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Terapia complexa descongestiva no tratamento de linfedema pós-mastectomia

Authors:
  • Fundação Universitária Vida Cristã

Abstract

Introdução: O linfedema é a complicação mais frequente no pós-operatório do câncer de mama. Objetivo: Identificar a efetividade do uso da Terapia Complexa Descongestiva (TCD) na redução do volume e no tratamento intensivo do linfedema em pacientes submetidas ao procedimento cirúrgico com esvaziamento axilar devido ao câncer de mama. Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática, para o qual foram consultados os bancos de dados Bireme e Pubmed, utilizando artigos científicos em português e inglês de revistas indexadas nas bases de dados Medline, Scielo, Lilacs, Register of Controlled Trials (Cochrane Central) e Physiotherapy Evidence Database (PEDro), publicados entre os anos de 2004 e 2019. Para a construção do trabalho foram incluídos estudos que estivessem disponíveis na íntegra, que a população alvo fosse composta por mulheres submetidas ao procedimento cirúrgico devido ao câncer de mama, com esvaziamento axilar, que apresentassem linfedema e que incluíssem em seus tratamentos, um protocolo fisioterapêutico de TCD. Também de forma independente, foi avaliada a qualidade metodológica dos estudos selecionados com a Escala de Qualidade de JADAD. Resultados: Atualmente, o padrão-ouro dentre as principais técnicas fisioterapêuticas utilizadas para o tratamento do linfedema é a TCD, a qual é composta por drenagem linfática manual, cuidados com a pele e unhas, bandagem de compressão e exercícios terapêuticos. Conclusão: A TCD é considerada o método mais utilizado e eficiente na redução do volume e no tratamento intensivo do linfedema pós-mastectomia. Â
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doi: 10.33233/fb.v22i2.4323
REVISÃO
Terapia complexa descongestiva no tratamento de linfedema pós-mastectomia
Descongestive complex therapy in the treatment of lymphedema after mastectomy
Aline Cristina Domingues*, Bárbara Cristina Alves*, Vania Cristina dos Reis Miranda, Ft.,
D.Sc.**, Priscila Santos da Silva Navarenho, Ft., M.Sc.***, Elaine Cristina Martinez
Teodoro, Ft., D.Sc.**
*Discente do Curso de Fisioterapia do UniFUNVIC, Centro Universitário FUNVIC,
Pindamonhangaba, SP, Brasil **Professora do Curso de Fisioterapia do UniFUNVIC
Centro Universitário FUNVIC, Pindamonhangaba, SP, Brasil ***Professora do Serviço
Nacional de Aprendizagem Comercial SENAC, Guaratinguetá SP e do Centro
Universitário Teresa DÁvila UNIFATEA, Lorena SP
Recebido em 4 de agosto de 2020; Aceito em 21 de abril de 2021
Correspondência: Elaine Cristina Martinez Teodoro, Avenida Osvaldo Aranha, 1961,
12606-000 Lorena SP, Brasil
Aline Cristina Domingues: aline123domingues@gmail.com
Bárbara Cristina Alves: barbaracalves_@hotmail.com
Vania Cristina dos Reis Miranda: vcrmiranda2@gmail.com
Priscila Santos da Silva Navarenho: priscila.ssilva@sp.senac.br
Elaine Cristina Martinez Teodoro: teodoro.elaine18@gmail.com
Resumo
Introdução: O linfedema é a complicação mais frequente no pós-operatório do câncer
de mama. Objetivo: Identificar a efetividade do uso da Terapia Complexa Descongestiva
(TCD) na redução do volume e no tratamento intensivo do linfedema em pacientes
submetidas ao procedimento cirúrgico com esvaziamento axilar devido ao câncer de
mama. Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática, para o qual foram consultados
os bancos de dados Bireme e Pubmed, utilizando artigos científicos em português e
inglês de revistas indexadas nas bases de dados Medline, Scielo, Lilacs, Register of
Controlled Trials (Cochrane Central) e Physiotherapy Evidence Database (PEDro),
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publicados entre os anos de 2004 e 2019. Para a construção do trabalho foram incluídos
estudos que estivessem disponíveis na íntegra, que a população alvo fosse composta
por mulheres submetidas ao procedimento cirúrgico devido ao câncer de mama, com
esvaziamento axilar, que apresentassem linfedema e que incluíssem em seus
tratamentos, um protocolo fisioterapêutico de TCD. Também de forma independente, foi
avaliada a qualidade metodológica dos estudos selecionados com a Escala de
Qualidade de JADAD. Resultados: Atualmente, o padrão-ouro dentre as principais
técnicas fisioterapêuticas utilizadas para o tratamento do linfedema é a TCD, a qual é
composta por drenagem linfática manual, cuidados com a pele e unhas, bandagem de
compressão e exercícios terapêuticos. Conclusão: A TCD é considerada o método mais
utilizado e eficiente na redução do volume e no tratamento intensivo do linfedema pós-
mastectomia.
Palavras-chave: linfedema, mastectomia, fisioterapia, sistema linfático, linfa.
Abstract
Introduction: The lymphedema is the most common postoperative complication of breast
cancer. Objective: The present study aims to identify the effectiveness of the use of
Complex Decongestive Therapy (CDT) in reducing volume and intensive treatment of
lymphedema in patients undergoing axillary emptying due to breast cancer. Methods:
This was a systematic review, for which Bireme and Pubmed databases were consulted,
using scientific articles in Portuguese and English from journals indexed in Medline,
Scielo, Lilacs, Register of Controlled Trials (Cochrane Central) databases and
Physiotherapy Evidence Database (PEDro), all of them published between the years
2004 to 2019. For the construction of this study, we included articles available in full, with
a target population consisting of women undergoing the surgical procedure due to breast
cancer, with axillary emptying, who presented lymphedema and who included in their
treatments a physical therapy protocol of CDT. Also, independently, the methodological
quality of the studies selected was evaluated using the JADAD Quality Scale. Results:
Currently, the gold standard among the main physiotherapeutic techniques used for the
treatment of lymphedema is CDT, which consists of manual lymphatic drainage, skin and
nail care, compression bandaging and therapeutic exercises. Conclusion: The CDT is
considered the most used and efficient method for volume reduction and intensive
treatment of post-mastectomy lymphedema.
Keywords: lymphedema; mastectomy; physiotherapy; lymphatic system; lymph.
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Introdução
Denomina-se câncer o conjunto de doenças que têm em comum o crescimento
desordenado de células, que invadem tecidos e órgãos. Por dividirem-se rapidamente
são células que tendem a ser agressivas e incontroláveis, formando tumores, que
podem espalhar-se para outras regiões do corpo [1]. O câncer de mama é o tipo mais
comum da patologia entre as mulheres no mundo e no Brasil, chegando a ocorrência de
25% dos casos novos e, no Brasil, esse percentual chega a ser de 29% [2].
