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O objetivo do estudo foi compreender as alterações fisiológicas do girassol, em fase reprodutiva, quando submetido a estresses hídrico e salino. O estudo foi conduzido em ambiente protegido, aplicando-se 4 níveis de irrigação (25%, 50%, 75% e 100% da evapotranspiração da cultura) e 2 níveis de condutividade elétrica da água de irrigação (0,6 e 3,0 dS m-1) no cultivar Charrua. O delineamento foi o de blocos ao acaso em esquema fatorial 4 x 2 com 3 repetições. Foram avaliados parâmetros de trocas gasosas e fluorescência. Para as trocas gasosas avaliou-se a taxa fotossintética (A), taxa transpiratória (E), condutância estomática (Gs), concentração interna de CO2 (Ci) e as razões Ci/Ca, A/Ci, A/Gs e A/E. Para a fluorescência da clorofila A foram mensurados o rendimento quântico efetivo do fotossistema II (ϕ PSII), o rendimento quântico potencial do fotossistema II (Fv/Fm) o quenching fotoquímico (qP) e o quenching não-fotoquímico (qNP). A fluorescência da clorofila A não sofreu alterações significativas com os tratamentos. A Charrua demonstrou adaptabilidade aos efeitos dos estresses, resultando em diminuição da abertura estomática, aumento de Gs, da A, da eficiência instantânea de carboxilação e eficiência do uso da água quando submetido aos menores níveis de irrigação e condutividade elétrica.
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Research, Society and Development, v. 10, n. 12, e97101220199, 2021
(CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i12.20199
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Respostas fisiológicas do girassol em fase reprodutiva ao estresse hídrico e salino
Physiological response of sunflower in the reproductive phase to water and salt stress
Respuestas fisiológicas del girasol en fase reproductiva al estrés hídrico y salino
Recebido: 03/09/2021 | Revisado: 12/09/2021 | Aceito: 13/09/2021 | Publicado: 14/09/2021
Alisson Macendo Amaral
ORCID: https://orcid.org/0000-0003-3035-2763
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Norte de Minas Gerais, Brasil
E-mail: alisson.amaral@ifnmg.edu.br
Alefe Viana Souza Bastos
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-0349-2421
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano, Brasil
E-mail: alefe_viana@hotmail.com
Maria Ângela Cruz Macêdo dos Santos
ORCID: https://orcid.org/0000-0003-1418-7438
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Brasil
E-mail: angelacruzmacedo@gmail.com
Marconi Batista Teixeira
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-0152-256X
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano, Brasil
E-mail: marconi.teixeira@ifgoiano.edu.br
Frederico Antonio Loureiro Soares
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-4152-5087
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano, Brasil
E-mail: frederico.soares@ifgoiano.edu.br
Resumo
O objetivo do estudo foi compreender as alterações fisiológicas do girassol, em fase reprodutiva, quando submetido a
estresses hídrico e salino. O estudo foi conduzido em ambiente protegido, aplicando-se 4 níveis de irrigação (25%,
50%, 75% e 100% da evapotranspiração da cultura) e 2 níveis de condutividade elétrica da água de irrigação (0,6 e 3,0
dS m-1) no cultivar Charrua. O delineamento foi o de blocos ao acaso em esquema fatorial 4 x 2 com 3 repetições.
Foram avaliados parâmetros de trocas gasosas e fluorescência. Para as trocas gasosas avaliou-se a taxa fotossintética
(A), taxa transpiratória (E), condutância estomática (Gs), concentração interna de CO2 (Ci) e as razões Ci/Ca, A/Ci,
A/Gs e A/E. Para a fluorescência da clorofila A foram mensurados o rendimento quântico efetivo do fotossistema II
(ϕ PSII), o rendimento quântico potencial do fotossistema II (Fv/Fm) o quenching fotoquímico (qP) e o quenching
não-fotoquímico (qNP). A fluorescência da clorofila A não sofreu alterações significativas com os tratamentos. A
Charrua demonstrou adaptabilidade aos efeitos dos estresses, resultando em diminuição da abertura estomática,
aumento de Gs, da A, da eficiência instantânea de carboxilação e eficiência do uso da água quando submetido aos
menores níveis de irrigação e condutividade elétrica.
Palavras-chave: Helianthus annus L.; Adaptabilidade; Resistência.
Abstract
The objective of the study was to understand the physiological changes of the sunflower, in the reproductive phase,
when submitted to water and saline stresses. The study was conducted in a protected environment, applying 4
irrigation levels (25, 50, 75 and 100% of crop evapotranspiration) and 2 levels of electrical conductivity of irrigation
water (0.6 and 3.0 dS m-1) in cultivar Charrua. The design was a randomized complete block design in a 4 x 2 factorial
scheme with 3 replicates. Parameters of gas exchange and fluorescence were evaluated. For the gas exchange the
photosynthetic rate (A), transpiratory rate (E), stomatal conductance (Gs), internal CO2 concentration (Ci) and the
Ci/Ca, A/Ci, A/Gs and A/E. For the chlorophyll A fluorescence, the effective quantum yield of photosystem II (φ
PSII), potential quantum yield of photosystem II (Fv / Fm) and photochemical quenching (qP) and non-photochemical
quenching (qNP) were measured. The chlorophyll A fluorescence did not change significantly with the treatments.
The Charrua showed adaptability to the effects of the stresses, resulting in a decrease in stomatal opening, increases of
Gs, A, instantaneous carboxylation efficiency and water use efficiency when submitted to lower levels of irrigation
and electrical conductivity.
Keywords: Helianthus annus L.; Adaptability; Resistance.
Research, Society and Development, v. 10, n. 12, e97101220199, 2021
(CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i12.20199
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Resumen
El objetivo del estudio fue comprender los cambios fisiológicos del girasol, en la fase reproductiva, cuando se somete
a estrés hídrico y salino. El estudio se realizó en un ambiente protegido, aplicando 4 niveles de riego (25%, 50%, 75%
y 100% de evapotranspiración del cultivo) y 2 niveles de conductividad eléctrica del agua de riego (0,6 y 3,0 dS m-1)
en cultivar Charrua. El diseño fue de bloques al azar en un esquema factorial 4 x 2 con 3 repeticiones. Se evaluaron
los parámetros de intercambio de gases y fluorescencia. Para el intercambio de gases, la tasa fotosintética (A), la tasa
de transpiración (E), la conductancia estomática (Gs), la concentración interna de CO2 (Ci) y las relaciones Ci/Ca,
A/Ci, A/Gs y A/E. Para la fluorescencia de la clorofila A, se midió el rendimiento cuántico efectivo del fotosistema II
(ϕ PSII), el rendimiento cuántico potencial del fotosistema II (Fv / Fm), la extinción fotoquímica (qP) y la extinción
no fotoquímica (qNP). La fluorescencia de la clorofila A no cambió significativamente con los tratamientos. El
Charrua mostró adaptabilidad a los efectos de las tensiones, lo que resultó en una disminución en la apertura
estomática, un aumento en Gs, A, eficiencia de carboxilación instantánea y eficiencia en el uso del agua cuando se
sometió a niveles más bajos de riego y conductividad eléctrica.
