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INVESTIGAÇÃO E ENSINO
EM DESIGN E MÚSICA
RESEARCH AND THE TEACHING
IN DESIGN AND MUSIC
INVESTIGACIÓN Y ENSEÑANZA
EN DISEÑO Y MÚSICA
VOLUME II
APOIOS: ORGA NIZAÇÃO:
FICHA TÉCNICA
INVESTIGAÇÃO E ENSINO EM DESIGN E MÚSICA
RESEARCH AND THE TEACHING IN DESIGN AND MUSIC
INVESTIGACIÓN Y ENSEÑANZA EN DISEÑO Y MÚSICA
VOLUME II
EDITORA / PUBLISHER / EDITOR
RETHINK - Research Group on Design
for the Territory e Edições IPCB
Instituto Politécnico de Castelo Branco
Av. Pedro Álvares Cabral nº12
6000-084 Castelo Branco, Portugal
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José Silva
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João Neves
José Silva
Luísa Correia Castilho
Rui Dias
TRADUÇÃO DOS ARTIGOS / PAPERS
TRANSLATION / TRADUCCIÓN DEL ARTÍCULO
Os Autores / The Authors / Los Autores
DIREÇÃO DE DESIGN / DESIGN DIRECTION /
DIRECCIÓN DE DESIGN
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DESIGN DA CAPA / COVER DESIGN / DISEÑO DE
LA CUBIERTA
DC Lab - João Pires e Rogério Ribeiro
DESIGN E PAGINAÇÃO / DESIGN AND DESKTOP
PUBLISHING / DISEÑO Y DISPOSICIÓN
DC Lab - João Pires e Rogério Ribeiro
IMPRESSÃO E ACABAMENTO / PRINT AND
FINISHING / IMPRESIÓN Y ACABADO
Proglobal, Lda.
TIRAGEM / PRINT RUN / TIRADA
100
ISBN
978-989-54814-3-9 . 2020
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478357/20
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ÍNDICE
SECÇÃO/SECTION I : DESIGN E ENSINO DO DESIGN/DESIGN AND DESIGN
TEACHING/DISEÑO Y EDUCACIÓN EN DISEÑO
CAPÍTULO/CHAPTER 1
Um olhar sobre o design editorial na imprensa do século XIX à contemporaneidade.....11-19
Sónia Rafael & Victor M. Almeida
CAPÍTULO/CHAPTER 2
A mudança de paradigma na produção gráfica da imprensa nacional nas últimas
décadas do século XX.............................................................................................21-27
Rui Medronho, Gabriel Godoi & João Brandão
CAPÍTULO/CHAPTER 3
O Design Evolutivo de Jasper Morrison e o Funcionalismo de Dieter Rams: semelhanças
e diferenças...........................................................................................................29-34
Sara Cunha, Rui Mendonça & Afonso Borges
CAPÍTULO/CHAPTER 4
Eco-cimento, novas possibilidades em design de produto..................................................35-41
Adriano Pinho, Susana Barreto & Rui Novais
CAPÍTULO/CHAPTER 5
O automóvel como ícone: fatores psicossociais indutores.................................................43-52
Susana C. F. Fernandes
CAPÍTULO/CHAPTER 6
Indústria da Iluminação: O Impacto da Evolução Tecnológica.............................................53-60
Inês Silva & Rui Mendonça
CAPÍTULO/CHAPTER 7
Projeto Veraneio.....................................................................................................61-69
Rebecca Nates Silva, Rafaela Norogrando & Alexsander J. Duarte
CAPÍTULO/CHAPTER 8
A Universidade dos Mares..........................................................................................71-79
Rebecca Nates Silva, Rafaela Norogrando & Alexsander J. Duarte
CAPÍTULO/CHAPTER 9
Cruzando disciplinas: Elementos pedagógicos de design aplicados no ensino da
psicologia positiva..................................................................................................81-88
Mafalda Casais
CAPÍTULO/CHAPTER 10
Sorrisos Forçados - A humanização no Ensino das Artes e do Design..................89-95
Ana Gaspar
CAPÍTULO/CHAPTER 11
Los guiones gráficos como herramienta educativa en proyectos audiovisuales..............97-104
Pablo Coca Jiménez
CAPÍTULO/CHAPTER 12
El aprendizaje en niños en contextos de dificultad económica familiar. Solución objetual
desde el aprendizaje lógico matemático y la memoria de trabajo...............................105-111
Carlos M. M. Sánchez, Jorge I. C. Zamora & Maria Isabel G. Vásquez
SECÇÃO/SECTION II : MÚSICA, MUSICOLOGIA E ENSINO DE MÚSICA/MUSIC,
MUSICOLOGY AND MUSIC TEACHING/MÚSICA, MUSICOLOGÍA Y ENSEÑANZA
