Dilophus é um dos maiores gêneros de Bibionidae, compreendendo aproximadamente 200 espécies, sendo 80 neotropicais. Entretanto, a fauna dessa região é pouco conhecida, havendo muitas espécies desconhecidas. No Brasil, 11 espécies são conhecidas, para três estados: Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina. A última espécie brasileira descrita foi Dilophus segregatus (Hardy), em 1961. Esta lacuna
... [Show full abstract] de conhecimento no conhecimento é evidente devido à limitada distribuição geográfica conhecida e ao longo período sem descrições de novas espécies. O material foi coletado em Goiás e no Paraná, com indivíduos fotografados em diferentes ângulos. As terminálias masculina e feminina foram dissecadas, fotografadas em diversas vistas e ilustradas. Foram identificadas duas novas espécies: Dilophus sp. nov. A, no Paraná, e Dilophus sp. nov. B, em Goiás. Dilophus sp. nov. A apresenta as tíbias anteriores com dois conjuntos de espinhos: o superior possui dois espinhos, enquanto o inferior possui de 4 a 5 espinhos, dispostos em posição oblíqua nos machos e reta nas fêmeas. Nos machos os gonóstilos são alargados na base, estreitando-se gradualmente até a parte apical, que é levemente curvada. Já Dilophus sp. nov. B, possui tíbias anteriores com dois conjuntos de espinhos: o superior possui dois espinhos, enquanto o inferior possui de 4 a 5 espinhos organizados assim: dois espinhos paralelos dorsolaterais externos e dois consecutivos dorsolaterais internos nos machos; nas fêmeas são quatro espinhos organizados em dois subgrupos. Nos machos, os gonóstilos mantêm largura constante desde a base até o ápice. Nesse trabalho, descrevemos duas novas espécies de Dilophus, com machos e fêmeas. As espécies foram coletadas no Paraná e em Goiás, ampliando o registro do gênero para cinco estados brasileiros e dois biomas (Cerrado e Mata Atlântica). Concluímos que é preciso um maior esforço amostral para conhecer a diversidade do gênero, sobretudo em biomas/estados que não foram explorados.