The understanding of development as a process of accumulation and subsequent investment associated with technological progress and structural transformation towards higher productivity activities has historically and theoretically assigned a central role to the manufacturing sector in economic literature, at least since the seminal contributions of Hamilton (1791) and List (1841). In context, this paper aims to measure and analyze the industry´s contributions to development in high-income (HICs) and middle-income countries (MICs) from 2000 to 2019. Its main purpose is to re-evaluate the inverted U-shaped curve analysis estimated in Rowthorn's seminal works (Rowthorn, 1995; Rowthorn & Ramaswamy, 1999; Rowthorn & Ramaswamy, 1997). The innovative contribution of this paper is to verify the validity of this relationship to MIC and HIC by looking not at the share of industry in GDP, but at the contribution of manufacturing to development-measured by structural decomposition of productivity. In sum, the results show that average productivity growth in MICs was more than 3.4 times higher than in HICs. Furthermore, this growth was distributed fairly evenly between the various components of the structural decomposition. Thus, it can be seen that for MICs, the intra-sectoral, static structural change and dynamic structural change components performed very similarly over the period. Moreover, in these countries, a large share of productivity growth is explained by the sophistication of sectors and activities that are not necessarily at the international technological frontier, including in fast catching-up countries as China. On the contrary, among HICs there is a very high concentration of productivity growth in high-tech sectors. Thus, despite deindustrialization movements in recent decades, as suggested by Andreoni & Tregenna (2019), and Andreoni & Chang (2017), high-tech sectors are still the main vectors of industrial contribution to development in these countries. Além da curva de U invertido: desindustrialização e a contribuição da indústria ao desenvolvimento nos países de alta e média renda Resumo: A compreensão do desenvolvimento como um processo de acumulação e subsequente investimento associado ao progresso tecnológico e à transformação estrutural para atividades de maior produtividade tem atribuído, histórica e teoricamente, um papel central ao setor manufatureiro na literatura econômica, pelo menos desde as contribuições seminais de Hamilton (1791) e List (1841). Neste contexto, este artigo tem como objetivo medir e analisar a contribuição da indústria para o desenvolvimento dos países de alta renda (PAR) e dos países de renda média (PRM) entre 2000 e 2019. O seu principal objetivo é reavaliar a análise da curva em U invertido estimada nos trabalhos seminais de Rowthorn (Rowthorn, 1995; Rowthorn & Ramaswamy, 1999; Rowthorn & Ramaswamy, 1997). A contribuição inovadora do presente artigo consiste em verificar a validade desta relação para os PAR e para os PRM, analisando não a participação da indústria no PIB, mas a contribuição da indústria de transformação para o desenvolvimento-medida pela decomposição estrutural da produtividade. Em resumo, os resultados mostram que o crescimento médio da produtividade nos PRM foi mais de 3,4 vezes maior do que nos PAR. Além disso, esse crescimento foi distribuído de forma bastante homogênea entre os vários componentes da decomposição estrutural. Assim, pode-se observar que, para os PRMs, os componentes intra-setoriais, de mudança estrutural estática e de mudança estrutural dinâmica tiveram um desempenho muito semelhante durante o período. Além disso, nesses países, uma grande parte do crescimento da produtividade é explicada pela sofisticação de setores e atividades que não estão necessariamente na fronteira tecnológica internacional, inclusive em países em catching-up como a China. Ao contrário, entre os PAR, há uma concentração muito alta de crescimento da produtividade em setores de alta tecnologia. Assim, apesar dos movimentos de desindustrialização nas últimas décadas, conforme sugerido por Andreoni e Tregenna (2019) e Andreoni e Chang (2017), os setores de alta tecnologia ainda são os principais vetores da contribuição industrial para o desenvolvimento nesses países. Palavras-chave: Indústria e desenvolvimento; Mudança estrutural: Desindustrialização; Países de alta renda; Países de renda média.