DE LA MÚSICA
CAPÍTULO/CHAPTER 13
Son, poesía e identidad: canciones de Hilario González.....................................................113-119
Yurima Blanco García
CAPÍTULO/CHAPTER 14
Iconografia musical na Guarda: o caso de um raríssimo tangedor de baixão numa pintura
setecentista da Igreja do Divino Salvador de Aldeia do Bispo.............................121-129
Sónia Duarte
CAPÍTULO/CHAPTER 15
Tecendo Música: “A Bela Aurora” de Júlio Pomar...............................................131-136
Cláudia Sousa
CAPÍTULO/CHAPTER 16
Sobre a música eletrônica de pista: a dança como uma inscrição do dispositivo
tecnológico.........................................................................................................137-140
Thainá Maria Silva Carvalho
CAPÍTULO/CHAPTER 17
Ensino da Formação Musical no 1.º Ciclo do Ensino Básico: uma implementação
holística e multidisciplinar...................................................................................141-149
António João César & Luísa Correia Castilho
CAPÍTULO/CHAPTER 18
Iniciação ao Trombone Alto.................................................................................151-158
Renato Serra & Luísa Correia Castilho
CAPÍTULO/CHAPTER 19
O Papel da Técnica Vocal na Prática Coral..........................................................159-164
Ana Catarina Costa, Luísa Correia Castilho & José Carlos Oliveira
CAPÍTULO/CHAPTER 20
Yliathim.................................................................................................................165-167
Marta Domingues & José António Domingues
SECÇÃO/SECTION III : ÁREAS DE INTERSECÇÃO/AREAS OF INTERSECTION/
ÁREAS SUPERPUESTAS
CAPÍTULO/CHAPTER 21
Design Thinking para a Inovação Social - Desenvolvimento do modelo Social
Evolution 6.......................................................................................................169-176
Joana Moreira, Joana Alves dos Santos, Gabriel Trindente Palma & Katja Tschimmel
CAPÍTULO/CHAPTER 22
O Campo Projetual sob o Prisma do Pensamento Sistêmico e da Complexidade..177-183
Sandra Regina Rech & Giovanni Maria Conti
CAPÍTULO/CHAPTER 23
O Futuro do Trabalho: tendências e discursos contemporâneos nas transformações da
Economia Criativa......................................................................................................185-191
Ive C. G. Pacheco, Clarissa M. A. Lopes & Gilberto S. Prado
CAPÍTULO/CHAPTER 24
O design como agente social de mudança............................................................193-199
Carla Cadete
CAPÍTULO/CHAPTER 25
Design e o Caráter Temporário: um Método Conveniente para uma Circunstância
Excepcional............................................................................................................201-207
Lara Leite Barbosa
CAPÍTULO/CHAPTER 26
Tecnologias Assistivas imprimíveis em repositórios online: aspectos a respeito de
projetos baseados na impressão tridimensional neste âmbito.........................209-217
Juliana M. M. Soares & Paulo E. F. de Campos
CAPÍTULO/CHAPTER 27
Possibilidades metodológicas para o artesanato feito com a tecnologia computacional
e digital...............................................................................................................219-225
André Luiz Silva & Marília Lyra Bergamo
CAPÍTULO/CHAPTER 28
A cultura da talha no design de um sistema de jóia.............................................227-236
Anaïs Rolo, Liliana Soares & Ermanno Aparo
CAPÍTULO/CHAPTER 29
Impacto das Progressive Web Apps na Criação da Mobile Média-Arte...............237-243
João Antunes
CAPÍTULO/CHAPTER 30
Três arquétipos da notação musical enquanto génese do conceito de escrita gráfica
para a vocalização performativa – observados no contexto analítico e instrumental
das artes visuais.................................................................................................245-252
Jorge dos Reis
CAPÍTULO/CHAPTER 31
