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Volume 4, Número Especial
2018
http://www.periodicos.ufrn.br/revistadoregne
1Dayane Raquel da Cruz Guedes, Departamento de Geografia/Laboratório de Biogeografia, Universidade Federal do Rio Grande
do Norte, Caicó-RN, Brasil
2Diógenes Félix da Silva Costa, Departamento de Geografia/Laboratório de Biogeografia, Universidade Federal do Rio Grande do
Norte, Caicó-RN, Brasil
3Luiz Antonio Cestaro, Departamento de Geografia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal-RN, Brasil
Identificação preliminar dos serviços ecossistêmicos de provisão
prestados pelo manguezal no rio Tubarão e no rio Ceará-Mirim (RN-
Brasil)
Preliminary identification of the ecosystem services provided by the mangrove in the
Tubarão river and the Ceará-Mirim river (RN-Brasil)
GUEDES1, D. R. C.; COSTA2, D. F. S.; CESTARO, L. A3.
dayane.geo10@gmail.com;
Resumo
O manguezal proporciona uma série de Serviços
Ecossistêmicos (SE) necessários para a manutenção das
comunidades humanas que habitam o seu entorno. Esta
pesquisa foi realizada em duas áreas de estudo, com
enfoque no ecossistema de manguezal em estuários que
apresentam condições físicas diferentes, com o objetivo
identificar os possíveis serviços ecossistêmicos de
provisão prestados pelo ambiente de manguezal no Rio
Tubarão, localizado no litoral setentrional do Rio Grande
Norte e no manguezal do rio Ceará-Mirim, situado no
litoral oriental potiguar. Para a identificação dos SE, foi
utilizada a classificação CICES (Common International
Standard for Ecosystem Services). Verificou-se que o
manguezal desempenha um papel importante para as
comunidades locais, que se beneficiam de forma direta e
indireta dos bens e serviços prestados.
Palavras-chave: Manguezal; Serviços Ecossistêmicos;
CICES
Abstract
The mangrove provides a series of Ecosystem Services
(SE) necessary for the maintenance of the human
communities that inhabit its surroundings. This research
was carried out in two study areas, focusing on the
mangrove ecosystem in estuaries that present different
physical conditions, with the objective of identifying the
possible ecosystem services provided by the mangrove
environment on the Tubarão River, located on the
northern coast of Rio Grande North and in the mangrove
of the river Ceará-Mirim, located in the eastern seaboard
of the Potiguar. For the identification of the SE, the
CICES (Common International Standard for Ecosystem
Services) classification was used. It has been found that
mangroves play an important role for local communities,
which benefit directly and indirectly from the goods and
services provided.
Keywords Mangrove; Ecosystem Service; CICES
__________________________________________________________________________________
1. INTRODUÇÃO
O manguezal é um ecossistema de transição entre o ambiente marinho e terrestre,
localizado principalmente nos estuários e estando sujeitos ao regime de marés, sendo considerado
um dos ecossistemas mais dinâmicos do planeta. Apresentando uma importância que vai além do
aspecto ecológico, muitas comunidades humanas que vivem no litoral tiram seu sustento dos
manguezais através da pesca artesanal (DAWES et al., 1999; ALONGI, 2002; VANNUCCI, 2002;
POLIDORO et al., 2010).
Os atributos físicos do meio influenciam no ecossistema de manguezal, dessa forma as
características climáticas têm papel importante para determinar o grau e o nível de desenvolvimento
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das áreas de manguezal. Em regiões áridas, esse ecossistema exibe estrutura de pequeno porte,
entretanto, em clima subúmido apresentam bosques mais desenvolvidos (LUGO, 1980). Duke et al.
(2007) e Bunt (1999) acrescentam que a salinidade é um parâmetro de grande importância ecológica
e está diretamente relacionado com a distribuição das espécies de mangue, especialmente em
ambientes áridos, onde pode haver a acumulação de sais nos solos.
Dessa forma, o nível de desenvolvimento do manguezal e a salinidade estão vinculados
com os diferentes tipos de estuários, sendo mais marcante entre os classificados como
negativos/invertidos e positivos. No ambiente de estuário negativos, Miranda et al. (2002)
descrevem que são tipicamente encontrados em regiões áridas que apresentam precipitação anual
baixa, tendo pouca vazão de água doce nesses sistemas, podendo ser considerados hipersalinos,
onde as concentrações de sal excedem algumas vezes 50 gL-1. Em estuários positivos, estes valores
extremos variam de 0 a 30 gL-1 com relação a distância e proximidade com o oceano. (DEBENAY
et al., 1989; SAVENIJE; PAGÈS, 1992; SIMIER et al., 2004).
