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ANÁLISE DO COMPORTAMENTO E A FELICIDADE: CONTRIBUIÇÕES DA TERAPIA DE ACEITAÇÃO E COMPROMISSO PARA O MANEJO CLÍNICO DO COMPORTAMENTO PRIVADO

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O objetivo deste estudo é compreender o conceito de felicidade para a Análise do Comportamento e apresentar intervenções da Terapia de Aceitação e Compromisso que auxiliem a aumentar os níveis de flexibilidade psicológica, de forma a impactar no sentimento de felicidade do indivíduo. Método: O estudo partiu de revisões bibliográficas, apurando-se dados de artigos, livros e revistas da área. Resultados: O trabalho revelou que a Terapia de Aceitação e Compromisso se mostra eficaz no manejo dos comportamentos privados aversivos por entendê-los como parte da condição humana e que, por isso, estes não devem ser controlados e nem mesmo rejeitados. Conclusão: A felicidade na perspectiva Analítico-Comportamental dependerá da forma como o sujeito responde a relação de eventos internos e externos que o cercam. A Terapia de Aceitação e Compromisso surge para auxiliar nesse processo, uma vez que suas intervenções enfatizam o desenvolvimento da aceitação dos estados internos, o aumento da flexibilidade psicológica, e gera propostas terapêuticas para que o sujeito identifique e execute ações compromissadas com seus valores pessoais. A partir disso, o indivíduo passa a apresentar maior repertório para lidar com eventos aversivos, e passa a ter mais condições para desenvolver uma vida satisfatória e feliz.

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Este artigo visa dissertar sobre a prática clínica pelo viés da Análise do Comportamento. Esta ciência é fundamentada em princípios de base filosóficas do behaviorismo radical, dedicando-se ao estudo da gênese do comportamento. A diante pretende-se contextualizar sobre a Análise do Comportamento, sua forma de compreensão sobre o homem citar alguns de seus principais conceitos e recursos utilizados pelo profissional que fundamenta sua atuação nessa abordagem. Pretende-se ainda contemplar algumas formas de terapias existentes dentro desta ciência e suas formas de intervenção.
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Os sentimentos são concebidos, segundo a perspectiva da análise do comportamento, como eventos privados ou encobertos; ou seja, comportamentos que não são acessíveis à observação pública, mas que devem ser analisados de acordo com os mesmos princípios dos comportamentos públicos. Estudos na área vêm possibilitando a discussão a respeito da relação entre o desempenho em uma determinada tarefa e a descrição que o indivíduo faz da mesma. Assim, o presente estudo teve por objetivo investigar como estudantes universitários submetidos a contingências experimentais, com ganho ou perda de pontos, descreviam os sentimentos e suas opiniões durante uma tarefa de construção de frases. Em um contexto de ensino em análise do comportamento, 111 universitários foram expostos à tarefa informatizada de construir frases. Após o estabelecimento da linha de base, os participantes, em dois diferentes grupos, podiam ganhar (vs. manter) ou manter (vs. perder) pontos, segundo contingências programadas de reforçamento positivo ou negativo, respectivamente, aplicadas ao uso de um pronome previamente selecionado, “nós” ou “ele (a)”. Ao final da tarefa, foi disponibilizado para cada participante um questionário requisitando dados pessoais, bem como uma questão referente à atividade realizada e duas escalas do tipo Likert. Os dados obtidos indicaram que os sentimentos não devem ser considerados apenas como uma condição causal ou desencadeadora, e, neste sentido, discute-se sentimentos e emoções como produtos de interação entre operantes e respondentes que podem, assim, alterar a predisposição para a ação.
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A Economia da Felicidade é uma área interdisciplinar envolvendo psicologia, sociologia, economia, entre outras. O presente estudo buscou analisar determinantes econômicos e sociais que explicam os níveis de felicidade da população estudada. Um questionário no estilo survey foi aplicado a 600 indivíduos do município de Campo Grande, MS. Um modelo econométrico multinomial não linear apontou que a escolaridade, a idade, o estado civil e o Estado de origem são variáveis que influenciam nos níveis de felicidade.