O design do produto como metodologia criativa no desenvolvimento de elementos
cénicos para Teatro............................................................................................253-260
Vanessa Lima, Liliana Soares & Ermanno Aparo
CAPÍTULO/CHAPTER 32
Potencialidades do uso de fotografias na recolha de dados em investigação qualitativa
na área da Psicologia...............................................................................................261-265
Raquel A. Correia & Maria J. Santos
CAPÍTULO/CHAPTER 33
O Potencial do Design na Musicoterapia............................................................267-272
Beatriz Nunes, Rui Mendonça, Teresa Sarmento & Lígia Lopes
Áreas de Intersecção Capítulo/Chapter 21 | 169
DESIGN THINKING PARA A INOVAÇÃO SOCIAL
DESENVOLVIMENTO DO MODELO SOCIAL EVOLUTION 6
CAPÍTULO/CHAPTER 21
Joana Moreira 1
jm@mindshake.pt
Joana Alves dos Santos 1
Gabriel Trindente Palma 2
Katja Tschimmel 1/2
Resumo: No âmbito do programa Portugal
Inovação Social, o investimento em proje-
tos de inovação social aumentou significa-
tivamente no país. Este artigo dedica-se ao
desenvolvimento de um método sistemáti-
co para a inovação social que ajuda a desen-
volver resultados originais, centrados nas
pessoas. Desta forma, o estudo aqui apre-
sentado demonstra a relação entre o Design
Thinking e a Inovação Social, explorando o
conceito e descrevendo o desenvolvimen-
to de um modelo novo para este contexto.
Defende-se que o Design Thinking como
método para a inovação, centrado em neces-
sidades humanas, pode dar um contributo
significativo no âmbito de mudanças sociais.
Visto que este estudo se insere na realida-
de de uma consultora portuguesa, o méto-
do aplicado é a pesquisa-ação interpretativa
e indutiva. O resultado é uma proposta para
um modelo específico de Design Thinking
para a Inovação Social, intitulado Social
Evolution 6, uma fusão do modelo Evolution 6
da Mindshake (2017) com a Espiral da Inova-
ção Social da NESTA (Murray et al., 2010).
Palavras-chave: Design Thinking,
Inovação Social, Modelos de
Processo, Social Evolution 6.
Abstract: Under the Portugal Social Innova-
tion programme, investment in social inno-
vation projects increased significantly in the
country. This article focuses on the deve-
lopment of a systematic method for social
innovation that helps to develop original and
people-centred results. The study presen-
ted here demonstrates the relationship
between Design Thinking and Social Inno-
vation, exploring the concept and descri-
bing the development of a new model for this
context. It is argued that Design Thinking as
a method for innovation, centred on human
needs, can make a significant contribution
to social change. Since this study is part of
the work context of a Portuguese consul-
tancy, the method applied is interpreti-
ve and inductive action research. The result
is a proposal for a specific Design Thinking
model for Social Innovation, entitled Social
Evolution 6, a merger of Mindshake's Evolu-
tion 6 model (2017) with NESTA's Social
Innovation Spiral (Murray et al., 2010).
Keywords: Design Thinking, Social Innova-
tion, Process Models, Social Evolution 6.
1 Mindshake, Rua das
Motas 102, 4150-520
Porto, Portugal
2 FEP - Universida-
de do Porto, Rua Dr.
Roberto Frias, 4200-
464 Porto, Portugal
1. INTRODUÇÃO
O Design foi, desde sempre, motor para a
inovação de produtos e serviços, na indús-
tria, nos negócios, nas cidades, e também
no domínio social. Desde há uma década, a
metodologia do Design libertou-se da disci-
plina e conquistou o universo das organi-
zações sob o nome Design Thinking (DT),
entendido hoje como um método para a
inovação. Contudo, os métodos da inova-
ção também precisam de evoluir. É assim
que se explica a emergência de numero-
sos novos modelos de DT. Alguns destes
modelos são aplicáveis em qualquer proje-
to de inovação, outros especializaram-se
na área dos serviços, modelos de negó-
cio, educação e no domínio social.