Palabras clave: Helianthus annus L.; Adaptabilidad; Resistencia.
1. Introdução
A irrigação é o método de reposição de água no solo que visa suprir as necessidades hídricas dos cultivos. Entretanto,
as reservas de água doce disponíveis a este fim estão cada vez mais escassas, principalmente pelas altas taxas de
evapotranspiração aliadas a regimes pluviométricos insuficientes.
A expansão populacional torna a irrigação uma ferramenta indispensável ao aumento da produção agrícola (Feng et al.,
2017). Deve-se considerar uma alternativa viável à gestão dos recursos hídricos o uso de água de qualidade inferior, como
aquelas de elevada condutividade elétrica, aliadas a irrigações deficitárias, que impõe um certo nível de estresse à planta
durante um período específico ou ao longo do ciclo (Lira et al., 2015; Gomes et al., 2015; Patane et al., 2017).
Considerando o estresse imposto a um cultivo de interesse econômico, devido à aplicação de água de qualidade
inferior, a produtividade satisfatória só será obtida se a cultura for resistente e, nesse sentido, o girassol (Helianthus annus L.)
possui destaque.
O girassol é uma oleaginosa de grande interesse econômico devido as suas características de adaptabilidade a
condições edafoclimatológicas diversas e agronômicas (Lustri et al., 2017; Dalchiavon et al., 2016), como a produção de óleo
(Guedes Filho et al., 2015) e de flores (Santos Jr. et al., 2016), por exemplo. Atualmente é considerada uma das mais
importantes culturas de sementes oleaginosas com tolerância moderada a alta à seca e diferentes níveis de salinidade (Mila et
al., 2017),
A salinidade em níveis elevados influencia mais negativamente a fotossíntese e o crescimento celular, a absorção e
distribuição de água e nutrientes, além do risco constante da vulnerabilidade à formação das espécies reativas de oxigênio,
ocasionando danos oxidativos nas células (Habibi, 2017; Ashraf et al., 2017).
A maioria das culturas possui períodos críticos quando submetidas a situações de deficiência hídrica, durante os quais
a falta de água pode levar a alterações no desenvolvimento das plantas e consequente redução da produtividade final (Miorini
et al., 2011). No girassol, a fase mais crítica ao déficit hídrico é o período compreendido entre 10 a 15 dias antes do início do
florescimento e 10 a 15 dias após o final da floração (Dutra et al., 2012).
As respostas fisiológicas do cultivo do girassol sobre deficiência hídrica e salina ainda são incipientes e pouco
conclusivas. As respostas de uma planta a estresses dependem da espécie, do genótipo, do estádio fenológico e do período de
exposição às condições salinas (Santos & Brito, 2016).
O entendimento do comportamento fisiológico do girassol, em principal na fase reprodutiva, é de fundamental
importância para entender como estresses abióticos impostos ao cultivo influenciam processos posteriores, como crescimento e
produtividade. Diante disso, objetivou-se compreender o comportamento fisiológico do girassol em estádio reprodutivo,
quando submetido a estresses hídrico e salino, por meio de avaliações de trocas gasosas e fluorescência da clorofila.
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2. Metodologia
O experimento foi conduzido em ambiente de cultivo protegido não climatizado, localizado em área experimental do
Instituto Federal Goiano Campus Rio Verde, com coordenadas correspondentes a 17° 48' 3,52"S de latitude, 50° 54' 27,33"O
de longitude e altitude média de 720 m. O ambiente de cultivo possui dimensões correspondentes a 17,6 m de comprimento, 7
m de largura e 6,0 m de altura, revestida lateralmente por tela com fator de sombreamento igual a 11,5% e revestimento do teto
com lona plástica transparente de 150 micras.
O delineamento utilizado foi o de blocos casualizados em esquema fatorial 4 x 2 com 3 repetições, cujos tratamentos
foram 4 níveis de irrigação (25, 50, 75 e 100% da evapotranspiração de referência) e 2 níveis de condutividade elétrica da água
de irrigação (0,6 e 3,0 dS m-1). O nível de condutividade elétrica da água de irrigação (CE) igual a 0,6 dS m-1 correspondia a
salinidade natural da água usada nas irrigações e mensurada na fonte de abastecimento, enquanto que a maior CE (3,0 dS m-1)
foi escolhida por apresentar o máximo do intervalo usual para avaliar a qualidade da água de irrigação pelo critério da
salinidade potencial (Almeida, 2010). Segundo este autor, as condutividades elétricas da água de irrigação do estudo em
questão, correspondem a nenhuma restrição de uso (< 0,7 dS m-1) e ligeira a moderada restrição de uso (0,7 a 3 dS m-1) da água
na irrigação.
As unidades experimentais constaram de vasos com volume de 60 L, cheios por um Latossolo Vermelho Distroférrico
de textura média, cujas características e propriedades físico-hídricas são informadas na Tabela 1. Cada vaso apresenta em sua
parte interior uma camada drenante composta por 1 cm de areia lavada, manta do tipo Bidin e brita 1. A adubação foi
calculada conforme Novais et al. (1991) para ensaios em vaso.
Tabela 1. Propriedades físico-hídricas do solo usado no experimento.
Profundidade
Ds
Dp
PT
Macro
Micro
CV
(cm)
(g cm-3)
(%)
(m3 m-3)
0-20
1,02
2,68
0,62
0,12
0,50
51,83
20-40
0,97
2,80
0,65
0,10
0,55
55,00
Profundidade
Textura
Velocidade de infiltração básica
(cm)
(g kg-1)
(mm h-1)
Areia
Silte
Argila
26,84
0-20
458,3
150,2
391,5
20-40
374,9
158,3
466,8
Ds Densidade global; Dp Densidade de partículas; PT- Porosidade total; Macro- Macroporosidade; Micro Microporosidade; CV
Capacidade de vaso e PMP Ponto de murcha permanente.
Fonte: Autores (2021).
