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Setembro Amarelo Como campanhas bem intencionadas podem se tornar armadilhas - Revista Afirmativa

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Abstract

Jeane Tavares, doutora em saúde pública e administradora da página Saúde Mental da População Negra defende fim dos “meses coloridos”, por trazerem uma abordagem medicalizante, reducionista e perigosa
2/16/22, 1:27 PM
Setembro Amarelo: Como campanhas bem intencionadas podem se tornar armadilhas - Revista Afirmativa
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Setembro Amarelo: Como
campanhas bem
intencionadas podem se
tornar armadilhas
29/09/2021 | Notícias | 0 Comments
Jeane Tavares, doutora em saúde pública e administradora da página Saúde
Mental da População Negra defende fim dos “meses coloridos”, por trazerem
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uma abordagem medicalizante, reducionista e perigosa
Por Patrícia Rosa, com contribuições de Andressa Franco
Imagem: A Tarde
A prevenção ao suicidio é o assunto do Setembro Amarelo, o debate é
levantado nas redes sociais e nas rodas de conversa. A campanha foi criada
em 2014 pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o
Conselho Federal de Medicina (CFM). Este ano o tema do evento anual é “o
agir salva vidas”.
A campanha é relacionada à um grave problema de saúde pública, de
acordo a Organização Mundial da Saúde (OMS) o suicídio está entre as vinte
principais causas de morte ao redor do mundo. O estudo traz que cerca de
800 mil pessoas são vitimadas anualmente. No Brasil, o número dos casos
de jovens e adolescentes negros que tiram suas próprias vidas é 45% maior
do que entre brancos, de acordo com os dados do Ministério de Saúde em
parceria com a Universidade de Brasília (UnB).
“Somos uma população com maiores níveis de desemprego, que vivem nos
territórios com pior infraestrutura. Os jovens negros são os que mais são
assassinados no Brasil, são também os que mais se suicidam no Brasil e isso
não aparece. Toda representação imagética dessa campanha, é baseada em
pessoas brancas e flores amarelas e coisas que não fazem sentido, isso
reforça a invisibilização do nosso sofrimento e o que é dado como
propósito?”
Essa é a fala de Jeane Tavares, ela é psicóloga, doutora em Saúde Pública e
professora da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia(UFRB). A
profissional de saúde levanta o debate sobre o perigo dos meses coloridos, e
nem sempre agrada aos apoiadores da campanha: “o setembro amarelo tem
que acabar, aumenta a ansiedade, expõe quem tem ideação suicida…”,
afirma a psicóloga em uma das suas publicações.
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Jeane fala em entrevista do desagrado das pessoas, quando ela vai contra a
mobilização:
“Eu não estou em hipótese alguma defendendo a não comunicação sobre o
suicidio, o que eu estou falando é que essa abordagem é medicalizante,
reducionista perigosa e que a gente precisa abrir o olho, principalmente a
população negra” diz a psicóloga .
A Afirmativa entrevistou Jeane Tavares, psicóloga, doutora em Saúde
Pública
e professora da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia(UFRB)
Confira a entrevista com Jeane Tavares, sobre o “Setembro Amarelo”, suas
problemáticas e como a saúde mental da população negra é afetada diante
do racismo e da exclusão social.
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RA: A senhora já se posicionou nas redes
como sendo “totalmente contrária a esses
meses coloridos que só servem para
vender equipamentos e atendimentos,
colocando o Setembro Amarelo como
uma discussão que desperta gatilhos e é
perigosa/equivocada nas redes. Pode
comentar a sua posição sobre essas
campanhas?
Problemas como os que são trazidos nestes meses coloridos não se
resolvem por campanha, inclusive podem ser agravados quando toda
mobilização para sua resolução fica restrita a um mês. Quando todos os
profissionais de saúde e público acreditam que fazendo um determinado
evento, falando sobre determinado assunto, ou indo para determinado
profissional de saúde. Isso traz um prejuízo, porque passa a informação de
que, por exemplo, aquele determinado mês vai ter uma mobilização para
todo mundo fazer mamografia, e em um ano inteiro eu não converso com
minha ginecologista. Os homens aparecem para fazer um exame em
novembro, arrastados por suas mulheres, e nunca mais vão ao médico.
