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Abstract

O presente guia, contemplando a descrição de oito espécies de cervídeos que ocorrem no Brasil, é um marco fundamental e representa um resultado de extrema importância por seu valor como ferramenta de identificação acessível a acadêmicos e amantes da natureza. Esta obra conta com descrições detalhadas, mapas de ocorrência e inúmeras pranchas comparativas, com detalhes preciosos de várias regiões do corpo destes animais e auxiliará pesquisadores, guias de turismo, gestores de Unidades de Conservação e entusiastas leigos que, ao conhecer melhor os cervídeos brasileiros, melhorarão a difusão do conhecimento entre diversos setores de nossa sociedade e, futuramente, poderão contribuir solidamente para a formação de bancos de dados da biodiversidade.
Guia ilustrado dos
Natália Aranha de Azevedo
Márcio Leite de Oliveira
José Maurício Barbanti Duarte
Cervídeos
Brasileiros
Guia ilustrado dos
Natália Aranha de Azevedo
Márcio Leite de Oliveira
José Maurício Barbanti Duarte
Cervídeos
Brasileiros
Como Citar:
AZEVEDO, Natália Aranha de; OLIVEIRA, Márcio Leite de; DUARTE,
José Maurício Barbanti.
Guia ilustrado dos cervídeos brasileiros
.
Rio de Janeiro: Sociedade Brasileira de Mastozoologia, 2021. 41 p.
https://doi.org/10.32673/9788563705037.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Bibliotecária responsável: Joelma Alves da Silva. CRB-8 SP-010433
A994 Azevedo, Natália Aranha de
Guia ilustrado dos cervídeos brasileiros [recurso eletrônico] / Natália
Aranha de Azevedo, Márcio Leite de Oliveira, José Maurício Barbanti
Duarte. Rio de Janeiro : Sociedade Brasileira de Mastozoologia, 2021.
41p : il.
Formato: PDF
Requisitos do sistema: Adobe
Modo de acesso: World Wide Web
ISBN: 978-85-63705-03-7
https://doi.org/10.32673/9788563705037
1. Cervídeos - Brasil 2. Cervídeos - Classificação 3. Biodiversidade 4.
Conservação I. Oliveira, Márcio Leite de. II. Duarte, José Maurício
Barbanti. III. Título.
CDD 599.65
CDU 599.735(81)
Natália Aranha de Azevedo
Bióloga e ilustradora científica
Dr. Márcio Leite de Oliveira
Biólogo que há 15 anos estuda os cervídeos
Prof. Dr. José Maurício Barbanti Duarte
Professor Assistente do Dep. de Zootecnia
Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias
Universidade Estadual Paulista - Unesp
Coordenador do Núcleo de Pesquisa e Conservação de Cervídeos (Nupecce).
GUIA ILUSTRADO DOS CERVÍDEOS BRASILEIROS
Às espécies que se perderam pela ão humana
N. A. A.
À Fernanda, minha esposa e ao Felipe, meu filho.
M. L. O.
Aos integrantes do Nupecce/Unesp, que geraram as bases
científicas para esta publicação.
J. M. B. D.
Prefácio 7
Introdução 9
Como utilizar o guia 13
Espécies brasileiras 15
Cervo-do-pantanal (
Blastocerus dichotomus
)17
Veado-campeiro (
Ozotoceros bezoarticus
)18
Veado-galheiro (
Odocoileus virginianus
)19
Veado-mateiro (
Mazama americana
)20
Veado-mateiro-pequeno (
Mazama jucunda
)21
Veado-mão-curta (
Mazama nana
)22
Veado-catingueiro (
Mazama gouazoubira
)23
Veado-roxo (
Mazama nemorivaga
)24
Pranchas comparativas 25
Vista lateral 26
Região caudal 28
Cabeça 30
Região orbital 32
Maxilar e gular 34
Orelha 36
Agradecimentos 39
Literatura consultada 41
Sumário
GUIA ILUSTRADO DOS CERVÍDEOS BRASILEIROS
No imaginário popular, os cervídeos são grandes animais
diurnos, imponentes e com grandes chifres bifurcados, que caminham por
amplas paisagens abertas e são frequentemente observadas em ambientes
periurbanos. Essa imaginação é advinda de filmes de ficção e
documentários de natureza que mostram espécies norte-americanas e
europeias, que de fato exibem estas características marcantes. Duas das
espécies brasileiras, o cervo-do-pantanal (
Blastocerus dichotomus
) e o
veado-campeiro (
Ozotoerus bezoarticus
)se inserem nesse imaginário.
Entretanto, a maioria das espécies de cervídeos brasileiros, as quais
pertencem ao gênero
Mazama
, como os veados-mateiros (
M. americana
e
M. jucunda
), o veado-catingueiro (
M. gouazoubira
), o veado-roxo (
M.
nemorivaga
)e o veado-mão-curta (
M. nana
) são animais de porte médio,
majoritariamente noturnos, com pequenos chifres simples (não bifurcados),
e que habitam as porções densas de florestas, em geral, distantes da
presença humana. Isso torna sua observação, mesmo por aquelas pessoas
que estão ativamente procurando por estes animais, bastante limitada.
Dificultando o entendimento de sua biologia e história natural,começando
pela mais básica: a correta identificação das espécies. Como reconhecer
estes animais que muitas vezes observamos saltando em frente de nós na
trilha ou em uma estrada?
O Núcleo de Pesquisa e Conservação de Cervídeos (Nupecce)
da Unesp Jaboticabal, coordenado pelo Prof. Dr. José Maurício Barbanti
Duarte, décadas vem se dedicando de forma exemplar ao estudo de
vários aspectos da biologia desse grupo fascinante de animais, inclusive na
delimitação das espécies do gênero Mazama. O presente guia é um marco
fundamental e representa um dos resultados mais importantes, por seu
valor como ferramenta de identificação acessível a acadêmicos e amantes
da natureza, e mais belos, pela qualidade artística dos desenhos e das
pinturas, deste consistente grupo de pesquisa. Este guia conta com
descrições detalhadas, mapas de ocorrência e inúmeras pranchas
comparativas, com detalhes preciosos de várias regiões do corpo destes
animais e auxiliará pesquisadores, guias de turismo, gestores de Unidades
Prefácio
GUIA ILUSTRADO DOS CERVÍDEOS BRASILEIROS 7
de Conservação a conhecer melhor os cervídeos brasileiros, melhorando a
difusão do conhecimento entre diversos setores de nossa sociedade. A
autora Natália Aranha de Azevedo e os autores Márcio Leite de Oliveira e
José Maurício Barbanti Duarte apresentam um trabalho precioso, um guia
minucioso que será de grande importância para estes diversos públicos. A
Sociedade Brasileira de Mastozoologia - SBMz sente-se honrada por
participar desse processo e poder divulgar essa obra a suas associadas e
seus associados, bem como a muitos simpatizantes da natureza. Fausto,
personagem da obra-prima de J. W. Goethe, diz que “o véu da natureza
tentamos arrebatar, misteriosa ela é mesmo em plena luz do dia, nada do
que façamos a compelem a revelar, os segredos que ela de nós escondia”.
Este guia é um importante passo que damos no sentido de arrebatar esse
véu (unindo ciência e arte) e conhecer a diversidade dos mamíferos
brasileiros, um dos mais importantes aspectos na busca pelo conhecimento
da natureza.
