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PROJETO BIMESTRAL DE GEOMETRIA ESPACIAL: ESTUDO DE CASO NO CURSO DE PROCESSOS FOTOGRÁFICOS DO IFPR

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Abstract and Figures

Este trabalho ilustra o desenvolvimento e construção de maquetes como projeto para a visualização 3D em ambientes da arquitetura. Neste cenário, a Project Based Learning (PBL) é uma metodologia que pode oportunizar ao estudante o protagonismo dentro do processo de ensino-aprendizagem. Este texto traz uma reflexão sobre esta prática realizada no ensino de Matemática do 3° ano do ensino médio técnico integrado em Processos Fotográficos do Instituto Federal do Paraná-IFPR, em Curitiba, no Paraná. Aqui estão expostos alguns dos trabalhos desenvolvidos por estudantes como projeto bimestral do tema Geometria Espacial na disciplina de Matemática e que podem nortear novas pesquisas.
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Revista Mundi Sociais e Humanidades. Curitiba, PR, v. 6, n. 1, 107, jan./jul. 2021.
107-1
PROJETO BIMESTRAL DE GEOMETRIA ESPACIAL: RELATO
DE CASO NO CURSO DE PROCESSOS FOTOGRÁFICOS DO
IFPR
BIMESTRAL SPATIAL GEOMETRY PROJECT: CASE STUDY IN IFPR
PHOTOGRAPHIC PROCESSES COURSE
Giancarlo de França Aguiar
1
Bárbara de Cássia Xavier Cassins Aguiar
2
Resumo: Este trabalho ilustra o desenvolvimento e construção de maquetes como projeto para
a visualização 3D em ambientes da arquitetura. Neste cenário, a Project Based Learning (PBL)
é uma metodologia que pode oportunizar ao estudante o protagonismo dentro do processo de
ensino-aprendizagem. Este texto traz uma reflexão sobre esta prática realizada no ensino de
Matemática do 3° ano do ensino médio técnico integrado em Processos Fotográficos do
Instituto Federal do Paraná-IFPR, em Curitiba, no Paraná. Aqui estão expostos alguns dos
trabalhos desenvolvidos por estudantes como projeto bimestral do tema Geometria Espacial na
disciplina de Matemática e que podem nortear novas pesquisas.
Palavras-chave: Geometria Espacial. Aprendizagem Baseada em Projetos. Processo de
Ensino-Aprendizagem.
Abstract: This work illustrates the development and construction of models as a project for 3D
visualization in architectural environments. In this scenario, Project Based Learning (PBL) is a
methodology that can give the student the opportunity to take a leading role within the teaching-
learning process. This text reflects on this practice carried out in the teaching of Mathematics in
the 3° year of technical high school integrated in Photographic Processes at the Federal
Institute of Paraná-IFPR, in Curitiba, Paraná. Here are exposed some of the works developed
by students as a bimonthly project of the theme Spatial Geometry in the discipline of
Mathematics and that can guide new research.
Keywords: Spatial Geometry. Projects Based Learning. Teaching-Learning Process.
1
Doutorado em Métodos Numéricos, Instituto Federal do Paraná - IFPR -
giancarlo.aguiar@ifpr.edu.br.
2
Doutorado em Métodos Numéricos, Universidade Federal do Paraná - UFPR -
babi.eg78@gmail.com.
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1 INTRODUÇÃO
Por vezes temida e, por outro lado, bem-sucedida por suas extensões e
aplicabilidade, o componente curricular Matemática assume função essencial
na formação do estudante. Seu refinamento requer do educando muito esforço
e dedicação.
Objetivando motivar estudantes com atividades práticas de ensino, este
texto procura ilustrar ao educador interessado que, o estímulo do
desenvolvimento prático de ações desenvolvidas por estudantes põe em
evidência o papel do sujeito aprendiz e o coloca como protagonista do seu
processo de ensino, permitindo que o mesmo pratique e consiga atingir com
maior profundidade seus objetivos (MASSETO, 2009).