Os níveis de irrigação (NI) foram manejados através do balanço de água do solo no interior de um lisímetro de
pesagem por células de carga, com dimensões representativas às unidades experimentais. As irrigações foram realizadas
diariamente visando repor a umidade do solo perdida por evapotranspiração e proporcionais as frações usadas nos tratamentos
(25, 50, 75 e 100% da Eto). Inicialmente o lisímetro teve sua massa elevada até umidade da capacidade de campo e nas
irrigações sucessivas, quantificou-se a variação da massa perdida por evapotranspiração para que fosse reposta via sistema de
irrigação.
A CE de 3,0 dS m-1 foi obtida com adição de NaCl, P.A ACS (CAS 7647-14-5) utilizando-se a Eq.1 proposta por
Richards (1954).
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(1)
em que:
QNaCl - quantidade de NaCl exigida para elevar a CE até a desejada, em mg L-1;
CEad - condutividade elétrica desejada, em dS m-1, e;
CEai - condutividade elétrica inicial da água de irrigação antes da adição de NaCl, em dS m-1.
Um condutivímetro digital portátil modelo CD 880 da fabricante Instrutherm, foi utilizado nas medições da CE atual
e desejada durante o preparo das soluções em reservatório de 500,0 L. Este reservatório servia de fonte de captação para o
conjunto motor-bomba destinado a conduzir a solução para um sistema de irrigação por gotejamento. O sistema de irrigação
foi modificado para se adequar à casualização do delineamento. Para cada nível de CE aplicado, utilizou-se linhas de derivação
individuais com válvulas de abertura e fechamento conectadas a tubos de polietileno lisos, os quais foram instalados emissores
apenas nas posições dos vasos que receberiam determinado tratamento. Já para o NI variou-se o tempo de aplicação.
Como material vegetal utilizou-se o girassol, cv. Charrua, da Atlântica Sementes LTDA, cultivando-se 10 sementes
por unidade experimental. Os tratamentos foram impostos apenas aos 12 dias após semeadura (DAS), quando se contabilizou
80% de emergência visando obter stand de plantas a serem avaliadas. Aos 22 DAS foi feito desbaste manual, com permanência
de uma planta por vaso para proceder com as avaliações fisiológicas.
As avaliações fisiológicas foram realizadas aos 66 DAS, quanto a cultura encontrava-se no estádio reprodutivo R4
(início do florescimento). As plantas foram avaliadas no intervalo entre 7:00 h e 10:00 h da manhã (Maia et al., 2012) em
folhas do terço médio e completamente saudáveis, mensurando os parâmetros de trocas gasosas: taxa fotossintética (A, µmol
m-2s-1), taxa transpiratória (E, µmol m-2s-1), condutância estomática (Gs, mol H2O m-2s-1), concentração interna de CO2 (Ci,
µmol m-2s-1) e a relação entre a concentração interna e externa de CO2 (Ci/Ca). Posteriormente determinou-se as razões A/Ci,
A/Gs e A/E. As variáveis citadas foram mensuradas por um medidor portátil de fotossíntese, modelo LCi Light Systems (ADC,
BioScientific, Herts, England), acoplado a uma fonte de luz LCI, com densidade de fluxo de fótons igual a 1000 µmol m-2 s-1.
A densidade de fluxo de fótons de 1000 µmol m-2 s-1 usada no estudo foi aquela utilizada em trabalho anterior realizado por
(Maia et al., 2012) com a cultura de girassol e níveis de salinidade.
Avaliou-se também os danos ao aparato fotossintético por meio da fluorescência da clorofila, utilizando um
fluorômetro modulado MINI-PAM (Walz, Effeltrich, Germany). Dessa forma, determinou-se o rendimento quântico efetivo do
fotossistema II (ϕ PSII), o rendimento quântico potencial do fotossistema II (Fv/Fm) o quenching fotoquímico (qP) e o
quenching não-fotoquímico (qNP).
Os dados foram tabulados e as análises estatísticas constaram de análise de variância, que quando significativas, as
médias dos fatores qualitativos (CE) foram comparadas por Tukey (p < 0,05) e as quantitativas (NI) por regressão,
determinando-se os modelos que melhor se ajustaram aos dados observados. As análises estatísticas foram realizadas com
auxílio do software Sisvar (Ferreira, 2014). Ademais, todos os princípios e rigores metodológicos e científicos estão de acordo
com (Pereira et al., 2018; Koche, 2011).
3. Resultados e Discussão
Na Tabela 2 consta o resumo da análise de variância onde é possível verificar a interação significativa entre os
tratamentos para as variáveis A,Gs, Ci, E e para as razões A/Ci e A/E.
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Tabela 2. Resumo da análise de variância para as variáveis de e fluorescência em girassol submetido a níveis de reposição
hídrica e condutividades elétricas.
FV
GL
Quadrados médios
A
Gs
Ci
E
Ci/Ca
A/Ci
A/E
ϕ PSII
Fv/Fm
qP
qNP
Bloco
2
2,36ns
0,027ns
71,36
0,08ns
0,011ns
0,00007ns
0,38ns
0,009ns
0,005ns
0,020ns
0,025ns
NI
3
24,23**
0,011ns
631,20**
1,22**
0,001ns
0,00039**
2,88**
0,011ns
0,003ns
0,015ns
0,041ns
CE
1
90,32**
0,002ns
3772,28**
0,00ns
0,004ns
0,00183**
4,52**
0,000ns
0,000ns
0,000ns
0,000ns
NI*CE
3
27,72**
0,137*
159,87*
2,36**
0,000ns
0,00031**
1,67**
0,012ns
0,007ns
0,019ns
0,002ns
Resíduo
14
2,41
0,274
35,53
0,17
0,002
0,000
0,20
0,008
0,005
0,014
0,027
CV (%)
7,580
24,86
2,03
7,60
6,37
7,35
11,60
21,03
12,77
20,58
22,77
** significativo a 0,01 de probabilidade; * significativo a 0,05 de probabilidade; ns não significativo pelo teste F; A - Taxa fotossintética; Gs -
condutância estomática; Ci - concentração interna de CO2; E - taxa transpiratória,; Ci/Ca - razão entre concentração interna e externa de CO2;
A/Ci - razão entre a taxa fotossintética e a concentração interna de CO2; A/E - razão entre a taxa fotossintética e a transpiratória; ϕ PSII -
rendimento quântico efetivo do fotossistema II; Fv/Fm - rendimento quântico potencial do fotossistema II; qP - quenching fotoquímico; qNP
- quenching não fotoquímico; NI - Nível de irrigação; CE - Condutividade elétrica da água de irrigação; CV - Coeficiente de variação; GL -
Grau de liberdade; FV Fonte de variação.
Fonte: Autores (2021).