Então, essas campanhas são aparentemente boas e benéficas, porque o
discurso que é falado entra assim: não temos um sistema que funcione,
então vamos fazer um remendo aqui e você vai poder fazer nesse momento,
o que deveria ter sido feito o ano todo. A gente tem a covid-19, então tem
uma campanha e mobilização nacional, todo mundo falando sobre o
assunto. Era o que deveria ter sido feito, todo mundo vacinado, a vigilância
sanitária nos aeroportos, nas fronteiras, nas instituições de saúde, era isso
que deveria ter sido feito já no início da pandemia. Uma campanha é boa
para isso, a gente tem um “enfrentamento de guerra”. A gente tem um
incêndio que precisa ser apagado. A campanha em um mês não diz assim:
‘Olha, o suicídio é um processo coletivo, é isso que a ciência diz, também não
é uma escolha individual. O suicídio não é sobre morte é sobre a cessação
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de sofrimento, é quando uma pessoa olha pra sua vida e não tem mais
esperança’. As pessoas ficam muito sentidas comigo quando eu falo sobre
isso, elas tem um amor a essas campanhas, tipo “isso vai salvar as nossas
vidas”. Eu não estou aqui em hipótese alguma defendendo a não
comunicação, o que eu estou falando é que essa abordagem é
medicalizante, reducionista, perigosa e que a gente precisa abrir o olho,
principalmente a população negra, porque isso é manipulação de
sofrimento.
Então, essas campanhas são
aparentemente boas e benéficas, porque
o discurso que é falado entra assim: não
temos um sistema que funcione, então
vamos fazer um remendo aqui e você vai
poder fazer nesse momento, o que
deveria ter sido feito o ano todo.
RA: Gostaria que comentasse sobre a
problemática de ter como única utilidade
a venda de equipamentos e
atendimentos, como também sobre como
é trazer essa mobilização exclusivamente
nas redes sociais.
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É uma mobilização que já está acabando, são os quinze primeiros dias, que
tem esse boom de coisas e aí depois surge um certo: vamos parar de falar
disso, vamos falar agora de outras coisas. Porque a rede social é assim, você
fala uma semana de um assunto, e já é um “tá falando muito tempo, já tem
meses falando o assunto”. Então meio que já acabou também, quem teve
que falar já falou, já se promoveram com o assunto. Só que, [enquanto
profissionais e pessoas bem intencionadas] que oferecem seus serviços
agora vão falar sobre outros assuntos, quem já tinha ideação suicida, passou
a primeira parte do mês sendo bombardeado, recebendo informações,
muitas delas distorcidas, a partir da origem da proposta. Não é que as
pessoas sejam mal intencionadas não. Só que é uma exposição muito
grande, num curto período de tempo, de informações que podem inclusive
servir, como elementos de muita ansiedade e de deflagração de interação e
comportamento suicida nas pessoas, que já estavam vulnerabilizadas antes.
Eu coloco como fatores precipitantes a
violência policial, um homem negro ser
revistado e humilhado em público, às
vezes três vezes por dia, como isso não
vai vulnerabilizar uma pessoa?
RA: Quais fatores você observa que
tornam necessária a racialização do
debate sobre saúde mental?
