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Da matéria e do simbólico. Embalagens perenes e identitárias para espaços interiores

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Embalagens perenes e identitárias para espaços interiores RESUMO O presente poster científico faz parte de uma investigação para o design, através do design, em desenvolvimento no Programa Doutoral em Design da Universidade de Aveiro, com o objectivo da criação de embalagens não descartáveis para artefactos. Na sua etimologia, a palavra embalagem refere-se ao que embala, protege, cuida. Estas designações, marcadamente antropomórficas, apontam para comportamentos e instintos desde sempre ligados ao Homem como meios para a sua própria preservação e realização. A história da evolução da embalagem mostra-nos não apenas a passagem do contentor para o objeto que informa/comunica/publicita, alvo de uma abordagem académica e profissional do Design, mas ainda, no decurso da massificação do consumo, uma utilização crescentemente efémera e descartável. Na procura de soluções que garantam os propósitos originais encontram-se várias preocupações, entre outras, o baixo custo com capacidade de reprodutibilidade e de preservação do conteúdo. A evolução tecnológica permitiu criar novos materiais e, consequentemente, novas formas de embalar e preservar que acarretaram um aumento do consumo e do desperdício de recursos materiais com grande impacto ambiental. Graças à velocidade de consumo e à exigência de rapidez de produção, a descartabilidade da embalagem tornou-se num paradigma, até meados do século XX, pouco questionado e implícito nas nossas vidas. Através da revisão da literatura, verificou-se a urgência de adopção de medidas mais sustentáveis no desenho/redesenho de embalagens com capacidade de aumentar o seu ciclo de vida. Partimos da premissa de que a embalagem pode na sua autonomia, enquanto sujeito, e na longevidade do seu ciclo de vida, ser uma visível solução para uma maior invisibilidade do desperdício. Ambiciona-se, assim, re-significar a embalagem como artefacto com características perenes, identidade autónoma e, simultaneamente, organizadoras de espaços interiores. INTRODUÇÃO Tomando a relação do Homem com o mundo mediada por artefactos, pela sua natureza material e relação sensorial, este ensaio propõe-se investigar embalagens que, usualmente tidas como descartáveis, possibilitem uma ligação mais forte às pessoas e uma utilização mais longa. De acordo com o recente estudo encomendado pelo Parlamento Europeu sob o tema A Longer Lifetime for Products: Benefits for Consumers and Companies, a aposta em atividades económicas relacionadas com a longevidade dos produtos, teria um grande e positivo impacto na economia europeia. A pertinência deste tema está também refletida no Packaging Waste and Sustainability Forum, realizado em junho na Bélgica. Consideramos, assim, da maior pertinência contribuir com este estudo para o aumento da sustentabilidade do planeta, criando valor simbólico no redesenho de embalagens. Como poderão as embalagens-artefactos que praticamente terminam a sua função no momento em que são adquiridos ou o seu conteúdo é consumido-oferecer uma relação mais longa com as pessoas, existência perene e mais sustentável? Podem as embalagens, na sua durabilidade, permitir a organização de espaços interiores? RELEVÂNCIA 1. Embalagem e a ubiquidade A partir da segunda metade do século XIX (Twede, 2016:16), a embalagem passou de contentor anónimo a granel para uma dimensão de utilização doméstica e apelativa ao consumidor. Na mesma época (DuPuis e Silva, 2011:10), a palavra inglesa packaging passou a ser empregue, originária de package (embalagem/ contentor), significando contentor com informação escrita sobre o seu conteúdo, devidamente selado com indicação de dimensões e peso do produto e qualidades garantidas pelo fabricante ou produtor. Este foi um período de "profunda mudança de paradigma" que permitiu a "democratização do consumo" (Tedlow apud Twede, 2016:117) e, consequentemente, a massificação da embalagem no uso quotidiano em todo o mundo. 