Para Ci/Ca e todos os demais parâmetros de fluorescência ϕ PSII, Fv/Fm, qP e qNP não houve interações
significativas e nem influência isolada dos tratamentos. A fluorescência é capaz de fornecer uma medida útil do desempenho
fotossintético dos vegetais. Entretanto, sua principal função é fornecer informações sobre a capacidade de tolerância de uma
planta sob estresses ambientais, a medida em que diferentes intensidades danificam o aparelho fotossintético (Maxwell e
Johnson, 2000). Dessa forma, analisando isoladamente os parâmetros de fluorescência, percebe-se que os tratamentos não
foram suficientes para influencia-los nessa data de avaliação. Contudo, deve-se ter maior atenção para Fv/Fm, uma vez que o
resultado indica a manutenção do aparato fotossintético, mais precisamente do fotossistema II (FSII), quando irrigado com
água salina. Essa relação Fv/Fm é um refinado indicador do desempenho fotossintético da planta e valores muito baixos podem
indicar estresse e / ou fotoinibição, que consiste em danos a nível de FSII (Maxwell e Johnson, 2000; Araújo et al., 2017) ou,
também, regulação negativa da fotossíntese (Jägerbrand & Kudo, 2016).
Analisando o estresse, Shabala (2017) descreve que não há uma definição concisa e extensa do estresse de plantas que
seja suficientemente ampla para acomodar uma gama de "respostas aos estressores", sem incluir todas as alterações fisiológicas
em um organismo. Também cita os diferentes conceitos propostos por outros estudiosos, como Taiz & Zeiger (2012) que o
descreve como uma influência desvantajosa exercida na planta por fatores bióticos ou abióticos. Estes conceitos possuem
sempre uma visão agronômica, porém, sem consenso e com margem para diferentes interpretações.
As comparações entre as condutividades elétricas para cada nível de irrigação são possíveis serem observadas na
Tabela 3, onde está presente o desdobramento de todas as variáveis em que se constatou diferença significativa para interação
(tabela 2).
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Tabela 3. Desdobramento da interação entre a condutividade elétrica da água dentro de cada nível de irrigação.
A - Taxa fotossintética, Gs - condutância estomática, Ci - concentração interna de CO2, E - taxa transpiratória, A/Ci razão entre a taxa
fotossintética e a concentração interna de CO2, A/E - razão entre a taxa fotossintética e a taxa transpiratória e CE Condutividade elétrica da
água de irrigação. Obs - Médias seguidas pela mesma letra, na coluna, não diferem significativamente entre si pelo teste de Tukey a 0,05 de
probabilidade.
Fonte: Autores (2021).
A condutância estomática foi limitada pela aplicação de água salina (3,0 dS m-1) apenas no NI de 25%, demonstrando
que o sal aplicado via irrigação não influenciou na regulação dos estômatos do girassol cv. Charrua quando se tem níveis de
água no solo superiores a 25% da evapotranspiração de referência. Entretanto, as menores concentrações internas de CO2 (Ci)
observadas no girassol quando irrigado com água salina, não estão relacionadas com a Gs, mas sim pelas altas taxas
fotossintéticas encontradas nessas plantas.
Em oposição as plantas irrigadas com água sem adição de sal (0,6 dS m-1) a Gs obteve sempre valores iguais ou
superiores ao das plantas irrigadas com água salina, entretanto a fotossíntese não obteve o mesmo comportamento, sendo
inferior nos maiores NI (75% e 100%), o que explica justamente as maiores Ci, já que o CO2 que se difundiu sem nenhuma
restrição para o interior da folha não foi fixado pelo processo fotossintético na mesma proporção observada nas plantas
irrigadas com água salina, provavelmente devido a uma diminuição na atividade de enzimas envolvidas no processo de fixação
de CO2 (Borba et al., 2017).
Considerando A ou também chamada de fotossíntese líquida, percebe-se que a água salina não limitou a fotossíntese
do girassol, pelo contrário. Nos níveis mais elevados de irrigação (75 e 100%) o uso de água salina favoreceu a fotossíntese do
girassol, com incremento de 21,3% na A para o nível de irrigação com 75% da transpiração de referência e 39,4% de
incremento no nível de 100% (tabela 3). A razão A/Ci é um importante indicador que reflete a eficiência instantânea de
carboxilação, em que retrata a fotossíntese líquida da planta a partir da concentração interna de CO2. Em outras palavras,
quando não ocorre uma limitação difusiva por via estomática, o aumento de A/Ci significa aumento da eficiência fotossintética
da planta e consequente aumento na produção de fotoassimilados.
A eficiência instantânea de carboxilação obteve comportamento semelhante com A, com maiores eficiências quando
irrigado com água salina, prioritariamente nos maiores níveis de água (tabela 3). Este comportamento pode ser explicado
devido essas plantas que vivem em ambientes com estresse salino responderem diferentemente ao potencial hídrico do solo do
que aquelas que crescem sob condições não salinas (Shoukat, et al., 2018), através de importantes mecanismos de defesa
presente em algumas espécies ou materiais genéticos melhorados, sendo um deles o ajuste osmótico, através do acúmulo de
solutos que podem ajudar a alcançar o equilíbrio osmótico, a captação de água para manter o crescimento (Flowers e Colmer,
CE
Nível de irrigação (%)
CE
Nível de irrigação (%)
dS m-1
25
50
75
100
dS m-1
25
50
75
100
A (µmol m-2s-1)
E (µmol m-2s-1)
0,6
23,08 a
20,39 a
16,13 b
14,60 b
0,6
5,61 a
5,30 b
4,99 b
5,94 a
3,0
22,34 a
22,76 a
20,50 a
24,11 a
3,0
4,05 b
6,42 a
5,86 a
5,44 a
Gs (mol H2O µmol m-2s-1)
A/Ci
0,6
0,83 a
0,62 a
0,57 a
0,68 a
0,6
0,08 a
0,07 b
0,05 b
0,05 b
3,0
0,42 b
0,78 a
0,84 a
0,59 a
3,0
0,08 a
0,08 a
0,07 a
0,09 a
Ci (µmol m-2s-1)
A/E
0,6
302,61 a
291,99 a
326,07 a
305,27 a
0,6
4,11 b
3,84 a
3,25 a
2,46 b
3,0
278,32 b
281,16 b
292,19 b
273,97 b
3,0
5,62 a
3,55 a
3,52 a
4,43 a
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2008) e alteração do módulo de elasticidade da parede celular, pois plantas com tecidos mais elásticos mantêm maiores
quantidades de água na saturação total e, portanto, no ponto de perda do turgor, elas podem ter maior capacitância hidráulica
em relação ao volume da célula (Lambers et al., 2008; Bartlett et al., 2012).
