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FACILITANDO TRANSIÇÕES DE PAPEL BEM SUCEDIDAS DE ENFERMEIRO PARA ENFERMEIRO DE PRÁTICAS AVANÇADAS

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Editorial
Texto & Contexto Enfermagem 2022, v. 31:e2022E001
ISSN 1980-265X DOI https://doi.org/10.1590/1980-265X-TCE-2022-E001-pt
COMO CITAR: Pituskin E, Albert M, Norris C. Facilitando transições de papel bem sucedidas de enfermeiro para
enfermeiro de práticas avançadas. Texto Contexto Enferm [Internet]. 2022 [acesso MÊS ANO DIA]; 31:e2022E001.
Disponível em: https://doi.org/10.1590/1980-265X-TCE-2022-E001-pt
FACILITANDO TRANSIÇÕES DE PAPEL
BEM SUCEDIDAS DE ENFERMEIRO PARA
ENFERMEIRO DE PRÁTICAS AVANÇADAS
Edith Pituskin1
Michelle Albert1
Colleen Norris1
1Universidade de Alberta, Faculdade de Enfermagem. Alberta, Canadá.
Em todo o mundo, os enfermeiros de prática avançada (EPAs) fornecem uma ampla gama
de serviços de assistência direta às pessoas em todas as fases da vida1. Além de tratar doenças,
eles ensinam as pessoas e suas famílias sobre vida saudável, prevenindo e gerenciando doenças2.
Na maioria dos países, esse prossional de saúde essencial passa por várias etapas ao longo de
sua jornada educacional para se tornar um enfermeiro de prática avançada (EPA). Geralmente, o
indivíduo é um enfermeiro que praticou extensivamente e desenvolveu considerável experiência clínica
antes de se inscrever em cursos de pós-graduação de prática avançada. No entanto, a transição
de enfermeiro para EPA pode revelar-se difícil, e aqueles que optam por exercer esta nova função
enfrentam muitos desaos. Além disso, uma mudança cognitiva signicativa ao passar de um
enfermeiro experiente para um novo EPA inexperiente. Esse ajuste na identidade prossional de um
enfermeiro “especialista” para um EPA “novato” tem o potencial de diminuir a autoconança, impedir
o desenvolvimento do papel prossional e pode inuenciar negativamente as decisões dos novos
EPAs de permanecerem na prossão durante o primeiro ano de prática clínica3.
Para entender melhor essa questão, realizamos uma revisão integrativa da literatura para
identicar os fatores que contribuem para uma transição de sucesso do papel de enfermeiro para
EPA. O principal objetivo foi sintetizar o que se sabe sobre medidas de suporte para as práticas
do EPA e fornecer apoio e recomendações para futuras pesquisas. A busca foi limitada a artigos
publicados em periódicos em inglês e não foi restringida por data de publicação. Os critérios de
inclusão abarcaram artigos abordando a transição de papéis de enfermeiro para EPA e os fatores
que apoiaram ou dicultaram o processo de transição. Inicialmente, foram identicados 674 registros
não duplicados, com revisão de título e resumo eliminando-se 613 registros, restando 61 itens para
triagem de texto completo. A revisão do texto completo identicou 30 artigos que atenderam aos
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critérios de inclusão. Treze artigos usaram métodos qualitativos (questionários, grupos focais, telefone
e metodologias de entrevista), 7 estudos usaram métodos quantitativos (questionários validados,
questionários e estudos pré e pós-teste) e 10 revisões de literatura de países como Estados Unidos,
Austrália, Irlanda e Suécia.
Uma transição de papel bem-sucedida resulta em um EPA competente e conante que aprecia
os desaos que a nova função lhe traz4. Nesta revisão, foram identicados três grandes temas,
incluindo fatores acadêmicos e de treinamento, experiências individuais e fatores administrativos
e prossionais do local de trabalho. Dentro destas, oito áreas surgiram como oportunidades para
apoiar a transição de enfermeiro para EPA. Estes incluem: (a) consciência da transição de papéis,
(b) preceptoria, (c) apoio acadêmico do corpo docente, (d) apoio social, (e) programas de bolsas e
residência, (f) orientação, (g) clareza de papéis e colaboração interdisciplinar, e (h) orientação.
