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Introdução
O mercado mundial de hortícolas de folha, colhi-
das ainda jovens e conhecidas por “baby leaf”, cres-
ceu substancialmente desde os anos 90 devido a
um maior interesse por uma alimentação saudável,
com acesso a alimentos diversificados, seguros,
nutritivos e de qualidade. A rúcula é uma planta
espontânea e é um caso recente de sucesso de do-
mesticação de espécies vegetais. A rúcula selvagem
foi utilizada desde a antiguidade para diferentes
fins, como alimento, na cosmética e na medicina
tradicional[1].
O aumento da procura de saladas pré-embaladas e
prontas a comer, exigentes em produtos inovadores
e de elevada qualidade, fez disparar, numa primeira
fase, o consumo de alface, a que se sucederam ou-
tras hortícolas, nomeadamente a rúcula selvagem[2]
cujas folhas, inconfundíveis pelo aroma caracterís-
tico e sabor picante, podem ser consumidas cruas
ou cozidas. Nas últimas décadas, devido ao aumen-
to da procura, esta espécie vegetal adquiriu im-
portância económica na indústria das hortícolas a
nível mundial, assistindo-se ao aumento exponen-
cial do número de produtores e da área cultivada.
Porém, a produção intensiva, tanto em estufa como
ao ar livre, potenciou o surgimento de várias doen-
ças, nomeadamente do míldio, colocando em risco
o rendimento dos produtores.
A rúcula – O que é?
São designadas de rúcula as diferentes espécies
dos géneros Diplotaxis e Eruca que pertencem à
família das Brassicáceas. Para consumo humano
são usadas quatro espécies, mas apenas duas são
comercializadas em larga escala: a rúcula selvagem
(Diplotaxis tenuifolia (L.) DC.) e a rúcula cultiva-
da (Eruca sativa (L.) Cav.). São plantas nativas da
região mediterrânica, mas diferentes espécies do
género Diplotaxis foram encontradas em países
como a Índia, Paquistão, Cabo Verde e Nepal[3]. A
espécie D. tenuifolia é economicamente mais im-
portante e a mais consumida na Europa, América
do Norte e Austrália, enquanto que a E. sativa é
amplamente cultivada no Médio Oriente e Sul da
Ásia[1] .
Paula S. Coelho1, Ana L. Pereira1, Corina Carranca1, Paula
Scotti1, Violeta Lopes1, Clarisse Boto2, João Reis3, José
Leitão3
1 Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária
2 Vitacress Portugal SA
3 Universidade do Algarve
MÍLDIO
NA RÚCULA SELVAGEM
– O PORQUÊ
DE INVESTIGAR
ESTA DOENÇA
A rúcula (Diplotaxis spp. e Eruca spp.) é
uma hortícola de folhas “baby-leaf” muito
apreciada pelas suas características
organoléticas e benefícios para a saúde.
Pertence à família das Brassicáceas e
a rúcula selvagem (Diplotaxis tenuifolia
(L.) DC.) é a mais apreciada pelos
consumidores. Nas últimas décadas,
tem tido uma grande expansão e,
atualmente, apresenta uma relevância
económica crescente a nível mundial
devido à utilização na indústria de saladas
minimamente processadas. Apesar de
ser uma cultura bem-adaptada ao clima
mediterrânico, a sua produção intensiva, ao
ar livre ou em estufa, favorece a ocorrência
de míldio. Esta doença causa perdas de
produção e prejuízos avultados, pelo que
a identificação de variedades resistentes à
infeção e a adoção de práticas agronómicas
sustentáveis são importantes para o
aumento de rendimento dos produtores.
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As espécies de Diplotaxis e Eruca registam dife-
renças ténues em termos de morfologia e compo-
sição fitoquímica[4 ]. Os dois géneros são por vezes
confundidos no comércio de sementes a retalho e,
frequentemente, o produtor não tem acesso a in-
formação sobre qual o género de sementes que está
a adquirir.
A rúcula selvagem (D. tenuifolia) tem uma forma de
folha distinta, mais reconhecida pelos consumido-
res, pequena e recortada, por vezes “esquelética”, e
muito aromática, ao passo que as folhas do género
Eruca são mais diversas, variam entre o grande e
arredondado (semelhante à alface ou espinafre) e
o tipo recortado. Diferenças na morfologia, núme-
ro de cromossomas e composição de glucosinola-
tos são características que permitem identificar
as espécies nos géneros Diplotaxis e Eruca[5]. As
flores e as síliquas possibilitam também distinguir
os diferentes géneros e espécies, mas não são nor-
malmente observadas pelos produtores, devido aos
ciclos de produção curtos (corte da folha antes da
entrada em floração). A rúcula selvagem tem flor
amarela e uma síliqua septada e a rúcula cultivada
apresenta habitualmente flor branca e uma síliqua
simples (Fig. 1).