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Muitas questões precisam ser adequadas. Primeiro a gente precisa de
estudos populacionais sobre a saúde mental da população negra, nós
precisamos de uma campanha nacional. A gente precisa que o Sistema
Nacional de Informações do SUS, ele seja devidamente racializado pra gente
saber exatamente o que está acontecendo conosco. Precisamos de
números, de números populacionais, porque ser negro no Rio Grande do Sul
não é igual a ser negro no Acre, na Bahia, no Mato Grosso. Então os
principais livros sobre suicídio falam de dois tipos de fatores. Existem
fatores precipitantes, ou seja, são as coisas que aconteceram quase que
imediatamente, antes do comportamento suicida e que normalmente estão
associados ao caso. Então quais são esses fatores precipitantes: o fim de um
relacionamento, o desemprego, perda de um emprego e por aí vai. O
racismo como um fator precipitante não aparece nos textos dos livros, o
racismo não aparece na discussão. Você não pode ter uma campanha que
desconsidera o racismo, por exemplo, como um fator central para suicídio
na população negra, indígena, e digo mais, em algumas pessoas brancas
também, porque quando a gente considera branquitude e esse lugar
hegemônico que o branco acredita que deve ocupar, quando ele não ocupa,
ele também acha estranho e isso também pode gerar essa desesperança, e
desenvolver um comportamento suicida. Eu coloco como fatores
precipitantes a violência policial, um homem negro ser revistado e
humilhado em público, às vezes três vezes por dia, como isso não vai
vulnerabilizar uma pessoa? Eu tenho citado a Carolina Maria de Jesus no
“Quarto de Despejo”. Ela fala várias vezes sobre o desejo de se suicidar e ela
só não se suicida por conta dos filhos. E tem um trecho, se não me engano é
neste livro, que ela diz assim: “eu pensei seriamente em matar os meus
filhos e me matar, nos matarmos todos, porque é muito sofrimento”. Isso
não é falado no debate sobre suicidio, mulheres negras matam seus filhos e
se suicidam depois, desde a escravização. Quem vai falar sobre suicidio de
mulheres negras são os viajantes, eles vêem a escravização e escrevem
sobre isso. Mas, o sofrimento dessas mulheres, esses suicídios onde elas
matam suas crianças aparecem nas páginas policiais dos jornais da época.
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Aparece dizendo que essa mulher era tão ruim, era tão má que cometeu o
ato de matar crianças e depois se matou, que tinham um espírito ruim.
Quando na verdade era um ato político, o que elas não queriam era ver os
seus filhos escravizados, ou ver passando pelo mesmo que elas passaram.
Não é por um transtorno mental, é
porque as condições de vida dessa
população vulnerabilizam essas pessoas
para ideação e comportamento suicida. E
isso não vai ser discutido nesse modelo
de identificação de sintomas,
medicalização e internação, isso é
manicômio.
Então, são muitas coisas, o estupro sistemático de mulheres negras e
indígenas não aparece no debate sobre suicídio, a violência doméstica não é
tratada nessa campanha como um fator importante. Uma outra coisa é o
abuso de álcool entre quilombolas, eles não são selvagens, na verdade é
porque eles têm os seus territórios invadidos, o agro entra cotidianamente
em suas terras para ameaçar, e eles não têm condições de sobrevivência,
não têm acesso a fontes de água. Não é por um transtorno mental, é porque
as condições de vida dessa população vulnerabilizam essas pessoas para
ideação e comportamento suicida. E isso não vai ser discutido nesse modelo
de identificação de sintomas, medicalização e internação, isso é manicômio.
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Não era discutido antes, não será discutido agora enquanto a gente
mantiver esse tipo de abordagem sobre o tema.
RA: Como você percebe as diferentes
formas de impacto que a pandemia teve
na saúde mental das pessoas a depender
do lugar que elas ocupam na sociedade?
Difere completamente. E a gente volta pra questão do desemprego e isso é
só uma dimensão. Empregadas, na sua grande maioria mulheres negras,
que não puderam parar na pandemia. Muitas delas presas dentro das casa
dos patrões e não puderam voltar para suas próprias casas porque os
patrões não queriam que elas trouxessem vírus para a família deles. Esses
patrões estavam em home office, fazendo delivery, pedindo comida. Mas, os
motoboys, que são na sua maioria homens negros, não foram priorizados
para vacinação. Categorias que tem prioritariamente pessoas negras, como
os motoristas e os profissionais da higiene, demoraram para serem
vacinados. Quem precisou continuar pegando ônibus lotado, metrô lotado,
ferry lotado foi a população negra. Essa não foi a parte privilegiada da
vacinação, porque a vacinação começa com pessoas com 98 anos, e nós não
envelhecemos nessa idade. Começou com quem? Com idosos, brancos, que
tinham condições de ir de carro.