Fatores acadêmicos e de treinamento
Apoio Acadêmico do Corpo Docente: como o papel do EPA continua a evoluir e é inuenciado
por muitas questões do contexto local, a preparação do EC pela instituição acadêmica precisa ser
avaliada com frequência5. Estratégias para auxiliar o EPA novato durante o período de transição são
essenciais para diminuir as consequências negativas de sua experiência4,6. Pesquisa qualitativa por
meio de grupos focais com 21 EPAs recém-formados
5
sugere uma série de métodos por intermédio dos
quais o corpo docente acadêmico pode facilitar o período de adaptação de transição do EPA formado.
Esses incluem: (a) apresentar os alunos às organizações prossionais e a outros possíveis grupos
de apoio; (b) buscar meios de se manter conectado ao recém-formado, como por meio de tecnologia
inovadora e programas de educação continuada; (c) promover currículos com maior colaboração
entre estudantes de medicina e EPAs durante os anos letivos para auxiliar na compreensão mútua
dos papéis; (d) planejar seminários com os alunos enfatizando a fase de adaptação da passagem
de especialista para novato e de volta para especialista; (e) compartilhar dicas de como administrar
o tempo limitado na prática; (f) explorar com os alunos métodos sobre como gerir e sintetizar os
volumes de leituras de revistas acadêmicas; (g) discutir com os alunos a perda de privacidade
que pode ocorrer e a necessidade de existir uma forma de proteção; e (h) enfatizar os ganhos em
matéria de satisfação pessoal que compensarão quaisquer pontos negativos5. Os educadores que
conduzem seminários para ajudar os alunos a se ajustarem ao papel de prossional podem estruturar
a discussão em torno das expectativas dos alunos em relação à sua percepção do papel e como
essas expectativas mudam à medida que os alunos progridem no treinamento7–8.
Preceptoria: para fechar a lacuna entre a educação e a prática, as preceptorias têm sido
usadas para apoiar o aprendizado clínico dos EPAs, antes e depois da pós-graduação
9
. A preparação
para a prática é uma questão crítica para os novos EPAs, muitos relatam sentir-se sobrecarregados,
frustrados e inadequados10. A preparação adequada dos preceptores para suas responsabilidades
na supervisão e orientação dos alunos é fundamental para uma experiência de aprendizagem
produtiva. Os preceptores devem reconhecer que os alunos EPAs ainda não atingiram seu nível
mais alto de prociência8. Um modelo de preceptoria entre o EPA especialista experiente e o EPA
estudante que possibilite contato frequente, avaliações e reforço positivo, pode proteger contra
possíveis sentimentos de isolamento, potencializar o avanço prossional e construir conança. A m
de melhorar o avanço prossional e desenvolver um senso de unidade, o networking pode promover
o apoio colegial, desenvolver um senso de unidade e permitir canais ecazes para impulsionar a
comunicação11. Capacitar e adequar os horários dos preceptores para permitir que o aprendizado
ocorra no programa pode fornecer aos alunos de EPA o suporte necessário para que eles aumentem
a autonomia em suas habilidades de tomada de decisão clínica9.
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Programas de bolsas e residências: os modelos de residência são benécos para os EPAs
recém-formados para facilitar a transição para a prática e promover a qualidade do atendimento ao
paciente e a retenção e satisfação dos enfermeiros12–14. Esses programas apoiam novos EPAs ou
aqueles que estão em transição para novas áreas de prática, oferecendo-lhes a oportunidade de
adquirir habilidades gerenciais valiosas, além de ajudá-los a formalizar sua identidade como EPAs
e armar sua conança ao assumirem seus novos papéis14. EPAs que completaram o treinamento
de residência relataram que se sentiram mais ecientes como prossionais15. Os programas de
bolsas para EPA têm sido implementados em vários ambientes de saúde, especialmente em áreas
de especialidade, como forma de melhorar a satisfação no trabalho, aumentando a habilidade,
competência e conança16. Recomenda-se a permanência das bolsas de estudo para garantir uma
transição de função para EPA bem-sucedida, desenvolver crescimento clínico, retenção, habilidades
de liderança e, nalmente, um clínico especialista16–18.