Alexandre Reis Percequillo
Presidente da Sociedade Brasileira de Mastozoologia (gestão 2019-2021)
GUIA ILUSTRADO DOS CERVÍDEOS BRASILEIROS
8
Introdução
A família Cervidae compreende atualmente 55 espécies de
mamíferos ungulados com chifres verdadeiros estruturas ósseas
expostas na parte superior dos crânios dos machos (com exceção da rena,
em que ambos os sexos os possuem, e o veado-d’água-chinês, em que
nenhum dos sexos os possuem). Vale ressaltar que os chifres dos veados
são estruturas diferentes dos cornos observados nos bovinos e seus
parentes. Enquanto os cornos são estruturas de base óssea, mas com uma
capa córnea protuberante e permanente, os chifres são constituídos apenas
de um prolongamento do osso frontal e possuem ciclos de troca. Os
cervídeos pertencem à ordem Cetartiodactyla que também abrange as
famílias de antilocapra, bovídeos, mosquídeos, porcos, taiassuídeos,
camelos, trágulos, girafas, hipopótamos e, de maneira interessante, a sub-
ordem cetácea, onde se encontram as baleias e os golfinhos. De maneira
geral, os cervídeos são herbívoros ruminantes que habitam uma grande
variedade de habitats por todo o globo, exceto no continente antártico. Em
muitos lugares, os cervídeos foram introduzidos por populações humanas
com a finalidade de alimentação e caça esportiva. Destacam-se na cultura
popular pelas renas que puxam o trenó do Papai Noel e pelo personagem
Bambi, dos filmes da Disney.
No Brasil, a família Cervidae é representada por nove
espécies:
Odocoileus virginianus
(veado-galheiro),
Blastocerus dichotomus
(cervo-do-pantanal),
Ozotoceros bezoarticus
(veado-campeiro),
Mazama
americana
(veado-mateiro),
Mazama rufa
(veado-mateiro)
Mazama jucunda
(veado-mateiro-pequeno),
Mazama nana
(veado-mão-curta),
Mazama
gouazoubira
(veado-catingueiro) e
Mazama nemorivaga
(veado-roxo). As
três primeiras, dos gêneros
Odocoileus
,
Blastocerus
e
Ozotoceros
,
destacam-se pelo grande porte e pela presença de chifres ramificados
como galhos. Elas habitam ambientes de vegetação mais aberta como
campos, várzeas e cerrados, sendo predominantemente diurnas. as
espécies do gênero
Mazama
, possuem porte menor e chifres simples em
forma de espeto. Preferem habitats florestais ou cerrado fechado. Sendo
predominantemente noturnas as espécies
M. americana, M. jucunda, M.
rufa e M. nana;
e predominantemente diurnas
GUIA ILUSTRADO DOS CERVÍDEOS BRASILEIROS 9
M. gouazoubira e M. nemorivaga.
Estudos recentes indicam que as espécies do gênero
Mazama
, apesar de muito semelhantes morfologicamente, não são todas
irmãs, pois possuem origens distintas. Por isso, futuramente devem ser
divididas em pelo menos três gêneros diferentes. Assim sendo, esse é um
caso clássico de convergência evolutiva da morfologia, em que as espécies
são muito semelhantes por serem adaptadas ao mesmo tipo de ambiente
em que vivem, e não por serem parentes próximas de origem comum.
Portanto, é importante ressaltar que, sendo muito parecidas, elas
facilmente confundem observadores que as tentam identificar.
Uma característica comportamental inerente à quase todas
as espécies de cervídeos que ocorrem no Brasil, com exceção de
O.
bezoarticus,
é o comportamento elusivo. Por serem presas, elas possuem o
comportamento de evitar a aproximação de observadores muito antes de
serem avistadas, alertadas pela audição e olfato apurados e em constante
vigia. Assim, antes do advento dos métodos de detecção indireta e não
invasivos, eram pouco estudadas e suas características ecológicas,
genéticas e comportamentais, pouco conhecidas. Até mesmo suas
distribuições geográficas eram parcamente conhecidas e algumas espécies
não haviam, sequer, sido descritas pela ciência.
O advento de métodos não invasivos de detecção (como as
armadilhas fotográficas) e, a recente atenção dada à fauna atropelada
(resgate em empreendimentos ou encaminhamentos aos Centros de
Triagem de Animais Selvagens) fizeram com que os registros dessas
espécies de cervídeos aumentassem desde os anos 2000. Com isso, houve
um aumento expressivo do número de registros das espécies de cervídeos
eda possibilidade de obtenção de informação científica com esses
registros. Sob a perspectiva da ciência comunitária, tendência que se inicia
em alguns países e que deve chegar ao Brasil, devem aumentar, também,
os registros feitos pelo público leigo. Com isso, surge o desafio de
identificar os indivíduos fotografados, filmados ou as carcaças atropeladas.
A ilustração científica, por sua vez, pode ser uma grande aliada na
superação desse desafio.
Acreditamos que um guia de identificação das espécies de
cervídeos utilizando técnicas de ilustração científica tem o potencial de
auxiliar técnicos e o público leigo na identificação de registros de espé-
GUIA ILUSTRADO DOS CERVÍDEOS BRASILEIROS
10
cies semelhantes. A ilustração científica nos permite adotar uma
abordagem comparativa entre as espécies com foco em diferentes regiões
corporais, bem como ressaltar características discriminantes entre as
mesmas. Essa abordagem é de grande valia uma vez que são comuns
registros em que apenas parte do corpo de um indivíduo é registrado, por
exemplo, por uma armadilha fotográfica ou em casos onde o espécime teve
parte do corpo decomposta.
As ilustrações deste guia foram fruto de observações de
exemplares vivos mantidos em cativeiro, de peles e crânios de espécimes
preservados em museu, de fotografias de armadilhas fotográficas de
animais de vida livre e dados biométricos que serviram para análises
comparativas. Essas observações foram realizadas no Núcleo de Pesquisa
e Conservação de Cervídeos (Nupecce) da Unesp Jaboticabal, onde se
encontra o maior número de exemplares vivos e em museu das espécies de
cervídeos de ocorrência no Brasil, bem como banco de dados morfológicos
ede ocorrências georreferenciadas.
Estruturamos este guia em duas seções. A primeira, traz uma
breve descrição de cada espécie, com a indicação de seu porte, habitat,
distribuição geográfica, hábito circadiano e nível de ameaça de extinção
avaliado pela IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza). A
segunda, por sua vez, traz pranchas comparativas entres as espécies,
abordando diferentes partes ou vistas do corpo dos animais, como, por
exemplo, cabeça, orelhas, vista lateral do corpo todo, etc. Essas pranchas
são acompanhadas de indicações de características discriminantes entre as
espécies que possibilitam suas identificações.
É importante ressaltar que, atualmente, a espécie
M.
americana
é considerada, na verdade, um complexo de espécies crípticas
espécies com extrema semelhança morfológica. As espécies dentro desse
complexo encontram-se em processo de validação e, nesta década, espera-
se que estas questões taxonômicas devam estar resolvidas. Assim,
optamos por manter em nosso guia as possíveis espécies desse complexo,
por exemplo
Mazama rufa,
como apenas
M. americana.
Em uma futura
edição deste guia isso deve ser alterado em concordância com o desenrolar
dos estudos científicos.