Relativamente aos hábitos de desenvolvimento,
a D. tenuifolia tem sementes mais pequenas e é
mais lenta a germinar e a crescer do que a E. sati-
va, especialmente no inverno[6]. A rúcula selvagem
necessita de 36 a 99 dias para ser comercializada,
enquanto que a rúcula cultivada carece de apenas
26 a 68 dias, dependendo da estação do ano[7]. Em
Portugal existem condições ótimas para a produ-
ção de rúcula, em especial no inverno, conseguin-
do-se ciclos entre colheitas mais curtos do que o
mencionado na bibliografia.
Comparando com outras hortícolas de folha, a rú-
cula selvagem possui um teor elevado em fibras e
ferro[8] e metabolitos secundários, tais como ácido
ascórbico, flavonóides, carotenóides e glucosino-
latos[1]. São-lhe atribuídas propriedades bioativas
importantes, nomeadamente a antioxidante, anti-
tumoral, diurética e anti-inflamatória, assim como
efeitos benéficos no sistema cardiovascular.
As folhas de rúcula selvagem devem o seu sabor pi-
cante, forte e amargo e o aroma pungente típicos
aos elevados teores em glucosinolatos[4] , cuja com-
posição pode ser bastante diversa. O sabor típico
e pungente das saladas de rúcula é percecionado
como características sensoriais positivas, enquan-
to que as notas amargas e especialmente herbá-
ceas caracterizaram as variedades de rúcula menos
aceites. Nas variedades classificadas como muito
desagradáveis predominam glucosinolatos como a
sinigrina (forte perceção de sabor pungente e vá-
rias outras notas sensoriais adicionais) ou a sinal-
bina/gluconapina (fraca perceção de sabor e forte
nota herbácea)[6]. A aceitação pelos consumidores é
muito condicionada pela composição em glucosi-
nolatos, o que deve ser considerado nos programas
Figura 1 – Aspeto da flor de rúcula selvagem Diplotaxis tenuifolia (L.) DC. (A) e de rúcula cultivada Eruca sativa
(L.) Cav. (B).
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de melhoramento e na seleção das variedades. As
espécies de rúcula diferem das restantes brássicas
por não necessitarem de cozedura, o que é uma
vantagem, uma vez que as temperaturas elevadas
(>65 °C) reduzem a disponibilidade de compostos
benéficos para a saúde como os glucosinolatos.
Cultivo e colheita
A rúcula selvagem é semeada em produção inten-
siva, com densidade de plantas muito elevada, fac-
to que, além de aumentar a produção, estimula o
crescimento apical das folhas e facilita a colheita
mecanizada (Fig. 2). As folhas voltam a crescer após
cada corte, o que possibilita várias colheitas numa
única sementeira e representa um benefício eco-
nómico importante para os produtores. Apesar de
o número de cortes ser variável e depender da épo-
ca de produção, após a primeira colheita é possível
realizar mais 1–3 colheitas com intervalos de 15–30
dias na Diplotaxis spp. e 4–5 colheitas espaçadas de
10–20 dias na Eruca sativa[9].
As várias colheitas induzem, no entanto, respostas
de stress nas plantas que alteram o sabor e aspe-
to da cultura, com aumento da produção de glu-
cosinolatos e de antocianinas. Existem mercados
que preferem os cortes subsequentes ao primeiro
corte, devido ao aumento da conservação e consis-
tência das folhas e ao gosto e aroma mais intensos.
Em certas regiões de Itália, o primeiro corte não
é aproveitado, o que demostra grandes diferenças
na preferência e na perceção do gosto entre con-
sumidores, diferenças essas que são realçadas pela
seleção da variedade[9].
A cor das folhas é afetada pelo aumento do teor de
antocianinas que lhes confere uma cor roxa ou ver-
melha indesejável. A cor é uma das características
mais valorizadas pelos consumidores de rúcula,
pelo que a perda da aparência fresca pode levar à
rejeição final da colheita[10]. Outro efeito das colhei-
tas múltiplas é a redução do tamanho das folhas,
que adquirem progressivamente uma aparência
mais “esquelética”.