Ao estudar o comportamento do girassol irrigado com água salina, Gomes et al. (2015) observaram uma redução de
33,92% na fotossíntese líquida, 33,94% na transpiração e 41,26% na condutância estomática, considerando a aplicação de água
de irrigação com CE equivalente a 0,8 e 3,0 dSm-1. Em estudo realizado por Torabian et al. (2016), foram observados
decréscimos na ordem de 25,77% em A, 26,83% na Gs e 6,85% para Fv/Fm, parâmetros estes avaliados em girassol cultivado
sob 0 e 100 mM de NaCl. É válido enfatizar que todos esses resultados mostram redução de processos fisiológicos
relacionados a à fotossíntese, quando ocorre o aumento dos níveis de CE em água de irrigação.
Portanto o resultado deste estudo é estimulante, no que tange a escolha de cultivares resistentes ao estresse salino.
Entretanto é importante salientar que o aumento da eficiência fotossintética nem sempre resulta em aumento de produtividade,
uma vez que, processos diversos como a translocação de fotoassimilados para órgãos de interesse, competem com
investimentos em proteção e/ou manutenção, os quais são dispendiosos em qualquer cultura, principalmente sujeita a estresses.
A transpiração obteve comportamento diferente da fotossíntese líquida, onde se observou semelhança apenas no
NI75% (tabela 3), sendo contrário a Kozai (2016) ao descrever que, o aumento da fotossíntese é precedido do aumento da
captação de CO2 e, inevitavelmente, da elevação da taxa transpiratória. Para a A/E, que de acordo com Feldman et al. (2017)
corresponde a eficiência no uso da água instantânea (EUAi), os valores foram superiores nas condições de água salina dentro
dos NI de 25 e 100%, sendo condizente com o resultado obtido por Melo et al. (2016) que ao estudarem a cultura do pimentão
constataram maiores eficiências no uso da água com incrementos na concentração de sal na água de irrigação.
Como exposto anteriormente a CE de 3,0 dS m-1 não limitou os estômatos do girassol e para essa mesma CE
observa-se que o NI estimado responsável pela maior Gs foi de 68,33% (Figura 1) dentro de um comportamento quadrático,
enquanto que a maior taxa transpiratória para essa CE foi observada no NI de 70,27% (Figura 2) com o mesmo comportamento,
o que é esperado, pois a transferência de vapor de água da folha para o ar atmosférico ocorre predominantemente por via
estomática (Defraeye et al., 2014; Mengis et al., 2015). Portanto o ambiente que proporcionar maiores Gs também será o
responsável para maior E devido à alta correlação positiva entre esses parâmetros.
O menor NI foi responsável pela maior Gs dentro da CE sem adição de sal, demonstrando que o déficit aplicado não
foi suficiente para limitar a abertura estomática, que se constitui em um dos primeiros processos fisiológicos a ser
desencadeado pela seca em plantas (Figura 1), a fim de diminuir a perda de água para o ambiente e otimizar seu uso em
condições de seca (Makbul et al., 2011). Já na irrigação salina houve limitação da condutância estomática no nível mínimo e
máximo de irrigação (Figura 1), evidenciando que para se alcançar um alta Gs foi necessário manter um nível de água
equilibrado entre 50 e 75%.
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Figura 1. Condutância estomática de girassol em função do
nível de irrigação com condutividade elétrica de 0,6 dS m-1
(linha pontilhada) e 3,0 dS m-1 (linha contínua).
Nível de irrigação (%)
25 50 75 100
Gs (mol m-2s-1)
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1,0
Y(0,6) = 0,00013X2 - 0,0179**X + 1,1967
R2 = 0,9991
Y(3,0) = - 0,00024**X2 + 0,0328**X - 0,2525
R2 = 0,9999
Figura 2. Transpiração do girassol em função do nível de
irrigação com condutividade elétrica de 0,6 dS m-1 (linha
pontilhada) e 3,0 dS m-1 (linha contínua).
Nível de irrigação (%)
25 50 75 100
E (mmol m-2s-1)
4,0
4,5
5,0
5,5
6,0
6,5
7,0
7,5 Y(3,0) = 0,00051*X2 - 0,0607*X + 6,88
R2 = 0,8407
Y(0,6) = - 0,00112**X2 + 0,154**X + 1,04
R2 = 0,8407
Fonte: Autores.
Houve um decréscimo na taxa fotossintética com aumento dos NI dentro da CE de 0,6 dS m-1 (Figura 3), de modo que
o menor NI foi o responsável pela maior taxa fotossintética, sendo um forte evidencia para a resistência da cultivar a ambientes
com baixas disponibilidades hídricas. Acrescenta-se que a manutenção da taxa fotossintética, mesmo com baixos teores de
água no solo é o que dita a resistência à seca de uma planta (Mota & Cano, 2016). A Ci dentro da irrigação com água salina
obteve o mesmo comportamento que Gs e E, com maiores valores encontrados no NI de 62,17% (Figura 4), demonstrando que
a Gs favoreceu a entrada de CO2 na câmara subestomática, posteriormente destinada ao processo fotossintético.
Figura 3. Taxa fotossintética do girassol em função do
nível de irrigação com condutividade elétrica de 0,6 dS m-1
(linha pontilhada) e 3,0 dS m-1 (linha contínua).
Figura 4. Concentração interna de CO2 do girassol em
função do nível de irrigação com condutividade elétrica de
3,0 dS m-1 (linha pontilhada) e 3,0 dS m-1 (linha contínua).
Nível de irrigação (%)
25 50 75 100
A (µmol m-2s-1)
14
16
18
20
22
24
26
Y(0,6) = - 0,1187**X + 25,97
R2 = 0,9720
Y(3) = y
Nível de irrigação (%)
25 50 75 100
Ci (µmol m-2s-1)
270
280
290
300
310
320
330
Y(3) = - 0,0084**X + 1,044**X + 255,61
R2 = 0,6129
Y(0,6) = y
Fonte: Autores.
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A razão A/Ci dentro da CE de 0,6 dS m-1 reforça a hipótese de resistência a baixos teores de água no solo presente na
cv estudada, pois, à medida que houve diminuição do NI a eficiência instantânea de carboxilação aumentou, indicando ainda
que a irrigação com mais de 25% da transpiração de referência foi prejudicial para esses parâmetros fisiológicos (Figura 5),
além de ter apresentado o mesmo comportamento para a A/E (Figura 6).
Figura 5. Razão A/Ci do girassol em função do nível de
irrigação com condutividade elétrica de 0,6 dS m-1 (linha
pontilhada) e 3,0 dS m-1 (linha contínua).