O ponto de partida deste estudo assenta
na hipótese de que o Design Thinking como
método para a inovação pode dar um contri-
buto significativo em projetos de inova-
ção social, beneficiando de um conjunto de
ferramentas que a metodologia do design
oferece. Assim, o objetivo deste artigo é
demonstrar a relação entre o DT e a Inovação
Social, bem como a descrição do desenvolvi-
mento de um modelo para este contexto, já
que em Portugal ainda não existe um modelo
de DT com especial foco na mudança social.
Metodologicamente trata-se de um Inter-
pretative Action Research visto que assen-
ta numa pesquisa-ação e coloca o foco do
| Capítulo/Chapter 21 Áreas de Intersecção170
2.1. DESIGN THINKING
2.2. INOVAÇÃO SOCIAL
estudo na especificidade do processo da
inovação social. Envolvendo a procura de
padrões (modelos DT) a partir da observação,
interpretação e reflexão teórica, a aborda-
gem metodológica do trabalho é qualita-
tiva e indutiva. O resultado deste estudo é
uma proposta para um modelo específico
de Design Thinking para a Inovação Social,
desenhado para ser aplicado em processos
realizados por instituições não governamen-
tais, por entidades públicas ou por empre-
sas no âmbito da sua responsabilidade social.
No segundo capítulo deste artigo serão
contextualizados os temas Design Thinking e
Inovação Social e na terceira parte explica-
-se em detalhe o desenvolvimento do modelo
Social Evolution 6 e as suas possíveis aplica-
ções. Na última parte deste paper serão iden-
tificados futuros trabalhos de investigação.
2. CONTEXTUALIZAÇÃO TEÓRICA
O Design e sua metodologia sempre foram
um catalisador para a inovação de produ-
tos e serviços. Antes de se tornar um concei-
to popular de inovação, o “design thinking”
(na época, escrito em letras minúsculas),
era estudado, desde os anos 90, por
um grupo internacional de investigado-
res, como o processo cognitivo dos desig-
ners. A finalidade principal desses estudos
era obter mais insights sobre as habilida-
des de pensamento dos designers com o
objetivo de melhorar o ensino e a práti-
ca da disciplina (Tschimmel, 2012).
Desde o início do século XXI, o conceito de
Design Thinking (DT) foi ampliado e liber-
tou-se dos limites do domínio disciplinar.
Hoje, “Design Thinking” (agora escrito em
maiúsculas) é geralmente entendido como
um processo interdisciplinar para conce-
ber novas realidades, introduzindo a cultu-
ra, a mentalidade e os métodos dos designers
em campos como a inovação de servi-
ços, negócios, educação e na área social.
Como já aconteceu na metodologia clássi-
ca do Design, o processo de DT é dividido
em várias fases, mas em vez de represen-
tar processos lineares, a maioria dos mode-
los de Design Thinking descrevem o processo
como um “system of overlapping spaces”
(Brown & Wyatt, 2010) e um proces-
so iterativo (Stickdorn & Schneider, 2010).
Os modelos DT mais conhecidos são o 3I
da IDEO (Brown & Wyatt, 2010), o Double
Diamond/4D do British Design Council
(2020), o modelo do Hasso-Plattner-Insti-
tute (Lindern et al., 2010), e, em Portu-
gal, o Evolution 62 da Mindshake (2017).
Alguns modelos foram desenvolvidos para
especificar o processo e as técnicas asso-
ciadas a uma determinada área, como
por exemplo o modelo de Service Design
Thinking para a área da Inovação de Servi-
ços (Stickdorn & Schneider, 2010), o anti-
go modelo HCD da IDEO e Bill & Melinda
Gates Foundation para a área da Inovação
Social (Brown & Wyatt, 2010) ou o D-Think
na área do Ensino Superior (Tschimmel et
al., 2017). Todos estes modelos têm em
comum os princípios orientadores de um
processo de Design Thinking, sendo eles
(Tschimmel, 2012 e 2018): 1. a abordagem
human-centred (as necessidades reais das
pessoas estão no centro), 2. a colaboração
multidisciplinar (para garantir variedade de
perspetivas), 3. a experimentação (em que
o erro é um elemento natural), 4. a visua-
lização e prototipagem rápida (a materia-
lização tem o poder de esclarecer ideias),
e 5. a perspetiva holística (todo produto
ou serviço pertence a um sistema de inte-
rações e entidades interdependentes).