Os vegetais de folha requerem um fornecimento
adequado de azoto, que garanta níveis de produ-
ção e de qualidade elevados. De um ponto de vis-
ta qualitativo, e à semelhança de outras hortícolas
(como alface, espinafre e rúcula cultivada), quando
a adubação é excessiva a rúcula selvagem apresenta
problemas de acumulação de nitratos nas folhas[1 0].
Os produtos resultantes da degradação dos ni-
tratos (nitritos e nitrosaminas) estão relacionados
com efeitos tóxicos no corpo humano[11] . Os mes-
mos autores[11] referem o efeito benéfico da luz ver-
melha na redução do teor de nitratos nas folhas de
rúcula. Os teores permitidos variam entre espécies
vegetais e diferem com a época do ano e o modo de
cultivo. Apesar da rúcula (Diplotaxis spp. e Eruca
sativa) possuir um elevado valor nutricional, não
pode ser comercializada na EU com um teor de ni-
trato (NO3) superior a 6000 mg/kg de peso fresco
no verão (colheita de 1 de abril a 30 de setembro) ou
7000 mg/kg no inverno[12].
A doença do míldio
A doença do míldio na rúcula selvagem, causado
pelo oomiceta Hyaloperonospora sp., é uma amea-
ça crescente à produção em regiões de clima tem-
perado e húmido[13] e conduz a perdas elevadas de
produtividade e qualidade das folhas (Diplotaxis
tenuifolia (L.) DC.), sendo normalmente a rúcula
cultivada (Eruca sativa (L.) Cav.) mais resistente ao
míldio. O potencial da resistência varietal no con-
trolo ao míldio foi demonstrado em plantas jovens
Figura 2 – Vista parcial de um campo de produção
de rúcula selvagem Diplotaxis tenuifolia (L.) DC.
semeado em alta densidade.
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de Diplotaxis e Eruca testadas em condições de
crescimento controladas[14,15] .
O género Hyaloperonospora reúne mais de 100 es-
pécies que afetam culturas economicamente im-
portantes da família das Brassicáceas. O agente
causal do míldio na Eruca sativa foi classificado de
Hyaloperonospora erucae sp. nov.[16], enquanto que
o que infeta a Diplotaxis tenuifolia é atualmente
designado de forma mais genérica como Hyalope-
ronospora sp.
Sintomas da doença na rúcula
Em condições de humidade elevada, podem ob-
servar-se, na página inferior das folhas das varie-
dades suscetíveis, as estruturas de frutificação de
Hyaloperonospora sp., esbranquiçadas e densas,
designadas por conidióforos, que se estendem a to-
da a superfície foliar nos casos mais severos (Fig.
3). As culturas de rúcula muito afetadas pelo míl-
dio são frequentemente destruídas e abandonadas
no campo antes da colheita. De um modo geral, a
doença é mais grave nas plantas mais jovens, mas
a intensidade da esporulação aumenta com o enve-
lhecimento da folha. Uma vez que o período de in-
cubação pode prolongar-se até 12 dias, os sinais da
doença podem ser difíceis de reconhecer em con-
dições de humidade reduzida e tornar-se evidentes
apenas no produto já embalado.
O ciclo de vida do míldio
O míldio é uma doença policíclica e a infeção no
campo ocorre a partir dos conídios transportados
pelo vento. A doença do míldio é mais grave no iní-
cio da primavera ou no final do outono. As condi-
ções mais favoráveis ao seu desenvolvimento são
temperaturas de 15–20 °C (temperatura amena) e
humidade relativa de 90–98%, ficando o ciclo de
vida do parasita completo em apenas 4–5 dias.
Quando o teor de humidade do ar é elevado, os
conidióforos crescem através dos estomas para
o exterior das folhas, produzindo os conídios. Na
rúcula, os conidióforos de Hyaloperonospora sp.
são estruturas ramificadas 7 a 9 vezes e possuem
apenas um conídio elipsoidal na extremidade das
bifurcações finais. A presença de água na super-
fície da folha é essencial para a germinação dos
conídios, que ocorre entre 3–6 horas. O mesófilo
foliar é invadido com o desenvolvimento interce-
lular do micélio do parasita e a formação de haus-
tórios (estruturas globulosas) para obtenção de
nutrientes. Nesta fase, os sintomas da infeção nas
folhas começam a ser visíveis nas variedades mais
Figura 3 – Aspeto de plantas jovens de rúcula selvagem Diplotaxis tenuifolia (L.) DC. suscetível (A)
e resistente (B) ao míldio (Hyaloperonospora sp.).
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suscetíveis, com aparecimento de cloroses e ne-
croses difusas.