Nesta perspectiva, no Rio Grande do Norte ocorrem áreas de abrangência dos dois tipos de
estuários. No litoral setentrional os ambientes estuarinos demonstram características hipersalinas e
no litoral oriental apresentam características de estuário positivo (SILVA et., al., 2005; DIAS et al.,
2007; COSTA et al, 2014).
A pesquisa é baseada em duas áreas de manguezais que estão localizados em estuários que
apresentam condições físicas diferentes. Um dos ambientes estuarinos estudado, possui aporte de
água doce proveniente do lençol freático das dunas adjacentes e das chuvas, que é o caso do Rio
Tubarão (litoral setentrional/semiárido), na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Estadual
Ponta do Tubarão (DIAS, 2006), caracterizado por ser um ambiente hipersalino. Já no litoral
oriental, por apresentar clima subúmido e aporte de água doce permanente, o estuário é
caracterizado como positivo, onde nessa área do Rio Ceará-Mirim tem pluviosidade média anual
acima de 1.400mm (SOARES, 2010).
Os estuários são capazes de sustentar uma intensa atividade biológica, onde podem se fixar
várias espécies de animais e vegetais. Isto afirma a importância deste ambiente na economia de
muitas comunidades costeiras. (FALCÃO, 2005). Ainda segundo Falcão (2005), a diversidade de
espécies que são exploradas pelas comunidades tradicionais, serve de base para subsistência, vindo
a beneficiar diretamente as comunidades de pescadores. O manguezal proporciona uma série de
serviços ecossistêmicos necessários para a manutenção das comunidades humanas que habitam o
entorno desses ambientes. Considerado como um dos mais produtivos do planeta, este ecossistema
propicia alguns serviços como o fornecimento de recursos vegetais e animais para populações
humanas (COSTA et al, 2014, POLIDORO et al, 2010).
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A partir dos aspectos físicos que diferem as duas áreas de estudo, esta pesquisa, objetivou-
se identificar os possíveis serviços ecossistêmicos de provisão prestados pelo ambiente de
manguezal no Rio Tubarão e no Rio Ceará-Mirim, classificando-os de acordo com tabela CICES
(HAINES-YOUNG E POTSCHIN, 2013).
2. METODOLOGIA
2.1 – Área de estudo
Para a pesquisa foram selecionadas duas áreas de manguezal localizadas um no litoral
setentrional e no litoral oriental no Estado do Rio Grande do Norte. A primeira área é o manguezal
do Rio Tubarão, que se localiza no litoral setentrional e situa-se entre os municípios de Macau e
Guamaré – RN. A segunda área de estudo é o manguezal do Rio Ceará-Mirim, que está localizado
no litoral oriental potiguar, próximo ao distrito de Estivas até a sua desembocadura, na comunidade
Barra do Rio, no município de Extremoz (FIGURA 01).
Figura 01 – Mapa de localização do rio Tubarão e do Rio Ceará-Mirim. Fonte – Dados do IBGE.
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2.2 – Procedimentos metodológicos
Para alcançar o objetivo proposto, foi utilizado como conceito chave o aporte teórico
elaborado pelo sistema de classificação CICES (Common International Standard for Ecosystem
Services) (HAINES-YOUNG E POTSCHIN, 2013). O estudo foi realizado através de
levantamentos de dados de campo e cruzamento de informações científicas já publicadas sobre as
áreas de estudos.
No artigo foi trabalhado os serviços de provisão que incluem os produtos e materiais
obtidos a partir do ecossistema. Isso se deve ao fato de ser o serviço que apresenta importância no
contexto social e econômico das comunidades locais. Como a tabela da CICES foi desenvolvida
para identificar os serviços de todos os ecossistemas, dessa forma as tabelas são adaptadas aos
serviços que são fornecidos pelo ecossistema manguezal.
A tabela CICES é organizada de forma hierarquizada onde trabalha em diferentes escalas,
partindo do mais geral para o mais específico (FIGURA 02). A seção, é o nível mais alto e o mais
genérico desta estrutura, compreendem três grupos distintos: serviços de provisão, serviços de
regulação e manutenção, e serviços culturais. Desta forma, o CICES segue uma estrutura
hierárquica como forma de permitir aos usuários selecionar o nível mais adequado para a aplicação
da pesquisa (SOUZA et al., 2016).
Figura 02 – Estrutura hierárquica da classificação CICES. Fonte – Adaptado de Rabelo (2014).
Foi realizada a elaboração da listagem dos possíveis serviços ecossistêmicos de provisão
associados ao manguezal, consultando literatura produzidos para a área de estudo e realizando
observações locais. Análise do material bibliográfico, partiu de pesquisas científicas específica da
área de estudo, como Dias et al. (2007); Mattos et al. (2012); Rocha Júnior (2011); Queiroz et al.