Outro destaque a se fazer é sobre os filhotes. Esses,
possuem extrema semelhança mesmo pertencendo à diferentes espécies.
GUIA ILUSTRADO DOS CERVÍDEOS BRASILEIROS 11
Isso impossibilita a determinação correta da espécie apenas através de sua
morfologia externa. Os filhotes de todas as espécies, com exceção de
B.
dichotomus,
nascem com pintas brancas em sua pelagem e as perdem com
o desenvolvimento.
Esperamos que esse guia seja de grande utilidade para os
profissionais da Biologia da Conservação, da Mastozoologia, da Medicina
Veterinária e para os entusiastas leigos que, futuramente, poderão
contribuir solidamente para a formação de bancos de dados da
biodiversidade. Vislumbramos um futuro próximo onde o comportamento
elusivo das espécies de cervídeos não seja mais um obstáculo para os
estudos científicos e para a conservação.
GUIA ILUSTRADO DOS CERVÍDEOS BRASILEIROS
12
Como utilizar o guia
Nome comum
Nome científico
Estado de conservação da
espécie categorizado pela IUCN
(União Internacional para a
Conservação da Natureza)
Tamanho da espécie em
relação a um humano de 1,8 m
Atividade circadiana
predominante da espécie
Distribuição geográfica
dentro do território
Brasileiro
Ambiente que a espécie ocupa
Campo
Cerrado Floresta
Várzea
Diurna Noturna
Variável
GUIA ILUSTRADO DOS CERVÍDEOS BRASILEIROS 13
Como utilizar o guia
Página com a ilustração das
diferentes espécies. Letras
minúsculas indicam a qual espécie
a ilustração se refere e números
romanos indicam os detalhes
apontados no texto ao lado.
Página explicativa das
características discriminantes
entre as espécies presentes nas
ilustrações ao lado.
GUIA ILUSTRADO DOS CERVÍDEOS BRASILEIROS
14
Espécies
Brasileiras
GUIA ILUSTRADO DOS CERVÍDEOS BRASILEIROS 15
Cervo-do-pantanal
Blastocerus dichotomus
A espécie habita áreas alagáveis de vegetação aberta
junto aos grandes rios, conhecidas como várzeas, bem como a
região do Pantanal. Tem hábitos circadianos variáveis podendo
ter atividade predominantemente diurna ou noturna. É
considerada como “Vulnerável” pela IUCN.
É o maior cervídeo da América do Sul, pesando entre 80 e
150 kg, altura do dorso entre 110-130 cm.Os chifres dos machos
adultos podem possuir de 4 até 10 pontas.
GUIA ILUSTRADO DOS CERVÍDEOS BRASILEIROS 17
Veado-campeiro
Ozotoceros bezoarticus
A espécie é altamente associada à áreas de campos
naturais do bioma Pantanal, Cerrado e Pampa. Tem hábitos
predominantemente diurnos, e é considerada como “Quase
ameaçada” pela IUCN.
Possui porte médio e apresenta grande variação no
tamanho corporal tanto entre indivíduos como entre populações.
Seu peso pode variar entre 20 a40 kg com altura média de
aproximadamente 68 cm.Os chifres possuem 3 pontas quando
os machos estão na idade adulta e em fase reprodutiva.
GUIA ILUSTRADO DOS CERVÍDEOS BRASILEIROS
18
Veado-galheiro
Odocoileus virginianus
A espécie é abundante e comum no hemisfério norte.
Ocupa uma variedade de ambientes, evitando áreas de floresta
densa e preferindo suas bordas. Ocorre em áreas abertas com
árvores esparsas, florestas decíduas e savanas. Tem hábitos
circadianos amplos podendo ter atividade predominantemente
diurna ou noturna. Seu status de conservação é considerado
como “Pouco preocupante” pela IUCN.
Possui porte médio e apresenta grande variação no
tamanho corporal. Seu peso pode variar entre 50 a 120 kg com
altura média no dorso entre 50 e110 cm.Os chifres possuem
entre 3 e 4 pontas quando os machos estão na idade adulta e em
fase reprodutiva.
GUIA ILUSTRADO DOS CERVÍDEOS BRASILEIROS 19
Veado-mateiro
Mazama americana
A espécie ocorre em florestas tropicais e sub-tropicais
da América do Sul, com preferência por áreas com floresta
estacional semidecidual, floresta ombrófila mista e floresta
ombrófila densa. Tem hábitos predominantemente noturnos, e é
considerada como “Dados insuficientes” pela IUCN.
É a maior espécie do gênero
Mazama
, seu peso pode
variar de 12 e65 kg. Apresenta altura do dorso entre 58 a80 cm.
Os machos possuem chifres simples, em forma de espeto.
É importante ressaltar que revisões taxonômicas em
andamento consideram
M. americana
um complexo de espécies
crípticas. Neste guia, dada a semelhança morfológica, o recente
sinônimo elevado à espécie,
M. rufa
, ainda encontra-se sob o
complexo
M. americana
.
GUIA ILUSTRADO DOS CERVÍDEOS BRASILEIROS
20
Veado-mateiro-pequeno
Mazama jucunda
A espécie ocupa áreas da Floresta Atlântica, segunda
maior floresta tropical do Brasil, englobando a Floresta
Ombrófila Densa próxima ao litoral brasileiro. Tem hábitos
noturnos, e é considerada “Vulnerável” pela IUCN.
Apresenta porte intermediário em comparação com
M.
nana
e
M. americana
, com peso corporal médio de 25 kg.
Apresenta altura do dorso entre 50 e62cm. É o maior mamífero
endêmico da Mata Atlântica. Os machos possuem chifres
simples, em forma de espeto.
GUIA ILUSTRADO DOS CERVÍDEOS BRASILEIROS 21
Veado-mão-curta
Mazama nana
A espécie ocorre em áreas de Mata Atlântica
principalmente em formações de floresta ombrófila mista e
floresta estacional semidecidual e decidual. Tem hábitos
predominantemente noturnos, e é considerada como
“Vulnerável” pela IUCN.
Apresenta porte pequeno, sendo considerada a menor
espécie do gênero
Mazama.
Seu peso é em torno de 15kg e
apresenta altura do dorso de aproximadamente 45 cm.Os
machos possuem chifres simples, em forma de espeto.
GUIA ILUSTRADO DOS CERVÍDEOS BRASILEIROS
22
Veado-catingueiro
Mazama gouazoubira
É a espécie de cervídeo mais abundante da região
neotropical apresentando certa plasticidade ecológica. Tem
hábitos predominantemente diurnos, e é considerada como
“Pouco preocupante” pela IUCN.
Ocorre em áreas de caatinga, cerrado e cerradões
associadas com bordas florestais e matas de galeria e na Mata
Atlântica. É comum em áreas de agricultura e pecuária próximas
às áreas naturais remanescentes.
A espécie apresenta porte pequeno a médio. Seu peso
varia entre 11 e25 kg, apresenta altura de dorso entre 50 e55
cm.Os machos possuem chifres simples, em forma de espeto.
GUIA ILUSTRADO DOS CERVÍDEOS BRASILEIROS 23
Veado-roxo
Mazama nemorivaga
A espécie habita a Floresta Amazônica, a região central
da Mata Atlântica e partes do Cerrado. Na Floresta Amazônica,
tem preferência por florestas não inundadas. Na Mata Atlântica,
onde foi recentemente encontrada, ocorre nas florestas de
tabuleiro. Tem hábitos predominantemente diurnos, e é
considerada como “Pouco preocupante” pela IUCN.