A gente tinha e tem uma população negra que não tem acesso a água limpa,
isso está nos dados do IBGE. A gente tem uma população encarcerada que
não tem direito a tomar água potável, a não ser quer o médico diga que ele
precisa tomar água potável. Então a gente está falando de uma população
que já estava vulnerabilizada antes de tal maneira, que mesmo as
recomendações de prevenção são humilhantes. Aí quando a população
negra não adota essas recomendações, porque não tem como cumprir, e
fazem suas festas na periferia, a polícia entra mata e prende. Não estou
defendendo aglomeração, nunca. Mas, eu compreendo perfeitamente que
uma pessoa que está exposta ao vírus a semana inteira, porque tinha que
trabalhar, e no final de semana, um único momento de lazer, vai ao
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paredão, ou ao churrasco. Então essa população é criminalizada, se a gente
na saúde não pensa esses fatores sociais, a gente revitimiza pessoas que
são as vítimas. E as que deveriam se beneficiar da saúde pública, são
criminalizadas. Um dos princípios fundamentais do SUS é a equidade, que
prioriza as pessoas que estão em maior risco, então sequer o princípio do
SUS de priorizar as pessoas mais vulneráveis, foi atendido nesta pandemia.
Saúde mental é todos os dias. O foco é a
gente resolver esses problemas, que são
problemas sociais, a precarização da
vida. Falar em precarização da vida é
falar sobre o sistema capitalista, sobre o
racismo estrutural, sobre uma série de
questões que nós pesquisadores, autores
negros e negras já falamos há décadas
P5: Como a saúde mental pode ser tratada
de maneira responsável e assertiva e fora
das campanhas do Setembro Amarelo?
Saúde mental é todos os dias. O foco é a gente resolver esses problemas,
que são problemas sociais, a precarização da vida. Falar em precarização da
vida é falar sobre o sistema capitalista, sobre o racismo estrutural, sobre
uma série de questões que nós pesquisadores, autores negros e negras já
falamos há décadas. Não existe novidade nisso, e isso precisa ser resolvido.
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Isso resolvido, a gente precisa fortalecer a rede de atenção psicossocial, para
que a população possa ser atendida gratuitamente. Além de investir na
formação de profissionais de saúde que se racializem. Não há como a rede
de atenção psicosocial não produzir racismo se as pessoas que trabalham lá
continuam sendo majoritariamente profissionais de nível superior brancos,
que impõe a sua plenitude e o racismo aos profissionais de nível médio e na
sua maioria são negros, eu tô falando dos agentes comunitários de saúde.
Enquanto os jovens negros dentro de um
carro continuarem a ser abatidos com
111 tiros, não haverá saúde mental
possível para nós, pois estamos vendo
assassinatos de pessoas semelhantes a
nós. Enquanto nós não tivermos acesso à
alimentação garantida, enquanto houver
insegurança alimentar, não haverá
saúde mental para a população negra
‘Ah Jeane, mas você tá falando de coisas muito gerais’. É, porque essas coisas
são estruturantes, se a gente não resolver isso, vamos enxugar gelo. Eu
posso falar pra vocês aqui vários métodos de atendimento à população
negra, a gente já sabe mais ou menos o que fazer, a gente precisa garantir o
atendimento, e o atendimento não é a consulta. Saúde mental,
principalmente para a população negra, não é garantido a minha consulta,
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ou que tenha acesso a medicação apenas, isso é a base, mas não resolve.
Enquanto os jovens negros dentro de um carro continuarem a ser abatidos
com 111 tiros, não haverá saúde mental possível para nós, pois estamos
vendo assassinatos de pessoas semelhantes a nós. Enquanto nós não
tivermos acesso à alimentação garantida, enquanto houver insegurança
alimentar, não haverá saúde mental para a população negra.
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