Fatores de experiência individual
Conscientização da Transição de Papel: os EPAs geralmente relatam sentir-se despreparados
conando em sua experiência anterior de enfermagem, ao invés de hierarquizar sua educação
como EPA e provedor de cuidados clínicos avançados15,19. As principais barreiras pessoais para
uma transição bem-sucedida de um enfermeiro para um EPA são a perda de conança, mudança
de status e confusão de identidade e baixa satisfação no trabalho. Em essência, o novo EPA sai da
zona de conforto da prática do escopo do enfermeiro para ingressar em um papel de prática avançada
como iniciante que é acompanhado por estresse associado, ansiedade, isolamento, inadequação e
ambiguidade de papéis, comumente levando a sentimentos de incompetência
1922
. Os EPAs iniciantes
lutam com o desao de fornecer cuidados seguros e competentes aos seus pacientes, enquanto
continuam a preencher as lacunas em sua base de conhecimento em desenvolvimento. Espera-se que
eles tenham habilidades clínicas avançadas e sejam capazes de pensar criticamente e integrar uma
avaliação avançada, siopatologia e farmacologia, mantendo simultaneamente o foco da enfermagem
biopsicossocial23. Espera-se que os recém-formados sejam funcionais em um nível avançado, mas
foi relatado que há uma incerteza signicativa em relação ao seu papel em uma prossão cada vez
mais exigente
7,20–21,24
. Consequentemente, esse desenvolvimento de papel prejudicado pode afetar a
continuidade do emprego, levando à decisão de deixar a prossão no primeiro ano de prática25–27. De
fato, acredita-se que o ano de transição inicial seja a base crítica sobre a qual os novos prossionais
da EPA constroem sua prática prossional25,27. Uma consciência dos estágios pelos quais os EPAs
iniciantes típicos passam durante o primeiro ano de prática e os potenciais estressores que enfrentam
pode fornecer informações sobre a magnitude do problema7,25–26. A compreensão das transições
de papel dos EPAs pode ser usada para avançar no desenvolvimento de ‘bases de suporte’, como
redes de mentoria e de apoio, com o objetivo de garantir uma passagem leve de enfermeiro para
EPA11 . A suposição é que uma melhor conscientização do processo de transição levará a uma maior
compreensão e a um período de ajuste mais curto5,7,19. No entanto, a conscientização precede o
engajamento. Uma vez que um indivíduo está ciente, ele pode então se tornar “imerso no processo
de transição e realizar atividades como buscar informações ou apoio, modicar atividades anteriores e
entender as circunstâncias”
19
. Reconhecer que sentimentos de desconexão e ansiedade são normais
e limitados no tempo é o primeiro passo para entender o processo7. Uma maior compreensão da
transição de papéis do EPA pode ajudar os alunos a reconhecer certos sentimentos e comportamentos
como parte normal do processo de transição e usar mecanismos de enfrentamento mais positivos27.
Tem sido sugerido que o EPA que se envolve em autorreexão trabalha com o processo de transição
de forma mais ecaz, em vez de perder tempo com os medos7.
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Fatores administrativos e prossionais do local de trabalho
Orientação: a importância de um período de orientação minucioso e o apoio de outros
prossionais, principalmente enfermeiros da equipe e colegas de trabalho do EPA, é particularmente
inuente no processo de transição4,28. Os programas formais de orientação fornecem a base para uma
prática bem-sucedida e são aumentados por oportunidades adicionais de crescimento prossional
16,25
.
Os EPAs novatos relatam uma maior satisfação no trabalho quando lhes é oferecido um programa de
orientação formal, preparando-os e capacitando-os com sucesso, permitindo transições oportunas
e maior satisfação com o papel26,29.
Apoio social: a palavra “apoio” é usada para descrever novas experiências de função e é
vista como um dos elementos mais importantes de uma transição bem-sucedida4. Como a transição
de papéis do EPA novato costuma ser estressante, o apoio social, incluindo o apoio de colegas,
médicos, familiares e pacientes, é especialmente vital para o EPA novato durante o período de
transição30. O envolvimento em grupos e organizações prossionais pode prevenir sentimentos de
isolamento5. Os EPAs novatos devem ser encorajados a desenvolver redes de apoio entre seus
pares para rememorar a universalidade de seus sentimentos4 além de oportunidades contínuas de
networking
30
. Vários fatores que afetam positivamente a transição de enfermeiro para EPA são apoio/
orientação, autonomia, oportunidade de crescimento e desenvolvimento prossional, exibilidade
com equilíbrio entre vida prossional e pessoal e senso de propósito em seu trabalho15,31.