O Hyaloperonospora também pode sobreviver no so-
lo nos resíduos das plantas de rúcula como oósporo
(esporo de resistência), sendo esta, provavelmente,
a fonte de infeção primária das culturas seguintes.
Medidas de controlo
da doença do míldio
A plantação de variedades de rúcula resistentes à
doença é um método preventivo eficaz de controlo
do míldio, económico e sustentável. As variedades
parcialmente resistentes não impedem o estabe-
lecimento do míldio, mas atrasam a progressão da
doença, o que pode ser suficiente para reduzir a
desvalorização das folhas e controlar a doença. O
uso de um número reduzido de cultivares da mes-
ma espécie e a produção intensiva facilitam o de-
senvolvimento de doenças e a ocorrência de mu-
tações mais rápidas nas populações do parasita,
diminuindo a resistência dos hospedeiros.
A fácil dispersão aérea dos conídios e a necessidade
de períodos curtos de humidade de poucas horas à
superfície das folhas são suficientes para a rápida
instalação do míldio. Devem ser adotadas boas prá-
ticas culturais como a rega ao início do dia, o que
evita que as folhas fiquem molhadas durante longos
períodos, designadamente durante a noite, espe-
cialmente favorável à germinação dos conídios. No
caso das culturas protegidas, é importante um bom
arejamento das estufas.
A aplicação de fungicidas é o principal método de
controlo do míldio, mas o seu uso na cultura da rú-
cula é problemático devido aos intervalos de segu-
rança dos produtos. Considerando os ciclos curtos
entre colheitas na cultura da rúcula e o consumo
em fresco, o controlo químico do míldio deve ser
efetuado utilizando produtos com intervalos de
segurança muito reduzidos[1 3]. Em Modo de Produ-
ção Convencional (MPC) podem utilizar-se muito
poucos fungicidas e em Modo de Produção Bioló-
gico (MPB) isto é ainda mais difícil, uma vez que
os fungicidas de síntese não estão autorizados.
Métodos de produção sustentáveis, como a rota-
ção cultural, a remoção dos resíduos vegetais do
solo, o controlo das infestantes e a utilização de
variedades de rúcula mais resistentes são práti-
cas que reduzem a incidência da doença do míldio.
Outra medida preventiva inclui o uso de sementes
de qualidade, puras, certificadas, e com uma taxa
de germinação elevada.
O melhoramento da rúcula
Novas variedades de rúcula são desenvolvidas con-
tinuamente com o objetivo de obter produções de
qualidade superior, bem-adaptadas às condições
climáticas e que acompanhem a preferência dos
consumidores. As novas variedades devem combi-
nar uma elevada produtividade (rendimento eleva-
do), bom aroma e sabor (mais apimentado), folhas
uniformes, hábito vertical das folhas que facilite a
colheita, rápido crescimento (plantas vigorosas), to-
lerantes ao espigamento (entrada lenta em floração)
e uma vida longa pós-colheita. Outra característica
a ter em atenção é serem resistentes às principais
pragas e doenças, em particular ao míldio, garan-
tindo a produção de alimentos saudáveis e seguros.
A investigação na rúcula
O projeto REMIRUCULA pretende contribuir pa-
ra o desenvolvimento de estratégias de produção
mais sustentáveis, que assegurem a proteção am-
biental e a saúde humana, e aumentem a competi-
tividade dos produtores de rúcula selvagem. Tem
por objetivo selecionar genótipos resistentes e par-
cialmente resistentes ao míldio em coleções muito
diversificadas de germoplasma, conhecer os meca-
nismos de controlo da resistência ao míldio e iden-
tificar marcadores genéticos e bioquímicos ligados
à resistência. A importância deste tema é realçada
pelas regras rigorosas no uso de pesticidas imple-
mentadas atualmente a nível nacional e comuni-
tário e que limitam a aplicação de pesticidas. Para
mais informações sobre o projeto consultar o site
https://projects.iniav.pt/remirucula/pt/.
Agradecimentos
O trabalho desenvolvido insere-se no âmbito do projeto
REMIRUCULA – Caracterização da resistência ao míldio
na cultura da rúcula (PTDC/ASP-PL A/28963/2017) lide-
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rado pelo INIAV e nanciado pela Fundação para a Ciên-
cia e Tecnologia e pelo Programa Operacional Regional do
Algarve no âmbito do Portugal 2020. A Vitacress Portu-
gal, SA colabora neste estudo com cedência de sementes,
inóculos e testagem no campo da resistência à infeção
com o míldio de diferentes variedades de rúcula.
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