Figura 6. Razão A/E do girassol em função do nível de
irrigação com condutividade elétrica de 0,6 dS m-1 (linha
pontilhada) e 3,0 dS m-1 (linha contínua).
Nível de irrigação (%)
25 50 75 100
A/Ci
0,04
0,05
0,06
0,07
0,08
0,09
Y(0,6) = - 0,0004**X + 0,0867
R2 = 0,8824
Y(3) = y
Nível de irrigação (%)
25 50 75 100
A/E
2
3
4
5
6
Y(3) = 0,0012**X - 0,164**X + 8,9217
R2 = 0,9799
Y(0,6) = - 0,0222**X + 4,7983
R2 = 0,9584
Fonte: Autores.
As menores A/E dentro da CE de 3,0 dS m-1 foram observadas entre os NI de 50 e 75% (Figura 6), tendo um
comportamento inverso das variáveis E e Gs, pois com aumento dessas variáveis é comum que essas eficiências de uso da água
instantâneas reduzam, devido a Gs e E serem os processos que regulam a perda de água da planta para o ambiente. Na
irrigação sem água salina a A/E foi decrescente com o aumento dos NI (Figura 6), não acompanhando o padrão encontrado na
irrigação com água salina, apesar deste comportamento, isso enaltece a capacidade em que a planta possui em controlar a perda
de água para o ambiente mesmo com disponibilidade hídrica menor no solo, sendo uma característica muito importante para
cultivo em ambientes em que a água é uma grande limitação.
Considerando os resultados encontrados nesse estudo, em relação as concentrações de sal na água e os níveis de
irrigação é possível inferir que a cv. Charrua é um potencial material de cultivo em ambientes irrigados com água de CE
alterada, visto que, o mesmo não demonstrou reduções nos parâmetros fisiológicos avaliados e em algumas variáveis de
interesse foi possível notar até mesmo respostas positivas quanto adição de sal na água; bem como ser um material interessante
para ambientes com baixa disponibilidade hídrica, por apresentar incremento na eficiência fotossintética com a redução do
nível de água no solo. Selecionar cultivares resistentes a essas limitações é muito importante, pois dentre os estresses abióticos,
a salinidade tornou-se um grande problema, pois restringe a produtividade em quase 50% da terra irrigada globalmente (Ruan
et al. 2010).
4. Conclusão
Os processos fisiológicos do girassol cultivar Charrua como condutância estomática, fotossíntese líquida, eficiência
instantânea de carboxilação e no uso da água não foram limitados pela irrigação salina, sendo que em alguns atributos houve
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até incrementos; dentro da irrigação sem sal os menores níveis de irrigação foram responsáveis pelos maiores valores desses
mesmos atributos.
Os resultados indicam que a cultivar utilizada é um potencial material vegetal resistente tanto a baixos níveis de água
no solo quanto ao uso de água salina na irrigação.
São necessários mais estudos aplicando mais intervalos de condutividade elétrica da água de irrigação, com o intuito
de definir limites fisiológicos de tolerância da cultivar Charrua.
Agradecimentos
Os autores agradecem ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), à Fundação de
Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (FAPEG), ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
e ao Instituto Federal Goiano (IFGoiano) pelo auxílio financeiro ao presente projeto de pesquisa.
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Torabian, S., Zahedi, M., & Khoshgoftar, A. H. (2016). Effects of foliar spray of two kinds of zinc oxide on the growth and ion concentration of sunflower
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... SegundoAmaral et al. (2021), os resultados nas alterações fisiológicas do girassol, em fase reprodutiva, quando submetido a estresses hídrico sob 4 níveis de irrigação (25%, 50%, 75% e 100% da ETc) e salino com água de CE 0,6 e 3,0 dS m -1 , indicam que a cultivar Charrua é um potencial material vegetal resistente tanto a baixos níveis de água no solo quanto ao uso de água salina na irrigação uma vez que, o mesmo não apresentou reduções nos parâmetros fisiológicos analisados e em algumas variáveis de interesse foi possível aferir até mesmo respostas positivas quanto adição de sal na água.Pesquisando sobre os impactos da salinidade de águas de diferentes qualidades no solo e no desenvolvimento da cultura do girassol, Silva e Nascimento (2020) relataram que o uso da água de chuva (0,20 dS m -1 ), de poço (1,50 dS m -1 ) bem como a irrigação com o efluente da fossa (3,50 dS m -1 ) se mostraram adequadas para irrigação da cultura do girassol, sendo que a irrigação com efluentes foi responsável pelo melhor desenvolvimento da cultura do girassol quando comparado com os demais tratamentos, no entanto os autores destacam a necessidade de se fazer a recuperação dos solos devido a sua solidificação.Carvalho et al. (2020) analisaram o desempenho do crescimento inicial do girassol, cultivar SYN045, sob diferentes dS m -1 ). Os resultados obtidos pelos autores confirmam uma redução na altura das plantas aos 30 dias após a aplicação dos tratamentos em cerca de 0,45 cm, por aumento unitário, na condutividade elétrica da água de irrigação, sendo que os maiores valores (51,6 cm) foram vistos nas plantas irrigadas com asalinidade de 0,4 dS m -1 , e os menores valores (48,8 cm) com a salinidade de 6,6 dS m -1 , o que levou a em uma redução total de 5,43%. ...
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A salinização do solo pode ocorrer de forma antropogênica ou secundária ou como resultado de processos naturais a exemplo da intemperização dos minerais ou até mesmo pelo aumento da capilaridade das águas subterrâneas mais salinas em regiões com lençol freático mais baixo. Entre as fontes antropogênicas de salinização do solo se destacam atividades industriais como a exploração de petróleo, a mineração e destacando-se ainda as práticas agrícolas não sustentáveis. A implantação de sistemas de irrigação no semiárido muitas vezes promovem mudanças que resultam no acúmulo de sais na superfície do solo, ascensão do lençol freático e contaminação dos recursos hídricos impactando a dinâmica ambiental daquele local. Diante disso esta revisão de literatura teve como objetivo abordar os principais impactos relacionados com a salinização secundária e seus efeitos nas propriedades do solo, analisando-se ainda o cultivo em condições salinas de culturas de importância agrícola e seus impactos sobre o desenvolvimento das plantas. Esse trabalho foi direcionado por um levantamento bibliográfico que agrupou temas importantes sobre salinização secundária do solo e o cultivo de culturas resistentes a esse tipo de ambiente. Com base nos resultados obtidos nessa revisão, conclui-se que a irrigação com água de baixa qualidade tem se apresentado como alternativa para a produção agrícola, principalmente para culturas que tem se mostrado resistentes a solos salinizados e que pode representar uma importante alternativa para regiões com escassez de água.