Para o controle desta doença é necessário a detecção precoce, na qual a lesão
ainda esteja restrita às células e ao tecido mamário, com um tamanho de no máximo 3
cm, o que possibilita o uso de intervenções terapêuticas menos mutiladoras e maior
probabilidade de cura [3]. As mulheres nas quais são detectadas lesões suspeitas
devem ser investigadas o quanto antes, por meio de exames como mamografia,
ultrassom e ou biópsia, e se o diagnóstico for confirmado, precisam ser tratadas
adequadamente [4].
O tratamento poderá variar de acordo com o grau de agressividade e estágio da
doença, o que inclui, sobretudo, cirurgias como mastectomia, conservadoras ou radicais
associadas ao esvaziamento de linfonodos axilares, biópsia do linfonodo próximo a
região onde está localizado o tumor, radioterapia, quimioterapia e hormonioterapia, com
resultados bastante positivos na melhora da sobrevida das mulheres acometidas [5].
As pacientes após a mastectomia têm mais problemas do que aquelas com incisão
local, assim como as que realizaram radioterapia em comparação às que não fizeram
esse tratamento. A morbidade do membro superior é alta devido à dissecção dos
linfonodos axilares, aumentando chances de aparecimento de linfedema e diminuição
da sensação da axila [6].
A incidência do linfedema varia em diferentes estudos, sendo observada em
aproximadamente 20% dos casos [7]. A retirada dos linfonodos axilares é o principal
fator de risco para ocorrência do linfedema [8]. O linfedema é uma doença crônica que
pode ser definida como o acúmulo de proteínas no interstício e alterações teciduais
decorrentes da insuficiência da drenagem linfática, como o edema e inflamação de uma
extremidade [9,10].
A fisioterapia é fundamental na reabilitação dos movimentos do membro superior
no pós-operatório do câncer de mama, visto que contribui para a melhora da
conscientização corporal, além de oferecer orientações necessárias para as atividades
diárias [11].
Atualmente, o padrão-ouro dentre as principais técnicas fisioterapêuticas
utilizadas para atingir esses objetivos é a Terapia Complexa Descongestiva (TCD), a
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qual apoiada pela Sociedade Internacional de Linfologia envolve um programa de
tratamento dividido em duas fases: o tratamento intensivo e o de manutenção. O
tratamento intensivo permite a redução substancial do volume do linfedema e inclui
quatro componentes: a drenagem linfática manual, os cuidados com a pele e unhas, a
bandagem de compressão e os exercícios terapêuticos, a fase de manutenção, é
composta pelos mesmos itens, porém a compressão é elástica por meio de luvas
compressivas e o terapeuta ensina a automassagem para o paciente [12].
Desse modo, o presente trabalho tem como objetivo identificar a efetividade do
uso da TCD na redução do volume e no tratamento intensivo do linfedema em pacientes
submetidas ao procedimento cirúrgico com esvaziamento axilar devido ao câncer de
mama.
Métodos
Foi realizada uma revisão sistemática. As seguintes bases eletrônicas de dados
foram pesquisadas: Literatura da América Latina e do Caribe (Lilacs), Medline
(acessado via PubMed e Scielo), Register of Controlled Trials (Cochrane Central) e
Physiotherapy Evidence Database (PEDro), com busca no período de 2004 a 2019.
Utilizaram-se as seguintes combinações de descritores: linfedema, mastectomia,
fisioterapia, sistema linfático, linfa, lymphedema, mastectomy, physiotherapy, lymphatic
system, lymph, no período de março a junho de 2019. Na base Pubmed foram utilizados
os descritores MeSH correspondentes.
As combinações entre as palavras foram realizadas em cada base de dados
supracitadas utilizando os operadores booleanos (OR/AND) e (NOT/AND), sendo
aceitos os idiomas português e inglês. Os artigos foram avaliados e selecionados, de
forma independente, por dois revisores, sendo retiradas as duplicatas.
Os estudos foram selecionados conforme o conteúdo do título, resumo e
metodologia. Foram excluídos os trabalhos que não tinham relação com o tema,
direcionamento da revisão e de metodologia, como revisão sistemática, revisão de
literatura, validação de protocolo e estudo piloto; foram incluídos os ensaios clínicos
randomizados, ensaio clínico aleatório, estudos de coorte, caso controle e descritivos,
que descrevessem o tratamento fisioterapêutico do linfedema em pacientes submetidas
a cirurgia de mastectomia.
A partir da pré-seleção e consenso, os avaliadores analisaram os textos na
íntegra, considerando os critérios definidos e de relevância ao objetivo desta revisão.
Para extração de dados, selecionaram-se os estudos que continham a terapia
complexa descongestiva comparada com outra técnica fisioterapêutica de tratamento
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do linfedema (em conjunto ou isoladas), tendo como população acometida mulheres
que passaram por intervenção cirúrgica na mama devido ao câncer e consequente
esvaziamento axilar.
Também de forma independente, os dois revisores avaliaram a qualidade
metodológica dos estudos selecionados com a Escala de Qualidade de JADAD [13],
que é um instrumento desenvolvido para avaliar a qualidade de estudos clínicos que
visa a diminuição das tendenciosidades, ou seja, sua validade interna. Nos itens da
escala existem duas opções de resposta: sim ou não; questionam-se os seguintes
critérios: se o estudo é randomizado, se o método de randomização é adequado; se é
duplo-cego, se o método de blindagem é adequado; se descrição das exclusões e
perdas do estudo. Para cada item atribui-se um ponto para a resposta sim e zero ponto
para a resposta não, de modo que cada item tenha apenas uma resposta. Se nos itens
1 e 2 os métodos de randomização e blindagem forem citados, mas descritos de
maneira inadequada, faz-se a dedução de um ponto; da mesma forma, se nos mesmos
itens os métodos de randomização e blindagem forem citados e descritos corretamente,
adiciona-se um ponto.
Como resultado da escala de JADAD, o estudo pode receber, no máximo, cinco
pontos, um ponto para cada sim. O estudo é considerado de qualidade se obtiver
pontuação menor ou igual a dois, após a avaliação.
Por meio da busca primária, foram encontrados nas bases de dados 2.168
artigos. Após a verificação de duplicatas, foram excluídos 1.055; dos 1.113 foi realizada
a seleção de títulos e resumos, e foram excluídos 1.045 estudos, permanecendo 68
artigos. Destes, após a verificação da metodologia, 20 artigos foram selecionados para
a leitura integral dos textos. Após a leitura crítica destes, 12 estudos foram excluídos
conforme os critérios da escala de JADAD, 8 foram considerados de alta qualidade e
incluídos por preencherem os critérios de seleção para esta revisão sistemática,
conforme demonstrado na Figura 1.
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Figura 1 - Fluxograma do processo de seleção de artigos para o estudo
Resultados
As características dos estudos que preencheram os critérios de inclusão, assim
como as intervenções e resultados estão sumarizadas na Tabela I.
Quadro I - Características dos estudos incluídos (n = 8) (ver PDF)
Discussão
O linfedema é a complicação mais frequente no pós-operatório do câncer de
mama. Caracteriza-se por uma condição crônica causada pelo acúmulo excessivo e
persistente de líquido composto por proteínas extravasculares e extracelulares no
espaço intersticial, causado pela deficiência do sistema linfático, desencadeando
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aumento da pressão oncótica. Pode ser desenvolvido logo após a cirurgia ou raramente
após anos do tratamento. Sua incidência varia e é observada em 20% dos casos [7,22].
