracterizado como uma etapa ou processo, no qual regiões atrasadas se transformam em regiões avançadas. Etapa porque reflete o grau de avanço, progresso e melhoria nas condições de vida, tanto no aspecto produtivo quanto de bem estar social. Processo porque para se chegar a determinados estágios de desenvolvimento, um conjunto de ações, politicas e movimentos são postos em marcha. Isso ocorre de forma espontânea ou induzida e se difunde de várias maneiras no espaço econômico.
Conference Paper
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O objetivo desse artigo é demonstrar os municípios da região Oeste do Paraná que de desenvolveram a partir do capital social e aqueles que demonstram um desenvolvimento mais exógeno. Essa região concentra 50 municípios e três microrregiões definidas pelo IBGE (Toledo, Cascavel e Foz do Iguaçu) e apresenta um desenvolvimento econômico baseado, no geral, em forças externas, ou seja, da alteridade em sua totalidade espacial. Assim, utilizarseá como metodologia uma análise bibliográfica sobre o conceito de capital social e alguns dados empíricos a partir do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada-IPEA, do Instituto Brasileiro de Geografia Econômica, e dos coeficientes de análise regional, especialmente o Quociente Locacional que demonstra o "peso" dos setores econômicos em cada um dos municípios. Neste contexto, o capital social e o capital humano serão tratados
Article
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Este artigo analisou o estoque de capital social na microrregião de Toledo, no Oeste do Estado do Paraná. Utilizou-se a metodologia que analisa as instituições representativas (sindicatos e associações), os fóruns, os conselhos e as câmaras setoriais para quantificar o estoque de capital social. Percebeu-se, pelos resultados, que, desde sua colonização, os municípios que compõem aquela microrregião foram criados em um modelo para facilitar a vida comunitária e o associativismo. Mesmo assim, porém, com a modernização na agricultura e a urbanização, essas relações de confia-bilidade foram se perdendo com o tempo. Além disso, notou-se a existência de associações que estão ligadas de forma direta e indireta com os sindicatos e as cooperativas, mostrando a forte relação de confiança que existe na comunidade e, com isso, fortalecendo o capital social novamente. Palavras-chave: Capital social. Desenvolvimento regional. Microrregião de Toledo.
Article
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Este estudo versa sobre o cooperativismo e seus impactos no desenvolvimento, tomando por base uma região. O objetivo desse estudo é o de mapear ativos e aportes positivos no processo de desenvolvimento da região Missões-Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. Em termos de metodologia, a pesquisa caracteriza-se como estudo de caso, qualitativa, documental e de campo, de natureza exploratória e descritiva (STUMPF, 2005). As fontes abrangem documentos, publicações, entrevistas, observação direta e pesquisa participante. O estudo reconhece as desigualdades inter e intrarregionais, destacando a região Missões-Noroeste, e o cooperativismo ao longo da evolução tem jogado papel importante no processo de desenvolvimento da região. O estudo confirma que as prioridades e ações das cooperativas, com limitadas práticas de intercooperação e de agregação de valor as cadeias produtivas, poderiam ser significativamente maiores. Apesar de algumas limitações e dificuldades, as cooperativas vem cumprindo com os fundamentos da sua própria natureza que é o de contribuir com a dinâmica e no processo de desenvolvimento econômico e social da região.
Thesis
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The origin of the research proposal carried out in this thesis stems from the fact that the indices traditionally (IDH-M and IFDM-G) used to assess the level of economic development do not use aspects of rurality, nor do they consider other dimensions of economic development, represented by the set of variables components of the methodology employed by them. As a result, these traditional indices produce estimates and, a posteriori, classifications of municipalities and regions with less explanatory power and veracity to the local reality. Based on the problem identified, the objective of this thesis is to analyze, through two new indices, the rurality economic development index (IDER) and the local economic development index (IDEL), the level of economic development of national municipalities through the breakdown. the dimensions inherent to such a concept and the territorial and spatial characteristics. Thus, the thesis has a descriptive-deductive character and, methodologically, is based on an experimental- explanatory basis. The statistical data used were collected from several sources: agricultural census (2006) and demographic (2010), both circumscribed at IBGE, in addition to data from DATASUS (2010), IPEADATA (2010) and Atlas of Human Development (2013), using multivariate analysis, factor analysis, for the constitution of indexes and, subsequently, classification of municipalities. Then, Exploratory Spatial Data Analysis (ESDA) is used to assess the formation of clusters in relation to the two proposed indexes. The main results obtained come, first, from the indexes that originated, presenting a classification of municipalities that diverged from the traditionally employed indexes and, therefore, offer, in addition to the traditional indexes, results that are more adherent to local characteristics; second, aspects of rurality positively correlate, to some degree, and therefore positively affect and integrate the level of local economic development; thirdly, the formation of clusters to outline the different situations of the Brazilian regions in terms of the level of economic development of rurality and, subsequently, the intensification of divergences in terms of the level of local economic development. In summary, the main contribution of this thesis is to present an empirical result that the aspects of Brazilian rurality are, in some proportion, positively related and represent important particularities of the level of economic development of Brazilian municipalities, but in different forms of agglomeration for the divergent Central-South and North-Northeast regions.
Article
This paper considers the prospects for constructing a neoclassical theory of growth and international trade that is consistent with some of the main features of economic development. Three models are considered and compared to evidence: a model emphasizing physical capital accumulation and technological change, a model emphasizing human capital accumulation through schooling, and a model emphasizing specialized human capital accumulation through learning-by-doing.
Article
O artigo analisa a passagem do “Brasil agrário” do passado para um Brasil rural atual, profundamente reconfigurado em todos os aspectos da vida econômica e social no último meio século. Adicionalmente, introduz diversos fatos demarcadores, exatamente para descrever não apenas esta transição para um “mundo novo”, mas, sobretudo, para demonstrar que o Brasil agrário que marcou tão fortemente a cultura e as mentalidades da história do país está rapidamente deixando de existir. E, finalmente, sugere brevemente algumas tendências que estão emergindo, as quais, provavelmente, irão aprofundar ainda mais esse “novo rural”, como um espaço essencialmente econômico e produtivo – mas esvaziado de interação humana, pois esta reconfiguração tem significado, também, o nascimento de uma sociedade rural que, cada vez mais, é subordinada à vida urbana, particularmente no tocante aos processos econômicos.