Existem inúmeras perspetivas e defini-
ções do que é a Inovação Social (IS). Com
base na análise comparativa de Martins
(2019), e como síntese da nossa pesqui-
sa bibliográfica, vemos a Inovação Social
como um processo que leva a novas reali-
dades (produtos, serviços, processos,
espaços, modelos, ...) que respondem de
uma forma coletiva e inovadora a neces-
sidades sociais insatisfeitas, permitin-
Áreas de Intersecção Capítulo/Chapter 21 | 171
2.3. A RELAÇÃO ENTRE DESIGN THINKING E INOVAÇÃO SOCIAL
No seu livro Design, When Everybody Designs,
Manzini (2015) defende que a IS estimulará a
disciplina do Design tanto quanto a inovação
técnica o fez no século XX. Ao mesmo tempo,
vários indivíduos e coletivos desenvolvem
novas habilidades relacionadas com o Design,
e isso reflete-se no número de não designers
que adquirem competências e experiência
nesta mesma área. O design para a IS pode
ser descrito como um processo altamen-
te dinâmico, que inclui atividades criativas
e proativas, fazendo com que os designers
representem uma maior diversidade de
papéis: como mediadores (entre interesses
diferentes) e facilitadores (das ideias e inicia-
tivas de outros participantes) (Manzini, 2014).
Assim, entende-se que o Design tem todas
as capacidades para desempenhar um papel
importante no desencadeamento e no apoio
à mudança social. Percebe-se que o Design
teve e tem um papel na IS, muito antes do
DT, mas ao mesmo tempo entende-se que a
IS tem as portas abertas para novas metodo-
logias que apoiam a resolução dos proble-
mas complexos que se propõem resolver.
O Design Thinking emerge como um méto-
do capaz de responder a este desafio da
IS, tanto que, em resposta a um pedido da
Fundação Bill & Melinda Gates, a IDEO desen-
volveu em 2009 o modelo Human Centred
Design e o respetivo toolkit HCD. Este toolkit
foi baseado em três áreas que os designers
da IDEO consideraram essenciais - Hearing,
Creating and Delivering - para ONGs e
empresas sociais que trabalham com comu-
nidades desfavorecidas (Brown & Wyatt,
2010). Em 2015, a IDEO atualizou este conjun-
to de técnicas sob o nome The Field Guide
to Human Centred Design (https://www.
designkit.org). No contexto do toolkit HCD,
não só foram abordados os aspetos técni-
cos, como também, os recursos sociais
que permitiram que toda a indústria olhas-
se de uma forma diferente para os métodos
de resolução criativa de problemas. Ambas
as versões do toolkit demonstraram a capa-
cidade de uma empresa como a IDEO em
reconhecer a necessidade de desenhar e de
projetar produtos para melhorar a experiên-
cia das populações (Brown & Wyatt, 2010).
Como profissionais, reconhecemos que o
DT não é uma panaceia para todos desafios
sociais ou económicos. No entanto, o recur-
so ao DT agrega valor à criação de conheci-
mento dentro do processo de inovação por 1)
ser inclusivo, 2) permitir que o trabalho cola-
borativo flua, 3) ser motivador e empodera-
dor e, 4) através uma aprendizagem prática,
ter o potencial de ser incorporado pelos
participantes. Implementado adequadamen-
te, o DT pode ser um facilitador no processo
de inovação, fornecendo um espaço ‘seguro’
para que diversas perspetivas sejam compar-
tilhadas abertamente, para que surjam novos
insights, para criar novo conhecimento e para
capacitar os participantes na co-criação
de visões partilhadas (Docherty, 2017).
do alcançar objetivos e mudanças sociais,
novas relações e colaborações (compa-
re Mulgan et al., 2007; Murray et al., 2010;
Manzini, 2015; Moulaert et al., 2017).