Segundo Trivelato e Oliveira (2006), Souza (2007) e Silva et al. (2017), a
sala de aula é um excelente laboratório de aprendizagem, onde muitos
recursos didáticos podem ser utilizados. A definição e escolha do recurso,
depende de muitos fatores, como por exemplo: a visão do educador acerca do
recurso, a viabilidade financeira para a sua aquisição, a finalidade de seu
emprego e, primordialmente, da aceitabilidade dos estudantes.
Dessa forma, embora sejam muitas as possibilidades de sua utilização,
a escolha mais apropriada dos recursos remete a experiência e expertise do
professor orientador. Nesse cenário, sua utilização pode promover melhorias
no processo de ensino/aprendizagem e, possivelmente, contribuindo para a
ampliação de visão do estudante para a retenção do conhecimento.
Para Silva e Muniz (2012), Konrad et al. (2017) e Gomes et al. (2020), as
maquetes se apresentam como importantes ferramentas para o ensino, pois
simulam a representação tridimensional do espaço em grande escala e
procuram não distorcer a realidade. Dessa forma, oportunizam ao estudante
uma identificação com a realidade observada, uma vez que norteiam imagens
com os símbolos próprios de cada contexto social e, muitas vezes, utilizados
para representar os principais elementos contidos na sociedade.
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Dessa forma, entende-se que motivar o estudante para a produção de
maquetes permite ao educando o protagonismo no processo de sua
aprendizagem, reforçando a importância do professor que, oportuniza aos seus
orientados, um contexto sociocultural ao que estão inseridos.
Nesse caminho, em sua definição de currículo, as Diretrizes Curriculares
Nacionais orientam e enfatizam a necessidade de utilização de um conjunto de
experiências de aprendizado, considerando que a aprendizagem significativa
pode ser norteada por atividades complementares as atividades realizadas em
sala de aula, como por exemplo, o desenvolvimento de iniciação científica e
tecnológica, a participação em programas de extensão, atividades políticas e
culturais, visitas técnicas a empresas, desenvolvimento de jogos e, sobretudo,
momentos onde o estudante coloque a mão na massa hands in the doughe
que, neste trabalho, é realizado através da apropriação de maquetes
(MOEHLECKE, 2012; SOARES, 2016).
Dessa forma, este trabalho ilustra o desenvolvimento e construção de
maquetes como projeto para a visualização 3D em ambientes da arquitetura. O
texto traz uma reflexão sobre essa prática realizada no ensino de Matemática
do 3° ano do Ensino Médio Técnico Integrado do Curso Processos Fotográficos
do Instituto Federal do Paraná-IFPR, em Curitiba, no Paraná.
2 DESENVOLVIMENTO
O emprego de novas metodologias de ensino, requer do educador a
necessidade de repensar as formas de aplicação de recursos didáticos
diferenciados. Dessa forma, são apresentadas como sugestões de metodologia
para o educador, o seguinte conjunto de etapas:
1. Escolher os conteúdos a partir de debates e discussões coletivas
com os estudantes e colegas docentes;
2. Separar um momento para auxiliar os estudantes na construção
das maquetes;
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3. Solicitar a utilização de materiais prontos objetivando proporcionar
visão tridimensional;
4. Visitar locais diferenciados para aumentar a interatividade entre
os estudantes; e
5. Promover a utilização de materiais recicláveis.
Por outro lado, aprender segundo Pereira (2008), é substituir valores,
reformular visões de mundo, acrescentar conhecimentos aos modelos da vida
social e confrontar com o novo.
Segundo Masson et al. (2012) apud Campos (2011), a Aprendizagem
Baseada em Projetos - PBL tem sido fortemente discutida e empregada, não
apenas como metodologia de aprendizagem ativa, mas como alternativa para a
adoção de novas práticas em educação.