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CONTEXTO: A felicidade é uma emoção básica caracterizada por um estado emocional positivo, com sentimentos de bem-estar e de prazer, associados à percepção de sucesso e à compreensão coerente e lúcida do mundo. Nos últimos anos, diversos pesquisadores têm se preocupado em desvendar as relações entre felicidade e saúde mental. OBJETIVO: Revisar criticamente a literatura científica que aborda o tema da felicidade, assim como as suas contribuições para a saúde mental e a psiquiatria. MÉTODOS: Revisão sistemática da literatura por meio do indexador MedLine, utilizando-se dos unitermos: happiness, mental health, well-being, positive psychology, resilience, optimism, gratitude, quality of life, positive emotions, personality. RESULTADOS: Variáveis como origem, saúdes física e mental, religiosidade e determinadas características psicológicas se associam positivamente à felicidade. Não há evidências de que idade, gênero, estado civil, poder aquisitivo nem ocorrência de eventos externos (favoráveis ou não) se associem significativamente à felicidade. CONCLUSÃO: A felicidade é um fenômeno predominantemente subjetivo, estando subordinada mais a traços psicológicos e socioculturais do que a fatores externamente determinados. A identificação desses fatores é particularmente útil na subpopulação que é mais predisposta a doenças mentais, favorecendo o desenvolvimento de abordagens preventivas, com potencial repercussão nas áreas social e ocupacional.
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Este artigo brevemente descreve a Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT), seus modelos subjacentes e as evidências que defendem a sua eficácia. Fornecendo exemplos de como esta terapia pode ser estendida para o tratamento de outros distúrbios, este trabalho assim inclui no âmbito da ACT a prevenção do suicídio e sua ideação. Ambos o modelo e suas técnicas aplicadas são empiricamente comprovados, o que sugere que outras extensões podem ser feitas de forma segura.
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Reflexos inatos. Comportamento respondente. Condicionamento pavloviano. Reforçamento positivo. Reforçamento negativo. Fuga e esquiva. Extinção. Reforçamento diferencial. Modelagem comportamental. Esquemas de reforçamento. Intervalo Fixo. Intervalo variável. Razão fixa. Razão variável. Controle de estímulos. Discriminação de estímulos. Generalização de estímulos. Análise funcional. Contingências de reforçamento.
Sobre Comportamento e cognição: aspectos teóricos, metodológicos e de formação em análise do comportamento e terapia cognitivista
  • M A Andery
ANDERY, M. A. O modelo se seleção pelas consequências e a subjetividade. In: BANACO, R. A. (org.). Sobre Comportamento e cognição: aspectos teóricos, metodológicos e de formação em análise do comportamento e terapia cognitivista. Santo André: ESETec Editores Associados, 2001. v.1.
Transferência de função aversiva em classes de equivalência: uma visão analíticocomportamental dos transtornos de ansiedade
  • T P França
  • A L Cardoso
  • A K C R Farias
FRANÇA, T. P.; CARDOSO, A. L.; FARIAS, A. K. C. R. Transferência de função aversiva em classes de equivalência: uma visão analíticocomportamental dos transtornos de ansiedade. In: FARIAS, A. K. C. R.; FONSECA, F. N.; NERY, L. B. Teoria e formulação de casos em análise comportamental clínica. Porto Alegre: Artmed, 2018. p. 284-295.
Quero ser uma pessoa livre" -A relação terapêutica e a terapia de aceitação e compromisso como recursos de intervenção em um caso de inabilidade social
  • A P Frasson
  • L B Nery
FRASSON, A. P.; NERY, L. B. "Quero ser uma pessoa livre" -A relação terapêutica e a terapia de aceitação e compromisso como recursos de intervenção em um caso de inabilidade social. In: FARIAS, A. K. C. R.; FONSECA, F. N.; NERY, L. B. (org.). Teoria e formulação de casos em análise comportamental clínica. Porto Alegre: Artmed, 2018. cap. 15, p. 267-283.
Auto-estima, autoconfiança e responsabilidade. Instituto de Análise de Comportamento e Instituto de Terapia por Contingências de Reforçamento
  • H J Guilhardi
GUILHARDI, H. J. Auto-estima, autoconfiança e responsabilidade. Instituto de Análise de Comportamento e Instituto de Terapia por Contingências de Reforçamento. 2002. Disponível em: http://www.itcrcampinas.com.br/pdf/helio/Autoe stima_conf_respons.pdf. Acesso em: 21 mar. 2019.
Liberte-se: evitando as armadilhas da procura da felicidade
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Terapia de aceitação e compromisso (ACT) e estigma: revisão narrativa
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Introdução à terapia de aceitação e compromisso. 2. ed. Belo Horizonte: Artesã
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SABAN, Michaele Terena. Introdução à terapia de aceitação e compromisso. 2. ed. Belo Horizonte: Artesã, 2015.
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