Podemos perguntar-nos aqui o que dife-
rencia a inovação social da inovação em
geral? A definição acima enfatiza que a IS
é distinta tanto nos seus resultados como
nos seus relacionamentos, nas novas formas
de cooperação e na colaboração partici-
pativa. Assim, a IS é explicitamente para o
bem social e público. Segundo a NESTA, é
uma inovação inspirada no desejo de aten-
der às necessidades sociais que podem
ser negligenciadas pelas formas tradi-
cionais de provisão do mercado priva-
do e que muitas vezes são mal atendidas
ou não resolvidas pelos serviços organiza-
dos pelo estado (in Murray et al., 2010).
Segundo Manzini (2013) há duas boas razões
para apostar mais na inovação social:
- como resposta aos múltiplos e crescentes
desafios da crise económica, e da tão neces-
sária transição em direção à sustentabilidade;
- como resposta às contínuas mudanças
naturais das sociedades contemporâneas.
A procura por soluções diferentes tem leva-
do a Inovação Social a estar no centro das
atenções, já que esta não possui limites
fixos e pode ocorrer em todos os setores
(público, sem fins lucrativos e privado).
| Capítulo/Chapter 21 Áreas de Intersecção172
3. O MODELO SOCIAL EVOLUTION 6
O modelo que agora se propõe, denominado
Social Evolution 6 (SE6), surge como uma evolu-
ção natural do modelo português Evolução 62
combinado com a Espiral da Inovação Social.
A vantagem de ter um modelo de DT para IS é
tornar o processo de inovação social mais aces-
sível, explícito e aplicável em projetos multidisci-
plinares em que participam vários stakeholders.
3.1. OS ANTECEDENTES
O modelo Evolução 62 ou Evolution 62 foi
desenvolvido em 2012 e atualizado várias vezes
até a versão de 2017 (Figura 1). Desde 2015 está
licenciado em Creative Commons, perten-
cendo à marca Mindshake. O segundo mode-
lo (Figura 2) que adoptamos para a síntese que
agora se propõe, resulta da colaboração da
NESTA (National Endowment for Science Tech-
nology and the Arts) e da Young Fo undation,
sendo pioneiro na criação de uma framework
para a Inovação Social (Murray et al., 2010).
O modelo Evolution 62 já foi aplicado em
vários contextos: no desenvolvimento
de produtos (Moreira, 2017), serviços,
sessões de coaching, cursos de forma-
ção em empresas, no ensino de Design
Thinking em Pós-Graduações, e em
vários projetos de investigação científi-
ca (por exemplo Tschimmel et al. 2017).
O modelo tem a denominação Evolu-
tion 62, pelas seguintes razões:
A palavra EVOLUÇÃO surge porque o
processo criativo é também um proces-
so evolutivo em que interagem um
grande número de indivíduos e situa-
ções. A solução gráfica indica que
cada E-fase do modelo está ligada às
outras fases em loops iterativos.
O número 6 refere-se, tanto em portu-
guês como em inglês, às seis fases do
processo que começam com esta letra:
- Emergência (Emergence),
identificação de uma oportunidade;
- Empatia (Empathy), conhecer
melhor o contexto;
FIGUR A 1
Modelo Evolution 62
na sua versão atual
(Mindshake, 2017).
Áreas de Intersecção Capítulo/Chapter 21 | 173
- Experimentação (Experimentation),
gerar e selecionar ideias;
- Elaboração (Elaboration), trabalhar
em soluções semânticas e materiais;
- Exposição (Exposition), comunicar
novos conceitos e soluções;
- Extensão (Extension), implementar,
observar, melhorar e crescer.
Uma vez que existem momentos de Explora-
ção (divergência) e Escolha (convergência) em
todas as fases, este modelo termina com a
expressão simbólica “ao quadrado”, adotan-
do a configuração E.62 (Mindshake, 2017).
A Espiral da Inovação Social é a primeira
expressão de um modelo de IS que permi-
te a todos aqueles que estão interessa-
dos em enfrentar desafios sociais a fazê-lo
de uma forma inovadora. O modelo possui
também seis fases que, embora tenham uma
sequência lógica, permite iterações entre
as fases, resultantes da dinâmica social em
que o projeto se desenvolve (Murray et al.,
2010). A Espiral da IS já sofreu evoluções e
foi, subsequentemente, alvo de elabora-
ção por diversas entidades, tais como The
Rockefeller Foundation e a Comissão Euro-
peia, etc., que em colaboração ou isola-
damente foram também apresentando
ferramentas com base neste modelo.