O Project Based Learning - PBL é uma estratégia que pode exigir muito
mais dos estudantes e professores, fortalecendo a ideia de que o professor
deve ser um mentor da aprendizagem e que, os estudantes, adquiram maior
responsabilidade por sua própria aprendizagem.
Para Stepien e Gallagher (1998), Ribeiro e Mizukami (2004), Barbosa e
Moura (2013), Malmia et al. (2019), a Aprendizagem Baseada em Projetos
favorece a aprendizagem por meio de uma investigação que possa responder a
uma pergunta norteadora (desafio). Os estudantes se envolvem no processo
de pesquisa, elaboração de hipóteses, procura por recursos e aplicação
prática, objetivando a conquista de uma solução ou produto.
Para facilitar a compreensão dos estudantes, o educador deve discutir e
nortear o trabalho de pesquisa junto aos seus orientados e, neste caso, o
projeto foi apresentado seguindo um conjunto de cinco momentos principais
segundo a metodologia PBL:
1. Apresentar uma Pergunta Norteadora e o Desafio Proposto:
Inicie o estudo com uma pergunta que, em geral, não possa ser
respondida facilmente. Apresentar um desafio para a sua turma;
2. Ilustre a Pesquisa e o Conteúdo:
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O professor deve apresentar os temas e, a partir deste
momento, os estudantes devem se tornar os pesquisadores;
3. Propor a Mão na Massa:
Os estudantes (equipes) deverão colocar a mão na massa
objetivando cumprir o desafio;
4. Reflexão e Resposta à Questão Norteadora:
Os estudantes devem refletir sobre o tema e apresentarem seus
resultados, respondendo, à questão motivadora; e
5. Processo de Avaliação:
O professor deve propor avaliações para identificar se os
objetivos foram atingidos.
Nesse sentido, foi apresentado a uma turma do 3° ano de ensino médio,
o projeto de trabalho bimestral para os estudantes da disciplina Matemática. Os
estudantes teriam que construir maquetes para compreenderem o tema do
bimestre - “Geometria Espacial”, utilizando para isso, materiais reciclados
(garrafas pet, papelão, palitos de sorvete, caixas de madeira, entre outros).
Objetivando facilitar o trabalho e a compreensão dos estudantes, o
projeto foi apresentado (seguindo a metodologia anterior) ilustrando o seguinte
conjunto de momentos principais:
No 1° encontro do 2° semestre foram combinadas com a turma as
regras sobre o trabalho (tópicos de pesquisa, divisão das equipes,
tarefas agendadas, regras e objetivos). O trabalho teve peso de
8,0 pontos na nota do 4° bimestre.
Após um estudo inicial de fundamentos da Geometria Espacial, os
estudantes tiveram o 1° contato com os conceitos e relações
matemáticas (aula expositiva apresentada pelo professor). Os
estudantes foram motivados a relacionarem diferentes
abordagens matemáticas (numérica, gráfica, simbólica e física).
Como tarefa, os estudantes deveriam começar a construção de
suas maquetes com materiais sucateados, anteriormente ao
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estudo conceitual. Simultaneamente, os alunos deveriam elaborar
relatórios descritivos dos experimentos.
Em data agendada ainda no primeiro encontro, os estudantes
tiveram de apresentar um seminário sobre os tópicos discutidos e
suas construções didáticas.
É válido reforçar que os trabalhos tiveram peso nas notas do 4° bimestre
(8,0 pontos). Segundo Vicente e Gomes (2008) quando um trabalho é proposto
sem valor (peso) na nota (bimestral ou parcial), o aluno pode dispersar
demonstrando falta de interesse no desenvolvimento da tarefa.
Ainda no encontro foi apresentada a Figura 1, a seguir, que objetiva
nortear o trabalho de pesquisa dos estudantes. A figura ilustra a concepção de
conhecimentos no processo de ensino-aprendizagem. Os estudantes (grupos)
deveriam estar atentos aos quatro fatores fundamentais da abordagem
metodológica (compreensão numérica, gráfica, simbólica e física), e que seriam
fomentados no dia das apresentações dos seminários.