02. Da descartabilidade à longevidade Nos anos 60 do século XX, devido a inovações nos materiais, o plástico tornou-se suficientemente económico para a sua utilização tornar-se como "infinita; a sua ubiquidade tornada visível" (Barthes, 1957: 97). Deste modo, assistiu-se à substituição de materiais mais antigos por plástico em garrafas, revestimentos e películas (Twede, 2016: 123) conduzindo a uma atitude de obsolescência em relação à embalagem. Sob a perspectiva da economia circular, e recorrendo ao Design, cremos ser possível assumir o desafio da concepção de embalagens tendo em vista, entre outras metas, a sua durabilidade. Uma maior cooperação dentro das cadeias de fornecimento torna exequíveis, simultaneamente, os objetivos da redução de custos, resíduos e danos ambientais (Comissão Europeia, 2014: 2). Vezzoli e Manzini (2008: 134-36) referem que o prolongamento do ciclo de vida das embalagens, produto de direito próprio, deve ser uma estratégia prioritária. 03. Entre a emoção e a organização do espaço O design emocionalmente durável, como define Chapman (2009: 35), poderá aumentar a relação de resiliência entre o consumidor e o produto, oferecendo uma abordagem mais holística. A questão da adaptabilidade, referida por Vezzoli e Manzini (2008: 143), desempenha um papel fulcral parecendo estar destinado ao Design encontrar soluções flexíveis, modulares e com uma dimensão dinâmica, performativa e estética, podendo ser estendida à relação com o espaço. Para Twede (2016: 127), a embalagem tem uma estreita relação com o consumidor: vive nas nossas casas, reflete a nossa personalidade e melhora o nosso estilo de vida (Twede, 2016:127). 04. Durabilidade e sustentabilidade Muitos investigadores defendem que a sustentabilidade da embalagem está a atravessar por um processo de redesign (Georgakoudis, Tipi & Bamford, 2018: 1). Para Magnier, Schoormans e Mugge (2016: 132), este esforço prende-se com a necessidade de reduzir a "pegada ecológica" através da adopção de materiais mais amigos do ambiente. De acordo com as diretrizes da Conferência Internacional Cumulus, em 2015, encontram-se, entre outras: eliminação de material em excesso ou desnecessário; diminuição do peso sem comprometer a durabilidade e desenho para uma reutilização intencional (Stebbing & Tischner, 2015: 315). METODOLOGIA As metodologias empregues nesta investigação são de carácter qualitativo, descritivo e exploratório. A revisão da literatura permitiu-nos a sistematização de diferentes épocas e atitudes perante a embalagem. A análise do estudo de caso múltiplo de vários projetos de embalagens está a permitir-nos desenhar linhas de ação para o desenvolvimento do projeto prático. A partir dos dados recolhidos nas duas primeiras fases da investigação, iniciamos a fase projectual em parceria com a Grestel, Produtos Cerâmicos SA, com o objetivo do reaproveitamento e ou a reutilização das embalagens com a ambição de se tornarem perenes e organizadoras de espaços interiores. CONSIDERAÇÓES FINAIS E REFERÊNCIAS A literatura sobre a evolução da embalagem mostra que a partir da segunda metade do século XIX, a embalagem passou a ser veículo de informação, atestando a qualidade do produto. Após muita da inovação tecnológica e de materiais, a embalagem começou a ser cada vez mais descartável e a causa de muito desperdício com forte impacto ambiental. A necessidade de encontrar medidas sustentáveis aponta, entre outras, para a longevidade da embalagem (reutilização, reciclagem, reaproveitamento) através de um consumo mais longo, colocando o design com um papel determinante no repensar/redesign deste tipo de produtos. Assim, o design pode projetar soluções que contemplem, como premissa, a valorização simbólica e material da embalagem a produzir, atribuindo-lhe um carácter perene e identitário com utilidade para além da vida útil do seu conteúdo.
Da matéria e do simbólico
Embalagens perenes e identitárias para espaços interiores
RESUMO
O presente poster científico faz parte de uma
investigação para o design, através do design, em
desenvolvimento no Programa Doutoral em
Design da Universidade de Aveiro, com o
objectivo da criação de embalagens não
descartáveis para artefactos.