Apresenta porte médio, com peso variando entre 14 e16
kg, altura do dorso ao redor 48 cm.Os machos possuem chifres
simples, em forma de espeto.
GUIA ILUSTRADO DOS CERVÍDEOS BRASILEIROS
24
Pranchas
comparativas
GUIA ILUSTRADO DOS CERVÍDEOS BRASILEIROS 25
a
b
c
d
e
f
g
h
I
I
I
II
II
GUIA ILUSTRADO DOS CERVÍDEOS BRASILEIROS
26
M. americana
(a)
, M. jucunda
(b)
, M. nana
(c)
, M. gouazoubira
(d)
, M. nemorivaga
(e)
O. virginianus
(f)
, O. bezoarticus
(g)
, B. dichotomus
(h)
Os exemplares machos do gênero
Mazama
(“a” -”e”) apresentam chifres simples e sem
ramificações. Os machos das demais espécies (“f” “h”) apresentam chifres ramificados. A espécie
B.
dichotomus
apresenta chifres com número de pontas variáveis, geralmente mais de quatro pontas, e
com ramificações dicotômicas (“h”;“I”). as espécies
O. virginianus
e
O. bezoarticus
apresentam
chifres com três pontas (“f” e“g”;“I”), mas com posições distintas em relação ao crânio. As pontas dos
chifres de
O. bezoarticus
seguem alinhadas com a mesma direção de sua base (“g”;“I”), enquanto que
as pontas dos chifres de
O. virginianus
são voltadas para dentro (“f”;“I”).
O gênero
Mazama
, apresenta coloração geral com algumas variações. A espécie
M.
gouazoubira
apresenta coloração que varia do tom castanho-acinzentado ao castanho-amarelado
(“d”), diferindo da espécie
M. nemorivaga
que apresenta coloração geral castanho-acinzentada
homogênea (“e”).
A espécie
M. nana
apresenta coloração geral castanho-avermelhada intenso (“c”) e mais
homogêneo em comparação com as espécies
M. americana
e
M. jucunda
(“a” e“b”). Estas duas
últimas, apresentam coloração castanho-acinzentada na região da cabeça e cervical (“a” e“b”;“II”).
Vista lateral
GUIA ILUSTRADO DOS CERVÍDEOS BRASILEIROS 27
I
II
I
II
I
II
I
II
I
II
IV
III
VI
VII
IV
III
IX
III
IX
ab
c
de
f
g
h
IV
VV
VIII
VIII
GUIA ILUSTRADO DOS CERVÍDEOS BRASILEIROS
28
M. gouazoubira
(a)
, M. nemorivaga
(b)
, M. nana
(c)
, M. americana
(d)
, M. jucunda
(e)
B. dichotomus
(f)
, O. virginianus
(g)
, O. bezoarticus
(h)
Ambas as espécies
M. gouazoubira
e
M. nemorivaga
, apresentam coloração da região caudal
castanho-acinzentada. Entretanto,
M. gouazoubira
apresenta coloração castanho-acinzentada
amarelada e pelos longos em bastante quantidade (“a”;“I”), enquanto que a espécie
M. nemorivaga
apresenta coloração castanho-acinzentada homogêneo e pelos curtos (“b”;“I”).As espécies
M.
americana, M. jucunda
e
M. nana
apresentam a mesma coloração castanho-avermelhada na região
caudal (“c” -“e”;“I”). Entretanto,
M. jucunda
apresenta pelos mais longos nessa região (“e”;“I”).
Mazama americana
apresenta maior quantidade de pelos de coloração branca por todo o
comprimento da cauda em comparação às espécies
M. jucunda
e
M. nana
(“c” -“e”;“II”). O mesmo
ocorre com
M. nemorivaga
, que apresenta grande quantidade de pelos de coloração branca por todo o
comprimento da cauda, diferindo-se de
M. gouazoubira
(“a” e“b”;“II”).
As espécies
B. dichotomus
,
O. virginianus
e
O. bezoarticus
apresentam a mesma variação de
coloração no final da cauda, com tons em direção ao castanho-escuro (“f”, “g” e“h”;“III”).
As espécies
M. americana
e
M. jucunda
apresentam diferença na região társica. Assim,
M.
americana
apresenta coloração castanho-escuro que começa a partir da região társica seguindo até o
final dos membros inferiores (“d”;“V”), enquanto que a espécie
M. jucunda
apresenta coloração
castanho-avermelhada que também inicia a partir da região társica, com tom castanho-escuro na
face anterior variando para castanho-avermelhado na face posterior da região (“e”;“V”).
A espécie
B. dichotomus
apresenta tom castanho-escuro nos membros inferiores (“f”;“VI”),
começando a partir da região társica (“f”;“VII”).As espécies
O. virginianus
e
O. bezoarticus
apresentam tufo de pelos tarsais de coloração branca, sendo essa característica mais evidente em
O.
bezoarticus
(“g” e“h”;“VIII”). A espécie
O. bezoarticus
também apresenta uma característica única,
uma área de coloração branca, bastante evidente, que envolve a face interna da região tibial até a face
ventral da cauda (“h”;“IX”).
Região caudal
GUIA ILUSTRADO DOS CERVÍDEOS BRASILEIROS 29
a b c
d e
fgh
II
I
II
II
II
GUIA ILUSTRADO DOS CERVÍDEOS BRASILEIROS
II
I
II
II
30
M. americana
(a),
M. jucunda
(b),
M. nana
(c),
M. nemorivaga
(d),
M. gouazoubira
(e)
B. dichotomus
(f),
O. virginianus
(g),
O. bezoarticus
(h)
No gênero
Mazama
, espécies de chifres simples, os exemplares
M. americana
,
M. jucunda
e
M.
nana
apresentam a faixa rostral de coloração castanho mais escuro, (“a”, “b” e“c”;“I”), em comparação
com
M. nemorivaga
e
M. gouazoubira
(“d” e“e”;“I”)
. Mazama nana
também pode apresentar variação
na coloração da faixa rostral, indo do castanho-escuro à uma tonalidade levemente acinzentada.
M.
nemorivaga
apresenta coloração da faixa rostral castanho mais acinzentada e homogênea (“d”;“I”) do
que
M. gouazoubira
(“e”;“I”).
As espécies
M. americana
e
M. jucunda
apresentam continuação da faixa rostral na região do
osso frontal de forma bifurcada e estreita (“a” e“b”;“II”), sendo menos definida em
M. jucunda
do que
em
M. americana
. Nas demais espécies, essa caraterística se encontra ausente.
Em relação às espécies de chifres ramificados,
B. dichotomus
apresenta a faixa rostral (“f”;“I”),
acompanhada de faixa de coloração branca em ambos os lados (“f”;“II”). Por sua vez,
O. virginianus
apresenta a faixa rostral (“g”;“I”) acompanhada de manchas brancas apenas nas proximidades da
mufla (“g”;“II”). a espécie
O. bezoarticus
não apresenta a faixa rostral acompanhada de manchas ou
faixas brancas (“h”;“I”).