Figura 1 Representação de 4 Momentos de Aprendizagem do Tema Geometria Espacial.
Fonte: Os autores
A Aprendizagem do Tema
Geometria Espacial
Pode ser construída através da
compreensão
Numérica
Simbólica
Física
Exemplo
Exemplo
Exemplo
Exemplo
Maquete da Pirâmide
Construção
Volume
Área de Superfície
hSV base..
3
1
=
Volume: Um terço
do produto entre a
área da base e sua
altura. Vamos
experimentar na
Maquete?
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Compete citar que as dificuldades apresentadas pelos estudantes foram
aparentes (carência de conhecimentos significativos em Matemática básica e
falta de foco na compreensão conceitual) e podem estar condicionadas, por
exemplo, a fatores como a falta de tempo apropriado para o estudo (no Instituto
Federal do Paraná Campus Curitiba, os estudantes possuem, em média,
entre 15 e 20 componentes curriculares por ano, sobrecarregando, muitas
vezes, os estudantes).
2.1 Teoria e Prática
Como um dos objetivos do projeto foi a integração entre a teoria
abordada em sala de aula no componente curricular Matemática e a formação
técnica (educação profissional como uma prática social) recebida pelos
estudantes do curso de Processos Fotográficos, a maquete construída deveria
seguir duas orientações principais:
1. Construção da Maquete
Planejamento, desenvolvimento e construção de ambiente tridimensional
em formato reduzido (escala). O ambiente pode ser, por exemplo, uma
igreja, uma paisagem, um laboratório com computadores, entre outros.
O equipamento será uma maquete com Geometria Espacial em formato
fechado (tipo uma caixa - Máquina Observatório Panorâmico - Prisma).
Está caixa deverá conter uma lente tipo “olho de peixe” para que o
usuário possa visualizar o ambiente escolhido.
Fazer um filme informal, editado de 3 a 6 minutos contendo os encontros
de sua equipe. Filmagens de todos os integrantes da equipe
desenvolvendo o trabalho.
A Figura 2, a seguir, ilustra um modelo de “Equipamento Observatório
Panorâmico” e sua imagem (trabalho do ano de 2018).
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Figura 2 Ambiente Tridimensional Representando uma Igreja
2. Apresentação
Apresentação para a turma de aula teórica (explanação teórica e
desenvolvimento de exemplos);
Recursos audiovisuais: os estudantes podem utilizar softwares de
apresentação (exemplo Power-Point) para auxiliar a sua apresentação
teórica/exemplos;
Utilização de pacotes computacionais: é importante a utilização de
pacotes computacionais (Winplot, Geogebra, Maple, Matlab, entre
outros) durante as apresentações. Esses programas podem ser
utilizados para ilustrar exemplos com plotagem 3D;
A construção física de poliedros pode auxiliar as apresentações e
contribuir com a aprendizagem e fixação dos conteúdos (o Laboratório
de Matemática do IFPR possui materiais concretos que podem ser
emprestados aos estudantes);
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Observar nosso mundo (ao nosso redor) figuras tridimensionais,
principalmente os poliedros, que podem enriquecer o seu trabalho.
Fotos;
Construir uma lista com 5 exercícios (sobre o seu tema) resolvidos, ou
seja, com gabarito para passar a sua turma; e
As apresentações serão de 40 a 45 minutos por equipe.
2.2 Alguns Resultados
Aqui serão expostos alguns dos trabalhos/produtos desenvolvidos por
estudantes como projeto bimestral do tema Geometria Espacial na disciplina de
Matemática e que podem nortear novas pesquisas. A Figura 3 apresenta uma
Pirâmide e sua Vista (visão interior) com a forma de um Sarcófago e sua
Múmia.