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Improvements to leaf photosynthetic rates of crops can be achieved by targeted manipulation of individual component processes, such as the activity and properties of RuBisCO or photoprotection. This study shows that simple forward genetic screens of mutant populations can also be used to rapidly generate photosynthesis variants that are useful for breeding. Increasing leaf vein density (concentration of vascular tissue per unit leaf area) has important implications for plant hydraulic properties and assimilate transport. It was an important step to improving photosynthetic rates in the evolution of both C3 and C4 species and is a foundation or prerequisite trait for C4 engineering in crops like rice (Oryza sativa). A previous high throughput screen identified five mutant rice lines (cv. IR64) with increased vein densities and associated narrower leaf widths (Feldman et al., 2014). Here, these high vein density rice variants were analyzed for properties related to photosynthesis. Two lines were identified as having significantly reduced mesophyll to bundle sheath cell number ratios. All five lines had 20% higher light saturated photosynthetic capacity per unit leaf area, higher maximum carboxylation rates, dark respiration rates and electron transport capacities. This was associated with no significant differences in leaf thickness, stomatal conductance or CO2 compensation point between mutants and the wild-type. The enhanced photosynthetic rate in these lines may be a result of increased RuBisCO and electron transport component amount and/or activity and/or enhanced transport of photoassimilates. We conclude that high vein density (associated with altered mesophyll cell length and number) is a trait that may confer increased photosynthetic efficiency without increased transpiration.
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Water stress can affect the yield in tomato crops and, despite this, there are few types of research aiming to select tomato genotypes resistant to the water stress using physiological parameters. This experiment aimed to study the variables that are related to the gas exchanges and the efficiency in water use, in the selection of tomato genotypes tolerant to water stress. It was done in a greenhouse, measuring 7 x 21 m, in a randomized complete block design, with four replications (blocks), being five genotypes in the F2BC1 generation, which were previously obtained from an interspecific cross between Solanum pennellii versus S. lycopersicum and three check treatments, two susceptible [UFU-22 (pre-commercial line) and cultivar Santa Clara] and one resistant (S. pennellii). At the beginning of flowering, the plants were submitted to a water stress condition, through irrigation suspension. After that CO2 assimilation, internal CO2, stomatal conductance, transpiration, leaf temperature, instantaneous water use efficiency, intrinsic efficiency of water use, instantaneous carboxylation efficiency, chlorophyll a and b, and the potential leaf water (Ψf) were observed. Almost all variables that were analyzed, except CO2 assimilation and instantaneous carboxylation efficiency, demonstrated the superiority of the wild accession, S. pennellii, concerning the susceptible check treatments. The high photosynthetic rate and the low stomatal conductance and transpiration, presented by the UFU22/ F2BC1#2 population, allowed a better water use efficiency. Because of that, these physiological characteristics are promising in the selection of tomato genotypes tolerant to water stress.
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Field experiments were conducted at two locations (one at normal soil, BARI Gazipur and another at saline soil, ARS, Benarpota, Satkhira) during two consecutive years (2014 and 2015) to study the effects of deficit irrigation (DI) on yield, water productivity and economics on sunflower production. Design was RCB and irrigation treatments were: FI-100 (T1), DI-80 (T2) and DI-60 (T3) at vegetative, pre-flowering and heading stages, FI-100 (T4), DI-80 (T5) and DI-60 (T6) at vegetative and pre-flowering stages, and FI-100 (T7), DI-80 (T8) and DI-60 (T9) at vegetative and heading stages. Results indicated that DI treatments significantly reduced plant growth parameters (canopy coverage, and biomass except root length density), yield attributes and seed yield compared to full irrigation (FI) (T1). Pre-flowering stage was the critical stage to DI. DI-60 at vegetative and pre-flowering stages (T6) produced 2.18 and 2.53 t ha−1 seed yields by saving 68.15 and 54.75% water at normal and at saline soil. This...
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The tools that evaluate the salinity effects on plants have great relevance as they contribute to understanding of the mechanisms of tolerance. This study aimed to evaluate gas exchanges and the contents of photosynthetic pigments in bell peppers cultivated with saline solutions (0, 1, 3, 5, 7 and 9 dS m⁻¹) prepared using two sources: NaCl and a mixture of Ca, Mg, K, Na and Cl salts, in randomized blocks with a 6 x 2 factorial scheme and 4 replicates, totaling 48 experimental plots. The net photosynthesis (A), stomatal conductance (gs), transpiration (E), internal CO2 concentration (Ci), instantaneous carboxylation efficiency (A/Ci) and water use efficiency (WUE), besides chlorophyll a, b and carotenoids were evaluated. The gas exchange parameters were efficient to indicate the effects of salinity. All photosynthetic pigments decreased with increased electrical conductivity, and the chlorophyll a is the most sensitive to salinity, while the water use efficiency increased with the increment of electrical conductivity. © 2017, Departamento de Engenharia Agricola - UFCG/Cnpq. All rights reserved.
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A producao de girassol (Helianthus annuus L.) no Brasil encontra-se em continua expansao, e tem motivado diversos grupos de pesquisa sobre o assunto. Sabe-se que o desempenho da cultura esta diretamente relacionado a escolha da epoca de semeadura, do genotipo, do manejo adequado do solo e fertilidade, adocao de sistema de rotacao e, especialmente, dos fatores ambientais. O presente estudo teve por objetivos avaliar o desempenho de variedades de girassol nas condicoes de cultivo de safrinha e analisar as vantagens e desvantagens de cada um, de modo a estabelecer condicoes para a implantacao de um programa de melhoramento genetico com vistas a selecionar genotipos mais adaptados a regiao Oeste Paulista. A performance de quinze cultivares desta especie foi avaliada levando-se em conta os seguintes parâmetros agronomicos: altura de planta, circunferencia do caule, numero de capitulos por planta, diâmetro medio de capitulo, numero de folhas por planta e area foliar media. Os dados obtidos foram submetidos a analise de variância pelo teste de F e avaliacao de medias de Tukey, ao nivel de 5% de probabilidade. Observou-se uma grande variacao entre os cultivares, com performances superiores para os cultivares Siamar e Pipoim e inferiores para Argentina ll e Avicola Rajada. Este resultado demonstra a viabilidade na adocao de programas de selecao de progenies dos genotipos mais favoraveis, para a avaliacao das caracteristicas fenotipicas mencionadas. Essa pesquisa contribui para a geracao de conhecimento basico necessario ao processo de introducao desta especie nas condicoes edafo-climaticas de producao agricola da regiao Oeste Paulista.