No que tange ao tamanho das orelhas em relação à cabeça como um todo, as espécies
M.
gouazoubira
e
B. dichotomus
apresentam as maiores proporções, sendo evidentes suas grandes
orelhas. O inverso ocorre com
M. nemorivaga
e
M. nana
, espécise que apresentam as menores
orelhas em relação ao tamanho da cabeça. Quanto ao formato das orelhas, destaca-se a espécie
O.
bezoarticus
que possui orelhas mais afiladas que as demais espécies.
Cabeça
GUIA ILUSTRADO DOS CERVÍDEOS BRASILEIROS 31
a
b
c
d
e
f
g
h
III
I
II V
IV
V
V
I
II
I
II
I
II
I
II
GUIA ILUSTRADO DOS CERVÍDEOS BRASILEIROS
32
M. gouazoubira
(a)
, M. nemorivaga
(b)
, M. nana
(c)
, M. americana
(d)
, M. jucunda
(e)
B. dichotomus
(f)
, O. virginianus
(g),
O. bezoarticus
(h)
Dentre as espécies do gênero
Mazama
,
M. gouazoubira
apresenta, com muita ou média
evidência, faixas orbitais (“a”;“I” e“II”), enquanto que em
M. nemorivaga
as faixas orbitais são pouco
nítidas (“b”;“I” e“II”). Além disso,
M. gouazoubira
apresenta uma mancha branca evidente sobre os
olhos (“a”;“III”).As espécies
M. americana
e
M. jucunda
também apresentam faixas orbitais com média
intensidade (“d” e“e”;“I” e“II”), sendo ligeiramente mais evidente em
M. americana
do que em
M.
jucunda
. em
M. nana
as faixas orbitais são pouco evidentes ou quase ausentes (“c”;“I” e“II”).
A espécie
B. dichotomus
, apresenta um sulco lacrimal grande, bastante evidente e de
coloração escura (“f”;“IV”). Essa característica se encontra ausente nas demais espécies.
As espécies
B. dichotomus
e
O. virginianus
apresentam anel perioftálmico de forma menos
definida (“f” e“g”;“V”), do que
O. bezoarticus
(“h”;“V”), onde a coloração branca é bem definida.
Região orbital
GUIA ILUSTRADO DOS CERVÍDEOS BRASILEIROS 33
a
b
c
I
I
d
e
I
I
IV
III
III
II
III
III
III
III II
I
IV
III II
I
IV
II
I
IV
fgh
II
II
I
II
II
GUIA ILUSTRADO DOS CERVÍDEOS BRASILEIROS
34
M. americana
(a),
M. jucunda
(b),
M. nana
(c),
M. gouazoubira
(d),
M. nemorivaga
(e)
B. dichotomus
(f),
O. virginianus
(g),
O. bezoarticus
(h)
A espécie
M. nana
apresenta a mancha na extremidade maxilar menor que
M. jucunda
e
ambas menores que
M. americana
(“a” -“c”;“I”). A mesma mancha está presente nas espécies
M.
gouazoubira
e
M. nemorivaga
. Entretanto, a espécie
M. nemorivaga
apresenta a mancha de maneira
mais evidente que
M. gouazoubira
(“d” e“e”;“I). A região mais clara, quase branca, da região gular das
espécies do gênero
Mazama
é completamente dividida em duas partes em
M. americana
e
M. jucunda
,
parcialmente dividida em
M. nana
e contínua em
M. gouazoubira
e
M. nemorivaga
(“a” “e”;“II”).
Na região maxilar, a espécie
B. dichotomus
apresenta transição de coloração do rostro para a
extremidade maxilar, indo do castanho-alaranjado intenso para uma faixa de coloração branca,
seguida de uma faixa de coloração castanha (“f”;“III” e“II”). a espécie
O. virginianus
apresenta uma
faixa de coloração esbranquiçada, seguida de uma faixa de coloração castanha (“g”;“III” e“II”). Por sua
vez, a espécie
O. bezoarticus
apresenta uma faixa de coloração castanha e, na extremidade maxilar,
uma mancha de coloração branca evidente em comparação com as espécies
B. dichotomus
e
O.
virginianus
(“f” -“h”;“I”). A espécie
O. bezoarticus
também apresenta coloração branca por toda a
superfície da região mandibular, diferentemente das espécies
B. dichotomus
e
O. virginianus
que
apresentam uma faixa de coloração castanha (“f” -“h”;“IV”).
Uma característica presente apenas na espécie
M. nemorivaga
é a coloração cinza-roxeada da
mufla (“a” -“e”;“III”). Essa espécie também possui, como característica única, uma mancha bastante
evidente no final do lábio superior (“e”;“IV”).
Maxilar e gular
GUIA ILUSTRADO DOS CERVÍDEOS BRASILEIROS 35
a
I
II
III
I
II
III
b c
d e
f
g h
I
I
II
II
I
II
I
II
I
II
I
II
GUIA ILUSTRADO DOS CERVÍDEOS BRASILEIROS
36
B. dichotomus
(a),
O. virginianus
(b),
O. bezoarticus
(c)
M. gouazoubira
(d),
M. nemorivaga
(e),
M. nana
(f),
M. jucunda
(g),
M. americana
(h)
As espécies do gênero
Mazama
possuem, cada uma, duas ilustrações de cada orelha em
posições diferentes para evidenciar a base e a face interna.
O gênero
Mazama
apresenta quantidades diferentes de pelos na região interna da orelha. As
espécies
M. americana
e
M. jucunda
apresentam a mesma quantidade de pelos (“g” e“h”;“II”),
enquanto que a espécie
M. nana
apresenta pelos menores e em menor quantidade na margem interior
da orelha (“f”;“II”). Por sua vez, a espécie
M. gouazoubira
, apresenta grande quantidade de pelos (“d”;
“II”), enquanto
M. nemorivaga
apresenta pouca ou ausência de pelos na margem interior da orelha (“e”;
“II”).
As espécies
B. dichotomus
e
O. virginianus
apresentam a mesma quantidade de pelos na
margem interior da orelha (“a” e“b”;“II”). A única característica que difere ambas as espécies é a
coloração da superfície interna da orelha (“a” e“b”;“III”). a espécie
O. bezoarticus
apresenta, como
caraterística específica, a presença de orelhas em formato afilado e com bastante quantidade de
pelos na superfície interior da orelha (“c”;‘II”).
As espécies
M. americana
e
M. jucunda
apresentam, na região da orelha, uma mancha
anterobasal de coloração branca (“g” e“h”.; “I”). Essa característica é menos definida na espécie
M.
jucunda
(“g”;“I”).As espécies
B. dichotomus e O. virginianus
, também apresentam mancha de
coloração branca na região anterobasal da orelha (“a” e“b”;“I”).
Orelha
GUIA ILUSTRADO DOS CERVÍDEOS BRASILEIROS 37
Inúmeras pessoas contribuíram direta e indiretamente com a
elaboração deste guia. A todas somos imensamente gratos e, em especial,
agradecemos: Ana Luíza de Faria Peres, Arthur Arrobas Martins Barroso, Bia
Maurício, Bruno Aranha de Azevedo, Carlos Amadeu Leite de Oliveira, Carlos
Reno, Eluzai Dinai Pinto Sandoval, Fernanda de Almeida Gurski, Francisco
Grotta Neto, Guilherme Colletes Bellodi, Gustavo Simões Libardi, Júlia Leite de
Oliveira, Juliana Leite de Oliveira, Maria do Carmo Aranha de Azevedo, Marina
de Paula Gomes, Pedro Henrique de Faria Peres e Walter Pinheiro de Azevedo
que se dispuseram a ler cuidadosamente as primeiras versões deste guia,
analisaram a diagramação e arte, enviando suas valiosas sugestões para a
melhoria da qualidade e compreensão do conteúdo.