O edema surge por meio de uma incapacidade de funcionamento do sistema
linfático, desencadeando uma inflamação crônica. Tal ocorrência pode acometer
qualquer tecido que sofra um desequilíbrio entre a filtração dos capilares e a drenagem
linfática. O linfedema é considerado uma doença crônica e progressiva que pode gerar
alterações morfológicas e funcionais ao membro acometido [23].
O objetivo principal do tratamento do linfedema é reduzir o volume, restaurar a
função e melhorar a aparência física do membro acometido [24]. A fisioterapia atua
sobre os trajetos dos vasos linfáticos, promovendo a reabsorção e a condução do
acúmulo de líquido da área edemaciada para as áreas normais e incentiva o
desenvolvimento das vias colaterais de drenagem, a fim de controlar a expansão a longo
prazo [25]. A técnica que mostra maior eficiência no tratamento do linfedema e
considerada padrão ouro é a Terapia Complexa Descongestiva (TCD), que consiste em
uma associação de drenagem linfática manual, cinesioterapia, enfaixamento e
orientações de cuidados e higiene dos membros [26].
Dos artigos selecionados, a Fisioterapia Complexa Descongestiva (FCD) ou a
Terapia Complexa Descongestiva (TCD) foi avaliada quanto a sua efetividade por meio
da comparação com grupos controle que realizaram a TCD associada a Compressão
Pneumática Intermitente (CPI); uma abordagem mais conservadora constituída apenas
pela utilização da compressão elástica, drenagem linfática manual isolada e
autocuidados com o membro afetado, sem intervenção de um terapeuta; além da
fisioterapia incluindo exercícios associados à bandagem, elevação da cabeça, pescoço,
ombro, cuidados com a pele, drenagem linfática manual, vestimenta de baixa
compressão elástica, mobilização glenoumeral e exercícios de respiração profunda;
TCD associada ao exercício ativo-resistido e TCD associada a 30 minutos adicionais de
Drenagem Linfática Manual (DLM), pelo método Vodder II [14-21].
Os componentes da TCD empregados nos estudos foram descritos por todos os
autores, exceto por Buragadda et al. [19], os quais se ativeram na descrição do
procedimento aplicado ao grupo controle. Alguns autores divergiram quanto ao tempo
de aplicação da etapa de DLM, entretanto todos concordaram com o método Vodder e
com o método de enfaixamento. Gradalski et al. [21] foram os autores que melhor
detalharam toda a técnica utilizada e os únicos que utilizaram a etapa de DLM somente
no grupo controle, a fim de analisarem sua eficácia real no programa de TCD.
No total dos estudos foram avaliadas 636 pacientes que realizaram cirurgia de
mama e foram submetidas a algum tratamento coadjuvante como quimioterapia [14-
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17,19], radioterapia [14-19] e terapia hormonal [16]. Cada estudo elegeu seus critérios
de inclusão de acordo com as suas particularidades.
No estudo de Szolnoky et al. [14] foram incluídas mulheres que desenvolveram
linfedema unilateral, com mais de 12 meses após terem realizado cirurgia de
linfadenectomia sentinela e tratamento adjuvante.
Haghighat et al. [15] incluíram mulheres pós-mastectomia após 3 meses de
tratamento posteriormente a cirurgia e terapia coadjuvante.
Dayes et al. [16] incluíram mulheres com história prévia de tratamento para
câncer de mama e linfedema definidos por um aumento absoluto do volume do braço
de pelo menos 10% entre o ipsilateral e o braço não tratado.
Koul et al. [17] incluíram mulheres pós-mastectomia radical modificada e
lumpectomia com dissecção nodal axilar e mastectomia simples de excisão do tumor
isolado sem dissecção axilar com linfedema, que completaram 12 meses de
acompanhamento.
Didem et al. [18] incluíram mulheres que desenvolveram linfedema unilateral leve
a moderado, com diferença de a2 cm comparado com o membro contralateral e
diferença de 2 a 5 cm, após o tratamento de câncer de mama com duração de pelo
menos 1 ano. De forma semelhante Buragadda et al. [19] incluíram mulheres pós-
mastectomia que desenvolveram linfedema unilateral com diferença de mais de 3 cm
em relação ao braço contralateral, assim como Kim et al. [20] que incluíram mulheres
que desenvolveram linfedema e que tiveram uma diferença de circunferência maior que
2 cm entre o braço afetado e o braço normal e pacientes que tiveram linfedema
diagnosticado por linfocintilografia, e Gradalski et al. [21] que incluíram pacientes pós-
mastectomia unilateral com linfedema com 20% ou mais de diferença entre os volumes
dos membros.
Alguns autores não especificaram o tipo de cirurgia de mama realizada e houve
um consenso entre a espera de um período que variou de 3 a 12 meses após o
tratamento do câncer, para que houvesse um tempo de acompanhamento com intuito
de detectar possíveis metástases [16,18,20].
Dentre os diversos critérios de exclusão dos estudos, os principais citados em
todos foram a recidiva do câncer e ou a presença da doença na mama contralateral,
metástase, infecção e linfedema bilateral [14-21].
Para avaliação do linfedema do membro superior, os autores utilizaram dois
métodos, a volumetria por deslocamento de água e a perimetria, entretanto, cada autor
empregou pontos anatômicos diferentes para a obtenção dos valores das medidas de
circunferências. Koul et al. [17] descreveram a aplicabilidade da volumetria em que o
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membro é submerso em um cilindro volumétrico preenchido com água e o volume do
braço é medido por deslocamento.
no estudo de Didem et al. [18] ambos os braços foram avaliados e a diferença
entre o transbordamento de água foi calculado em porcentagem.
Para Koul et al. [17] as medidas de circunferências são mais utilizadas pela
facilidade em serem aplicadas, bem como permitem que os terapeutas determinem
quais partes do braço afetado pelo linfedema estão piores e necessitam de mais atenção
durante o tratamento.
Somente o estudo de Didem et al. [18] utilizou os dois tipos de mensurações,
além de avaliar a mobilidade do ombro por meio de técnicas padrão goniométricas.
Cerca de 48,1% das pacientes do grupo que receberam a TCD e 42,3% do grupo de
fisioterapia convencional tinham limitação de amplitude de movimento durante a
avaliação antes do tratamento. Em ambos os grupos, a amplitude de movimentos para
flexão e abdução de ombro foram aumentadas após o tratamento, porém, não houve
melhora significativa para o movimento de rotação externa.
Haghighat et al. [15], Dayes et al. [16], Koul et al. [17], Kim et al. [20], Buragadda
et al. [19] e Gradalski et al. [21] estabeleceram um ponto de corte considerado para
definir o linfedema, somente Szolnoky et al. [14] não descreveram esse critério.