Figura 3 Pirâmide e sua Vista. Fonte: Os autores
A Figura 4 também ilustra uma Pirâmide e sua Vista (visão interior) com
a forma de um Sarcófago e sua Múmia.
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Figura 4 Pirâmide e sua Vista. Fonte: Os autores
A Figura 5 ilustra um Prisma e seu telhado em forma de Pirâmide, sendo
a sua Vista (visão interior) com a forma de uma Igreja.
Figura 5 Prisma com Telhado em Pirâmide e sua Vista. Fonte: Os autores
A Figura 6 ilustra um Prisma de base triangular e sua Vista (visão
interior) com a forma de uma residência.
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Figura 6 Prisma de Base Triangular e sua Vista. Fonte: Os autores
A Figura 7 ilustra uma Esfera e sua Vista (visão interior) com a forma de
uma praia ao anoitecer.
Figura 7 Esfera e sua Vista. Fonte: Os autores
As Figuras 8 e 9 ilustram, respectivamente, um Prisma e sua Vista (visão
interior) com a forma de um museu, e um Cone e sua Vista (visão interior) com
a forma de uma Igreja (Igreja Catedral da cidade de Maringá no Estado do
Paraná).
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Figura 8 Prisma e sua Vista. Fonte: Os autores
Figura 9 Cone e sua Vista. Fonte: Os autores
2.3 Pesquisa de Opinião do Processo de Ensino
Objetivando compreender e obter uma visão e feedback dos estudantes
após o desenvolvimento do trabalho, foi organizado um pequeno questionário
respondido de forma remota (online) via formulário do Google.
A seguir, no Quadro 1, está ilustrado o questionário aplicado aos
estudantes. Os estudantes foram orientados a darem uma nota de 1,0 a 10,0
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pontos para as questões de 1 a 5 e, na questão 6, adicionarem comentários e
sugestões para o trabalho.
Quadro 1 Formulário Básico Trabalho Geometria Espacial
Título da Avaliação
Avaliação Trabalho de Matemática -
Geometria Espacial
Título da Aplicação
Trabalho Geometria Espacial 2019 - IFPR
Instrução da Aplicação
Responder com seriedade o questionário
Período
De 01/12/2019 até 20/12/2019
Outras Configurações
- Resposta obrigatória para todas as perguntas
- Pesquisa anônima
Questões (1 a 5): ponderar nota de 1,0 a 10,0 pontos - Questão 6: Dissertativa
1- Qual o grau de relacionamento entre este trabalho e as disciplinas de seu curso?
2- Este trabalho está adequado ao seu curso ou alguma disciplina que você frequenta
ou frequentou?
3- Este trabalho proporcionou aquisição de novos conhecimentos práticos?
4- O professor que acompanhou o trabalho conduziu e interagiu adequadamente com o
grupo de estudantes?
5- Dê uma nota geral para este trabalho.
6- Escreva seus comentários e sugestões gerais sobre o trabalho de Matemática
Geometria Espacial
A seguir, na Tabela 1, estão ilustrados os resultados obtidos com a
aplicação do questionário a um conjunto de 68 estudantes distribuídos em dois
anos consecutivos (2018 e 2019) no curso técnico integrado ao ensino médio
de Processos Fotográficos do Instituto Federal do Paraná, Campus Curitiba.
Tabela 1 Notas Mensuradas por 68 Estudantes
Questão
Notas atribuídas de 1,0 a 10,0
Média
por
Questão
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
9,0
10,0
1
--
--
--
--
--
1
1
31
18
17
8,7
2
--
--
--
1
1
1
2
29
16
18
8,6
3
--
--
--
--
--
1
--
12
36
19
9,0
4
--
--
--
1
1
1
--
5
21
39
9,3
5
--
--
--
--
1
1
3
9
16
38
9,2
Média Total: 8,9
Como exemplo, temos na linha 3 em negrito, que 1 estudante deu nota
6,0 ao questionamento 3 (Este trabalho proporcionou aquisição de novos
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conhecimentos práticos?), 12 estudantes deram nota 8,0, 36 estudantes deram
nota 9,0 e 19 estudantes deram nota 10,0. A média amostral para a questão (3)
foi 9,0, ou seja, o resultado indica que os estudantes acreditam na aquisição de
novos conhecimentos com o desenvolvimento do trabalho.