Agradecemos à Sociedade Brasileira de Mastozoologia (SBMz)
por aceitar editar este guia e promover sua divulgação. A SBMz ainda indicou
três revisores anônimos aos quais somos gratos pelos comentários.
De forma especial agradecemos ao Prof. Alexandre Reis
Percequillo que aceitou escrever o prefácio, emprestando suas generosas
palavras.
O presente guia é resultado de duas bolsas (Iniciação Científica
e Pós-Doutorado) financiadas pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado
de São Paulo Fapesp.
Agradecimentos
GUIA ILUSTRADO DOS CERVÍDEOS BRASILEIROS 39
Black-Decima PA e Vogliotti A (2016) Mazama gouazoubira. The IUCN Red List of Threatened Species.
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Duarte JMB e Gonzalez S. (Eds). Neotropical Cervidology. Biology and medicine of Latin American
deer. Funep/IUCN, Jaboticabal/Gland. 2010.
Duarte JMB e Vogliotti A (2016)
Mazama americana
. The IUCN Red List of Threatened Species 2016:
e.T29619A22154827.
Duarte JMB et al. (2015)
Mazama nana
. The IUCN Red List of Threatened Species 2015:
eT29621A22154379 Downloaded on 24 June 2021.
Duarte JMB, et al. (2016) Blastocerus dichotomus. The IUCN Red List of Threatened Species.
e.T2828A22160916. Downloaded on 24 June 2021.
Duarte JMB, Gonzalez S, Maldonado JE (2008) The surprising evolutionary history of South American
deer. Molecular Phylogenetics and Evolution, 49:17-22.
Gallina S e Lopez-Arevalo H (2016) Odocoileus virginianus. The IUCN Red List of Threatened Species.
e.T42394A22162580. Downloaded on 24 June 2021.
González S et al. (2016) Ozotoceros bezoarticus. The IUCN Red List of Threatened Species.
e.T15803A22160030. Downloaded on 24 June 2021.
Mantellatto AMB, González S, Duarte, JMB (2021) Cytochrome b sequence of the
Mazama americana
jucunda
Thomas, 1913 holotype reveals
Mazama bororo
Duarte, 1996 as its junior synonym. Genetics
and Molecular Biology, 45.
Peres PHF, et al (2021). Revalidation of
Mazama rufa
(Illiger 1815)(Artiodactyla: Cervidae) as a Distinct
Species out of the Complex
Mazama americana
(Erxleben 1777). Frontiers in Genetics, 12, 742870-
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Rincón AC, et al. (2020) Designation of a neotype for
Mazama americana
(Artiodactyla: Cervidae)
reveals a cryptic new complex of brocket deer species. ZooKeys 958:143
.
Rossi RV e Duarte JMB (2016) Mazama nemorivaga. The IUCN Red List of Threatened Species.
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Vogliotti A et al. (2016)
Mazama jucunda
The IUCN Red List of Threatened Species. e.T41023A22155086.
Downloaded on 24 June 2021.
Zurano JP et al. (2019). Cetartiodactyla: updating a time-calibrated molecular phylogeny. Molecular
Phylogenetics and Evolution 133:256262
Literatura consultada
GUIA ILUSTRADO DOS CERVÍDEOS BRASILEIROS 41
... The neotropical region boasts great habitat heterogeneity, providing varied niches that contribute to the vast species diversity (Tews et al. 2004). Among neotropical mammals, deer (Family Cervidae) encompass over 40 living species (Heckeberg 2020), with nine occurring in Brazil (Azevedo et al. 2021). In the Atlantic Forest, three genera of small, non-bifurcated, simple-antlered deer (Mazama, Subulo, and Passalites) are currently recognized. ...
... In the Atlantic Forest, three genera of small, non-bifurcated, simple-antlered deer (Mazama, Subulo, and Passalites) are currently recognized. Body size and fur coloration are significant traits in species classification within this group (Duarte et al. 2008;Azevedo et al. 2021;Bernegossi et al. 2022;Morales-Donoso et al. 2023). These species are traditionally divided into two clades: red brockets (Mazama americana, Mazama jucunda, Mazama nana, and Mazama rufa), from the Odocoileina subtribe, and gray brockets (Subulo gouazoubira and Passalites nemorivagus), from the Blastocerina subtribe (Duarte et al. 2008;Heckeberg et al. 2016). ...
... The gray brocket deer (S. gouazoubira) is a medium-sized cervid, weighing between 11 and 25 kg (Azevedo et al. 2021). Primarily solitary (Black-Décima 2000), it is found in Brazil, Uruguay, Argentina, Paraguay, and Bolivia (Black-Décima et al. 2010). ...
Article
Full-text available
The chemical communication signals the presence of individuals and territorial occupation, providing information about identity, sex, and reproductive status. This study aimed to characterize the use of latrines by the gray brocket deer, Subulo gouazoubira, in a remnant of the Atlantic Forest located in southeastern Brazil, as well as to describe its territorial marking behaviors, contributing to a better understanding of the species’ social communication strategies. Four monitoring points were used, but latrine use was recorded at only two of them. Twenty-seven independent records of S. gouazoubira were obtained, totaling 29 specimens recorded, comprising 59% males, 28% females, and 14% deer with undetermined sex. Twenty-five interactions with latrines and five types of behavior were recorded: defecation, urination, front paw scratching against the ground, tail shaking, and sniffing the area near the latrine. Among the recorded behaviors, 56% were performed by females, 40% by males, and 4% by specimens with undetermined sex. There was variation in the types and frequency of behaviors recorded, indicating that territorial marking behavior might be variable between latrines. Latrine use also varied temporally concerning the time of day when behaviors were recorded and the interval between records of odoriferous marking at the same latrine. Differences in latrine use between males and females were also observed, suggesting intersexual variations in territorial marking strategy. The obtained results, although limited to a few sampling points, suggest complexity in territorial marking behavior and interaction with latrines in S. gouazoubira, highlighting spatial differences, distinct temporal dynamics, and variations between sexes.
... We identified the species using field guides and books on mammals in Brazil, as well as the species' distribution areas according to the IUCN Red List. (Bonvicino et al. 2008;Reis et al. 2011;Nascimento and Feijó 2017;Faria et al. 2019;Azevedo et al. 2021;Menezes et al. 2021;Rumiz et al. 2022;IUCN 2022). We added a column with the current scientific name based on the aforementioned literature. ...
Article
Full-text available
The continuous growth of the urban population, coupled with habitat loss, has resulted in unanticipated interactions between animals and humans in urban centers. In this study, we investigated the presence of mammals in urban centers through newspaper reports on websites. Specifically, we examined: i) the frequency of photographic records, ii) the temporal trends (2001 to 2021) and spatial trends (Brazilian Federative regions and states) of the records, and iii) the orders, families, and species most frequently reported in urban centers. On the Google platform (http://www.google.com.br), we used combinations of the keywords “mammals in urban centers,” “mammals found in the city”, and “mammals found in the municipality” to survey mammal records. We excluded repeated news items, sites that experienced technical problems during the search period, and those that did not cover the topic. We compiled a total of 733 websites. The records spanned from 2002 to 2021, with 73% occurring in the last four years. The Southeast, South, and Midwest regions stood out. The animals recorded belonged to 55 mammal species (16 vulnerable and 3 endangered), distributed in 22 families and 10 orders. The data indicate that the majority of mammal sightings in urban areas occur on streets, with some conflictual interactions. This is the first study that utilizes websites for diagnosing the mammal fauna present in urban centers in Brazil. The dataset generated here could aid in understanding the occurrence of mammal species in the urban environment.