Na sua etimologia, a palavra embalagem refere-se
ao que embala, protege, cuida. Estas
designações, marcadamente antropomórficas,
apontam para comportamentos e instintos desde
sempre ligados ao Homem como meios para a
sua própria preservação e realização. A história
da evolução da embalagem mostra-nos não
apenas a passagem do contentor para o objeto
que informa/comunica/publicita, alvo de uma
abordagem académica e profissional do Design,
mas ainda, no decurso da massificação do
consumo, uma utilização crescentemente efémera
e descartável.
Na procura de soluções que garantam os
propósitos originais encontram-se várias
preocupações, entre outras, o baixo custo com
capacidade de reprodutibilidade e de preservação
do conteúdo.
A evolução tecnológica permitiu criar novos
materiais e, consequentemente, novas formas de
embalar e preservar que acarretaram um aumento
do consumo e do desperdício de recursos
materiais com grande impacto ambiental. Graças
à velocidade de consumo e à exigência de rapidez
de produção, a descartabilidade da embalagem
tornou-se num paradigma, até meados do século
XX, pouco questionado e implícito nas nossas
vidas.
Através da revisão da literatura, verificou-se a
urgência de adopção de medidas mais
sustentáveis no desenho/redesenho de
embalagens com capacidade de aumentar o seu
ciclo de vida.
Partimos da premissa de que a embalagem pode
na sua autonomia, enquanto sujeito, e na
longevidade do seu ciclo de vida, ser uma visível
solução para uma maior invisibilidade do
desperdício.
Ambiciona-se, assim, re-significar a embalagem
como artefacto com características perenes,
identidade autónoma e, simultaneamente,
organizadoras de espaços interiores.
Crédito das imagens (cabeçalho) | imagem da esquerda: Pascal Genest; imagem da direita: fler.cz
Raquel Gomes, Cláudia Albino | Departamento de Comunicação e Arte, ID+, Universidade de Aveiro
INTRODUÇÃO
Tomando a relação do Homem com o mundo
mediada por artefactos, pela sua natureza material e
relação sensorial, este ensaio propõe-se investigar
embalagens que, usualmente tidas como
descartáveis, possibilitem uma ligação mais forte às
pessoas e uma utilização mais longa.
De acordo com o recente estudo encomendado pelo
Parlamento Europeu sob o tema A Longer Lifetime for
Products: Benefits for Consumers and Companies, a
aposta em atividades económicas relacionadas com a
longevidade dos produtos, teria um grande e positivo
impacto na economia europeia. A pertinência deste
tema está também refletida no Packaging Waste and
Sustainability Forum, realizado em junho na Bélgica.
Consideramos, assim, da maior pertinência contribuir
com este estudo para o aumento da sustentabilidade
do planeta, criando valor simbólico no redesenho de
embalagens.
Como poderão as
embalagens – artefactos que
praticamente terminam a sua
função no momento em que
são adquiridos ou o seu
conteúdo é consumido –
oferecer uma relação mais
longa com as pessoas,
existência perene e mais
sustentável? Podem as
embalagens, na sua
durabilidade, permitir a
organização de espaços
interiores?
RELEVÂNCIA
1.Embalagem e a ubiquidade
A partir da segunda metade do século XIX (Twede,
2016:16), a embalagem passou de contentor anónimo
a granel para uma dimensão de utilização doméstica
e apelativa ao consumidor. Na mesma época (DuPuis
e Silva, 2011:10), a palavra inglesa packaging passou
a ser empregue, originária de package (embalagem/
contentor), significando contentor com informação
escrita sobre o seu conteúdo, devidamente selado
com indicação de dimensões e peso do produto e
qualidades garantidas pelo fabricante ou produtor.
Este foi um período de “profunda mudança de
paradigma” que permitiu a “democratização do
consumo” (Ted lo w apud Twede, 2016:117) e,
consequentemente, a massificação da embalagem no
uso quotidiano em todo o mundo.