Haghighat et al. [15] definiram o linfedema como um aumento maior ou igual a
10% no volume do braço afetado em comparação com o contralateral, enquanto Dayes
et al. [16] e Gradalski et al. [21] exigiram que os pacientes tivessem um mínimo de 20%
de diferença de volume entre os braços, posterioremente, no estudo de Dayes et al. [16]
esta diferença foi reduzida para no mínimo 10% de acordo com o critério de inclusão,
pois o resultado primário havia sido uma medida relativa.
Para Koul et al. [17] o critério de inclusão para a gravidade do linfedema foi
definido como a diferença absoluta de volume em ml entre os braços normais e afetados,
mas não foram estabelecidos valores numéricos.
Buragadda et al. [19] consideraram mulheres que desenvolveram linfedema,
aquelas com mais de 3 cm em relação à extremidade contralateral, enquanto Kim et al.
[20] consideraram uma diferença de circunferência maior que 2 cm entre o braço afetado
e o braço normal e Didem et al. [18] entre 2 e 5 cm de circunferência.
Os sintomas subjetivos como dor, parestesia, sensação de peso e dormência
foram encontrados durante a avaliação das pacientes nos estudos. Para Haghighat et
al. [15] as pontuações nos escores estabelecidos para avaliarem os sintomas mostraram
que houve uma diminuição em ambos os métodos de tratamentos durante o tempo de
estudo e a redução do peso foi mais aparente apenas pela TCD do que pela Terapia
Complexa Descongestiva Modificada (TCDM) + CPI durante a fase 1 de tratamento. Em
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contrapartida, para as pacientes do estudo de Szolnoky et al. [14] houve uma tendência
de melhora em ambos os grupos ao longo do tempo, mas isso não mostrou ser
significativo.
Os achados de Buragadda et al. [19] indicaram que os indivíduos de ambos os
grupos mostraram melhora significativa. O grupo de TCD mostrou melhora mais
relevante no volume, dor e função do membro superior do que o grupo convencional,
pois os exercícios do programa domiciliar propostos resultaram em maior redução do
volume do braço, permitindo que os sujeitos ganhassem confiança para mover o
membro sem medo o que condiz com os estudos de Kim et al. [20], os quais mostraram
que os sintomas subjetivos diminuíram decorrente a uma melhora da qualidade de vida
dos pacientes em ambos os grupos.
O mero de pacientes selecionadas de acordo com os critérios de inclusão
descritos pelos autores variou de um total de 26 para Szolnoky et al. [14] e 138 para
Koul et al. [17], sendo este valor dividido em dois grupos, o grupo intervenção e o
controle, com quantidades iguais.
Em relação a quantidade e frequência das sessões terapêuticas, houve
similaridade entre os autores: Szolnoky et al. [14], Kim et al. [20] e Gradalski et al. [21]
realizaram sessões diárias, com pausas aos finais de semana, ou seja, 5 vezes na
semana, pelo período de 2 semanas, totalizando 10 sessões; enquanto Haghighat et al.
[15] também com sessões diárias, 5 vezes na semana, com 10 a 15 sessões, não
informando a quantidade de semanas; Dayes et al. [16] com 5 sessões por 4 semanas,
totalizando 20 sessões e Buragadda et al. [19] realizaram a terapia por 6 semanas, 5
sessões por semana. Koul et al. [17] não descreveram o número de sessões nem a
frequência delas, apenas que tiveram duração de uma hora por dia, por um período
particular, de acordo com o perfil do paciente. Didem et al. [18] trabalharam com sessões
3 vezes por semana, por um período de 4 semanas, totalizando 12 sessões.
Nenhum dos autores foi específico quanto à fase de gravidade ou tempo de
acometimento do linfedema, porém alguns estudos [15,17,20,21] informaram que a TCD
foi aplicada em fase intensiva e de manutenção, duas a quatro semanas e três a seis
meses, respectivamente.
Após a intervenção e análise, Szolnoky et al. [14] descreveram reduções
notáveis no linfedema e reclamações subjetivas em ambos os grupos estudados. O
tratamento com bomba pneumática acrescentou um significativo efeito sinérgico e de
diminuição do linfedema, porém os autores citam que numerosos efeitos colaterais são
atribuídos ao uso das bombas: elas não evacuam o fluido do quadrante ipsilateral;
possuem menor efeito no linfedema de extremidades, podem causar edema de genitália
externa e traumatizar os vasos linfáticos superficiais. Alguns pacientes que usam
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bombas pneumáticas afirmam que o linfedema piora com o tempo e, portanto, param
de usá-las. Apesar dessa estatística, durante a aplicação desse estudo, tais efeitos não
foram observados.
Similarmente, Haghighat et al. [15] também apresentaram um estudo envolvendo
a compressão pneumática em seu grupo de intervenção. As pontuações dos sintomas
diminuíram em ambos os métodos de tratamentos durante o tempo de estudo e, mesmo
que não tenha sido significativa a diferença entre as duas modalidades de tratamento,
observou-se que o efeito da TCD foi mantido em maior medida do que o outro grupo
que utilizou a CPI, sendo a redução do linfedema de 30,3% e 27,1%, respectivamente,
o que concorda com o estudo de Rockson et al. [27], que descobriu que a CPI aumentou
o efeito da TCD em pacientes com linfedema de braço e não encontraram tal efeito em
pacientes com linfedema de perna, tornando inconclusivo o real efeito de intensificar a
TCD. Nesse estudo, com um acompanhamento mais prolongado, de aproximadamente
3 meses, a porcentagem de redução do volume e peso foi maior com a TCD isolada em
comparação com a TCD + CPI.
Dayes et al. [16] apontam que o estudo randomizado não foi capaz de
demonstrar melhora da redução percentual do volume do linfedema no comparativo dos
grupos estudados. Esse teste foi realizado para detectar uma diferença de 20% nas
reduções médias relativas do volume excessivo do braço, da linha de base até a sexta
semana entre os grupos da TCD e controle, e apenas uma diferença de 6% foi
observada. Pode haver efeito mais significativo na TCD em pacientes com linfedema de
maior duração, embora isso exija um estudo mais aprofundado.
Koul et al. [17] apresentaram que a TCD e a drenagem linfática manual com
exercícios foram associadas a uma redução significativa no volume do linfedema, porém
a aplicabilidade da TCD teve uma resposta máxima após o tratamento. A falta de um
grupo controle não permitiu excluir a possibilidade dessas reduções terem ocorrido
espontaneamente e simultaneamente. Dos 138 pacientes, 55% foram tratados com
todos os quatro componentes da TCD, 32% receberam somente a DLM e 13%
receberam instruções e aconselhamento para o programa doméstico, que incluiu a
autoadministração de drenagem linfática simples e exercícios.