... Ameghino, 1891, Blastocerus Wagner, 1844, Pudu Gray, 1852, Hippocamelus Leuckart, 1816, Antifer Ameghino, 1889, Epieurycerus Ameghino, 1889, Morenelaphus Carette, 1923, Paraceros Ameghino, 1889, Agalmaceros Hoffstetter, 1952, and Charitoceros Hoffstetter, 1963(Grubb, 2005. Among these, Odocoileus, Blastocerus, Ozotoceros, Morenelaphus, and Mazama occur in Brazil, with the first four being large animals (Azevedo et al., 2021;Rotti et al., 2021). ...
... Climatic characteristic Chiarello, 2013). Field guides were used for the identification of mammal species (Azevedo et al., 2021;Reis et al., 2015). The nomenclature used followed the Brazilian Society of Mastozoology Guidelines (Abreu et al., 2021). ...
Article
Collared peccaries ( Dicotyles tajacu , Cetartiodactyla) adjust their daily activity patterns in response to different factors, such as the presence of predators or climatic factors (temperature and rainfall), as a way of ensuring survival. The knowledge of these patterns allows us to understand the interspecific interactions of the community. This study measured daily activity of the collared peccary, and evaluated how different climatic conditions, and the presence of predators influenced their activity patterns. Data were obtained from eight camera traps over 13 months in the Municipality of Ouro Preto, Brazil. The daily activity periods of collared peccaries and their predators were evaluated and the animals classified as diurnal, nocturnal, crepuscular, or cathemeral. Camera‐trap records were used to assess whether temperature and rainfall affected daily activity patterns in peccaries. We found that neither rainfall nor temperature influence the activity pattern. Peccary activity overlapped with the activity of local predators. A low level of overlap was recorded with the activity of Puma concolor and high level of overlap with the activity of Leopardus pardalis , Canis lupus familiaris , and human activity. The low activity overlap of collared peccaries with P. concolor may be related to an attempt to decrease predation risk, while the high activity overlaps with domestic dogs and humans may be related to the low hunting pressure exerted in the region and also to the foraging opportunities for peccaries in areas closer to human settlements, where orchards are present. The high activity overlap with L. pardalis can be related to the smaller size of this predator and the aggressive group anti‐predator behaviour of the collared peccary. Our results show that collared peccaries can adjust their daily activity when an apex predator is present, but this adjustment is not generalized to all predators.
Article
Full-text available
The main threats to forest ungulates are land cover change, poaching, invasive species and other anthropogenic factors. Tropical rainforest deer, especially those in the South American Atlantic Forest, are extremely elusive, resulting in limited data on their density and the factors influencing it. In this study, our objective was to estimate the density of Atlantic Forest deer and to identify its most significant drivers. We conducted density estimates using faecal standing crop methods with scat detection dogs across the whole Atlantic Forest. In addition, we investigated the influences on density of a locally collected environmental index (AII) incorporating anthropogenic impact variables, landscape metrics (habitat cover, matrix heterogeneity and number of habitat patches), altitude, slope, canopy height and socioeconomic indexes (human development index, purchasing power parity, income inequality and gender development index) as well as protected area ranger density. After a variable selection process to avoid autocorrelation, we tested the relationship between the selected variables and forest deer population density using multiple linear regression models. Density varied from 0.14 to 18.17 individuals/km², with P. nemorivagus showing the highest values. The average and median values were 3.42 and 1.47 individuals/km², respectively. Only the model where density was a function of AII was significant, with satisfactory residuals and the lowest AIC value. Synthesis and applications. Our results highlight how threats such as poaching, predation by domestic dogs, disease transmission from domestic ungulates and competition, predation or disturbance by wild boar may affect forest deer density and potentially lead to species extinction.
Article
Full-text available
Babesia spp. and Theileria spp. are tick-borne apicomplexan protozoa that can cause disease in animals and humans. Deer are considered reservoirs for a wide variety of Piroplasmida species, including some potentially zoonotic. This study aimed to investigate the occurrence and genetic diversity of piroplasmids in wild deer sampled in four Brazilian states (São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná and Goiás). For this purpose, extracted DNA samples from 181 deer buffy coat samples (138 Blastocerus dichotomus, 26 Subulo gouazoubira, 4 Mazama jucunda, 3 Mazama rufa and 10 Ozotocerus bezoarticus) were subjected to a nested PCR (nPCR) assay based on the 18S rRNA gene in order to perform a screening for piroplasmids and characterized based on the near-complete 18S rRNA, hsp70 and cox-3 genes. As a result, 75.14% (136/181) samples were positive for piroplasmids. Of these, 108 (79.41%), 101 (74.26%) and 67 (49.26%) were positive to near complete 18S rRNA, hsp70 and cox-3 genes, respectively. Phylogenetic analyses based on three molecular markers showed similar topology to each other. All sequences obtained in the present study were positioned into the Theileria sensu stricto clade, forming a distinct clade, albeit close to T. cervi. Most sequences grouped together into a large clade divided into subclades, which were often related to deer genus/species, showing that Theileria lineages seemed to show specificity according to deer genus/species. Two 18S rRNA sequences (one obtained from S. gouazoubira and another from M. jucunda) were positioned into a different clade, apart from other sequences detected in this study, indicating that different species of Theileria occur in deer from Brazil. Two subclusters were observed in the phylogenetic analysis based on the hsp70 gene: the first containing only sequences detected in marsh deer and the second grouping sequences detected in brocket deer (Mazama spp. and S. gouazoubira). The latter was also divided into smaller clades that grouped Theileria genotypes according to deer species (M. jucunda, M. rufa and S. gouazoubira). This study provides the first molecular evidence of Theileria infection in M. jucunda, as well as co-infection by distinct Theileria (sub)species/genotypes in the same deer was evidenced. Finally, this study expanded the knowledge on the diversity of Theileria spp. infecting deer from South America.
Article
Full-text available
Although considered an evolutionary force responsible for shaping ecosystems and biodiversity, fires’ natural cycle is being altered by human activities, increasing the odds of destructive megafire events. Here, we show that forest type modulates the responses of terrestrial mammals, from species to assemblage level, to a catastrophic megafire in the Brazilian Pantanal. We unraveled that mammalian richness was higher 1 year after fire passage compared to a pre-fire condition, which can be attributed to habitat modification caused by wildfires, attracting herbivores and open-area tolerant species. We observed changes in assemblage composition between burned/unburned sites, but no difference in mammalian richness or relative abundance. However, by partitioning the effects of burned area proportion per forest type (monospecific vs. polyspecific), we detected differential responses of mammals at several levels of organization, with pronounced declines in species richness and relative abundance in monospecific forests. Eighty-six percent of the species presented moderate to strong negative effects on their relative abundance, with an overall strong negative effect for the entire assemblage. Wildfires are predicted to be more frequent with climate and land use change, and if events analogous to Pantanal-2020 become recurrent, they might trigger regional beta diversity change, benefitting open-area tolerant species.