02. Da descartabilidade à longevidade
Nos anos 60 do século XX, devido a inovações nos materiais, o plástico tornou-se
suficientemente económico para a sua utilização tornar-se como “infinita; a sua ubiquidade
tornada visível” (Barthes, 1957: 97). Deste modo, assistiu-se à substituição de materiais mais
antigos por plástico em garrafas, revestimentos e películas (Twede, 2016: 123) conduzindo a uma
atitude de obsolescência em relação à embalagem.
Sob a perspectiva da economia circular, e recorrendo ao Design, cremos ser possível assumir o
desafio da concepção de embalagens tendo em vista, entre outras metas, a sua durabilidade.
Uma maior cooperação dentro das cadeias de fornecimento torna exequíveis, simultaneamente,
os objetivos da redução de custos, resíduos e danos ambientais (Comissão Europeia, 2014: 2).
Vezzoli e Manzini (2008: 134-36) referem que o prolongamento do ciclo de vida das embalagens,
produto de direito próprio, deve ser uma estratégia prioritária.
03. Entre a emoção e a organização do espaço
O design emocionalmente durável, como define Chapman (2009: 35), poderá aumentar a relação
de resiliência entre o consumidor e o produto, oferecendo uma abordagem mais holística. A
questão da adaptabilidade, referida por Vezzoli e Manzini (2008: 143), desempenha um papel
fulcral parecendo estar destinado ao Design encontrar soluções flexíveis, modulares e com uma
dimensão dinâmica, performativa e estética, podendo ser estendida à relação com o espaço. Para
Twede (2016: 127), a embalagem tem uma estreita relação com o consumidor: vive nas nossas
casas, reflete a nossa personalidade e melhora o nosso estilo de vida (Twede, 2016:127).
04. Durabilidade e sustentabilidade
Muitos investigadores defendem que a sustentabilidade da embalagem está a atravessar por um
processo de redesign (Georgakoudis, Tipi & Bamford, 2018: 1). Para Magnier, Schoormans e
Mugge (2016: 132), este esforço prende-se com a necessidade de reduzir a “pegada ecológica”
através da adopção de materiais mais amigos do ambiente. De acordo com as diretrizes da
Conferência Internacional Cumulus, em 2015, encontram-se, entre outras: eliminação de material
em excesso ou desnecessário; diminuição do peso sem comprometer a durabilidade e desenho
para uma reutilização intencional (Stebbing & Tischner, 2015: 315).
METODOLOGIA
As metodologias empregues nesta investigação são de carácter qualitativo, descritivo e
exploratório. A revisão da literatura permitiu-nos a sistematização de diferentes épocas e atitudes
perante a embalagem. A análise do estudo de caso múltiplo de vários projetos de embalagens
está a permitir-nos desenhar linhas de ação para o desenvolvimento do projeto prático. A partir
dos dados recolhidos nas duas primeiras fases da investigação, iniciamos a fase projectual em
parceria com a Grestel, Produtos Cerâmicos SA, com o objetivo do reaproveitamento e ou a
reutilização das embalagens com a ambição de se tornarem perenes e organizadoras de espaços
interiores.
CONSIDERAÇÓES FINAIS E REFERÊNCIAS
A literatura sobre a evolução da embalagem mostra que a partir da segunda metade do século
XIX, a embalagem passou a ser veículo de informação, atestando a qualidade do produto. Após
muita da inovação tecnológica e de materiais, a embalagem começou a ser cada vez mais
descartável e a causa de muito desperdício com forte impacto ambiental. A necessidade de
encontrar medidas sustentáveis aponta, entre outras, para a longevidade da embalagem
(reutilização, reciclagem, reaproveitamento) através de um consumo mais longo, colocando o
design com um papel determinante no repensar/redesign deste tipo de produtos. Assim, o design
pode projetar soluções que contemplem, como premissa, a valorização simbólica e material da
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Georgakoudis, E. D., Tipi, N. S. and Bamford, C. G. (2018). Packaging redesignbenefits for the environment and the community, International Journal of Sustainable Engineering, DOI:
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Vezzoli, C. A. & Manzini, E. (2008). Design for Environmental Sustainability, Design and Innovation for Sustainability. Berlin: Springer.