Didem et al. [18] por sua vez concluíram que ambos os grupos obtiveram
redução significativa no volume do membro, diminuição do desconforto e aumento da
mobilidade articular durante o tratamento. No entanto, a redução do edema no grupo
em que foi adotada a TCD foi considerada melhor em comparação com o grupo com
abordagem conservadora, visto que a diferença entre as duas modalidades utilizadas
se caracteriza pelo não uso da DLM. Portanto os autores defendem que nos pacientes
com linfedema de extremidade superior, a mobilidade do ombro pode ser aumentada e
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o edema pode ser diminuído pelo uso da TCD, inclusive a longo prazo, reduzindo a sua
incidência, de forma semelhante, Buragadda et al. [19] demonstraram que o grupo da
TCD mostrou acentuada melhora no volume, dor e função do membro superior do que
o grupo convencional, a TCD foi associada a um programa domiciliar, diferente do grupo
controle, no qual não foram enfatizados os cuidados domiciliares, inclusive com a
integridade da pele. Em conclusão, a TCD em combinação com um programa de
exercícios domiciliares foi eficaz na redução do linfedema, melhora da dor e função da
extremidade pós-mastectomia.
Uma abordagem diferenciada foi utilizada por Kim et al. [20] que realizaram em
ambos os grupos de estudo a TCD, porém foram adicionados 15 minutos de exercícios
resistidos na sessão terapêutica, com a justificativa de estimular o músculo esquelético
para o bombeamento venoso e linfático e também estimular a contração dos vasos
linfáticos, que são controlados pelo sistema nervoso simpático [28]. Desta forma, a
contração muscular pode aumentar a drenagem do líquido linfático e a contração dos
vasos linfáticos [29].
Kim et al. [20] defendem em seus estudos, que o exercício resistido pode reduzir
o volume do linfedema sem quaisquer efeitos adversos, pois no volume dos braços dos
pacientes estudados ocorreu uma redução mais proximal do linfedema (21,12%), em
comparação com o grupo que utilizou somente a TCD.
Gradalski et al. [21] colocaram em pauta nos seus estudos a eficiência da etapa
da DLM, tradicionalmente utilizada no método Vodder, na aplicabilidade da TCD no
tratamento do linfedema de membro superior. Defendem que verificar a possível
exclusão da DLM pode trazer benefícios como a não necessidade de um terapeuta
especializado para a aplicação da técnica, o que facilitaria o acesso da paciente ao
tratamento, diminuiria os custos e o tempo corrente da terapia. Os resultados foram
apresentados após a análise dos grupos que mostraram diminuição do volume do
membro durante a fase intensiva (15,6% no grupo sem a DLM e 13,8% no grupo com a
TCD completa), volume do edema (47,2% e 47,4%, respectivamente) e alteração do
volume relacionado ao membro (14,7% e 12,5%). Apoiam a hipótese de que a TCD sem
a etapa de DLM, porém com todos os outros componentes (cinesioterapia, cuidados
com a pele e enfaixamento compressivo), pode ser considerada uma opção básica de
tratamento do linfedema de membro superior em pacientes pós-mastectomizadas,
sugerindo que a DLM por Vodder pode não ser necessária na TCD para obter uma
redução paralela do edema do membro. Argumenta-se que a escolha da TCD sem a
DLM, como procedimento padrão no linfedema de moderado a severo pode diminuir
consideravelmente o consumo de tempo e, portanto, os custos de terapia [21].
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O linfedema es relacionado com as restrições das atividades diárias das
pacientes, o que interfere diretamente na Qualidade de Vida (QV) das mesmas [15]. O
impacto negativo do linfedema que a paciente pode vivenciar envolve depressão,
imagem corporal prejudicada, problemas sociais resultantes da dor, inchaço dos braços
e fraqueza, o que contribui para o agravo do funcionamento físico e emocional,
aumentando os riscos de incapacidade [21].
De forma semelhante, Haghighat et al. [15] constataram que aumentar a
qualidade de vida ao longo da redução do volume do membro são objetivos primários
no tratamento do linfedema. Tanto a qualidade de vida quanto a dor melhorara com a
TCD, mesmo após o término do tratamento.
Por outro lado, os autores Szolnoky et al. [14] e Dayes et al. [16] não
descreveram sobre o protocolo de tratamento, focaram apenas na redução do linfedema
e Koul et al. [17] descobriram que a DLM reduziu significativamente o volume do
membro e que a qualidade de vida e as funções emocionais foram melhoradas utilizando
essa técnica, mas os autores não descreveram se foi aplicado algum teste para essa
mensuração.
Buragadda et al. [18] citaram que existem alguns testes que podem ser utilizados
para investigar e acompanhar a qualidade de vida das pacientes, são eles o questionário
da Organização Europeia para a Pesquisa e Tratamento do Cancro (EORTC QLQ
C30), o módulo para o cancro da mama (QLQ - BR23), o Functional Assessment of
Cancer Therapy-Breast (FACT-B) e o BREAST-Q, mas não foi especificado qual destes
os autores utilizaram. Ao final do tratamento, o estudo mostrou que houve melhora na
qualidade de vida e no estado emocional das pacientes.
Similarmente, Kim et al. [20] empregaram o questionário Short Form-36 versão
2, para a qualidade de vida no pré-tratamento e 8 semanas após o tratamento para cada
paciente. Este teste investiga as dimensões de função física, dor, saúde geral, saúde
mental, saúde emocional e funcionamento social. Após 8 semanas de tratamento,
ambos os grupos demonstraram melhoras significativas, entretanto as pacientes do
grupo de Exercício de Resistência Ativa (ERA) mostraram uma melhora mais acentuada
na QV para a saúde física e geral, quando comparadas com as pacientes do grupo de
exercícios de resistência não ativa, pois o ERA aumenta a força dos membros
superiores, permitindo que as pacientes tenham maior confiança na sua saúde e
possam participar de atividades sociais o que corrobora Gradalski et al. [21], os quais
avaliaram a QV das pacientes em uma Escala de Classificação Numérica (ECN); sendo
0 = sem queixas e 10 = a intensidade mais alta) e classificaram a satisfação com o
tratamento em uma ECN; sendo 0 = mínimo e 10 = máximo). Os achados desse estudo
285
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demonstraram que as pacientes com linfedema pós-mastectomia podem ter benefícios
semelhantes com a TCD sem DLM e em termos de melhora na qualidade de vida.
Desse modo é possível constatar que correlação da qualidade de vida com o
linfedema, porém os estudos salientam a diminuição do linfedema, e pouco ressaltam a
abordagem clínica baseada na importância da qualidade de vida dessas pacientes, as
quais podem ser mais beneficiadas com esse tipo de abordagem.
O presente estudo apresentou como limitações dificuldades em encontrar artigos
científicos relevantes dos últimos 5 anos, que estivessem disponíveis na íntegra nas
bases de dados, estudos com qualidade metodológica procedentes e público-alvo
condizente com os critérios de inclusão pré-estabelecidos.
Conclusão
De acordo com a presente revisão, pode-se concluir que a TCD é considerada o
método mais utilizado e eficiente na redução do volume e no tratamento intensivo do
linfedema em pacientes submetidas ao procedimento cirúrgico com esvaziamento axilar
devido ao câncer de mama.
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... Foi realizada uma revisão de literatura, utilizando os bancos de dados indexados da (15) . O linfedema é um quadro patológico crônico e progressivo, sendo característico por um acúmulo de líquido (linfa) nos espaços intersticiais, devido a uma deficiência do sistema linfático, podendo aparecer em qualquer época após a cirurgia de mastectomia (17)(18) . Os sintomas do linfedema são o aumento de volume no membro superior (MS) comprometido, a rigidez e a diminuição na amplitude de movimento (ADM), comprometendo a funcionalidade deste membro (19) . ...