Article
Full-text available
Apresentamos uma revisão dos diferentes aspectos relacionados aos mamíferos artiodáctilos nativos da Bacia do Alto Paraguai (BAP), área que compreende a planície pantaneira e os planaltos adjacentes, representados por duas espécies da família Tayassuidae (Tayassu pecari e Pecari tajacu) e quatro da família Cervidae (Blastocerus dichotomus, Mazama americana, Mazama gouazoubira e Ozotoceros bezoarticus). Embora originalmente estas seis espécies possuíssem ampla distribuição geográfica, atualmente, algumas delas se encontram global ou regionalmente ameaçadas. Diferentemente do que ocorre nas áreas de planalto, em avançado estágio de degradação ambiental, a planície pantaneira ainda mantém populações viáveis destas espécies, sendo um local importante tanto para a sua conservação quanto para a realização de estudos considerando a ampla heterogeneidade ambiental existente. Procuramos compilar e sintetizar as principais informações relacionadas a história natural, taxonomia, morfologia, estrutura populacional, ecologia e conservação destas espécies, priorizando a utilização de dados gerados por estudos conduzidos nas diferentes regiões da BAP. Para fins de comparação, dados levantados em ecorregiões vizinhas também foram considerados. Esperamos que este trabalho contribua para o aumento do conhecimento destas espécies no Brasil e auxilie na formulação de políticas públicas e na implementação de estratégias de conservação de longo prazo dos taiassuídeos e cervídeos neotropicais.
Article
Full-text available
The red brocket deer Mazama americana Erxleben, 1777 is considered a polyphyletic complex of cryptic species with wide chromosomal divergence. Evidence indicates that the observed chromosomal divergences result in reproductive isolation. The description of a neotype for M. americana allowed its genetic characterization and represented a comparative basis to resolve the taxonomic uncertainties of the group. Thus, we designated a neotype for the synonym Mazama rufa Illiger, 1815 and tested its recognition as a distinct species from the M. americana complex with the analysis of morphological, cytogenetic and molecular data. We also evaluated its distribution by sampling fecal DNA in the wild. Morphological data from craniometry and body biometry indicated an overlap of quantitative measurements between M. rufa and the entire M. americana complex. The phylogenetic hypothesis obtained through mtDNA confirmed the reciprocal monophyly relationship between M. americana and M. rufa, and both were identified as distinct molecular operational taxonomic units by the General Mixed Yule Coalescent species delimitation analysis. Finally, classic cytogenetic data and fluorescence in situ hybridization with whole chromosome painting probes showed M. rufa with a karyotype of 2n = 52, FN = 56. Comparative analysis indicate that at least fifteen rearrangements separate M. rufa and M. americana (sensu stricto) karyotypes, which confirmed their substantial chromosomal divergence. This divergence should represent an important reproductive barrier and allow its characterization as a distinct and valid species. Genetic analysis of fecal samples demonstrated a wide distribution of M. rufa in the South American continent through the Atlantic Forest, Cerrado and south region of Amazon. Thus, we conclude for the revalidation of M. rufa as a distinct species under the concept of biological isolation, with its karyotype as the main diagnostic character. The present work serves as a basis for the taxonomic review of the M. americana complex, which should be mainly based on cytogenetic characterization and directed towards a better sampling of the Amazon region, the evaluation of available names in the species synonymy and a multi-locus phylogenetic analysis.
Article
Full-text available
Mazama americana (red brocket deer) is the genus-type species (first species described for this genus) and the basis for the identity of other Mazama species. Mazama americana is one of the most abundant and widely distributed deer species in the neotropical forest. However, recent studies suggest that this taxon belongs to a species complex. Our goal was to collect an animal at the type locality (topotype) in French Guiana with the aim of characterizing the morphological (biometric, craniometric), cytogenetic (Giemsa, C-banding, G-banding and NOR) and molecular (mitochondrial DNA) features. The comparisons showed that the collected specimen was very similar morphologically to specimens from other South American populations, but it was cytogenetically and molecularly very different from any of the cytotypes already described for this species, corroborating the existence of a complex of cryptic species. The data suggest that the M. americana topotype is a different species from all the cytotypes already described in the literature and which occupy the southern region of the Amazon River. The characterization and designation of the M. americana neotype is the first step toward a taxonomic reorganization of the genus Mazama , with the potential identification of new species.
Article
Full-text available
To clarify the systematic relationships and evolutionary history of South American deer, we conducted a comprehensive phylogenetic analysis using representative species of all of the genera of Neotropical deer. Our results revealed high levels of molecular and cytogenetic divergence between groups of morphologically similar species of brockets (Mazama), and suggest a polyphyletic origin. At least eight ancestral forms of deer invaded South America during the late Pliocene (2.5–3 MYA), and members of the red brockets had an independent early explosive diversification soon after their ancestor arrived there, giving rise to a number of morphologically cryptic species.
Article
Cetartiodactyla comprises one of the most diverse mammal radiations. Currently, 23 families, 131 genera and more than 330 species are recognized. Several studies have been trying to resolve its phylogenetic relationships. The most comprehensive dated phylogenetic hypothesis available includes only 55% of the extant species, precluding a clear understanding of ecological and evolutionary patterns in Cetartiodactyla. Here, we gathered all mitochondrial genetic data available in GenBank to build a robust Cetartiodactyla calibrated phylogenetic tree using 21 fossil calibration points. We found mitogenomic data for 225 species and included other 93 species from which there was at least one mitochondrial gene available. Using a Bayesian approach, we generated a dated tree comprising 90% of the extant Cetartiodactyla species (n = 318). The major lineages showed robust support and families divergence times are congruent with the available fossil evidence and with previously published phylogenetic hypotheses. By making available a dated phylogeny with extensively sampled clades, we expect to foster future studies on the origin, tempo and mode of Cetartiodactyla diversification.
Mazama americana. The IUCN Red List of Threatened Species
  • Jmb Duarte
  • A Vogliotti
Duarte JMB e Vogliotti A (2016) Mazama americana. The IUCN Red List of Threatened Species 2016: e.T29619A22154827.
Mazama nana. The IUCN Red List of Threatened Species
  • Jmb Duarte
Duarte JMB et al. (2015) Mazama nana. The IUCN Red List of Threatened Species 2015: eT29621A22154379 Downloaded on 24 June 2021.
Blastocerus dichotomus
  • Jmb Duarte
Duarte JMB, et al. (2016) Blastocerus dichotomus. The IUCN Red List of Threatened Species. e.T2828A22160916. Downloaded on 24 June 2021.
Ozotoceros bezoarticus
  • S González
González S et al. (2016) Ozotoceros bezoarticus. The IUCN Red List of Threatened Species. e.T15803A22160030. Downloaded on 24 June 2021.
Cytochrome b sequence of the Mazama americana jucunda Thomas, 1913 holotype reveals Mazama bororo Duarte, 1996 as its junior synonym
  • Amb Mantellatto
  • S González
  • Jmb Duarte
Mantellatto AMB, González S, Duarte, JMB (2021) Cytochrome b sequence of the Mazama americana jucunda Thomas, 1913 holotype reveals Mazama bororo Duarte, 1996 as its junior synonym. Genetics and Molecular Biology, 45.