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Salt stress is known to hamper steady-state water flow, which may reduce plant growth. This research was aimed to study the roles of leaf turgor, osmotic adjustment and cell wall elasticity under saline conditions which may reduce biomass production in Phragmites karka (Retz.) Trin, ex. Steud. (a marsh grass). Plants were grown in 0, 100 and 300 mM NaCl and harvested on 3, 7, 15 and 30 days to observe periodic changes in growth and water relations. Leaf number, relative growth rate, and relative elongation rates were higher in the non-saline control than in the plants grown under saline conditions. Plants showed a rapid decline in leaf growth rate (7-15 days) in 300 mM NaCl compared with a delayed response (15-30 days) in 100 mM NaCl. Leaf water potential decreased with increases in salinity after the third day of exposure whereas osmotic potential decreased after the fifteenth day. Low leaf turgor (Y p) on the third day indicated an initial phase of osmotic stress under saline conditions. Plants maintained higher Y p in 0 and 100 mM than in 300 mM NaCl. Differences between midday and pre-dawn water potential and water saturation deficit were higher in 300 mM NaCl than with other treatments. Water potential and hydraulic capacitance at turgor loss point decreased whereas bulk elastic modulus increased in 300 mM NaCl. Maintenance of turgor and growth at 100 mM NaCl could be related to efficient osmotic adjustment (use of K + and Cl-), higher WUE i , and lower bulk elasticity whereas poor growth at 300 mM NaCl may have been a consequence of low turgor, decreased cell hydraulic capacitance and higher bulk elastic modulus.
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Sustainable development of saline water irrigation was restricted by salt accumulation in the soil profile without appropriate salt discharging measures. A two year study was conducted in 2014 and 2015 to identify the effect of saline water irrigation on soil salt and maize yield under subsurface drainage system. The treatments of this study comprised three levels of water salinity with 0.78, 3.75, and 6.25 dS m⁻¹ (S1–S3) and three levels of subsurface drainage depth with no subsurface drainage, drain depth of 0.8 m and 1.2 m (D0–D2). Results indicated that the average salt content within the root zone was in the order of D0 > D2 > D1. No salt accumulation occurred during the two growing seasons under D1, but there was salt accumulation under D2S3. Soil desalinization efficiency reduced with the increasing of irrigation water salinity, and the average desalinization efficiency for D1 was higher than that of D0 and D2. Maize yield and water use efficiency decreased with the increase of water salinity. The yield decreased by 2.08–3.01% for every 1 dS m⁻¹ increase in salinity level of irrigation water under D1, and 3.53–3.93% for every 1 dS m⁻¹ under D2. The effects of water salinity and drainage depth on maize yield and WUE were significant (p < 0.05) in the two growing seasons. From the view points of relative yield and soil salt balance, it can be recognized even as the salinity level of irrigation water is as high as 6.25 dS m⁻¹, saline water can be applied to irrigate maize under drain depth of 0.8 m.
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Since the specific ionic and photochemical mechanisms of Se-mediated adaptation to salt stress is not yet clear, the present study was performed to address this issue. Sunflower (Helianthus annuus L.) plants were grown under controlled conditions, and soils of Se treatment were fertilized with selenium (5 mg kg−1 as Na2SeO4) before filling the pots. Four weeks after sowing, salinity treatment using NaCl salt was started as EC = 15 dS m−1. Salt stress significantly decreased seedling growth, whereas application of Se alleviated the detrimental effect of NaCl stress. Salt treatment decreased maximum quantum yield of photochemistry (about 12%), inferred oxygen evolving complex activity (Fv/Fo) (about 39%), and calculated Performance Index (PIABS) (about 75%) comparing with control plants; however, Se ameliorated these effects. Consequently, the photosynthetic apparatus of the Se-supplied seedlings exhibited enhanced resistance to salt stress, compared to those under non-Se condition. Salt stress increased Na content and reduced K concentration, whereas shoot and root K were both significantly increased in seedlings pretreated with Se. Under saline conditions, treatment with Se enhanced the glutathione peroxidase activity, and also resulted in a significant reduction of malondialdehyde contents. These results suggest that Se decreases salt-induced damages through stimulating the antioxidant activities, which is associated with the improvement of the K/Na ratio needed for normal photochemical functioning, resulting in better plant growth under salt stress.
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Cadmium (Cd) is a highly toxic metal for plants, even at low concentrations in the soil. The annual production of world cocoa beans is approximately 4 million tons. Most of these fermented and dried beans are used in the manufacture of chocolate. Recent work has shown that the concentration of Cd in these beans has exceeded the critical level (0.6 mg kg⁻¹ DM). The objective of this study was to evaluate the toxicity of Cd in young plants of CCN 51 cacao genotype grown in soil with different concentrations of Cd (0, 0.05 and 0.1 g kg⁻¹ soil) through photosynthetic, antioxidative, molecular and ultrastructural changes. The increase of Cd concentration in the soil altered mineral nutrient absorption by competition or synergism, changed photosynthetic activity caused by reduction in chloroplastidic pigment content and damage to the photosynthetic machinery evidenced by the Fv/Fm ratio and expression of the psbA gene and increased GPX activity in the root and SOD in leaves. Additionally, ultrastructural alterations in roots and leaves were also evidenced with the increase of the concentration of Cd in the soil, whose toxicity caused rupture of biomembranes in root and leaf cells, reduction of the number of starch grains in foliar cells, increase of plastoglobules in chloroplasts and presence of multivesiculated bodies in root cells. It was concluded, therefore, that soil Cd toxicity caused damage to the photosynthetic machinery, antioxidative metabolism, gene expression and irreversible damage to root cells ultrastructure of CCN 51 cocoa plants, whose damage intensity depended on the exposure time to the metal.
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Frente a ma distribuicao espacial e temporal e a escassez de chuvas em regioes semiaridas, o uso de agua de qualidade inferior na irrigacao tem sido uma estrategia utilizada para complementar a producao agricola. Apesar do uso da agua salina ser viavel para producao de algumas culturas, e indispensavel o entendimento dos possiveis problemas que serao ocasionados no solo, na planta e no sistema de irrigacao, para que as solucoes preventivas sejam realizadas afim de nao gerar danos irreversiveis ao sistema de producao. Assim, esta revisao aborda os principais problemas ocasionados no solo, na planta e nos sistemas de irrigacao; tolerância das culturas aos sais; estrategias para uso da agua salina na irrigacao; comportamento fisiologico e producao de algumas culturas irrigadas com agua salina.