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Article
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This paper aims to underline the importance of the packaging redesign process and the potential benefits that can be derived from this for both the environment and the community. The research demonstrates that the redesign of paper corrugated packaging has cost savings for most links of the supply chain such as the industrial customers, retailers, wholesalers and final consumers. In addition, an applied case study will be used that aims to provide evidence that the redesign process could further offer weight and transportation benefits, provide better environmental performance and finally offer better protection for the packaged products. The alternative packaging suggestions made in the research refer to the secondary paper corrugated packaging since the objective is to show the value of the redesign process. The research provides the tools for a packaging designer, on how to estimate, analyse, redesign and compare different approaches, finding the way to a more sustainable packaging supply chain.
Article
Design for Environmental Sustainability is a technical and operative contribution to the United Nations "Decade on Education for Sustainable Development" (2005-2014), aiding the development of a new generation of designers, responsible and able in the task of designing environmentally sustainable products. Design for Environmental Sustainability provides a comprehensive framework and a practical tool to support the design process. The book offers an organic vision of methodologies, tools and strategies for the integration of environmental requirements into product development. Possible strategies and design guidelines are highlighted, accompanied by a large selection of high-quality environmentally-aware product design case studies. Divided into four parts, the first part covers environmental sustainability and presents the general guidelines that can be followed to reach it. The second part examines the Life Cycle Design approach and the strategies to minimise consumption of resources, select low environmental impact resources, optimise product life span, extend the life of materials, and design for disassembly. The third part presents methods and tools to evaluate the environmental impact of products (e.g., Life Cycle Assessment) and other support tools for the integration of environmental requirements into real design processes. The fourth and final part describes the historical evolution of sustainability, both in design practice and research. Design for Environmental Sustainability is an important text for all students, designers and design engineers interested in product development processes.
Article
The unsustainable consumption and waste of natural resources is a legacy of modern times, born largely from the inappropriate marriage of excessive material durability with fleeting product lifespans. Waste management facilities throughout the European Union (EU) are overloaded with fully functioning domestic electronic products (DEPs). In many cases, waste of this nature can be seen as nothing more than a symptom of a failed relationship between the user and the product. This is because consumer desire is unstable; it continually evolves and adapts, whilst the DEPs deployed to both mediate and satisfy those desires remain relatively frozen in time. It is this incapacity for evolution and growth that renders most products incapable of both establishing and sustaining relationships with users. The waste this inconsistency generates is substantial, coming at increasing cost to manufacturers facing the policy-driven demands of the EU Waste Electrical and Electronic Equipment (WEEE) Directive and, perhaps more importantly, the natural world. We must therefore begin to consider the emergent paradigm of emotionally durable design to propose new and alternative genres of DEPs that reduce the consumption and waste of resources by increasing the resilience of relationships established between consumers and their products; presenting a more expansive, holistic approach to design for durability, and more broadly, the lived experience of sustainability.
A Economia Circular: Interligação, criação e conservação de valor. Bruxelas: União Europeia
  • Comissão Europeia
Comissão Europeia (2014). A Economia Circular: Interligação, criação e conservação de valor. Bruxelas: União Europeia.
Package design workbook: the art and science of successful packaging
  • S Dupuis
  • J Silva
DuPuis, S. and Silva, J. (2011). Package design workbook: the art and science of successful packaging. Gloucester: Rockport Publishers.
The Routledge Companion to Marketing History. London and New York: Routledge
  • D Twede
Twede, D. (2016). History of Packaging. In D. G. Brian Jones & Mark Tadajewski (Eds.). The Routledge Companion to Marketing History. London and New York: Routledge. pp. 115-27.