Mentoria: a mentoria é denida como uma relação intensa entre o novato e um especialista
para promover a socialização do papel e, em última análise, o sucesso no papel do novato
31
. A mentoria
cria um ambiente de apoio para avançar no aprendizado do iniciante e preencher a lacuna entre as
informações didáticas e a experiência do mundo real. Trabalhar com um mentor é uma estratégia
ecaz para aliviar o estresse e a ansiedade vivenciados durante esse primeiro ano de prática do
EPA. Uma relação de mentoria aumenta o desenvolvimento do conhecimento e habilidades clínicas
do EPA novato no contexto de orientação e apoio individualizado. O tempo gasto com um mentor
facilita a socialização no papel do EPA, promove a autoecácia e permite que os EPAs novatos
atendam às demandas da organização e do sistema de saúde25,28,31. A seleção cuidadosa de um
mentor para facilitar o desenvolvimento do papel e a satisfação no trabalho é importante. Os colegas
de prossão precisam ter paciência, dar apoio verbal e orientações consistentes durante esse período
de transição, pois seu incentivo é importante no crescimento prossional e na aceitação do EPA5.
O feedback sobre seu trabalho é importante e ajuda os EPAs a desenvolverem conança em suas
habilidades de avaliação e diagnóstico29.
Além de orientar os EPAs novatos no desenvolvimento de sua competência e habilidade
clínica, os mentores oferecem uma visão realista do papel do EPA e dão suporte ao EPA novato
em momentos de estresse e incerteza. Os mentores também facilitam a integração e a socialização
neste ambiente de cuidados de saúde. O tempo passado com um mentor ao EPA novato a
oportunidade de perceber que a aprendizagem é um processo para toda a vida e embora alguns
dias sejam melhores que outros, o papel do EPA pode ser muito graticante19,25,32.
EPAs especialistas desempenham um papel valioso em facilitar a transição para o papel de
EPA, mas eles não devem ser os únicos responsáveis por essa tarefa. As organizações de saúde
precisam adotar uma cultura de orientação para promover um ambiente de trabalho saudável, facilitar
o aprendizado e incentivar a retenção de funcionários. Mais importante ainda, as organizações devem
alocar nanciamento para programas de orientação e mentoria. Isso envolve fornecer programas
de orientação e treinamento educacional para mentores e mentorados e fornecer oportunidades de
crescimento pessoal e prossional22.
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Clareza de papéis e colaboração interdisciplinar: a colaboração prossional entre
prossionais de saúde experientes é essencial para orientação e transição para a prática4,17. Um
estudo de revisão de literatura18 descobriu que quando os EPAs foram capazes de colaborar com
sua equipe interdisciplinar, médicos ou outros provedores de práticas avançadas, eles se sentiram
mais apoiados, tiveram mais autoconança e relataram uma transição mais bem-sucedida8,15,30. A
transição para o papel de EPA é complexa e depende do indivíduo e das atitudes dos colegas de
saúde. Mudança e adaptação são necessárias tanto da parte do EPA quanto dos membros da equipe
de saúde. A falha na adaptação de qualquer uma das partes mina o potencial dos EPAs de fornecer
cuidados de saúde de qualidade28. Alguns prossionais relataram frustração e ansiedade precoces
decorrentes de descrições de trabalho pouco claras e pouco apoio administrativo em seu ambiente
clínico
33
. Clareza de expectativas e um aumento gradual de responsabilidades provavelmente
otimizarão o ajuste ao papel do EPA34.
Os obstáculos extrínsecos mais citados pelos EPAs novatos foram a negatividade dos colegas
ou a falta de compreensão do papel de EPA
3435
. Lutar para se identicar como um enfermeiro avançado
no novo papel enquanto tenta combinar os papéis de enfermagem e medicina resulta em limites pouco
claros e confusão de identidade9. Uma maior compreensão por parte de colegas e empregadores
em relação à transição contínua de papéis dos novos EPAs pode facilitar relacionamentos mais
positivos e menos críticas à medida que os EPAs continuam crescendo e assumindo suas novas
responsabilidades5,30,35–36.
Considerações
Os resultados e recomendações decorrentes desta revisão têm relevância ampla e internacional.
O papel do EPA responde à necessidade de aumentar os recursos de saúde, com um prossional bem
qualicado que ofereça acesso oportuno a serviços de saúde ecientes e acessíveis internacionalmente
37
.