... Os sintomas do linfedema são o aumento de volume no membro superior (MS) comprometido, a rigidez e a diminuição na amplitude de movimento (ADM), comprometendo a funcionalidade deste membro (19) . A fisioterapia é essencial nesta fase, com o objetivo de melhorar a mobilidade do MS e estimular a conscientização corporal (18) . Na revisão de literatura realizada por Domingues et al. (2021), uma das técnicas elegíveis na reabilitação é a fisioterapia complexa descongestiva (FCD), ou também chamada, terapia complexo descongestiva (TCD) (18) . ...
... A fisioterapia é essencial nesta fase, com o objetivo de melhorar a mobilidade do MS e estimular a conscientização corporal (18) . Na revisão de literatura realizada por Domingues et al. (2021), uma das técnicas elegíveis na reabilitação é a fisioterapia complexa descongestiva (FCD), ou também chamada, terapia complexo descongestiva (TCD) (18) . Uma das terapias da FCD é a drenagem linfática manual (DLM), que utiliza de técnicas de massagem com manobras lentas, rítmicas e suaves, seguindo os trajetos anatômicos linfáticos do corpo, tendo como objetivo drenar o excesso de líquido do interstício (17) . ...
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Introdução: Os cuidados paliativos são cuidados de saúde ativos e integrais prestados à pessoas com doenças graves, progressivas e que ameaçam a continuidade da vida e deve ser realizado de maneira contínua. Neste contexto, o papel da fisioterapia é importante para promover medidas de conforto e favorecer a manutenção da condição funcional. Objetivo: Demonstrar a atuação da fisioterapia nos cuidados paliativos. Método: Artigo de revisão de literatura, com busca em bases de dados BIREME, PubMed/Medline, SCIELO e periódicos da CAPES, com os seguintes descritores: fisioterapia e paliativo em português e inglês. Os fatores de inclusão são artigos indexados de 2017 a 2022, que abordaram a atuação/reabilitação/medidas do conforto da fisioterapia, faixa etária de 18 a 99 anos, ambos os gêneros, casos clínicos, experimentos, relato de caso e os resumos. Os fatores de exclusão são artigos em duplicidade, revisão de literatura, cuidados enfermagem, tratamentos clínicos e/ou medicamentosos, reabilitação baseada em teleatendimentos e teleconsulta, estudos com crianças, diretrizes, consenso, protocolos, orientações e experimentos em animais. Resultados: Foram encontrados um total de 734 artigos nas quatro bases de dados, sendo selecionados 2 artigos, abordando a drenagem linfática manual e a massoterapia nos cuidados paliativos. Conclusões: A inserção da fisioterapia na equipe interdisciplinar em cuidados paliativos apresenta resultados positivos quanto a redução de linfedema e melhora do quadro álgico, principalmente com as técnicas de drenagem linfática manual e a massoterapia. Porém a técnica mais indicada nesses casos e que evidenciaram ganhos na qualidade de vida foi a massoterapia em pacientes paliativos.
... Trata-se de um estudo analítico, descritivo restrospectivo, mediante realizada revisão de literatura com buscas nas bases de dados como SciELO, tumor, radioterapia, quimioterapia e hormonioterapia, com resultados bastante positivos na melhora da sobrevida das mulheres acometidas. As pacientes após a mastectomia têm mais problemas do que aquelas com incisão local, assim como as que realizaram radioterapia em comparação às que não fizeram esse tratamento (Domingues, 2021;Solanho, 2023). ...
... Merece, no entanto, destaque a abordagem fisioterapêutica, que desempenha um papel crucial na recuperação dos movimentos do braço no pósoperatório do CM, visto que auxilia no aprimoramento da percepção corporal, além de fornecer as instruções essenciais para as tarefas cotidianas (Domingues, 2021). ...
... Dentre as principais complicações destaca-se o linfedema que é uma doença crônica que pode ser definida como o acúmulo de proteínas no interstício e alterações teciduais decorrentes da insuficiência da drenagem linfática, resultando na formação de edema e eventualmente inflamação crônica com ou sem fibrose pós-cirurgia(Herrera Rios, 2017;Domingues, 2021). tratamento de doentes com cancro da mama e constitui um dos mais importantes fatores de prognóstico, sendo a linfadenectomia axilar(LA) sistemática o único procedimento utilizado para estadiamento ganglionar axilar.Embora, De Câmara(2022)descreva essa técnica associada a melhor qualidade de vida das doentes e a uma redução estatisticamente significativa da morbilidade cirúrgica do membro superior. ...
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O câncer de mama é uma patologia que tem como grupo de risco mulheres. Após o diagnóstico, faz-se necessário o segmento com tratamento, sendo uma das opções a mastectomia, um procedimento que cursa com a remoção total da mama, o que afeta significativamente a qualidade de vida da mulher, uma vez que ocorre impactos emocionais e físicos. Considerando a prevalência do câncer de mama em mulheres e o impacto que a intervenção cirúrgica causa na qualidade de vida da mulher, é importante estudos que possam auxiliar, assim como minimizar as consequências que essa cirurgia pode acarretar. Esse artigo revisa a literatura sobre a qualidade de vida de mulheres submetidas à mastectomia com esvaziamento axilar, bem como os aspectos que tange a melhoria de sua qualidade de vida, destacando fatores que podem influenciar condições melhores durante esse processo. Diante disso, evidencia-se a necessidade de cuidados especializados e acompanhamento para as pacientes após o tratamento do câncer de mama, tanto para prevenir como tratar as complicações a curto e longo prazo e reduzir as disfunções resultantes do tratamento, e dessa forma contribuir para melhor adaptação, aceitação da imagem pessoal e corporal, além de proporcionar uma melhor funcionalidade e autonomia para essas pacientes.
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O câncer de mama é a neoplasia mais comum entre as mulheres, e a mastectomia é um dos principais tratamentos cirúrgicos. Embora eficaz, essa intervenção pode resultar no desenvolvimento de linfedema, uma condição crônica caracterizada pelo acúmulo de líquido linfático, que afeta significativamente a qualidade de vida das pacientes. Este estudo objetiva analisar a importância da fisioterapia na prevenção do linfedema em mulheres submetidas à mastectomia, por meio de uma revisão da literatura publicada entre 2019 e 2024. A metodologia utilizada envolveu a seleção de artigos revisados por pares, com critérios de inclusão e exclusão bem definidos. Os resultados indicam que intervenções fisioterapêuticas, como drenagem linfática manual, exercícios de fortalecimento muscular e terapias compressivas, são eficazes na prevenção e controle do linfedema. Conclui-se que a fisioterapia desempenha um papel crucial no manejo pós-operatório, promovendo bem-estar e prevenindo complicações.