A menor nota foi 8,6 no questionamento Este trabalho está adequado
ao seu curso ou alguma disciplina que você frequenta ou frequentou?” e a
maior nota 9,3 no questionamento O professor que acompanhou o trabalho
conduziu e interagiu adequadamente com o grupo de estudantes?”.
A média geral de nota para o trabalho foi 8,9 para o conjunto de duas
amostras (uma com 31 estudantes (2018) e outra com 37 estudantes (2019)) e,
pode indicar, que o trabalho tem contribuído significativamente para a formação
dos estudantes.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Algumas considerações e observações podem ser de grande valia ao
professor/pesquisador e, desta forma, podemos citar:
A carência de tempo para o planejamento das aulas, acompanhada da
reduzida carga horária de alguns componentes curriculares podem contribuir
para o elevado número de aulas teóricas e o reduzido número de aulas
experimentais apresentadas.
O estímulo ao desenvolvimento de trabalhos em equipe pode se tornar
um meio de socialização e aprendizagem coletiva para os estudantes e uma
ferramenta de observação para o professor.
O resultado (média geral das notas para as 5 questões fechadas) igual a
8,9 pode indicar grande satisfação dos estudantes em terem participado do
trabalho.
O questionário possuía uma questão aberta (6- Escreva seus
comentários e sugestões gerais sobre o trabalho de Matemática - Geometria
Espacial). A partir das respostas, pode-se entender que o fator motivacional é
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significativo e deve ser considerado. A seguir são apresentados dois
comentários de estudantes que participaram do trabalho:
“O trabalho foi um pouco trabalhoso, mas foi excelente. Acho extraordinário este tipo de
atividade, pois apenas a teoria da sala de aula não basta. Nós precisamos ver na
prática para facilitar e complementar o aprendizado”.
“Este projeto foi satisfatório, e acrescentou muito na minha área. O professor foi muito
atencioso, e correspondeu às expectativas. O trabalho proporcionou ao meu grupo
muito aprendizado e ajudou bastante no entendimento da matéria Geometria Espacial”.
Nesta pesquisa, as respostas (para a questão 6) não foram
caracterizadas e analisadas por categorias, ficando como sugestão para
pesquisas futuras.
E, por fim, conclui-se que atividades como o desenvolvimento de
maquetes são de fundamental importância para a formação dos estudantes,
dado ao seu caráter multidisciplinar e suas estruturas que objetivam ampliar a
formação profissional do educando.
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A Educação Profissional tem sido objeto de discussões focalizando prioritariamente as organizações curriculares e percursos formativos, com menor ênfase em metodologias de aprendizagem voltadas para a construção de competências profissionais. Este artigo incentiva a revisão de práticas tradicionais de ensino e discute possibilidades de metodologias ativas na Educação Profissional, especialmente as metodologias Aprendizagem Baseada em Problemas e Aprendizagem Baseada em Projetos. Ambas têm um ideário favorável às necessidades da Educação Profissional e podem gerar práticas docentes inovadoras no contexto da formação profissional, superando limitações dos modelos tradicionais de ensino.
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This text aims to introduce the preliminary results of the study about the curriculum proposal elaboration of a brazilian municipality regarding to the educational organization in attention to the necessities of students with disabilities, especially through the establishment of a continuous training developed with teachers of Classrooms of Multifunction Resources. The study, with methodological focus guided by an action-research, enabled the systematization of a debate forum about curriculum and school inclusion and, particularly, assured a rich possibility of problematize the disability in curriculum organization, as well as the (im)possibilities of formative proposals about curriculum with audience of the research participants. Based on investigation, we hope to contribute with the challenge of (re)think the conditions of learning and participation of any students and their insertion in the macro debate of education.