Assim, é essencial que os EPAs novatos sejam apoiados à medida que transitam para seus novos
papéis. O objetivo de desenvolver um EPA competente, conante e especialista é um investimento
sábio e eciente
4
. Conforme descrito acima, instituições educacionais, empregadores, EPAs iniciantes
e organizações prossionais de EPAs têm papéis fundamentais na transição bem-sucedida de
estudante para prossional de atenção primária31.O aumento da conscientização entre os educadores
pode facilitar experiências ótimas de preceptoria e discussões antecipadas de transições de papéis.
Um aspecto importante é conectar os EPAs novatos com os mentores e associações prossionais
o mais cedo possível para desenvolver redes sociais e prossionais de apoio. Os empregadores
também compartilham a responsabilidade de garantir que os requisitos sejam atendidos para
promover a educação continuada e a retenção de EPAs novatos. Investir na orientação e mentoria
especíca do EPA é uma estratégia de formação, apoio e retenção altamente ecaz. Além disso,
o investimento em equipes multidisciplinares organizacionais ao nível da prática apoia não só o
EPA novato, mas o sistema como um todo. Neste manuscrito, resumimos abordagens especícas,
aplicáveis e econômicas para facilitar as transições de enfermeiro para EPA. O trabalho futuro pode
se concentrar em intervenções individuais ou combinadas em organizações, facilitando uma transição
suave para a prática avançada27,30.
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HISTÓRICO
Recebido: 01 de março de 2022.
Aprovado: 14 de março de 2022.
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Article
Full-text available
Background: Postgraduate programs, specialized academic programs, and national health organizations such as the Institute of Medicine (IOM) have identified and begun addressing the gap in knowledge, skills, and factors for successful transition into practice. Purpose: The purpose of this study is to examine the relationships and differences among the personal and community resources that promote successful transition for nurse practitioners (NP) who practice in the emergency department (ED) and the skills or procedures they find difficult to perform independently. Methods: A descriptive, correlational, comparative study design was conducted using an online survey administered to a convenience sample of NPs with 6 months to 5 years of experience as an NP. Results: Findings from this study identified factors associated with successful and unsuccessful transition into practice and help support positive outcomes for health care institutions, ED patients, and NPs practicing in this specialty area. Implications for practice: Support in transition recognizes recommendations set by health care organizations in promoting professional development, safe clinical practice, job satisfaction, and retention. Further study will provide clarity in financial gains and improved patient health outcomes during a time in which complex disease processes and provider shortages continue to weigh heavily on society.
Article
Background Unlike physicians, there are no current requirements or funding for the post graduation training of advanced practice nurses. Given the complexity of health care, more post graduate training programs are needed to meet growing demand. Purpose A taskforce was convened to research gaps in preparation for real-world practice, as well as effective models of curricular and clinical support to promote positive patient outcomes. Methods Supportive structures for advance practice nurses are dependent upon understanding the barriers, facilitators and structural support required to implement such a program. Findings Starting a curriculum-to-career program the semester prior to graduation is a relatively untested model for advanced practitioners to receive enhanced mentored education and support to increase resiliency, reduce early burnout and burden on the health setting. Discussion Advanced practice nurse fellowships should be considered as essential as medical residencies are for physicians in clinical practice.
Article
This review aims to better understand the novice nurse practitioner (NP) transition to practice, while providing content from organizations focused on quality transitional programs. A major problem is the shortage of NPs in primary care. This is related to high turnover due to the difficult transition from expert RN to novice NP. To better understand this transition, Duchscher’s Transition Shock Theory was examined and used to support the importance of residency programs. This review provides support for the use of NP residencies to positively impact the transition to practice for the novice NP. The Community Health Center Inc. NP Residency Program promotes quality NP residencies and is used as an exemplar. The article also addresses the concern with residency variability and the cost associated with these programs.
Article
Background: With the continued increase in new nurse practitioners expected over the next 5 years and beyond, more individuals will experience nurse practitioner role transition. It is beneficial to nurse practitioners, patients, and the health care industry to understand factors relating to job satisfaction during role transition. Purpose: The purpose of this study was to contribute to the understanding of the transition period of new nurse practitioners by exploring demographics and job satisfaction during the first 6 months to 2 years of practice. Methods: This nonexperimental quantitative study employed convenience sampling with survey methodology. Twenty-one Facebook groups/pages were posted on once a week for 6 weeks. Demographic information was collected, and personal experiences were measured with the Misener Nurse Practitioner Job Satisfaction Scale. Results: Practice setting, formal orientation programs, and intent to leave current position were related to overall nurse practitioner job satisfaction during the transition period (p < .05). Satisfaction with time and benefits varied among demographic groups (p < .05). Implications for practice: Novice nurse practitioners are mostly satisfied in their new role. However, turnover intention in this population is high and orientation programs are lacking, warranting further study.