A Espiral original é composta por
seis fases, que vão desde a conce-
ção ao impacto, sendo elas:
1. Oportunidades e Desafios: diagnosti-
car o problema e formular a questão;
2. Propostas: produzir ideias;
3. Protótipos: testar as ideias e
soluções de forma tangível;
4. Sustentar: tornar a solução final
uma prática do dia-a-dia;
5. Escalar: aumentar e disseminar a inovação;
6. Mudança Sistémica: atingir uma mudan-
ça sistémica, que geralmente envolve
novas estruturas, mudanças nos sistemas
públicos e/ou privados, entre outros.
FIGUR A 2
Espiral da Inova-
ção Social (NESTA in
Murray et al., 2010).
3.2. AS FASES E AS CARACTERÍSTICAS PRÓPRIAS DO SOCIAL EVOLUTION 6
Tendo em conta os dois modelos que o Social
Evolution 6 tem por base, optou-se por
manter a divisão em 6 fases, já que o E.62 e
a espiral da Inovação Social tem ambas esse
racional. O Social Evolution 6 mantém o racio-
nal da letra ‘E’, quer para o português, quer
para o inglês, e também a lógica da espi-
ral. Pois, desta forma, facilita-se a relação
visual e lógica com os modelos anteriores.
O novo modelo é composto
pelas seguinte 6 fases:
- Empatia (Empathy) - Desafios emer-
gentes e necessidade sociais;
- Exploração (Exploration)
- Geração de ideias;
| Capítulo/Chapter 21 Áreas de Intersecção174
- Elaboração (Elaboration) - Prototi-
pagem, testes e desenvolvimento;
- Exposição (Exhibition) -
Apresentação do projeto;
- Execução (Execution) - Implemen-
tação e avaliação do impacto;
- Expansão (Expansion) - Mudança sistémica.
Visualmente, a espiral tem a sua base no
retângulo de Fibonacci, remetendo para um
processo evolutivo, e confere uma estética
harmoniosa e icónica ao modelo. O final da
espiral desmaterializa-se, indicando que as
mudanças sistémicas, não só estão para além
do processo de Design Thinking para a Inova-
ção Social, como implicam o envolvimento
de muito mais que uma organização ou setor.
A fase final, a Expansão - Mudança Sistémi-
ca requer uma complexa interação de cultu-
ra, comportamento do consumidor, práticas
empresariais, legislação e política pública.
Em comparação com o modelo E.62, as
duas primeiras fases são condensadas
no Social Evolution 6 na 1º fase. Entende-
-se que a identificação de oportunida-
des que no E.62 emerge particularmente
da análise de tendências e investigação, no
âmbito da inovação social, tem de emer-
gir necessariamente das pessoas e das suas
circunstâncias. Assim, no Social Evolution
6 a 1ª fase denomina-se Empatia e explo-
ra desafios emergentes e necessidades
sociais. Relaciona-se assim com a Espiral
da Inovação Social, que nesta fase procu-
ra diagnosticar o problema a resolver.
Assim, e logo à partida, os dois modelos
dedicados à inovação social vão para a 2ª
fase preparados para a geração de ideias.
Na Espiral da IS esta fase é denominada
Gerar Ideias (Proposals) e no SE6, Explora-
ção (Exploration). Passando à 3ª fase, tanto
a Espiral da Inovação Social como o Social
Evolution 6 consideram que esta concerne
à elaboração de protótipos, denominan-
do-as de “Protótipos” e “Exploração”.
Assim, a 4ª fase do modelo original de Design
Thinking (E.62) está dedicada à Elaboração
que tem como objetivo trabalhar em soluções
semânticas - protótipos e testes - mas nos
outros modelos tem já outros objetivos. A
Espiral da IS dedica este momento a tornar a
ideia uma prática do dia-a-dia, principalmente
através do desenvolvimento de um modelo
económico que assegure o futuro financeiro
do empreendimento (The Young Foundation,
2012); já o modelo que agora se apresenta,
FIGUR A 3
Modelo Social Evolutio n
6, Mindshake 2020
(Design gráfico de
Mariana Mattos).