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Diferentemente dos métodos convencionais que colocam problemas de aplicação ao final da apresentação de um conteúdo, a Aprendizagem Baseada em Problemas ou PBL (Problem-based Learning) é um método instrucional que usa um problema para iniciar, motivar e focar a aquisição de conhecimentos, além de estimular o desenvolvimento de habilidades e atitudes profissionais. Este trabalho descreve e analisa a utilização da PBL na Escola de Arquitetura da Universidade de Newcastle (Austrália) e reflete sobre a viabilidade de utilização desse modelo no ensino de engenharia no Brasil. Os dados deste trabalho derivam de observação participante de um ciclo completo do método, de entrevistas não estruturadas e da análise de material produzido pela escola e pelos alunos. Os resultados sugerem ser viável a implementação de tal modelo em nossos currículos de engenharia, desde que as especificidades dessa área de conhecimento e dos diferentes contextos educacionais e institucionais sejam consideradas.
Estratégia de Engajamento de Estudantes por meio de uma Gincana: Estudo de Caso na Universidade Positivo
  • Bárbara Aguiar
  • Xavier De Cássia
  • Cassins
AGUIAR, Bárbara de Cássia Xavier Cassins. "Estratégia de Engajamento de Estudantes por meio de uma Gincana: Estudo de Caso na Universidade Positivo". Revista Brasileira de Ensino Superior -REBES, vol. 4, n. 2, 2018.
Aprendizagem Baseada em projetos: uma nova abordagem para a Educação em Engenharia. Congresso Brasileiro de Educação em Engenharia -COBENGE
  • L C Campos
CAMPOS, L.C. Aprendizagem Baseada em projetos: uma nova abordagem para a Educação em Engenharia. Congresso Brasileiro de Educação em Engenharia -COBENGE, Blumenau, Santa Catarina, 2011.
A construção de maquetes físicas como recurso didático para o ensino de projeto arquitetônico na educação profissional técnica de nível médio
  • Adilson Oliveira
  • Ribeiro De
OLIVEIRA, Adilson Ribeiro de. "A construção de maquetes físicas como recurso didático para o ensino de projeto arquitetônico na educação profissional técnica de nível médio". Educação Pública, v. 20, nº 7, 18 de fevereiro de 2020.
Atividades pedagógicas no cotidiano da sala de aula universitária: reflexões e sugestões práticas
  • M Masseto
MASSETO, M. T. "Atividades pedagógicas no cotidiano da sala de aula universitária: reflexões e sugestões práticas". Disponível em: http://www.escoladavida.eng.br/anotacaopu/Formacao%20de%20Professores/modulo _6.htm. Acesso em: 14/02/2011.
  • S Moehlecke
  • Ensino
MOEHLECKE, S. O Ensino Médio e as Novas Diretrizes Curriculares Nacionais: entre Recorrências e Novas Inquietações. Revista Brasileira de Educação, vol. 17, n. 49, Apr. 2012.
Introdução à engenharia: conceitos, ferramentas e Comportamentos
  • L T Pereira
  • W A Bazzo
PEREIRA, L.T.V; BAZZO, W.A. "Introdução à engenharia: conceitos, ferramentas e Comportamentos". In: XXXVI COBENGE, 2008, São Paulo. Anais. São Paulo, POLI-USP Instituto Mauá,2008.
A Importância dos Recursos Didáticos para o Processo de Ensino-Aprendizagem". Arquivos do MUDI, v 21
  • Carmem Barbosa
  • Patrícia
BARBOSA, Carmem Patrícia. "A Importância dos Recursos Didáticos para o Processo de Ensino-Aprendizagem". Arquivos do MUDI, v 21, n°. 2, pág. 20-31, 2017.