Article
The advanced nurse practitioner (ANP) role was established in Ireland in 2001 and represents an important nursing role development within Irish healthcare. Currently there are 336 ANPs registered with the Nursing and Midwifery Board of Ireland, working across 40 specialties. This number is increasing exponentially in response to emerging and anticipated future service needs and population demand projecting to a critical mass of 750 by 2021. Health service provision is enhanced by advanced practice performance outcomes. This article explores nurse to advanced nurse practitioner transitional journeys, a concept that has not previously been researched in depth from an Irish perspective. The theories of Benner, Woods, and Bourdieu are reviewed to explore whether an advance practice career trajectory results in unique nurse-to-ANP role transitioning. Contextualising possible personal, professional and educational transitions may enable the promotion of effective career ‘scaffolding’ to enhance a smooth transition for aspiring ANPs into advanced nursing practice roles.
Article
The Institute of Medicine's The Future of Nursing report recommended the extension of nurse practitioner (NP) fellowship programs to highlight and assess competencies after completion of licensure. The initiative, "Participation in a nurse practitioner fellowship to instill greater confidence, job satisfaction, and increased job retention as nurse practitioners promptly transition from novice to expert clinician," evaluated NP satisfaction between NPs who had not completed a fellowship versus NPs who had participated in a fellowship. Transition of an NP was evaluated through the Misener Nurse Practitioner Job Satisfaction Scale via 258 NPs through Emory Healthcare, MD Anderson, DNP discussion groups, and Show Me Your Stethoscope from social media. A series of independent t-tests were performed to determine statistical significance. The results of the analyses found that individuals who had participated in an NP fellowship had significantly higher scores on a sense of value for "what you do," monetary bonuses, and compensation for services outside of normal duties and obtained statistical significance. Owing to the positive trends of the surveys, continuation of NP fellowships is recommended for a successful NP role transition to develop clinical growth, retention, leadership skills, and ultimately an expert clinician.
Article
Nurse practitioner residency programs assist new graduates to transition to practice. This article describes the development of a primary care nurse practitioner residency program at a large academic medical center in the mid-Atlantic region. Organizational factors related to program development and support as well as fiscal and human resource considerations are presented. Curricular considerations inclusive of both clinical and didactic content are presented in conjunction with a curricular outline. Finally, recommendations for nurse practitioner residency program development and expansion within academic and nonacademic medical centers are provided.
Article
Background and purpose: Little is known about the facilitators and barriers to the workforce transition of novice nurse practitioners (NPs) in primary care. This research aimed to identify factors contributing and detracting from a successful initial workforce transition for novice NPs in the primary care setting. Methods: A descriptive, cross-sectional study was conducted via online survey administered to a national sample of 177 NPs who graduated from an accredited NP program and were practicing in a primary care setting for 3-12 months. Open-ended responses were analyzed using the Krippendorff content analysis method. Conclusions: This study demonstrated that facilitators of the novice NP transition are the presence of mentorship and social support, finding meaning in their work, job satisfaction, and work-life balance. Barriers to the novice NP transition are lack of support and respect, role ambiguity, and workload. Implications for practice: More mentorship, support, role clarity, and respect are needed to facilitate the novice NP workforce transition. More research is needed on interventions that can be implemented by health care organizations to improve the facilitators of role transition identified in this study.
Article
Background and purpose: Role transition is a natural process that occurs when the registered nurse pursues additional education to become a nurse practitioner (NP). Role transition generates feelings of anxiety and insecurity, leading to a longer and more tumultuous adjustment. This study investigated whether an evidence-based role transition webinar would support NP role transition during this critical period. Methods: This study was a nonrandomized, pretest-posttest, and single-group study using a convenience sample to address the research question: "Does completion of a role transition webinar enhance the perception of new NPs of their ability to perform well in their role?" Conclusions: The educational webinar was shown to have a positive influence on some aspects of the participant's reported perceptions of NP role transition. Having practical and assessable educational interventions to optimize NP role transition and determining factors that contribute to the success of these interventions would be prudent. Implications for practice: This is the first quantitative study to investigate the positive association between an online educational intervention and NP role transition. A timelier and less tumultuous transition would allow NPs to perform more effectively in their new role.