Áreas de Intersecção Capítulo/Chapter 21 | 175
3.3. POSSÍVEIS APLICAÇÕES
O objetivo do modelo SE6 é a sua aplicação em
contexto organizacional, particularmente nas
empresas portuguesas. Tendo em conta que
os autores deste estudo trabalham principal-
mente no meio corporativo, entendem que o
modelo orientará as empresas no desenvolvi-
mento de projetos no âmbito da sua responsa-
bilidade social. O processo do Design Thinking
aplicado à inovação social dentro das empre-
sas, ajuda a criar um impacto positivo nas
comunidades em que estas estão inseridas.
Complementarmente, o modelo será
usado em instituições de caráter social.
Neste momento, está a ser implementado
um programa de ideação e aceleração
para empreendimentos de IS com base no
modelo Social Evolution 6. Esta iniciati-
va é dirigida a técnicos na área da infân-
cia e juventude, integrados em diversas
entidades de caráter público e privado.
O programa iniciou-se no mês de Março
de 2020 na região (NUT II) do Norte, e
no Centro e no Alentejo no decorrer
do ano 2020. O promotor desta inicia-
tiva é a Comissão Nacional de Promo-
ção de Direitos e Proteção de Crianças
e Jovens no âmbito de um projeto dedi-
cado à Parentalidade Positiva.
4. CONCLUSÕES E FUTURA INVESTIGAÇÃO
Através da análise dos diferentes tópicos
abordados neste artigo verificamos que exis-
te uma relação próxima entre o DT e IS. Os
princípios do DT complementam as caracte-
rísticas da Inovação Social, retirando comple-
xidade e sistematizando as várias fases da IS,
tornando todo o processo mais operativo.
Efetivamente, o DT pode trazer a cultura do
design, o pensamento criativo e a co-criação
para a IS, já que este é um processo cola-
borativo e transdisciplinar. O potencial do
modelo Social Evolution 6 é demonstrado
pelo facto de já ter sido solicitado por duas
organizações, uma privada e outra pública.
Dando continuidade à investigação, e para
um melhor entendimento da relação entre o
DT e IS, está a ser desenvolvida uma Matriz,
onde se analisam os toolkits de IS e DT,
para avaliar que técnicas são comuns, dife-
rem ou se sobrepõem. Desta forma torna-
-se possível sistematizar diferentes toolkits,
técnicas e templates que facilitam o proces-
so de inovação na área social. Os toolkits em
análise provêm de diversas fontes, nomea-
damente: IDEO, NESTA, UE, Social Innova-
tion Community (SIC), etc. Em pesquisas
futuras, ainda temos que examinar a usabi-
lidade do modelo Social Evolution 6 para
os agentes de inovação social. Outro passo
imprescindível no desenvolvimento do
modelo é a seleção e criação de técnicas
e o design final dos respetivos templates.
denomina esta fase Exposição e inclui a noção
de que é necessária a devida apresentação
da ideia para angariar o suporte de que esta
depende para o seu bom desenvolvimento.
Esta apresentação é ao nível do conteúdo e
da forma, isto é, não só são desenvolvidas
as ferramentas necessárias para que a ideia
tenha sustentação económica - por exemplo,
o Social Business Model Canvas - como a
narrativa que suporta a ideia através de técni-
cas como o Storytelling, Storyboard ou outros
suportes de apresentação. A 5ª fase difere
nos 3 modelos: no E.62 esta fase diz respeito
à comunicação do projeto desenvolvido e
relaciona-se com as fases 4 dos outros dois
modelos referentes à Inovação Social. Na Espi-
ral da Inovação Social, esta 5ª fase menciona
as estratégias de scaling de uma inovação, já
no Social Evolution 6 esta fase está associada à
implementação (fase 6 do E.62) e avaliação de
impacto, um conjunto de teorias e ferramen-
tas que emergem exclusivamente do contex-
to social e que não estão compreendidas no
modelo da Espiral da Inovação Social. Como
mencionamos acima, a propósito da materiali-
zação (ou desmaterialização) da espiral quan-
do chega ao fim, a 6ª fase corresponde, nos
modelos específicos da IS, ao impacto último
desejável que é a Mudança Sistémica. Já no
modelo E.62 está limitado àquilo que poderia
ser designado como implementação e melho-
ria de um dado projeto após a sua aceitação.
| Capítulo/Chapter 21 Áreas de Intersecção176
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