(2014); Lima (2005); Costa (2005) e a visitas de campo ocorreu no período de 28-29 de abril de
2016 e 23 de fevereiro de 2017.
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Vale ressaltar, que os resultados fazem parte da primeira etapa da pesquisa de dissertação,
e que contribui para aprofundar o conhecimento acerca das áreas de estudos sobre os produtos
fornecido pelo sistema biótico e abiótico pelo ecossistema à população.
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
A partir da revisão bibliográfica foram levantados os serviços ecossistêmicos dos
manguezais presentes nas áreas de estudos. Os quadros a seguir apresentam os resultados iniciais
desta etapa da pesquisa, divididas nas categorias de serviços ecossistêmicos. Vale salientar que os
quadros foram modificados, pois nem todos os serviços, proposto pela CICES se aplicam nas áreas
de estudo, nessa primeira etapa de pesquisa.
Os serviços de provisão do rio Tubarão estão elencados no quadro 01, abrangem duas
categorias de divisão (a nutrição e materiais), distribuídos em três classes (plantas selvagens, algas;
animais selvagens e fibras/materiais de plantas e animais para uso direto ou transformação).
Quadro 01 – Potencias serviços ecossistêmicos de provisão do manguezal da RDSEPT. Fonte – Quadro
adaptado de Haines-Young e Potschin, 2013.
SESSÃO
DIVISÃO
GRUPO
CLASSE
TIPOS DE
CLASSE
PROVISÃO
NUTRIÇÃO
Biomassa
Plantas selvagens, algas
Folha para o gado
Os animais selvagens
Caranguejo-uça,
camarão, siris,
ostras, cavalo-
marinho, peixe
agulha, moluscos
MATERIAIS
Biomassa
Fibras/materiais de
plantas e animais para
uso direto ou
transformação
Madeira
Na classe de plantas selvagens e algas, Dias et al. (2007) afirmam que as folha das espécies
de mangue são utilizadas pelos moradores das comunidades como alimento para o gado caprino e
equino. Algumas espécies vegetais possuem glândulas secretoras de sal como forma de adaptação
para eliminar o excesso de sal que fica presentes em suas folhas (TOMLINSON, 1986; YE et al.,
2005). O sal vai desempenhar um papel importante na vida dos animais, sendo que o sal encontrado
nas folhas de mangue se torna suficiente para as necessidades fisiológicas do animal.
Para as comunidades que vivem próximas aos manguezais, os moluscos representam um
dos grupos de maior relevância econômica. Nessas áreas, a coleta desses animais pode se constituir
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na principal fonte de renda das famílias envolvidas ou como complemento de outras atividades
extrativistas. A pesca é a atividade mais importante na Reserva que incluem pescadores, catadores
de caranguejo e marisqueiras (DIAS et al., 2007) (FIGURA 03).
Figura 03 – Marisqueiras catando os moluscos na RDSEPT. Fonte – Guedes, 2016.
Já com relação a fibras/materiais de plantas e animais para uso direto ou transformação
utilizadas na RDSETP, a madeira, principalmente de Rhizophora mangle L. (mangue vermelho) é
utilizada na construção de casas de taipa, ranchos de pescadores, embarcações, como também lenha
para fogões, cercas e embarcações. Mattos et al. (2012) afirmam que as marisqueiras utilizam a
madeira da R. mangle para ferver os mariscos, por ser uma forma economicamente viável. Dentre
as espécies de mangue, o gênero Rhizophora fornece o melhor carvão de lenha com alto poder
calorífico, queima lenta e sem fumaça, afirmando os motivos pelos quais é utilizado pelas
marisqueiras (BANDARANAYKE, 1998).
Por sua vez, os serviços de provisão fornecidos pelo manguezal do rio Ceará-Mirim se
distribuem de forma diferenciada em comparação à RDSEPT, pois muito produtos que o
ecossistema pode fornecer, não são aproveitados pela população local de forma sustentável.
Os serviços englobam três categorias de divisão (a nutrição, materiais e energia)
distribuídos em quatro classes: animais selvagens; fibras/materiais de plantas e animais para uso
direto ou transformação; materiais genéticos da biota e recurso a base de plantas (Quadro 02).