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O câncer de mama pode ser um dos causadores do linfedema formando um acúmulo de líquidos devido à má funcionalidade do sistema linfático. Para o tratamento do linfedema A TDC se apresenta como padrão ouro, sendo composta por drenagem linfática manual, bandagem de compressão, exercícios terapêuticos e cuidados com pele e unhas. O objetivo desse artigo de revisão de literatura foi demonstrar os efeitos da terapia descongestiva complexa no tratamento de linfedema associado ao câncer de mama. A pesquisa foi realizada nas bases de dados Scielo, PEDro, Cochrane e pubmed, nos quais poderiam estar em português e inglês. Foram encontradas 30 referências na literatura e selecionados 21 artigos com potencial, de acordo com os critérios de inclusão e exclusão. Conclui-se que o custo benefício e efeito positivo da TDC é explícito durante todo o tratamento.
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Objetivo: Apresentar, através da busca na literatura disponível, aspectos relacionados à TCD no tratamento do linfedema secundário a mastectomia. Metodologia: Revisão integrativa da literatura de caráter descritivo e abordagem quantitativa, realizada no período de setembro a outubro de 2022 nas bases de dados: Scientific Eletronic Library Online (SCIELO) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Para isso, foram empregados os descritores: neoplasias de mama, linfedema relacionado a câncer de mama, fisioterapia e mastectomia. Todos cadastrados nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS). A busca foi limitada a critérios de inclusão: artigos completos, disponibilizados de forma gratuita nas bases de dados selecionados, no idioma português, inglês e/ou espanhol, publicados entre os anos 2017 a 2022; e de exclusão: artigos provenientes de dados secundários, como os estudos de revisão, além de monografias, dissertações e teses. Resultados: Foram incluídos cinco artigos na presente revisão. Todos os estudos demonstraram que o tratamento com a TCD favorece a redução do volume do membro afetado e promove melhor qualidade de vida aos pacientes acometidos por essa complicação. Entretanto, alguns estudos recomendam que para obter resultados mais satisfatórios com a TCD é necessário que o tratamento seja iniciado já nos primeiros sinais de aparecimento do linfedema. Considerações Finais: A TCD é considerada padrão-ouro no tratamento do linfedema secundário a mastectomia, promovendo uma redução significativa do volume do membro e melhor funcionalidade e qualidade de vida. Porém, não existe ainda uma padronização dos aspectos relacionados a sua aplicabilidade, havendo divergência entre os protocolos existentes, sendo assim é necessário a realização de demais estudos.
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Breast cancer is the neoplasia with the highest incidence in the population worldwide, and lymphedema is one of the most frequent complications in the treatment. Body mass index increase is one of the risk factors for lymphedema after breast cancer treatment. The objective of this study was to verify the incidence of lymphedema in mastectomized women with overweight and obesity. The risk of lymphedema in women with overweight and obesity was four times greater (Odds Ratio, OR = 3.887). The higher the body mass index, the higher was the probability of lymphedema, with increase in the relative risk of 40% for obesity II.
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This study revised articles from the MEDLINE (PubMed) databases and other research sources, with no time limit. To do so, the search strategy adopted was based on (P.I.C.O.) structured questions (from the initials "Patient"; "Intervention"; "Control" and "Outcome". As keywords were used: Breast Neoplasm, Mastectomy, Mastectomy, Radical; Lymph Node Excision, Surgery, Lymphedema, Breast Cancer-related Lymphedema (BCRL); Arm/pathology, Postoperative Complications, Shouder Joint, Range of Motion, Articular*; Shoulder Joint/Radiation Effects, Drainage, Manual Lymphatic Drainage, Decongestive (MLD), Lymphatic Therapy (DLT), Massage, Compression Bandages, Bandages, Alginates*, Physical Therapy Modalities, Exercise, Exercise/Physiology*, Exercise Therapy, Exercise Training, Exercise Movement Techniques, Exercise Tolerance, Weight Lifting*, Kinesiotherapy, Musculoskeletal Manipulation, Prevention and Control, Primary Prevention, Postoperative Care, Rehabilitation, Early Intervention, Recovery of Function, Disability Evaluation, Complications*, Survivor*, Neoplasm Recurrence; Immune System, Stress, Psychological; Quality of Life, Value of life, Sickness Impact Profile, Life Style, Risk, Risk Factors, Overweight, Diet, Food, Diet Therapy, Diet Reducing, Dietetics, Malnutrition, Nutrition Policy, Nutritional Sciences, Pressure*, Intermittent Pneumatic Compression, Intermittent Pneumatic Compression Devices, Hydrotherapy, Complementary Therapies, Cognitive Therapy, Mind-body Therapies, Mindfulness, Meditation, Psychotherapy, Psychophysics, Holistic Health, Adaptation, Psychological; Self-help Groups, Psychotherapy, Group*; Occupational Therapy, Social Support. With the above keywords crossings were performed according to the proposed theme in each topic of the (P.I.C.O.) questions. After analyzing this material, articles regarding the questions were selected and, by studying those, the evidences that fundamented the directives of this document were established.
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El linfedema todavía es una de las principales secuelas derivadas del tratamiento quirúrgico del cáncer de mama. El objetivo del estudio fue evaluar la eficacia de un protocolo que incluye la utilización de estimulación eléctrica de alto voltaje (EEAV) asociada a ejercicios terapéuticos, automasajes y autocuidados en el tratamiento del linfedema de miembros superiores en mujeres sometidas a cirugía para el tratamiento de cáncer de mama. Participaron del estudio 17 voluntarias (60,9±11,72 años) sometidas a mastectomía unilateral, portadoras de linfedema de miembro superior, ipsilateral a la cirugía. El tratamiento consiste en 14 aplicaciones de EEAV, dos veces por semana, complementadas por orientaciones en el autocuidado, automasaje y ejercicios físicos. La evolución del tratamiento fue evaluada por perímetros, cálculo de la diferencia de volumen (DV) entre los miembros y porcentaje de aumento del volumen (PAV) del miembro afectado en relación al contralateral. Los datos fueron analizados por medio del método estadístico T pareado para variables dependientes y revelaron reducción significativa de 14,13% (p=0,0067) del PAV y de 13,8% (p=0,0089) del DV, también en los perímetros en tres puntos: siete centímetros encima del codo (p=0,0138), siete centímetros abajo del codo (p=0,0282) y en la muñeca (p=0,0476). Se puede concluir que la utilización de la estimulación eléctrica de alto-voltaje asociada a ejercicios y orientaciones fue eficaz en la reducción del linfedema del grupo evaluado.
Article
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The main late complication after the surgery of breast cancer is the development of lymphedema, a chronic, progressive, usually incurable disease. The increase in the volume of the limb can disfigure the body image and develop the physical and psychological morbidity of the patient, promoting significant damage to the functions. This study was developed through a systematic review from the randomized crosschecking of the keywords "lymphedema", "lymphatic compensation", "lymphatic system", "axillary dissection", "risk factors" and "breast cancer". Eighteen articles were selected, between 1979 and 2009, in which radiotherapy, axillary radiation, infection, axillary dissection followed by radiotherapy, obesity, number of removed and impaired lymph nodes and aggressiveness of surgery were found as main risk factors for the development of lymphedema. The way of compensation after the lymphatic axillary dissection, as the lympho-lymphatic anastomoses, may be hindered by scar formation, seroma after surgery, radiotherapy and inappropriate exercises for the shoulder rehabilitation in breast cancer.