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Quadro 02 – Potencias serviços ecossistêmicos de provisão no manguezal do rio Ceará-Mirim. Fonte –
Quadro adaptado de Haines-Young e Potschin, 2013
SEÇÃO
DIVISÃO
GRUPO
CLASSE
TIPO DE
CLASSE
PROVISÃO
NUTRIÇÃO
Biomassa
Os animais
selvagens
Pesca comercial
/subsistência
MATERIAIS
Biomassa
Fibras/materiais
de plantas e
animais para
uso direto ou
transformação
Madeira
Materiais
Genéticos da biota
Propágulo para
recuperação de área
de manguezal
ENERGIA
Fontes de
energia à
base de
biomassa
Recursos à
base de plantas
Carvão
Com relação a presença de animais selvagens, Lima (2005) afirma que a área apresenta a
extração de caranguejo, mariscos e pescados ambientes. São para consumo pelas populações que se
encontram na área de influência direta do mangue, assim como para comercialização.
Na subdivisão de materiais, referente ao grupo da biomassa, a produção de fibras e outros
materiais de plantas, algas e animais para uso direto ou transformação, é caracterizado no
manguezal do rio Ceará-Mirim, como a utilização da madeira do mangue, principalmente a espécie
da Lagucularia racemosa L.C.F. Gaertn para a produção de varas, que são utilizadas pelos balseiros
para remar na travessia do rio (FIGURA 04). E também são utilizadas para as construções de casas
de taipa e cercas (COSTA, 2005).
Figura 04 – Balseiros com as lanças retirado da vegetação de mangue. Fonte – Sales, 2014
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Com relação aos materiais genéticos, pode-se enfatizar a utilização dos propágulos
produzidos tanto pela R. mangue quanto pelas espécies de Avicennia spp., para ações de
recuperação das áreas degradadas no ecossistema. No grupo das fontes de energia a base de
biomassa, na classe recursos à base de plantas, destaca-se o uso da madeira para a produção do
carvão vegetal que são utilizados como fonte de energia, pelas comunidades locais (COSTA, 2005;
LIMA, 2005).
Observa-se que ambas as áreas apresentam SEs semelhantes, no entanto o uso desse
ecossistema é o que diferencia, pois, o manguezal do Rio Tubarão está numa área de Unidade de
Conservação. Dessa forma, as comunidades locais são consideradas importantes áreas de produção
pesqueira do município de Macau, onde cerca de 30% dos moradores da reserva são pescadores e
marisqueiras (IDEMA, 2008). Já no Rio Ceará-Mirim, as pressões antrópicas como as empresas de
carcinicultura vem a prejudicar os serviços que o ecossistema vem a oferecer, já que ocupam áreas
de manguezais para a instalação dos tanques. Além que, a comunidade local, tem sua economia
voltada pela atividade de exploração turística, tendo a pesca com pouca representatividade, mas que
fornece sustento para pescadores locais.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir da bibliografia é possível observar que o ecossistema de manguezal desempenhada
um papel importante para as comunidades locais que se beneficiam de forma direta e indireta dos
bens e serviços prestados pelo manguezal, retirando localmente o sustento de suas respectivas
famílias (serviços de provisão), beneficiando-se dos processos naturais que regulam as condições
ambientais e atribuindo valor cultural ao ecossistema, conforme evidenciado nos trabalhos
científicos consultados.
Vale destacar que os autores utilizados como referência durante a pesquisa não discutem
estes benefícios como serviços ecossistêmicos, apenas analisam a existência e importância destes
recursos no contexto ambiental e socioeconômico da área de estudo. No entanto, essas pesquisas
deram suporte para a identificação e organização dos serviços prestados pelo ecossistema
manguezal, em ambas as áreas.
É incontestável a relevância desempenhada pelos manguezais, na qual exercem os mais
variados tipos de serviços de provisão, regulação/manutenção e cultural, os quais são fundamentais
para a saúde e o bem-estar humano, condicionando a sobrevivência das comunidades locadas em
sua circunvizinhança, principalmente. É nesse sentido, que se evidencia a necessidade da promoção
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do uso racional e sustentável desse ambiente, visando a conservação do mesmo para o usufruto dos
serviços ecossistêmicos prestados pelo ecossistema por parte das comunidades locais atuais e
grupos sociais futuros. Portanto, deve-se reconhecer tais serviços e conscientizar a sociedade sobre
sua importância nos âmbitos ambiental e social, a conscientização buscar alternativas de mitigação
e/ou compensação dos impactos negativos decorrentes dos mais variados tipos de uso e ocupação
desses espaços.
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5. AGRADECIMENTOS
A equipe agradece a CAPES pela concessão da bolsa de mestrado/PPGE-UFRN, assim
como ao CNPq (MCTI/CNPQ/Universal Proc.447227/2014-9) e ao TRÓPIKOS - Grupo de
Pesquisa em Geoecologia e Biogeografia de Ambientes Tropicais (UFRN), pelo auxílio financeiro e
apoio nos trabalhos de campo e de gabinete.
Recebido em: 15/08/2018
Aceite para publicação em: 05/11/2018