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To evaluate alterations in posture and range of motion of the upper limbs in women after mastectomy and lymphadenectomy, submitted to radiotherapy as adjuvant treatment. Two groups were evaluated: 16 post-mastectomy women with lymphedema of the upper limb and 14 post-mastectomy women without lymphedema. Patients were submitted to analysis made by software, one for posture and the other to measure ranges of movement of the shoulder, elbow, and wrists. The results obtained were compared between the right and left sides, and operated and non-operated sides, and then were submitted to statistical tests. Both groups presented with anteriorization of the trunk. The women with lymphedema had head rotation to the right, protrusion of the left shoulder, and trunk inclination angle smaller on the operated side, besides bilateral elevation of the scapula when compared to the group with no lymphedema. Changes in range of motion were also smaller on the operated side in terms of flexion, abduction, and external rotation of the shoulder for all women, and for those with lymphedema, elbow extension and wrist flexion had a smaller range of motion. Women submitted to mastectomy presented with asymmetries and modifications in posture, and lymphedema seemed to worsen this condition. Additionally, they had deficits in range of motion in the shoulders on the operated side. Women with lymphedema also showed deficits in the elbows and wrist.
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Lower limb lymphedema (LLL) is a common condition after pelvic cancer treatment but few studies have evaluated its effect on the quality of life and its consequences on daily life activities among gynecological cancer survivors. We identified a cohort of 789 eligible women, treated with pelvic radiotherapy alone or as part of combined treatment of gynecological cancer, from 1991 to 2003 at two departments of gynecological oncology in Sweden. As a preparatory study, we conducted in-depth interviews with gynecological cancer survivors and constructed a study-specific questionnaire which we validated face-to-face. The questionnaire covered physical symptoms originating in the pelvis, demographic, psychological, and quality of life factors. In relation to the lymph system, 19 questions were asked. Six hundred sixteen (78 %) gynecological cancer survivors answered the questionnaire and participated in the study. Thirty-six percent (218/606) of the cancer survivors reported LLL. Overall quality of life was significantly lower among cancer survivors with LLL. They were also less satisfied with their sleep, more worried about recurrence of cancer, and more likely to interpret symptoms from the body as recurrence. Cancer survivors reported that LLL kept them from physical activity (45 %) and house work (29 %) and affected their ability to partake in social activities (27 %) or to meet friends (20 %). Lower limb lymphedema has a negative impact on quality of life among gynecological cancer survivors, affecting sleep and daily life activities, yet only a few seek professional help.
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RESUMO | Após cirurgia por câncer de mama, as mulheres estão sujeitas a desenvolver algumas complicações físicas. Os objetivos deste trabalho foram: investigar o desfecho des-sas mulheres, que, durante o primeiro mês pós-operatório, fo-ram submetidas a um programa de reabilitação e identificar ao longo de dois anos as complicações mais frequentes e as condutas fisioterapêuticas mais adotadas. Foi um estudo des-critivo, retrospectivo, com dados de 707 prontuários de mu-lheres operadas por câncer de mama no Hospital da Mulher Professor Doutor José Aristodemo Pinotti da Universidade Estadual de Campinas, entre janeiro de 2006 e dezembro de 2007, atendidas pelo Setor de Fisioterapia. A análise foi feita por meio de médias, desvio padrão e frequências absolutas e relativas. Ao final do programa, 55% das mulheres recebe-ram alta, 17% necessitaram de atendimento adicional e 26% não aderiram a ele. As complicações mais frequentes foram: aderência pericicatricial (26%), restrição da amplitude de mo-vimento (24%) e deiscência cicatricial (17%). No primeiro ano após a cirurgia (n=460), foram relatados dor (28,5%), sensa-ção de peso (21,5%) e restrição da amplitude de movimento do ombro (16, 7%); já no segundo (n=168), houve dor (48,2%), sensação de peso (42,8%) e linfedema (23,2%). Concluiu-se que, ao final do programa, a maioria das mulheres recebeu alta. Ao longo dos anos, houve redução da frequência de res-trição da amplitude de movimento do ombro com aumento de linfedema. Cuidados com o braço, exercícios domiciliares e autodrenagem foram as condutas mais adotadas. Descritores | fisioterapia; terapia por exercício; reabilitação; complicações pós-operatórias; câncer de mama.
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Complex decongestive lymphatic therapy (CDT) has been the method of choice in conservative management of lymphedema. Although effective, it is time-consuming and manual lymph drainage (MLD) usually requires skilled therapists. The purpose of this study was to compare the reduction in edema volume in more advanced (≥20% limb volume difference) postmastectomy arm lymphedema achieved by compression bandaging (CB) and physical exercises versus the same management augmented by an additional 30 minutes of MLD (Vodder II method). Sixty post-mastectomy women were randomly assigned to either the CB Group or the CDT Group. Fifty-one (26 within the CB Group) completed 26 weeks of therapy: (two weeks of the intensive phase and six months of the maintenance phase). A decrease of limb volume during the intensive phase (15.6% in the CB Group and 13.8% in the CDT Group), edema volume (47.2% and 47.4%m respectively) and limb-related volume change (14.7% and 12.5%) were observed. This improvement remained constant in both groups after six months of maintenance therapy. The health-related quality of life (measured by the Lymphedema Questionnaire) similarly showed improvement in both groups, with a high level of treatment satisfaction. These results indicate that parallel (immediate and delayed) results may be obtained by CDT without the use of Vodder MLD and CB may be an essential part of lymphedema management. Copyright © 2015 American Academy of Hospice and Palliative Medicine. Published by Elsevier Inc. All rights reserved.
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Because of its morbidity and chronicity, arm lymphedema remains a concerning complication of breast cancer treatment. Although massage-based decongestive therapy is often recommended, randomized trials have not consistently demonstrated benefit over more conservative measures. Women previously treated for breast cancer with lymphedema were enrolled from six institutions. Volumes were calculated from circumference measurements. Patients with a minimum of 10% volume difference between their arms were randomly assigned to either compression garments (control) or daily manual lymphatic drainage and bandaging followed by compression garments (experimental). The primary outcome was percent reduction in excess arm volume from baseline to 6 weeks. A total of 103 women were randomly assigned, and 95 were evaluable. Mean reduction of excess arm volume was 29.0% in the experimental group and 22.6% in the control group (difference, 6.4%; 95% CI, -6.8% to 20.5%; P = .34). Absolute volume loss was 250 mL and 143 mL in the experimental and control groups, respectively (difference, 107 mL; 95% CI, 13 to 203 mL; P = .03). There was no difference between groups in the proportion of patients losing 50% or greater excess arm volume. Quality of life (Short Form-36 Health Survey) and arm function were not different between groups. This trial was unable to demonstrate a significant improvement in lymphedema with decongestive therapy compared with a more conservative approach. The failure to detect a difference may have been a result of the relatively small size of our trial.